TeleSéries
Review: Fringe – The Arrival
14/04/2009, 10:27. Paulo Serpa Antunes
Opinião, Reviews
Fringe, Lost, The X Files
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Série: Fringe
Episódio: The Arrival
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 4
Data de Exibição nos EUA: 30/9/2008
Data de Exibição no Brasil: 7/4/2009
Emissora no Brasil: Warner
O primeiro colunista do TeleSéries a escrever sobre MacGuffin foi o Juliano Cavalcante. Ele resgatou o termo popularizado por Alfred Hitchcock, usado para descrever o elemento do roteiro que serve de pretexto para a ação da história, em uma resenha do final da segunda temporada de Lost (aqui).
O exemplo clássico de MacGuffin são os documentos secretos que um espião tenta roubar em um filme – os papéis não servem para absolutamente nada além de desencadear uma série de acontecimentos, e o telespectador nunca sequer saberá o que existe neles. (No seu texto, o Cavalca fazia um leitura radical de Lost, dizendo que a ilha era um MacGuffin. Hoje, com os personagens da série viajando no tempo e a ilha viajando no espaço, é provável que ele já não pense mais assim).
Bom, mas aqui o tema é Fringe e não vou teorizar nada. O episódio The Arrival caberia perfeitamente como ilustração de MacGuffin em qualquer aula sobre cinema. Temos um cilindro que viaja pelo centro da Terra, que aparece misteriosamente no começo do episódio e ao final dele some misteriosamente. Mas poderia ser um satélite que caiu do céu, um artefato que criasse desastres naturais, alguma invenção do Rambaldi, um falo gigantesco, qualquer coisa.
O objeto não serve pra nada.
O objeto apenas dispara os acontecimentos que movimentam o grande arco conspiratório de Fringe, que são:
1) Apresentar o Observador, o carequinha que está presente em todos os lugares onde o padrão se manifesta.
2) Mostrar que a Olivia é super perspicaz (preferia que ela tivesse outra qualidade, já que ela faz trio com um cientista brilhante e seu filho super dotado).
3) Criar um pretexto para manter Peter integrado ao projeto: ele agora quer respostas.
4) Aproximar Peter e Walter.
5) Aprofundar a mitologia da série (Walter foi salvo pelo Observador no passado).
A grande questão aqui é que num filme de Hitchcock você aceita que ele te trapaceie, com um MacGuffin qualquer, se ele te entrega grandes imagens, um grande final e especialmente um grande filme.
Em Fringe, bom, tudo é uma grande enrolação.
O lado bom do episódio é que ele quebra um pouco do padrão “procedural” que a série vinha apresentando até aqui, mostrando, por exemplo, Walter quebrando as regras e fugindo com o aparelho. O lado ruim é que mais uma vez a série vem com um desenvolvimento tosco – temos mais um super criminoso sem identidade que mata meia dúzia de agentes (repare que ele tortura e mata um ex-colega de Olivia e ela nem fica sabendo) –, e uma resolução boba – a super perspicaz Olivia mais uma vez sai a campo sem reforços e mais uma vez termina a missão como começou, sem evidências, sem prisioneiros, sem nada.
Mistério plantado da semana: O grande charme do episódio é apresentar o Observador, que já nasce com potencial para ser um dos grandes personagens misteriosos da TV americana. Só acho uma pena que já na sua primeira aparição, Broyles o apelida de Observador. Seria legal chamar o personagem de Bald Man with no Eyebrows por algum tempo. Me fez lembrar direto do The Cigarette Smoking Man de Arquivo X, que aqui no Brasil acabou ganhando o péssimo apelido de Canceroso.
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Eu continuo achando Fringe uma grande enrolação. Vi 4 episódios e pretendo ver o resto, porque prender as pessoas é algo que JJ faz bem, mas sempre fico com aquela sensação de que já vi isso em algum lugar. E feito melhor.
Como a série mesmo se vende assim, posso então dizer que essa sensação vem diretamente de… Arquivo X, claro. Que continua sendo a melhor série de sobrenatural já feita. Só lamento, mas tudo que veio depois foi cópia de AX. Podem dizer o que quiser.
Ah, e Cigarette Smoking Man não ganhou nome de Canceroso no Brasil. Na própria série ele passa a ser chamado de Cancer Man em um certo ponto.
Eu gosto de Fringe, você sabe disso, mas o que eu gosto mesmo são desses seus reviews, tenho me divertido muito. E olha que eu nem vi esse episódio ainda.
Beijo
Puxa vida, como todo mundo é crítico com relação a Fringe! Existe muita série por aí que é muito pior e ninguém reclama (In Plain Sight me vem à mente). Claro, Fringe teve uma grande campanha de marketing associada, mas não nos esqueçamos que o objetivo é o entretenimento. Concordo que há coisas ridículas, por exemplo, se alguém, algum poder, alguma espécie alienígena ou seja lá o que for, quisesse enviar um observador à Terra, porque não lhe daria uma peruca? É claro que a série seria terrivelmente mais chata sem estes deslizes. Pessoal, relaxem e curtam uma série que até agora diverte.
Resposta do Editor: Pô Cláudio, eu adoro In Plain Sight, uma série policial que tem um lado humano forte e consegue fazer episódios sem uma única cena de ação! Sobre o observador, uma ressalva, a premissa de Fringe sugere que não existem aliens na série – é mais provável que o observador tenha nascido num laboratório do que vindo do espaço!
Gosto da serie, mas ela peca por alguns erros bestas; tais como – Olivia dentro do FBI e sai a caça do “torturador”(no cemiterio sozinha?
Mulher Maravilha Agora??????????
Cláudio – tbém não gosto de In Plain Sight
Deve ser por eu ter lido tantas críticas negativas para os primeiros episódios, mas estou surpreso com o quanto estou gostando de Fringe. Para mim, é como se Abrams, Kurtzman e Orci pegassem o lado sci-fi “crível” de Alias mas colocassem Rambaldi como um dos protagonistas.
Meu receio era que Abrams fosse apenas fazer o piloto e pular fora para se dedicar ao seu próximo filme, mas ele já co-escreveu 3 dos 4 primeiros episódios, o que acho bastante encorajador. Em Lost, por exemplo, ele só co-escreveu um episódio depois do piloto. Espero que ele continue envolvido em Fringe, pelo menos até o final da temporada.
Eu gosto de Fringe. Não dá para comparar com nada. Cada vez que fazemos isso nos decepcionamos. Arquivo X foi em outra época, nossas cabeças eram diferentes e por aí vai. Eu também amava Arquivo X. Mas concordo que Fringe é bem melhor que algumas séries “mornas” que passam por aí tipo The Mentalist (que não tem nada de expecional), Eleventh Hour, etc.
Quanto a In Plain Sight eu gosto muito. Estou com o editor. Parabéns pelo post (elogiando ou criticando ele sempre é bom).
E se “o objeto que não serve pra nada” neste episódio, servir pra alguma coisa no futuro? A série não vai acabar amanhã…
Claudio, concordo com você: relaxem e curtam. E também não gosto de In Plain Sight.
“Ah, e Cigarette Smoking Man não ganhou nome de Canceroso no Brasil. Na própria série ele passa a ser chamado de Cancer Man em um certo ponto.”
Se não me engano, foi na segunda temporada, quando Mulder e Skinner discutem, e Mulder se refere a ele como Cancer Man.
Se não me engano, foi na segunda temporada, quando Mulder e Skinner discutem, e Mulder se refere a ele como Cancer Man.
Segunda temporada, episódio Ascension. 🙂
Olá Paulo , bom não sou muito fã assim de Fringe , mas só para deixar a notícia de que a tv brasil irá exibir apartir de sexta feira se não me engano Twin Peaks , bom ai deixo minha sugestão , quem puder ver é uma série incrivelmente boa , e continuo achando Fringe uma xerox de algo que já foi feito mas tudo bem um abraço a todos
Eu acho que não adianta reclamar da excessiva cobrança que o publico e a crítica fazem em cima de Fringe.A culpa é da própria FOX que fez propaganda gigantesca prometendo a nova sensação da tevê e ainda por cima criada com a colaboração do roteirista pop star J.J. Abrams.
O estardalhaço feito pela emissora foi tão grande, que ela chegou a mudar de dia e horário House seu drama mais visto, apenas para servir de lead-in para Fringe.
E o resultado final é uma série boa mas que está longe de ser aquilo tudo que prometeram, então o publico vai cobrar a promessa e com razão.
bem, ate agora venho gostando de fringe, apesar da olivia nao me convencer e das falhas que todo filme de ação tem. nao comparo nunca a arquivo x. arquivo x era um drama com duas pessoas lutando contra o mundo. fringe me parece mais ação e tres pessoas sendo enganadas pelo mundo. e para mim, nada eh melhor que arquivo x ou la femme nikita, minhas series favoritas. e nem adianta falar mal de nikita, porque nao adianta, eu adoro.
quanto a series ditas como ruins, so vi um episodio de in plain sight e achei boazinha, mas the mentalist eh muito boa… bem engraçada, eu gosto desse humor mesclado com ação ou drama.
e ainda continua a comparação de Fringe com outras séries… tsc tsc tsc
Outra emissora que parece estar querendo arrumar sarna pra coçar é a ABC.A rede vem anunciando seguidamente Happy Town como “o novo Twin Peaks”, se o resultado final não for no mínimo sensacional o publico também vai cobrar exaustivamente.
Eu fico surpreso é com o fato de nenhuma rede até hoje haver prometido “o novo Seinfeld”.
Quanto ao tal objeto, talvez ele não seja um Mac Guffin e futuramente volte a ser mencionado ou analisado em algum episódio mitológico.
Tá dificil engolir Olivia sempre indo a campo sozinha…
O review está ótimo, parabéns! Só acrescentaria que além de sem cabelos, o Observador também não tem sentidos (gosto, pelo que comeu na lanchonete, nem frio, pela conversa do Walter), e aparentemente também não envelhece.
Como será que Walter conseguiu se comunicar com o Observador para se encontrarem na lanchonete?
P.S. “Existe muita série por aí que é muito pior e ninguém reclama (In Plain Sight me vem à mente).”
Eu também gosto de In Plain Sight. Só acho ue Mary McComarck não precisava de colágeno no lábio superior (o que parece ser moda agora nos EUA) – ela estava muito bem quando participou do arco sobre a África em ER com Carter.