TeleSéries
Review: Fringe – Power Hungry
20/04/2009, 11:30.
Paulo Serpa Antunes
Opinião, Reviews
Fringe, Lost
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Série: Fringe
Episódio: Power Hungry
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 5
Data de Exibição nos EUA: 14/10/2008
Data de Exibição no Brasil: 14/4/2009
Emissora no Brasil: Warner
Está na hora de falarmos do elefante branco que está bem no centro da tela de Fringe. Porque de todos os erros que o JJ Abrams e cia. cometeram na concepção da série, que não são poucos, existe um que é especialmente imperdoável.
Afinal, JJ Abrams colocou no mapa Keri Russell. Levou Jennifer Garner ao estrelato. E revelou Evangeline Lilly (aqui cabe parênteses: sei que hoje muita gente não suporta a Kate, mas nunca achei que fosse um problema de atuação, apenas acontece que em Lost os vilões e coadjuvantes são sempre mais interessante e acabam roubando a cena).
Então, como um produtor que até então escolhia as protagonistas de suas séries com precisão cirúrgica me comete o disparate de trazer para a América a Anna Torv? (Ou, como eu costumo chamar carinhosamente, a Anna Me Estorva).
Fringe é o tipo de série que exigiria, pra fazer sucesso (e pra mim a série ainda está longe de ser um sucesso), um protagonista carismático. Qualquer executivo da Fox sabe disto – o canal revelou David Duchovny, ressuscitou a carreira do Kiefer Sutherland, descobriu a Emily Deschanel e, bom, o mais alto padrão de talento do canal na atualidade é Hugh Laurie. A Anna Me Estorva infelizmente está há vários passos atrás deles (e tem gente que diz o mesmo de Lena Headey e Eliza Dushku, mas isto é tema pra outra review). Falta carisma. Falta tempero. Falta sal. Ela é insossa.
Claro, a culpa não é necessariamente dela. Eu acho que há problemas também no desenvolvimento da personagem da Olivia Dunham, e ela não contribuiu para saná-lo. A personagem de Dunham desde o primeiro minuto na tela me remeteu a Clarice Starling, a personagem de Thomas Harris do livro/filme O Silêncio dos Inocentes. Sterling é acima de tudo uma intelectual. Dunham não necessariamente. Ela vai progredindo (não só no FBI, já que até proposta de trabalhos já recebeu da Massive Dynamic) na base de um senso de observação aguçado (porque nenhum episódio até aqui falou em formação acadêmica), mas não deixa de ser atlética, corajosa e de querer resolver as coisas sozinhas (ela não parece trabalhar em equipe, mas em momento algum nunca ninguém a critica por isto).
É como se Olivia Dunham fosse uma tela em branco, uma personagem sem passado, sem história, sem personalidade. E deve ser complicado pra qualquer ator trabalhar assim.
O roteiro deste episódio, Power Hungry, mostra um pouco isto, desta falta de definição do que é a personagem. Olivia tem três contatos com o falecido John Scott. No primeiro tenta matá-lo, no segundo se esquiva de medo, no terceiro corre atrás dele e se deixa beijar por ele. Não é estranho?
Scott, agora sabemos, está aparecendo para ela como um efeito colateral dos acontecimentos do episódio piloto, onde ela se submeteu a uma experiência do doutor Bishop para contatá-lo quando ele estava em coma. Agora, suas memórias e sua consciência estão ligada a dela.
E isto é mais uma problema para o desenvolvimento de Olivia: até aqui ela resolvia quebra-cabeças sozinha. A partir de agora isto não precisa mais acontecer: como Scott estava completamente inteirado do padrão, ele mesmo poderá dar todas as pistas que ela precisa para resolver seus casos.
Pra não dizer que não falei do episódio: um rapaz em situações de stress acaba gerando descargas elétricas – ele havia sido cobaia de outro doutor maluco, chamado Jacob Fischer. No caminho ele acaba acidentalmente matando e ferindo uma pá de gente. O que eu gosto aqui é que é o segundo episódio que não envolve diretamente a Massive Dynamic. E é o primeiro episódio onde o FBI consegue prender o vilão e ainda manter a evidência do padrão (colocando sob custódia o homem-elétrico).
Só não gostei que Peter, pela segunda vez em cinco semanas, salva a pátria. Não sei exatamente porque: se é um desejo machista dos roteiristas de colocar um homem em ação, ou se é a simples necessidade de colocarem o Joshua Jackson fazendo algo mais do que tocar piano durante o episódio.
Mistério plantado da semana: No final do episódio é revelado que John Scott possuia um esconderijo onde reunia informações sobre o “padrão”. Mas a gente sabe, pelo que sugere o piloto, que ele não estava agindo sozinho.
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Sobre as protagonistas, eu gostava da Keri Russel, gosto relativamente da Evangeline Lily, mas odeio (como atriz, eu digo) a Jennifer Garner. Era ela a coisa que eu mais odiava em Alias.
Dito isso, concordo que a Ana Torv é insossa e que sua personagem carece seriamente de desenvolvimento. Por outro lado, eu gosto muitíssimo do John Scott. Acho que ele é o personagem que eu mais gosto. Bom, também adoro o Peter, apesar dele ser subaproveitado na série. Mas a personalidade dele me cativa.
Quanto ao episódio, faz muito tempo que assisti, não lembro os detalhes (pra variar).
Vamos por partes.
A única atriz que estrelou série de JJ que realmente subiu na carreira foi a Jennifer Garner.
Keri Russel não faz nada relevante e Evangeline Lilly… really?
No começo da série, achei que realmente a Anna Torv fosse o grande problema, mas não é. O problema é a falta de personagens interessantes e carismáticos, e isso não é tanto problema dos atores, mas dos roteiristas. Tirando Walter Bishop, os outros personagens são bem fracos.
O paralelo com Clarice Starling (essa é a grafia correta) não existe. A única semelhança entre as duas é que são agentes do FBI. E olha que nem isso, porque a Starling, no Silêncio dos inocentes, nem agente era, era estagiária.
Acho que a vagueza com que os roteiristas tratam do passado de Olivia é intencional, eles vão revelando aos poucos, no ritmo deles e dos executivos da Fox (já li entrevista com os produtores em que eles dizem mais ou menos isso).
Tirando o grande problema da falta de personagens principais interessantes, acho que a série é um trunfo sim, porque consegue uma audiência muito boa e sólida, calcada apenas na história da semana.
Em tempo: eu gosto muito da personagem Olivia e da caracterização da Anna. Mas isso só foi acontecer lá pelo décimo episódio.
Resposta do Editor: Rafa, obrigado pela correção do nome. Sobre as atrizes, a questão não é se elas fizeram algo relevante, mas se são talentosas ou não.
Até agora – alem da beleza de Ms.Estorva – o melhor de Fringe é Walter Bishop – e o ator que o faz.
Também acho que a culpa não é toda da atriz… A personagem é mesmo insossa e essa falta de um passado e de uma vida pessoal não geram identificação com o espectador.
Eu só comecei a gostar mais da Olivia quando *mini spoiler* entram na série a irmã dela e a sobrinha. Pois passou a ter aquilo que faltava: a gente ver a Olivia fora do FBI, fora do trabalho e se relacionando com sua família. Isso humanizou a personagem um pouco mais. Também não lembro mais desse episódio do review (faz muito tempo que assisti) e não sei se ainda falta muito pra irmã e sobrinha dela entrarem na série…
Sobre Jennifer Garner, discordo totalmente da Mica! Jennifer Garner era a ALMA de Alias! A série não seria nada sem ela, que merecia ter ganho Emmys e Globos de Ouro durante todos os anos de exibição da série! Jennifer Garner é maravilhosa, como atriz, como pessoa, enfim, eu amo essa mulher!! =D
Jennifer Garner é um desastre fazendo comédia, mas aquelas cenas de ‘puxa vida, como eu sou desgraçada’ em ALIAS não deixavam a desejar.
A Evangeline tem suas limitações, mas creio que 90% da implicância com ela ocorre pelo simples fato de ela ser uma mulher absurdamente deslumbrante e adorável. Isso irrita as pessoas.
Eu só gosto da Jennifer Garner fazendo o papel de garota comum. Ela me irritava profundamente em Alias.
Em Alias eu gostava primeiramente do Bradley Cooper, depois da Melissa George e enfim do David Anders. Eles foram Alias para mim. E, é claro, Lena Olin (brilhante!).
O biquinho da Jennifer Garner e a cara sempre igual dela (e incrivelmente marcante, pq Jennifer tem um rosto bem peculiar e chama a atenção e ninguém esquece) me irritavam em um papel que ela deveria ser diferente a cada episódio.
Mas como o assunto não é Alias e sim Fringe, sou obrigada a concordar que embora Olivia seja insossa e a Anna Torv não seja nenhuma super atriz, a personagem vai se desenvolvendo aos poucos. Não com a rapidez que eu gostaria, mas está crescendo. Mas acho que Anna ainda não está a altura da personagem. Quero dizer, ainda não traz aquela interpretação que nos faz amá-la e não poder ficar sem vê-la na série. Cá entre nós, eu gosto muito mais do Kirk Acevedo . Mas quem sabe? Talvez com o tempo a coisa vai crescendo e vamos nos integrando melhor à vida deles e principalmente às suas motivações.
“Falta carisma. Falta tempero. Falta sal. Ela é insossa.”(2)
E seria bom também incluir”Falta beleza” e neste quesito aliás é que ela mais perde para Evangeline Lilly, Keri Russel e Jennifer Gardner.
“como Scott estava completamente inteirado do padrão, ele mesmo poderá dar todas as pistas que ela precisa para resolver seus casos.”
Isto parece sugerir que o Scott vai se tornar o Garganta Profunda,o Sr.X,a Covarrubias de Fringe.O episódio anterior apresentou um personagem que parece ser o Canceroso da vez.
Assim sendo fica difícil não continuar comparando Fringe a Arquivo X haja visto que os roteiristas copiaram inúmeras coisas da clássica série dos anos 90.
“odeio (como atriz, eu digo) a Jennifer Garner. Era ela a coisa que eu mais odiava em Alias.”
Sinceramente, não achava ser possível gostar de Alias sem gostar da Sydney Bristow/Jennifer Garner, afinal ela participava de + ou – 40min dos episódios em 45.
“O biquinho da Jennifer Garner e a cara sempre igual dela (e incrivelmente marcante, pq Jennifer tem um rosto bem peculiar e chama a atenção e ninguém esquece) me irritavam em um papel que ela deveria ser diferente a cada episódio.”
É impossível você realmente pensar isso. A Jennifer Garner fazia, pelo menos, mais um personagem em Alias por episódio, que era bem diferente da Sydney Bristow. Ela falava outras línguas, utilizava sotaques diferentes e até suas expressões facias mudavam. Acho que isso pesou muito para que ela fosse indicada sempre ao Emmy e ao Globo de Ouro (exceto no último ano, acho).
“Só não gostei que Peter, pela segunda vez em cinco semanas, salva a pátria.”
Concordo. Acho que a série ganharia mais sem o Peter e a perda de tempo em colocá-lo nas histórias. Vendo Fringe, parece que Joshua Jackson só foi contratado para ter alguém conhecido como personagem principal, e, agora, os produtores precisam dar espaço para ele.
“eu gosto muito da personagem Olivia e da caracterização da Anna.”[2]
Acho que o fato de Olivia Dunham ser um tanto quanto misteriosa se deve aos acontecimentos do episódio piloto e de toda a sua desilusão. Gosto da Anna Torv.
Desde a primeira review eu já criticava a CigANNA (Sacaram?? Hein?? Hein????) Igor Torv. Vejo problemas em um personagem quando torço fervorosamente por sua morte.
Quando ela é a protagonista, o problema é um pouco pior…
Sei que o assunto não é alias.Mas tenho que registrar que não concordo com o que foi dito de Jennifer Garner.Ela era a “grande protagonista” da série.
Quanto a série fringe, o personagem mais carismático é o doutor maluco.
Por enquanto considero uma personagem “neutra”…vamos esperar para ver.
Pra mim o que é mais interessante em Fringe é que não me esqueço do dia, da hora e sempre espero pelo próximo episódio.Anciosamente? Não. Mas com uma ponta de curiosidade sobre qual será o caso da vez.
E não esquecer o dia, a hora e esperar com uma certa expectativa é mais do que posso dizer de todas as séries que acompanho atualmente. Exceção feita a B&S.
Concordo plenamente como Osorio. Tambem torço pela morte dela (que parece que nao vai acontecer tao cedo). Podia ser o gancho para segundo temporada.
A culpa é dela sim. Limitadíssima como atriz. Toda série em início é assim mesmo, os atores têm que tatear até encontrar o tom da personagem. MAs com ela a cosa vai ser a fórceps…
Acho que temos que dar uma chance para Fringe, é uma série muito interessante e trouxe um novo tipo de série. O que não deixa satisfeito sobre a personagem da Olivia é a sua extrema independência e dedicação ao trabalho, realmente gosto dela por ser uma personagem feminina diferente das dramáticas mulheres retratadas por aí.Mas com certeza o grande protagonista da série é Joshua Jackson, que desde Dawson´s Creek se mostra muito mais que os outros com quem trabalha.
PS: quanto a Kerri Russel, ela pode estar meio desaparecida por aqui, mas embarca em bons projetos nos EUA e Felicity foi a primeira série do tipo, realmente marcou época.
Li algo em que J.J. Abrams fala sobre a escolha do papel de Olivia, e diz q tinha mtas atrizes boas, mas só com a Anna Torv q ele teve um estalo. Eu gosto muito da Anna.
Homem eletrico? Eu acho que já vi isto em … Arquivo X!!!
Gosto de Anna Torv, boa escolha de JJ Abrams, bonita e traz a seriedade q Olivia precisa, perfeita para o papel.