Review: House – Brave Heart

Data/Hora 25/11/2009, 11:36. Autor
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House - Brave Heart

Série: House
Episódio: Brave Heart
Temporada:
Número do Episódio: 115 (6×06)
Data de Exibição nos EUA: 19/10/2009
Data de Exibição no Brasil: 19/11/2009
Emissora no Brasil: Universal

O que teria de mais um episódio que não difere tanto dos outros desta temporada e ao mesmo tempo conta com uma das aberturas mais irreais já vistas na série? O mesmo de sempre, poderíamos presumir. Mas não, tivemos o que foi para mim o melhor episódio da temporada após a premiere. E o melhor dentro do hospital depois de muito, muito tempo. Eu não consigo dizer agora o que pode ter sido, será apenas o sumiço dos personagens que não acrescentavam nada, deixando o que interessa fluir melhor? Não sei. Digo apenas que o episódio me deixou mais feliz.

E celebrando um episódio empolgante e a velha equipe de volta. Dividirei o texto novamente em tópicos.

Paciente da Semana

A abertura foi tão absurda, que achei que estávamos diante da gravação de um filme de ação. Mas não, tudo era bem real. Mas se eu gostei de uma coisa aqui, foi da queda. Foi sensacional. Quando ele estava lá no ar pulando e começamos a ver que ele não conseguiria chegar do outro lado, ao mesmo tempo em que deu uma certa agonia, me lembrou o episódio dos Simpsons que o Homer pula da Garganta de Springfield. Só não foi tão engraçado quanto.

E se alguém já assistiu Southland, vai reparar que caso é parecido com o de um personagem da série. Aqui, ele acredita que irá morrer com 40 anos, como seu pai e avô. Então ele não toma precauções ou nem liga para nada perigoso. Como um salto de um prédio a outro, por exemplo. Essa sua certeza da morte, que não o deixou coragem de ter uma família, chama a atenção da Cameron, que o leva para a nossa queria equipe de diagnóstico diferencial.

Eles fazem tudo quanto é teste no coração do paciente e nada. A única coisa nova que descobrem é que ele tem um filho. Que ele não sabia. Mas o paciente é teimoso e acha que irá morrer com certeza. Então House “cura” sua “doença” com alguns “comprimidos”. E ele volta para casa achando que está curado… Só para cair duro no chão algumas horas depois.

Corpo no necrotério pronto para a autópsia. Eu achei estranho o paciente morrer tão cedo, mas também pensei que o foco agora seria em cima do filho do cara e usariam a autópsia para tentar descobrir algo sobre a doença. Mas eis que o cara acorda gritando quando estão começando a abrir seu tórax. Me surpreendeu bem, não esperava por isso. Mas as reações do Foreman e do House já valeram por tudo.

Diagnóstico diferencial para ressurreição. Vão!

Assim começa a segunda parte do diagnóstico do paciente. E desta vez com direito a dente sendo arrancado, perda do controle do intestino e etc. Após alguns palpites errados, House descobre o problema do paciente com um insight durante uma conversa com a Cuddy. Eu não conseguiria explicar melhor que o House:

Tecnicamente é um aneurisma, que pressiona nervos que controlam tudo, desde dores de dente até batimentos cardíacos. Cresce conforme você envelhece, até que finalmente, o botão que chamarei de aneurisma sacular cerebral – pois tinha um amigo na faculdade com esse nome – para o sinal do cérebro para o coração e pronto.

Mas eu gostei mesmo foi do que o House disse para o policial, quando este hesitou em ir atrás do filho. Serviu como um choque de realidade para ele, que no fim acaba tentando se relacionar com o garoto.

Salvar o garoto das dores é uma droga. Não quer nada que não o deixe fazer o que quiser, quando quiser, na hora que quiser. Sempre foi fácil. Desculpe ferrar você.

House - Brave Heart

Chase

Depois do episódio em que mata o ditador Dibala. Depois de enfrentar e tentar escapar da justiça. Agora Chase fica cara a cara com seus demônios e passa a carregar mais fortemente o peso de ter tirado a vida de uma pessoa. Mesmo que essa pessoa fosse um ditador que tirou milhares de vidas.

Ele não consegue ir até o quarto onde estava Dibala. Não consegue se concentrar no trabalho. Sua mente o está corroendo e ele começa a negar qualquer problema. E principalmente, ele não tem coragem de contar a Cameron sobre o ocorrido. E quem já contou uma grande mentira alguma vez, sabe que é das coisas mais difíceis se abrir e que quanto mais tempo passa, pior fica. Ele provavelmente só contará tarde demais e prevejo algo grande acontecendo neste casamento.

Chase vai ficando cada vez mais miserável ao longo do episódio, mesmo com o House tentando acordá-lo deste seu estado, ele não consegue. E foi bem legal ver o doutor tentando ajudar seu pupilo:

Fale com alguém, os médicos me consertaram em sete semanas. Você deve dar uns dez minutos no máximo.

Eu já falei que o Chase se tornou um dos personagens mais interessantes da série, mas faltou falar do Jesse Spencer, que nesses últimos episódios esteve ótimo. E eu nem achava ele lá essas coisas nas primeiras temporadas. Um exemplo disso é uma cena chave no desenrolar de sua história. A sua ida ao confessionário em busca de absolvição. E ali, não ele não travou apenas uma luta contra o padre, mas também contra si mesmo. Pois, enquanto acha que fez tudo certo, que fez justiça ao mundo, algo está queimando dentro dele. Mas ele acha que o preço pela absolvição é alto demais e resolve tentar esquecer de tudo da maneira mais fácil: bebendo. As conseqüências virão nos próximos episódios e estou bem ansioso para ver.

House e Cuddy

Resolvi separar este tópico nessa semana, pois as coisas começaram a ficar um pouco mais fortes. Provocações de um lado e do outro e o clima de rivalidade/tensão sexual parece agradar os dois. Começa com a Cuddy obrigando o House a fazer rondas junto dos residentes. Termina com ele bagunçando a aula. Eu achei bem engraçada a cena onde ele desliga o aparelho e uma das estudantes engasga a paciente.

Ela resolve, então, supervisionar as aulas do doutor. Depois de toda uma cena entre os dois na frente da equipe médica, uma das residentes acerta no diagnóstico: todas essas ceninhas não passam de encenação dos dois. A última cena dos dois comprava bem isso e mostra que é algo consensual entre eles. E gostei da honestidade deles quando ele conta que está tudo bem. Mas, aproveitando tudo, deixarei uma parte do diálogo deles nessa parte. Eu adorei:

Te deixo desconfortável.

Não. Não adianta seguir as regras. Não vai aprender nada.

Achei que era a tensão sexual.

Não houve tensão sexual.

Houve tensão, e fez eu me sentir estranho, então…

House e sussurros

Tá, eu sei que o review já está enorme, mas falta eu falar da parte que mais gostei do episódio. E só percebi isso no final. Pois tudo foi tão bem construído, que me fez ter orgulho da série novamente.

House está dormindo no sofá, mas consegue fazer com que seu amigo lhe ofereça seu antigo quarto para ele dormir. Detalhe que este é o quarto principal da casa, onde ele dormia com a Amber. Até por isso, ele relutou em oferecer o cômodo. Lá fica um pequeno “santuário” de sua ex namorada, com diversas fotos e coisas que o lembram dela.

Eis que quando o doutor está para dormir neste quarto com tantas imagens da namorada morta de seu amigo e que também foi um dos motivos que o fizeram pirar, ele começa a escutar sussurros à la Lost. Intrigado, ele tenta descobrir o que pode ser. Até o ponto onde ele não pode mais negar o que está havendo. Chega até a fazer um exame de audiometria, mas seus ouvidos estão normais. Então ele decide parar com sua tentativa de reaver sua licença médica. Mas ele ainda não descansa em descobrir o que está acontecendo e eis que ele descobre…

E vemos uma cena surpreendente do Wilson falando com sua namorada morta, contando o seu dia a dia, como se ela estivesse ali. E por uma interligação entre os quartos, eis os sussurros que o doutor estava escutando. House confronta seu amigo, que diz que se sente bem fazendo isso. Eu nem sei bem o que dizer sobre, apesar de estranho, só mostra que ele conseguiu superar sua morte, mas ainda quer ter essa ligação com ela. Foi uma bela cena.

Mas se tem algo que me fez ficar com um grande e bobo sorriso no rosto, foi o final deste episódio. Que para mim já entra pra os melhores finais. Aqui vemos um House sem medo de arriscar algo diferente e que para ele até parece bobo. E para mim a cereja no grande bolo que foi esse episódio, são as últimas palavras de Wilson pra Amber. Fecho o review com o diálogo deste adorável fim:

Oi, pai. Posso ter me focado na coisa errada. Mas houve tempos bons… Wilson! Isso é besteira!

Viu? Ele está mesmo melhorando.

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  1. gabriele - 25/11/2009

    concordo com toda a review e realmente a cereja do bolo foi a cena final. A cena acabou o episodio se encerrou e fiquei alguns minutinhos feliz de ter visto o episodio e essa bela cena entre house/pai wilson/amber.

    HOUSE RULES!!

  2. Guilherme - 25/11/2009

    Achei esse o pior episódio de todos, insuportável

  3. bia mafra - 25/11/2009

    excelente review, mas devo acrescentar uma ou duas coisas.
    a cena inicial, o “bandido” corre usando os obstaculos a frente para transpassa-los, isso eh um esporte, existe mesmo, mas não consigo lembrar o nome de jeito nenhum, aparece tambem no filme seguranças do shopping e eh bem praticado na frança.
    2 – que padre eh aquele, alguém quer me dizer. tudo bem, eu não sou católica, mas até onde me foi ensinado, o padre não está lá para julgar e sim para ouvir e absolver. o cara nem para conversar um pouquinho… manda logo se entregar. t udo bem que ele tinha uma certa razão, mas se a igreja depender de padres como esse, rapidinho não existe mais.
    3 – excelente cena da autopsia, o foreman parecia uma menininha gritando. acho que se a thirteen visse aquilo ou ela largaria de vez, ou ela agarraria a oportunidade de ter dois em um so.

  4. Fausto - 25/11/2009

    bia mafra
    O esporte é o Parkour.

  5. Patricia E. - 25/11/2009

    @bia

    O nome desta prática que se popularizou a partir da França é Le Parkour.

    Mas, tirando a abertura, que mais parecia um filme de ação, o episódio foi arrastado, chato. E o paciente da semana e essa história do filho, sei lá, não funcionou pra mim.

  6. Carina - 25/11/2009

    Eu adorei o episódio. menos pela parte médica (mas a cena no necrotério foi impagável), mais pela parte de desenvolvimento dos conflitos dos personagens. O conflito do Chase (que mostra-se um dos personagens mais cheios de nuances da série), a relação/tensão sexual HousexCuddy, as relações WilsonxAmber e Housexpai, foram bem exploradas e desenvolvidas. Me fez ter orgulho de ser fã da série.

    A cena final foi especial. E a amizade e cuidado que o Wilson sente pelo House é algo especial e uma das coisas me mais gosto e admiro na série.

  7. Chelsea - 25/11/2009

    Nossa, eu adorei o episódio, mas ainda achei a premiere e o do Dibala melhores. A abertura foi fantástica, adorei o caso, ponto certo de todo mundo no episódio todo.
    Cenas importantes pra mim:
    1 – Abertura estilo Le Parkour (nada a ver, mas nunca mais consegui ver Parkour sem lembrar de The Office);
    2 – Autopsia (que nao foi autopsia). Fantástica a cena e totalmente inesperada. Eu achava que ia acontecer a mesma coisa que voce pensou, Anderson;
    3 – Chase no confessionário: Eu sempre amei o Chase, mas nessa temporada ele está se tornando um personagem mais denso e sombrio, e, ao contrário da Olivia Wilde que nao segurava o toco com a Thirteen, ele está encontrando o tom.

    A review também foi ótima!

  8. cat - 25/11/2009

    Adoro esse episódio, mesmo sabendo q o Broken é excepcional(claro, querer um melhor q a premiere é demais…obra prima!!!)

    A muito tempo o Chase é um dos meus personagens favoritos e que demonstra sua força em pequenos doses homeopáticas desde a 1ª temporada (vogler, morte do pai e perda da paciente, etc.). Sempre o achei o mais competente entre os pupilos, não um puxa-saco, pq ele sempre admirou o House e via nele como um “pai” por assim dizer. Tem um episódio da 3ª temporada q evidencia essa busca dele por aceitação do house (oq o House quase parte a garotinha ao meio e ainda dá um soco no chase…q é quem descobre o q a menina tem.
    Como disse alguem, ele tem carisma e sabe segurar bem a história que lhe deram….

  9. bia mafra - 25/11/2009

    isso mesmo, estava com parka na cabeça que nao saia de jeito nenhum. rsrsrs.

  10. cleide - 25/11/2009

    beleza de review \o/
    foi um episódio muito legal de assistir e pra mim o Chase sempre foi o melhor dos 3 ducklings

    vale registrar aqui que no final do episódio houve uma cena deletada, em que mostrava um flashback de House onde mostrava um House ainda menino com seu pai
    achei que se não tivessem cortado esta cena a fala do House teria sido mas comovente (bem essa é a minha humilde opinião)

    aqui o vídeo =>http://www.youtube.com/watch?v=hGCJVap-cQg

  11. Pedro Ortega - 25/11/2009

    Não adianta..House pra mim tá indo ladeira abaixo. Vi todas as temporadas, gravo, etc. mas desde a última…putz, tá mto frustrante. Pacientes, plots, pupilos, não ´ta empolgando. O último grande momento foi mesmo a morte da Amber.
    Hj eu assisto por hábito mesmo. Ah, e eu gosto da tirtheen e acho q a Olivia faz um bom trabalho.

  12. vin - 25/11/2009

    o paciente arrancando o dente, o sentimentalismo barato, vai mal assim…

  13. Cristiane Martins - 26/11/2009

    Amei o review, e com todos os detalhes, você explicou bem como foi esse episódio, ver os puplios originais reunidos é otimo, pois mostra que o trio origianl tem mais carisma que Taub e Tirtheen juntos.
    Gostei da abertura, da crise do Chase e principalmente do casal Huddy, eles com certeza tem uma quimíca tão forte que há muito tempo não via em casais de série, mesmo o triangulo amoroso de LOST, acredito que os produtores da série vão explorar muito bem esse tema nesta temporada.
    Quanto ao final eu também, abrí um sorriso ao ver House tem síncero, honesto e tentando buscar uma coerência em conversar com os mortos, foi lindo e mostra que amizade de Wilson é muito verdadeira e importante.

  14. Bia - 27/11/2009

    Sinceramente, esse Chase é um grande pé no saco, fraco e borra-botas. Só a Cameron para aguentar!!!! Adoreiiiii a cena do necrotério, foi 10!!!

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