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Review: Everwood – Lost and Found (episódio 78)
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Série: Everwood
Episódio: Lost and Found
Temporada: 4ª
Número do Episódio: 78
Data de Exibição nos EUA: 20/4/2006
Data de Exibição no Brasil: 27/3/2006
Emissora no Brasil: Warner
Um episódio atípico ao padrão de Everwood? Não sei, a mim foi o que pareceu. Várias cenas, diálogos e situações não me agradaram muito nesse episódio porque me pareceram forçadas demais ou que talvez combinassem mais com diversos outros seriados que temos por aí. Mas nem por isso Everwood deixou de ser a Everwood de sempre, e também nos trouxe alguns momentos doces e cativantes. Momentos de preocupação e curiosidade, de ternura, apoio e comoção. No balanço geral, as cenas com Ephram foram as mais coesas da série e me agradaram mais. Vê-lo tocar novamente com certeza foi algo que não imaginávamos que iria acontecer tão cedo e que agradou a nossos corações e ouvidos.
Rose e Harold continuam em sua tentativa de adotar uma criança. A idéia do casal era adotar um bebê, apesar de fazem idéia da dificuldade de todo esse processo como, por exemplo, não conhecer o histórico médico da criança, os fatores hereditários que herdou de sua família e da dificuldade de se adotar crianças menores de dois anos – pois a maioria das crianças que precisam de lares são maiores. Com tudo isso em jogo, o casal decide pensar se segue com a idéia ou não. Harold explica Rose que não quer desapontá-la, já que ela estava radiante com a idéia de um bebê, mas essa nova realidade o deixou em dúvida. Mais tarde Harold entrega para Rose o perfil de uma criança, que na verdade é o perfil de Amy, com todo o seu histórico de problemas com drogas e depressão no passado. E eles concluem que se ela fosse uma criança encaminhada para adoção jamais a adotariam. Mas eles criaram Amy e Bright e passaram por diversas dificuldades com eles. E eles hoje estão bem, e são ótimos filhos.
A idéia de adoção é muito bonita e considero interessante Everwood levantar essa bandeira. E Rose e Harold mais uma vez deram um show de companheirismo. Foi muito lindo o diálogo onde Rose diz que quer fazer isto junto com Harold mas que se ele não se sentir confortável com isso, ela aceitará. Porém o que me deixou intrigado com relação a Harold foi sua euforia e interesse na adoção, pois pelo que me lembro dos episódios anteriores, ele não estava compartilhando da idéia de Rose. Esse é um dos pontos que questionei no episódio.
Edna aparece mais, porém de um jeito não muito agradável para ela: ela passa mal e é hospitalizada, e seu mal estar nos assusta mas o quadro é tratado pelos médicos como uma crise de pânico. Gostei muito da forma que Andy cuidou de Edna, e do carinho que ele sente por ela. Os dois são extremamente parecidos, durões e briguentos e quando estão juntos nos rendem cenas divertidas ou no mínimo curiosas, e, no caso deste episódio, cenas mais afetuosas. Andy tenta descobrir o que está causando esse mal estar em Edna e ela confessa que a turnê de Irv para promover seu livro mexeu com ela. É como se ela descobrisse que não há mais espaço na vida dele. Para alegria de Edna, Irv retorna no final do episódio dizendo que não estava feliz sem ela para compartilhar com ele estes momentos, o que acalma o coração de Edna e faz brotar um belo sorriso no seu rosto. E quando ele menciona que terá que viajar de novo, antes mesmo do semblante dela se preocupar, ele a convida para ir junto. É incrível, quantas vezes na vida pessoas que amamos parecem seguir caminhos que nos distanciam? É essa a sensação de Edna no episódio, e é compreensível. Andy mesmo cita a ela que “não subestime o poder de uma casa vazia”. E, seja jovem ou velho, quando se ama alguém, tudo que se pode temer é perder esse amor, quando um dia se descobre que não há mais espaço para você ao lado dessa pessoa. No episódio uma bela lição nos é mostrada, que o amor está acima de tudo, foi ele que falou mais alto ao coração de Irv e que o trouxe de volta para casa, trazendo tranqüilidade e paz ao coração de Edna.
Delia e Andy continuam seus desentendimentos. Com ela entrando na adolescência e com todo seu histórico familiar, é normal o seriado abordar esse comportamento dela. Seguindo o conselho de Edna, Andy tenta se aproximar, dando mais espaço a Delia, mas não consegue arrancar muito do que se passa com ela. O que percebemos é uma Delia triste. E sua amizade com Britany parece ser um dos problemas – com as pressões para ser aceita pelo grupo, ser popular. Falta ainda a Delia um certo discernimento para desqualificar uma amizade como essa. A cena dela chorando no final foi um tanto quanto curiosa.
Amy, incentivada por sua professora Laurie, decide trabalhar como voluntária numa clínica de planejamento familiar, o que gera um grande atrito com Hannah. Na verdade Amy é emotiva, movida a paixão e quando se envolve com algo, entra de cabeça. A discussão com Hannah é interessante e mostra isso, os dois lados de um tema polêmico – o sexo na adolescência e gravidez, aborto e distribuição de preservativos a menores – que talvez não caiba dentro de uma definição de certo ou errado, dependendo do contexto onde estão inseridos.
Hannah sente que está perdendo a amiga, sendo que ela mesma encorajou Amy a aproveitar mais da faculdade, a sair, conhecer pessoas, a ganhar o mundo. Porém quando isso ganha um corpo, a situação se inverte e é triste quando vemos alguém seguir novos caminhos sem estarmos ao seu lado. É como se ficássemos à margem assistindo e não gostando do que vemos algumas vezes. É o que acontece entre elas. Notamos uma Amy engajada, porém é como Hannah disse, “se foi você quem decidiu não ficar com Ephram por que precisa se esforçar tanto para esquecê-lo?” Pois, a princípio, o trabalho voluntário e a amizade com a professora, são tudo coisas para esquecer Ephram. O pior é a forma como Amy reage a tentativa de Hannah fazê-la enxergar que talvez voltar com Ephram não seja má idéia, Amy fica nervosa, é agressiva e desagradável, chegando a ofendê-la e menosprezar sua amizade. Lógico que aos poucos Amy perceberá que esse projeto pode ser muito mais pra ela ou que pode lhe acrescentar algo ou ainda perceber que ele não é tão bom, mas que não é apenas uma forma de superar Ephram. Acho complicado esse tema uma vez que me pareceu um tanto quanto “forçada” a amizade forte com a professora de uma hora para outra, esta idéia de confidenciar coisas pessoais a sua nova professora. Enfim, não gostei muito disso, não me pareceu muito o estilo de Everwood.
Mas a idéia é essa, Laurie entrou na série para causar uma certa polêmica, a meu ver desnecessária e cansativa. Outro ponto incomum na série foi quando Amy, na clínica, descobre um aborto que seu pai realizou no passado. Tenho uns palpites sobre isso, mas é melhor aguardamos os próximos episódios. Voltando a Amy e Hannah, vamos torcer que logo as duas retomem a sua bela amizade. Gosto muito de Hannah, da sua sensibilidade e sutil percepção do mundo e das pessoas a sua volta. Ela não é perfeita, eu sei, e vemos isso nesse episódio. Embora Amy não esteja totalmente certa, pois foi rude e meio insensível, Hannah demonstra um ciúme da amiga comum a nós seres humanos. E é isso que somos, um misto de bons sentimentos, de qualidades e defeitos, que afloram a qualquer momento, quando algo fere nosso coração.
Num episódio de altos e baixos, de menor qualidade e situações atípicas ao bom roteiro que a série costuma ter, o que salvou o episódio, além das cenas de Andy e Edna, foi Ephram. Ele está tentando se reencontrar nessa temporada, e sem Amy e sua música ele parece estar totalmente perdido, e de fato está. Ele mesmo admite isso no começo do episódio, mas uma perda lhe traz um ganho, e o faz reencontrar-se. Talvez venha daí o nome do episódio. Ephram descobre que seu mentor Will faleceu e ao ir ao no velório ele se vê obrigado a tocar novamente, sendo citado como o aluno preferido de Will. A cena que ele toca é agradável. Vale ressaltar o apoio que recebe de Bright em todo esse episódio, que mostra o quanto se tornaram amigos.
Reid reaparece e ele e Ephram conversam e deixam suas diferenças com a relação a Amy de lado. Reid revela o motivo que o levou a fazer medicina – a inspiração que teve ao ver como um médico cuidou do seu irmão, fazendo ele perceber que era isso que ele queria para sua vida, que era sua vocação. É mais um fator para Ephram pensar que não tem como fugir da sua vocação, de sua medicina, que é o piano. E eu fiquei muito feliz ao ver Ephram tocando novamente, pois faz parte de um processo do crescimento dele, de seu amadurecimento. E de certa forma é bom ele descobrir isso sem Amy, é bom que ele consiga se reconstruir antes de estar com ela, pois só assim ele estará livre para viver esse amor, sem amarguras e decepções do passado. E tocar é o caminho que Ephram precisa voltar a percorrer para buscar sua confiança novamente. Tudo está relacionado ao piano, a perda de sua mãe, Madison, a perda de sua chance em Julliard e sejam situações tristes trazidas ou não pelo piano, é através da música que Ephram poderá vê-las de outra forma. Elas não deixarão de ser tristes, mas a música poderá ser sua forma de superá-las.
Enfim, para mim foi um episódio mediano. Foi bom e emotivo em alguns aspectos, mas falho em outros, o que não estou acostumado a ver em Everwood. Ok, a série não é perfeita, tem seus defeitos, mas eles nunca me transpareceram tanto como nesse episódio. Todavia, estes não são os temas principais da temporada para que eu me preocupe tanto com eles. Ephram voltou a tocar, e sua última cena foi especial, pois foi na casa de Andy que Ephram buscou refúgio para sua música, ou seja, de onde ele quis tanto sair, foi para onde voltou, sem perceber isso poderá ajudá-lo. Linda cena, Ephram tocando, Andy ao fundo ouvindo, assistindo, feliz por ter o filho de volta, feliz por ver o filho se reencontrando…
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Tbm naum gostei mto desse eppy naum.Achei mediano como vc disse.Mais gostaria de dizer a vc Marquinho que acho sua coluna mto bem escrita e toda semana espero por ela,pq vc tem uma “perspectiva” dos episódios mto boa,que eu naum perceberia,mesmo gostando tanto de Everwood que com vc disse naum é uma série comum.Enfim,tá dado meu recado.
Diferentes de vcs eu achei este um dos melhores episódios da temporada. Tava achando os últimos meio que decepcionantes.
Eu quero aquela Everwood emocionante e mais profunda de antes.
Eu gostei da briga entre Hannah e Amy por que mesmo sendo amigas, ambas tem seu ponto de vista para determinadas coisas.
O legal foi que a reprise do episódio em que Will aparece pela primeira vez foi logo no dia seguinte. Dai deu pra perceber que a música que eprham toca é a mesma que ele tocou pro Will escutar. E o final dos dois episódios foi bem parecido tbm, com Andy chegando do acidente na Mina e vendo o Ephram tocar.
Não foi um dos melhores, mais foi um recomeço pra alguns personagens… os alolecentes estão crescendo as coisas estão mudando e nada mais será como antes…
Este episodio de everwood nao foi foi mediano e sim bom em uma escala:ruim,regular,bom,otimo,excelente. Sinceramente nesta temporada ja teve cada episodio que demonstrava os furos do roteiro que é brincadeira. A exemplo, o episodio que o amigo de jake cai da bicicleta e nao pode mais andar. Aquele episodio sim é mediano ou pior.
Ver e ouvir Ephram tocar foi o melhor desse episódio. Só uma perda como a do seu amigo-mentor, para fazê-lo valorizar o que Deus lhe deu de muito bom: o dom da música. E só assim ele pondera a teimosia e rebeldia , por sinal, bem típica daquela família.
Eu já falei pro Marquinho em reservado aqui e repito aqui em público. O melhor do episódio foi aquilo que o Marquinho não falou: o lado cômico do programa.
O entusiasmo de Harold mostrando para a assistente social seu conhecimento da cultura africana, o Ephram beijando a garota e perguntando o nome dela depois e toda a história envolvendo a máquina de PacMan.
Everwood não é só tristeza não. Foi um bom episódio.
Tive a mesma opinião que você.
O episódio teve umas cenas bem emocionantes, como as de costume, e também algumas bem inesperadas e incomuns.Fiquei bastante desconfiado ao ver o Harold tão passivo assim em relação à adoção.Gostei da cena em que o Irv volta pra casa e diz que não estava mais agüentando ficar longe da Edna.Achei muito bonito, um casal da idade deles ainda se amar daquele jeito, como dois jovens apaixonados.Me identifiquei muito com a Hannah, e essa coisa de ciúmes pela amiga.Foi totalmente verossímil e sensível, já passei por situações como essa há pouco tempo e achei os diálogos muito bons.As cenas cômicas também foram ótimas!Do resto eu não gostei tanto assim.Gostaria de parabenizar você pelas colunas excelentes, gosto muito da sua perspicácia, e seu jeito de ver os episódios.Fico esperando toda semana por essa coluna.Eu nunca comento mas sou fã de seus reviews há um bom tempo.
williambone_b2k@hotmail.com add aew quero fala com vcs tbm sou fan do everwwod
:p [:p]