TeleSéries
Review: Fringe – In Which We Meet Mr. Jones
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Série: Fringe
Episódio: In Which We Meet Mr. Jones
Temporada: 1ª
Número do Episódio: 7
Data de Exibição nos EUA: 11/11/2008
Data de Exibição no Brasil: 28/4/2009
Emissora no Brasil: Warner
Eu ando com uma teoria nova. Veja bem, é só uma teoria. Como ainda está em desenvolvimento ainda não preenchi todos os aspectos dela e nem bolei um nome decente. Bom, ma tenho um título provisório: é a “Teoria da Divinização”.
A Teoria é a minha tentativa de explicar as cagadas que os roteiristas de TV fazem. Ela parte da seguinte observação: toda vez que um roteirista entra num beco sem saída numa história, para tentar resolvê-la, ele acaba dando poderes divinos aos personagens. Isto irrita telespectadores chatos como eu, que exigem verossimilhança dos seriados. E, pior, acaba gerando um círculo vicioso – já que no próximo episódio o personagem está mais forte e será preciso de uma ameaça ainda maior para prender o telespectador na tela.
Fringe a recém está começando, mas também está se mostrando sujeita aos efeitos da “Teoria da Divinização dos Personagens”.
Onipresença – É o poder do Jack Bauer, se deslocando em pouquíssimo tempo de um lugar para outro, passando a sensação de que o personagem está em todos os lugares. Em Fringe também vemos algumas coisas assim, onde o roteiro ignora o tempo em prol da ação.
Neste episódio, em que um parasita envolveu o coração de um agente do FBI, Olivia vai até a Alemanha tentar interrogar outro cientista maluco, David Robert Jones. É a segunda viagem internacional dela, que foi e voltou e nem sentiu um jet lag! Claro, este é um problema menor, especialmente se o episódio é bom e este foi bacana.
Aliás, Fringe tem um sério problema geográfico pra reseolver. Apesar das manifestações do padrão serem globais, tirando um episódio em que o acontecimento ocorreu em Nova York (ainda assim, na Costa Leste), em todos os demais a ação aconteceu em alguma cidade de Massachusetts. A ação tem que ser perto para que a investigação aconteça sempre no laboratório do Walter. Não é gozado que tudo de excêntrico que aconteça nos Estados Unidos ocorra sempre na mesma região?
Onisciência – é a capacidade de saber tudo, deter todo o conhecimento. É a que menos atrapalha na TV. Mas ocorre também. E a facilidade com que se obtem informação nos procedural dramas irrita muita gente: quem não fica puto quando num drama policial os peritos pegam uma imagem de uma câmera VHS e ampliam a imagem 100 vezes, passam um filtrinho e conseguem uma imagem em ótima definição do criminoso?
O acesso ilimitado a informação livra a cara dos roteiristas de escrever umas boas páginas de roteiro. Em Fringe nós vemos isto acontecer com frequência, eliminando a investigação e ocasionalmente irritando o telespectador (bom, pelo menos a mim). Aqui, o código de DNA do parasita revela a sigla ZFT, que Olivia lembra de ter encontrado nos arquivos John Scott (estes arquivos vão ser usado como fonte de informação até o fim da série, certo?) e imediatamente Broyles liga a sigla a um cientista preso pela Interpol em Frankfurt. Tudo num estalar de dedos. A gente é que fica com cara de bobo acreditando nisto tudo.
O lado positivo é que finalmente deram uma utilidade para a Astrid. É ela que percebe que a seqüência repetida de DNA contém mensagem transmitida usando a cifra de César.
Onipotência – A capacidade de poder fazer tudo. É quando o herói se torna um super-herói e quando o super-herói se torna um semideus. Os dois exemplos mais clássicos disto, pra mim, estão nas séries Charmed e Heroes.
Quando Charmed começou, as bruxas tinham uns poderes bacanas e faziam umas poções pra derrotas demônios. Sete anos depois as mulheres fazia tudo, até explodiam demônios com as mãos. A cada poder conquistado aparecia um inimigo ainda mais furioso e o circo ficava ainda maior. E também foi a onipotência que acabou com a credibilidade de Heroes – nas viagens no tempo de Hiro na imortalidade de Claire – replicada em outros personagens (Peter e Sylar) e servindo para ressuscitar mortos (Mr. Bennet e Nathan). Qual a graça de uma série em que ninguém corre risco real, onde tudo pode ser desfeito e ninguém precisa morrer? Agora vemos Heroes tentando consertar a mancada, criando remendos. Tarde demais.
Em Fringe a onipotência ocorre no laboratório de Walter – aos poucos tudo vai se tornando possível dentro daquele lugar. No primeio episódio, Walter colocou Olivia num tanque para conversar com o inconsciente de John Scott, ok, ele estava em coma, não tinha morrido. Na semana seguinte usou um aparelho para mostrar as imagens gravadas na retina de uma mulher morta. Agora ele conduziu um interrogatório com uma pessoa morta. Porque raios ele não usou este recurso da primeira ou da segunda vez?
Alguém vai dizer que foi por conta dos seus problemas de concentração. Mas a questão é que cada recurso novo que Walter usa é uma habilidade nova que entra no rol das habilidades deste grupo de pessoas. Vai chegar o momento em que as habilidades serão tantas que provavelmente os roteiristas se esquecerão que algo que já foi feito poderá ser usado para resolver um problema novo. Ou ainda, para puxar ainda mais o limite das histórias, cairão na tentação ir mais fundo na divinização: depois de Walter ler a retina de um morto e entrevistá-lo, quem não garante que daqui a pouco ele lembrará de que é possível ressuscitá-lo?
Mistério plantado da semana: A teoria da conspiração começa a tomar forma com o surgimento das letrinhas ZFT, a sigla de um grupo que estaria traficando progresso científico ao redor do mundo, como se fosse um grupo terrorista, dividido em células. Pra mim isto não faz muito sentido mas, convenhamos, é uma mitologia toda nova e original que Fringe está criando. Se é boa ou não descobriremos adiante.
O agente infectado, Mitchell, é o espião do FBI e tudo aparentemente foi uma armação para descobrir onde um tal de gentleman vive. Em Little Hill.
Agora sim, sete semanas depois, a mitologia da série finalmente me capturou. Só espero que não divinizem Fringe.
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Paulo, muito obrigada! Eu, com minha péssima memória, estava tentando lembrar quem era David Robert Jones e não conseguia de jeito nenhum.
Paulo, Seus comentários sobre Fringe são ótimos. Apesar de tudo eu gosto muito da série e espero não me decepcionar.
“Apesar das manifestações do padrão serem globais, tirando um episódio em que o acontecimento ocorreu em Nova York (ainda assim, na Costa Leste), em todos os demais a ação aconteceu em alguma cidade de Massachusetts”
Pelo menos neste ponto a série está conseguindo se distinguir de Arquivo X.Em The X-files os agentes viajaram por todos os EUA ao longo das nove temporadas.
Talvez esta concentração de casos na região Nordeste do país esteja ligada ao fato da sede da Massive estar situada nesta região.Por outro lado seria uma tremenda burrada se a direção da empresa fosse cometer todos este atos ilegais dentro de seu quintal, faria mais sentido eles cometerem estas ações ilícitas em regiões distantes da matriz e também das filiais.
Mais uma vez o review está muito bom, até melhor que o episódio.
Paulo, seus textos são ótimos, sobre isso não há dúvida. Mas continuo achando que há uma certa dureza no trato com a série.
Para mim o charme das séries de sci-fi e fantasia é que exatamente por serem séries de sci-fi e fantasia não há limites para o desenvolvimento de suas ações, contextos e personagens. O que aparentemente beira o improvável pode vir a ser não tão improvável assim.
Sobre algumas coisas você se pergunta: será que um dia isso será possível? Sobre outras: será que isto já não é possível?
Séries de sci-fi e fantasia são diferentes dos procedural drama ou outras cujo contexto é pura e simplesmente a realidade palpável que nos cerca onde um ação improvável pode incomodar.
Estão aí Da Vinci(s) e Julio Verne(s) para alimentar a ficção não tão fictícia assim.
Eu não consigo me interessar por Fringe. Assisto o teaser e sempre mudo de canal. E embora a série tenha uma produção supercaprichada, é uma heresia compará-la a Arquivo-x em qualquer sentido, principalmente levando-se em consideração as 5 primeiras temporadas de Mulder e Scully. Ontem eu assisti ao episódio duplo ‘Duane Barry/Ascencion’ da 2ª Temporada e me peguei soltando exclamações pela enésima vez diante da Tv. Aquilo é sensacional.
Mas os textos do Paulo são tão bons e sempre abrangentes que dá pra gente participar de uma ou forma ou de outra:
Sidney Bristow é a rainha da onipresença! E no series finale de ALIAS então… Ela deve ter feito o uso de algum aparelho teletransportador. 😀
Charmed sempre foi uma série ruim. Muito ruim. Ofensiva, pra falar a verdade. Mas toda série intragável parece possuir alguma espécie de vodu que nos impede de cobrir os olhos ou sair correndo da sala quando deve (não é verdade, Jennifer Love Hewitt?).
Dito isso, o auge da incompetência dos roteiristas das irmãs Halliwell foi abusar das viagens no tempo para modificar os fatos, e a (imbecil) possibilidade se comunicar com os parentes mortos. Isso depois da morte da Prue! Tendo em vista que Shannen Doherty saiu brigada da série e proibiu qualquer uso posterior de sua imagem, era incrivelmente ridículo as bruxas não tentarem impedir a morte da irmã ou, pelo menos, se comunicarem com ela vez ou outra. Nenhuma série é pertfeita, mas o mínimo de coerência é obrigatório.
Além da tradicional vergonha, eu podia sentir duas orelhas de burro sendo postas sobre minha cabeça quando assistia algum episódio daquilo. Mas o vodu estava lá e eu me pegava ocasionalmente zapeando pelo Sony no horário da série…
Acho legal o personagem do véio doidjo, mas ele não tem contraponto… delira sempre pra resolver a situação…. acho forçado. Mate ele e a força tarefa acaba, pois o filho é muito pouco fodinha, embora entenda ele, nada faria sem ele!
Assiti epsódios, acho-os muito ‘monk’… coisa de criança.
Não há qq tipo de complexidade, como BSG, Lost, X-files, Six Feet Under…. Ah, acho essa mesma coisa do The Mentalist….
Por que levar o Leob para o subterrâneo sujo de Harvard (ops, o “laboratório”) ao invés de operá-lo num moderno hospital com todos os equipamentos? Para Dr. House (digo, Walter) se sentir num ambiente confortável? Qualé???
Então Olivia também fala alemão. Esperava isso de Pacey que aliás como gênio não tem nada, só serviu até agora para “traduzir” o “cientifiquês” do pai.
Tava na cara quem era o espião… Por que o chefe não perguntou a origem da lista ou como Leob poderia ter sido infectado? Realmente não dá para entender alguns furos de roteiro…