Review: Grey´s Anatomy – Six Days – Parte 2


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Cena de Six Days - Parte 2
Série: Grey’s Anatomy
Episódio: Six Days – Parte 2
Temporada:
Número do Episódio: 48
Data de Exibição nos EUA: 18/1/2007
Data de Exibição no Brasil: 23/4/2007
Emissora no Brasil: Sony

Six Days – Parte 2 não é um episódio qualquer para a roteirista Krista Vernoff. Ele serviu de homenagem ao seu falecido pai, como mostrou a mensagem “In Memorian of Bob Verne” no fim do episódio. A trama de Harold O’Malley foi assumidamente baseada na doença do pai de Vernoff, que morreu há seis anos atrás de câncer no esôfago. No espaço dedicado aos roteiristas, ela fez um post super emocionada e contou algo muito interessante que aconteceu com ela na época e que fez questão de mostrar em Six Days – Parte 1:

Durante a semana que esperamos sua recuperação após a cirurgia, nós aprendemos que as funções dos rins eram muito importantes para sua recuperação e eu fiquei obcecada, absolutamente obcecada pelo saco onde caia a urina. Eu o checava umas cinqüenta vezes ao dia.

Como disse no meu review da semana passada, a idéia original de Vernoff era que esse episódio não fosse duplo, apenas um mais longo. Essa, sem dúvidas, seria a maneira ideal para um desfecho de impacto. Nesse episódio percebemos que a decisão de alongá-lo foi totalmente errada. As três grandes perguntas deixadas no final de Six Days – Parte 1 foram rapidamente respondidas (veja abaixo) pelos fãs da série assim que o episódio terminou. Six Days – Parte 2 foi apenas à certeza do que imaginávamos ser há uma semana atrás.

01. A morte de Harold O’Malley: Confesso que ainda tinha alguma esperança de Harold sobreviver. Seu personagem foi muito bacana e ficará marcado na série. George pode se considerar um homem de sorte, pois de todos os internos ele era o único que tinha uma família completa. Um pai amigável, uma mãe carinhosa e dois irmãos irritantes, mas de uma maneira saudável. A ABC fez tanto barulho em torno desses episódios que ele não poderia passar em branco. E é justamente nesse ponto que torna a morte de Harold previsível. No final do ano passado, Grey’s entrou em hiato após a exibição de Dont’t Stand So Close to Me (episódio que antecedeu Six Days – Parte 1) e nesses 42 dias de férias, a emissora fez um trabalho de marketing muito forte para promover esse episódio duplo. Essa jogada deu muito certo na questão da audiência, pois nas duas exibições Grey’s Anatomy foi a série mais assistida da semana.

02. O segredo de Addison e Mark: Seriously, não poderia ser outra coisa. No meu review da semana passado perguntei pra os leitores qual seria esse segredo. A Simone, minha colega de TeleSéries e colunista de Criminal Minds, acertou nas mosca e provou o quão previsível era. O motivo de ela ter abortado, foi embasados nas atitudes e na personalidade fria de Mark. Concordo muito com a decisão dela, pois ele nunca seria (e será) um bom pai. O melhor momento de Addison no episódio é na hora da revelação a Callie. Embalada por “Fidelity” da excepcional Regina Spektor, a cena foi uma das melhores coisas do episódio. Já esta até faltando palavras no meu vocabulário para elogiar a Kate Walsh. Magnífica atuação.

03. Izzie pagando a cirurgia da garota: Das três, essa é sem dúvidas a mais previsível. Esse envolvimento emocional que a Izzie tem com seus pacientes não é errado de maneira alguma e é isso que a torna diferente dos outros internos, mas ela não está sabendo separar as coisas e está transformando isso num habito. O engraçado é que ela nem chegou a cogitar que a cirurgia pudesse dar errado. Já imaginaram se a garota morre na sala de operação? Ela não agüentaria levar consigo toda essa culpa e a veríamos mais uma vez aos prantos. Matar a garota nem deve ter passado pela cabeça de Vernoff, mas confesso que gostaria muito de vê-la morta para Izzie acordar e perceber que toda atitude que toma, há sempre duras conseqüências. Gosto demais dela e não gostaria de vê-la pra baixo de novo, mas ela também não facilita.

Já disse uma vez numa das minhas reviews que o TR Knight é o grande nome masculino da série e repito: ele é. O George pode ser imaturo, chato, infantil, idiota e dezenas de outras coisas, mas o ator é muito bom. Nesse episódio ele alcançou um outro nível de interpretação. Ele conseguiu resistir à emoção da perda do pai de uma maneira que mesmo não cedendo, a transmitiu para todos. A cena onde toda a família toma a decisão sobre Harold é emocionante. Foi tão boa que deu pra sentir a dor de todos ali. E no meio de tanta dor, veio à descontração. Jerry soltando um flato bem na hora que todos estavam apreensivos foi hilário.

Eu gosto muito dessa descentralização de tramas que os roteiristas sempre prezaram desde o inicio. Isso faz com que todos os personagens ganham um destaque merecido não se resumindo apenas aos protagonistas. Enquanto Grey’s cada vez mais usa seu elenco de apoio, outras séries diminuem.

Cena de Six Days - Parte 2O quase casal Addison e Alex vive o “day after” de sua quase relação e depois a coroam com o esperado beijo. O Addex (nick criado pelos fãs) agradou tanto que já estão fazendo até campanha para que Private Practice seja um fracasso, assim obrigando Kate Walsh a voltar para Grey’s. Coisa de fanático mesmo, não? Eu gosto do casal, mas minha obsessão não chega a tanto. Eu sou do tipo que gosta de ver o mocinho ir conquistando a mocinha aos poucos com toda a sua inteligência e romantismo. As coisas entre o casal Addex aconteceram todas muito rápidas. Acho que a Addison ficou com o Karev mais por carência, pois aquela história do aborto mexeu demais com seu psicológico. Quando ela viu um “garotinho” cheio de amor pra dar, não resistiu.

O Mark demonstrou ser um cara completamente vazio por dentro, assim como sua participação em Grey’s é vazia e sem nada a acrescentar. A maior burrada da temporada foi a entrada do Eric Dane para a série. Tenho absoluta certeza que ele foi contratado por ser um rostinho bonito, pois sua primeira aparição na segunda temporada causou um alvoroço entre as mulheres. Ele não é um bom ator e seu personagem é o mais fraco e completamente dispensável.

Todo esse drama de George fez Meredith cair na real e ir falar com o pai. Como o O’Malley disse, “a vida é muito curta”. Esse ódio que ela carrega dentro de si é mais pelo fato dele nunca ter ido atrás dela, dele nunca ter tentado uma aproximação com a própria filha. Ela esta absolutamente certa nesse ponto. Imaginem uma pessoa te abandonar e de repente aparecer de volta na sua vida e em doses nada moderadas? É muito difícil.

O relacionamento sem palavras de Cristina e Burke foi algo muito divertido. Surpreendi-me com o Burke tomando partido, mesmo que indiretamente e dizendo sua condição para ela. Essa personalidade forte de Cristina é o que a torna especial. Quando essa mulher coloca algo na cabeça ela defende até o fim. Isso rendeu altas risadas. Ótima atuação de Sandra Oh nesses dois episódios.

Semana que vem George encara a morte do pai de maneira curiosa e Cristina e Callie são surpreendidas.

***

Músicas tocadas neste episódio:

“Here It Goes Again (UK Surf Version)” – OK Go
“Fidelity” – Regina Spektor
“The Way That I Am” – Ingrid Michaelson
“Love Will Tear Us Apart” – Susanna & The Magical Orchestra
“Falling Awake” – Gary Jules
“Life in Disguise” – The Slip

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  1. Simone Miletic - 24/04/2007

    EU AMEI O EPISÓDIO!!

    Eric,

    Tudo bem, foi tudo previsível e em apenas um episódio teria mais impacto, mas foi legal ver cada história se desenrolando no seu tempo, sem pressa.

    Obrigada por responder minha principal questão da noite logo de saída (a homenagem), eu ia até mandar um e-mail perguntando.

    Quanto ao TR também concordo, é que George me dá vontade de bater a cabeça na parede às vezes, mas realmente ele leva muito bem o papel, a ponto de termos um pouco de raiva dele também em algumas situações.

    Espero que a série da Kate dê errado! Sério! Torço pelo futuro profissional dela, mas sua personagem se encaixou tão bem em Grey’s. Fico com a sensação que Grey’s sairá perdendo e o novo seriado também, pois é muito difícil conseguir colocar tanta gente boa com tão bons roteiros em duis seriados. Acho que a franquia CSI nos mostra isso, o elenco da primeira funciona melhor e é muito superior aos das demais.

    Bom, tá quase virando um review do review, fico por aqui (um dia aprendo a ser sintática… ou não).

    Beijos

    Si

  2. Mica - 24/04/2007

    Li por aí que a dra. Callie corre o risco de não voltar para a próxima temporada. Eu sinceramente gosto da personagem, não quero vê-la saindo 🙁
    Eu gostei do episódio, mas não senti a menor empatia com o George. É claro que o drama todo foi bonito e tocante, mas o George em si não me emocionou. Eu me emocionei muito mais com a Cristina do que com o George, dá para acreditar?
    Gosto do Alex e da Adison, mas não quero que seja algo duradouro…
    E cá entre nós, adorei os lençóis vermelhos da Meredith ^_^.

  3. Maikon Rafael - 24/04/2007

    MEU DEUS! Amei o episódio também.

    Grey’s está perfeita. E eu concordo com o Eric. O desenvolvimento do roteiros saiu perdendo quando decidiram dividir o episódio.
    Mas mesmo assim, funcionou. Gosta cada vez vez da Addison. Que atriz perfeita! E também torço bastante para que esse seu novo trabalho dê certo. Concerteza assistirei.

    Não sabia que a morte do pai de George era baseada na morte do pai da roteirista. Muito bacana! Foi uma bela homenagem.

    Eric, você falou absolutamente tudo o que acho do Mark. Sem nada a acrescentar.

    Excelente texto. Muito bom.

    Mica,
    Sério???????? Eu adoro a Callie. Espero que seja só boato.

  4. Rô Floripa - 24/04/2007

    Eu comecei a chorar na cena em que o George faz a barba do pai dele. Aquilo foi muito lindo. Me lembrou muito o meu pai que fazia barba todos os dias (o que deve ser um saco) sempre ouvindo música e de bom humor e geralmente saia correndo atrás da gente com aquela cara toda cheia de espuma. E depois, quando o meu avô materno ficou doente, ele ia a cada 2 dias depois do trabalho na casa do sogro para fazer a barba dele. E, quando foi o meu pai que ficou doente, minha tia é que ia lá em casa fazer a barba dele, por que nós não conseguíamos. Isto é carinho, é o cuidado com os pequenos detalhes. Foi muita sensibilidade dos roteirista ilustrarem desta maneira.
    E achei muita bonita a cena da Cristina com o George no final.

  5. Paulo Antunes - 24/04/2007

    Oi Eric,
    Eu achei este episódio absolutamente brilhante.

    Acho que a questão de previsibilidade não é um problema. Não creio que seja a intenção de Grey´s sempre surpreender. A magia está não está no se vai ou não acontecer, mas em como aconteceu. Além disto, você citou três grandes perguntas, mas deixou as outras duas de fora: a Addison ia ficar com o Alex? Quem ia ceder Christina ou Burke? Estas não tiveram respostas nada previsíveis.

    Ao contrário de você gostei do timing do episódio – apesar de achar que a falência dos orgãos do O´Malley poderia ter sido mostrada mais passo a passo, já que havia tempo.

    Quanto ao Mark, você pode não gostar dele, mas ele esteve ótimo neste episódio. Digo mais, este episódio justifica a presença do Eric Dane na série. Os canalhas também tem crises de consciência, quem diria!

  6. Angela - 24/04/2007

    O que dizer de um episódio que me fez chorar a ponto de soluçar? Inundei meu apartamento…

    Olha e você salvou a minha vida dizendo qual era música que tocou na hora do desabafo da Dra. Addison…Eu fiquei desesperada “preciso saber quem canta essa música!!!!”, eu adoro a trilha do Grey’s, muito muito!Baixei a música do final do epsisódio “Six Days – parte 1″ e ouvi umas 359.000 vezes…Eu comecei a gostar de Grey’s este ano, logo que lançou pensei :”Afff, mais um seriado idiota sobre médicos e hospitais…” e hoje é minha série preferida!

    Adorei seu blog. Descobri o blog pelo ‘Google, o Oráculo’ (tava buscando informações sobre o seriado).

    Agora voltarei aqui sempre!

  7. Cristina L. - 24/04/2007

    Eu ia dar uma nova chance pra Greys, mas aquela cena da Addison e o Alex se esbarrando e repetindo “o bebê está bem” duzentas vezes, dando na caríssima a atração entre eles, foi demais pra mim. No mau sentido.

  8. Gui Barranco - 24/04/2007

    Também gostei muuuuito do episódio, e não me incomodou nada o fato de não ter tido grandes revelações. Como o Paulo Antunes disse, não importa se vai ou não acontecer, mas sim como acontece… Acho esse o diferencial da série.
    Não gosto muito do personagem do George, mas a atuação do TR… foi simplesmente perfeita, demonstrou muita contenção, e ao mesmo tempo muita profundidade, não foi um sofrimento “a la pastelândia”, mas a carga emotiva estava evidente, a dor era quase palpável.
    De resto adorei os desempenhos da Addison, da Callie e da Bailey chorando no final.
    A Callie mostrou o quanto está envolvida na vida do George, e só se ele for um idiota ele vai deixar ela escapar…
    E, by the way, adorei os lençois vermelhos também… hehehehehe

  9. thiago - 24/04/2007

    Todos sempre lembram do “fracasso” CSIs.

    Mas temos um sucesso, veja Buffy e Angel, duas séries com ótimo elenco e ótimo roteiro.

    Espero que sim, Private Practice seja tão boa quanto GA e faça muito sucesso.

  10. Barbara - 24/04/2007

    Nossa… eu não achei o episódio tuuudo isto e muto menos o ator que interpreta o George ser tuuudo isto.
    Foi um bom episódio, mas nada tão ‘brilhante’.

  11. Eric Fernandes - 24/04/2007

    Simone,
    Larga de ser pessimista, mulher!! hahuahuhahua! Eu torço para que essa nova fase da vida dela dê muito certo, mesmo odiando sua saída! E pode comentar a vontade, não esquento com o tamanho do post. Eu leio tudo!

    Mica,
    Também fiquei sabendo disso e não gostei nadinha. Estou contigo e não gostaria de vê-la fora da série. E dá pra acreditar sim! hahahauhauh. Quando vi o episódio pela 1ª vez, também não me emocionei com ele e sim com ela. Alias, a cena da Cristina no fim do episódio foi demais.

    Maikon Rafael,
    Valeu! Sim, sim. Grey’s está ótima e a tendência é só melhorar.

    Rô,
    Que bacana você contar isso. Nunca aconteceu nada parecido comigo, mas imagino como você deve ter se sentido. Foi emocionante demais a cena.

  12. Eric Fernandes - 24/04/2007

    Paulo Antunes e Gui,
    Olá. A impresíbilidade torna o episódio mais gostoso de se assistir (Ex. A trégua de Burke! Estava certo que seria ela a “perdedora”). Adoro ser surpeendido, negativo ou positivamente. A intenção deles não é inovar, como disse o Paulo Antunes, mas será que eles vão ficar esperando telespectador desinteressar pra perceberem que talvez estão tomando um caminho errado?
    As duas outras perguntas não citei justamente por serem imprevisíveis demais, já que estava falando da previsibilidade do roteiro. Quanto ao Mark, não gosto da personalidade fria e vazia dele. O dia que eu ver ele tomar uma atitude de coração, serei o primeiro a elogiar.

    Angela,
    A minha intenção é facilitar a vida de todos! E eu também escutei essa música 359.00 mil vezes!! hahuauhahu. É muito boa. Olha, e volte sempre, viu? Beijos.

    Cristina L.,
    Você está muiro exigente, poxa! Dê mais uma chance a série, vai.

  13. Rô Floripa - 25/04/2007

    Eric,
    Acheo muita sensibilidade no roteiro. Estes pequenos gestos é que demonstram o amor que temos pelos outros. Não são os atos heróicos, deseperados, estes acontecem muito, muito raramente, é o dia-a-dia, é o cuidado simples com o outro. É fazer a barba do pai que está doente para que ele fique mais bonito, para conforto dele e da família que está por perto e pode ver aquela pessoa do jeito que ela era e não com aquela feição abatida de quem está acamado e barbado. É o cuidado da Izzie, deixando o chão do banheiro limpo, caso o amigo queira se deitar lá, como quando ela passou pela mesmo situação. Neste episódio, não tivemos grandes situações dramáticas ou atuações exageradas, mas por isso eu me sensibilizei tanto. Foi delicado, com uma situação tão traumática.

  14. Gard - 04/05/2007

    Amei o episódio!!! Muito lindo!! A cena final entre o George e a Cristina foi linda demais!!! Parabéns aos dois atores!!! Simples e emocionante!!!

  15. michele - 20/06/2007

    gente alguem sabe me dizer qual é a musica que toca no fim de cada episodio???

  16. Maria - 30/05/2009

    amu greys anatomy tantu q to fazendu meu amigo baixar todos os episodios,amei o do pai do george chorei pra caramba,greys anatomy faz a gente dar valor para certas coisas..tbm adoru as frases da grey no final..é simplesmente perfeitu…bjuh…

  17. Monique - 08/01/2018

    É engraçado pensar nesse post 10 anos depois… Claro que odiávamos Mark! Claro que achávamos que ele seria um péssimo pai (e NUNCA da filha da Callie).
    E JAMAIS achávamos que sofreríamos tanto com a morte dele.

  18. Denize - 24/08/2018

    Essa série não morre nunca, você assiste dez vezes e se emociona do mesmo jeito!

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