04/03/2008, 11:04. Thais Afonso
Reviews
CSI

Série: CSI
Episódio: Go to Hell
Temporada: 8ª
Número do Episódio: 168 (8×03)
Data de Exibição nos EUA: 11/10/2007
Data de Exibição no Brasil: 25/2/2008
Emissora no Brasil: AXN

Em Go to Hell (ou Vá para o Inferno), Las Vegas volta a ser extremamente quente e CSI volta a ser sombrio. E eu adoro esse CSI. Não há nada como Grissom entretido com os insetos, Catherine afetada por causa de uma menina com a idade de sua filha e um caso de dar nó no estômago.

Como o próprio título sugere, Go to Hell tem conotações religiosas. Ele traz para mesa o assunto extremamente polêmico do exorcismo. E ele não passa muito tempo se aprofundando nele, o que eu não considero um erro. A questão do mal nesse episódio é mais central e mais interessante do que o exorcismo em si.

O mal se divide na opinião das pessoas entre uma condição psicológica e uma condição espiritual. Ou as duas ao mesmo tempo. E geralmente vemos que uma pessoa é considerada má quando ela falha em demonstrar qualquer empatia por outras pessoas, que é o caso de Amy Macalino nesse episódio. E quando essa falta de empatia é tão arrasadora que uma pessoa é capaz de assassinar sua família inteira friamente deve haver uma punição, não há dúvida, mas indo um pouco mais cedo na storyline desse episódio, há uma abertura pra cada um de nós nos perguntarmos o que faríamos diante de tal situação. Exorcismo, castigo, tratamento psicológico. O que é demais e o que é de menos quando se trata de tentar fazer com um adolescente que exibe traços de maldade se torne “bom”?

Harold Perrineau, que interpretava o chatíssimo Michael em LOST, é o principal convidado especial desse episódio. Como o Reverendo Rhodes, um antigo pedófilo que se tornou um fanático religioso, ele está de dar arrepios. Assim como ele, Brittany Robertson também faz sua Amy Macalino ser assustadora, mesmo quando pensamos que ela é apenas uma vítima.

No outro caso, o de Sara, agora trabalhando em outro turno por causa de seu relacionamento intimo com Grissom, somos apresentados a nova CSI Ronnie Lake. Sua chegada é bem menos impressionante que a de Keppler e se o CSI convidado da temporada passada já chegou marcando território, Ronnie foi exatamente o oposto. A tentativa de fazê-la parecer inexperiente apenas a fez parecer boba. Me deu pena de Jessica Lucas, mas a excitação de Ronnie combinou muito pouco com o submundo sombrio de Vegas.

Ainda assim, acho que ela tem chances de crescer e sua personalidade alegre pode ser o que vai salvá-la de esmaecer e tornar-se despercebida. O elenco fixo esteve muito bem, especialmente Helgenberger, que foi a quem foi dado a parte mais dramática do texto. Uma curiosidade é que o diretor Jeffrey Hunt, de Monster in the Box e Toe Tags também, costumava ser um operador de câmera, o que possivelmente explica a brincadeira com a abelha no começo. No geral, acho que ele fez um bom trabalho fazendo deste um episódio denso.