TeleSéries
Review: CSI – Goodbye and Good Luck
31/03/2008, 09:00.
Thais Afonso
Reviews
CSI
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Série: CSI
Episódio: Goodbye and Good Luck
Temporada: 8ª
Número do Episódio: 172 (8×07)
Data de Exibição nos EUA: 15/11/2007
Data de Exibição no Brasil: 24/3/2008
Emissora no Brasil: AXN
O sentimento de impotência é um dos piores que existe. E para alguém que trabalha com as questões da justiça e da segurança, testemunhar as pessoas subjugando umas as outras, machucando, aterrorizando e tirando vidas, e não poder fazer nada, deve ser absolutamente frustrante. Para Sara, acho que a sensação cresceu exponencialmente depois de seu seqüestro, pois a perspectiva de vítima se entranhou nela, tornando quase impossível ser imparcial.
Por seis episódios vimos ela batalhando internamente com as sombras dos acontecimento de Living Doll/Dead Doll. Pudemos imaginar que toda vez que ela olhava para uma vítima, ela via um pouco de si mesma, indefesa nas mãos de uma pessoa com objetivos macabros. Mas seu trabalho como CSI, prendendo os criminosos e “fazendo justiça pelas vítimas” provavelmente equilibrava a balança.
Nesse Goodbye and Good Luck porém, a balança pendeu toda pro outro lado. E tenho que dizer que escolheram muito bem os personagens que fariam Sara surtar (não encontrei uma palavra melhor). Marlon e Hannah West foram dois dos mais memoráveis a escaparem impunes em CSI (Marlon pelo assassinato, Hannah pela obstrução de justiça). Ter Hannah novamente brincando com o sistema, com o próprio papel dos CSIs, foi uma ótima maneira de colocar em xeque todos os sentimentos de insegurança e impotência que Sara veio acumulando por todo esse começo de temporada.
Quando a saída de Jorja Fox foi anunciada eu pensei que teria sido muito melhor se ela não sobrevivesse daquela maneira fantástica no primeiro episódio da temporada, para ter uma saída menor posteriormente. Mas com o trabalho cuidadoso que foi feito, eu fiquei extremamente satisfeita. Até porquê, CSI não é das melhores séries quando se trata de dar uma continuidade relacionada a vida pessoal dos personagens. Na temporada passada, Catherine e Greg ganharam algumas míseras e esparsas cenas de continuação depois dos dramas que viveram, e apesar de eu não querer que a vida pessoal dos personagens se sobrepuje ao caráter processual do show, às vezes me pergunto porquê criam situações tão trágicas para os seus protagonistas se elas não acarretarão em nenhuma mudança em suas psicologias.
Kenneth Fink demonstrou a mesma competência que no episódio passado (que ele também dirigiu) e extraiu ótimas atuações do elenco, especialmente de Jorja Fox, com quem ele trabalha muito bem, já que Fox sempre tem atuações acima de excelente quando dirigida por Fink. Aliás, Fink, responsável por Sweet Jane, Weeping Willows, After the Show, entre outros, sempre entrega episódios focados em atuações e nas interações entre seus atores, que tem a oportunidade de estar em seu melhor. Douglas Smith e Juliette Goglia, Marlon e Hannah respectivamente, são mais um grande exemplo, provando que a escolha de Kenneth foi bela e apropriada.
Assim eles encerraram a jornada de Sara (algumas pessoas dizem que ela volta, mas enquanto ela não voltar, digamos que é o fim da participação da Jorja) e também da família West. A maneira como Hannah e Sara, duas mulheres fortes, mas solitárias, que só souberam amar um homem em suas vidas (de maneiras distintas, é verdade), catalisaram o que havia de mais vulnerável uma na outra, foi poética. E se eu tiver que arriscar, quando pensar no grande episódio dessa temporada, Goodbye and Good Luck virá a minha mente, assim como Weeping Willows ou After the Show. Não, eu não parei de idolatrar o Richard Lewis pra idolatrar o Fink, mas enquanto Lewis faz grandes episódios, memoráveis por sua grandiosidade, Fink faz episódios mais sutis, memoráveis por sua sensibilidade com os personagens. E com isso, eu acredito que Sara teve a saída mais digna que poderia ter.
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Excelente review. Também achei o episódio de despedida da Sara muito bom. A personagem de Hannah é assutadora. Deixar o irmão preso para saciar seu amor egoísta é de uma crueldade absurda. Não restava nada a fazer no caso do Marlon, apenas a morte o livraria da irmã doente, a dele ou a dela. Sobre as sutiliezas mencionadas da review, a forma como a Sara recusou amparar a Hanna foi estupenda, uma cena de alta carga dramática muito bem dirigida.
Mudando de assunto completamente. Alguém sabe porque o Warrick está tão apagado nesta temporada?
Tata,
Que episódio perfeito! Não dá para encontrar nada de errado na maneira como as coisas foram conduzidas. A sutileza tão bem citada por vocês serviu para tornar tudo mais real, pois a maior parte das coisas em nossa vida não são um show, mas sim fatos normais que acabam por nos engolir.
Até gosto mais da Sarah agora, por esse seu lado mais humano…
Beijos
Considero esse episódio bárbaro. Uma saída digna prá Jorja/Sara – CSI num de seus melhores momentos.
É a 3a. ou 4a. vez que eles mostram uma criança não tão criança assim. Um cuidado que CSI e várias outras séries sempre têm. Mas a maldade não tem idade. E é bom a gente se acostumar com isso. Foi-se o tempo dos anginhos …
Foi triste como o Réquiem de Mozart.Aatriz trabalhou muito bem.
Sinceramente nunca gostei muito da Sara, mais nesse episodio, dou minha cara a tapa…..perfeito do inicio ao fim, emocionante a Cena final da menina chorando abraçada a Sara – fantastica. Parabéns pelo texto Thais 🙂
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Apesar de ser muito criticado, o personagem de Sara sempre foi meu preferido… Adorava a interação que ela tinha com os outros personagens, em especial com Greg e Nick, e vou sentir muita falta disso.
A única coisa que eu não gostava era a relação dela com o Grisson, sempre detestei esse envolvimento, sou muito mais o Greg…
Acredito que Jorja vai deixar saudade no CSI.