30/05/2008, 09:45. Simone Miletic
Reviews
Criminal Minds

Série: Criminal Minds
Episódio: A Higher Power
Temporada: 3ª
Número do Episódio: 60 (3×15)
Data de Exibição nos EUA: 9/4/2008
Data de Exibição no Brasil: 23/5/2008
Emissora no Brasil: AXN

Ainda não consegui fazer minhas pazes com Criminal Minds. A idéia de um serial killer que se considera o anjo da morte, levando a paz à pessoas desesperadas é muito interessante e, com certeza, poderia gerar uma ótima história. Mas seja pelo vilão ter sido revelado rápido demais, seja porque eu também o personagem pouco palatável, o conjunto acabou não me ganhando.

O fato do conjunto não ter agradado não significa, porém, que alguns fatos ou algumas decisões não tenham sido incrivelmente felizes.

Dessa vez a equipe parte para Pittsburgh, onde recentemente ocorreu uma série de cinco suicídios, todos envolvendo pais que perderam seus filhos em um incêndio ocorrido meses antes. O chamado partiu do detetive Ronnie Baleman, especialmente envolvido, já que um dos aparentes suicidas era seu irmão.

Hotch mais uma vez não acompanha a equipe, dessa vez tirando um dia para conversar com seu filho Jack. Ele sabe que não tem chances de recuperar sua esposa, mas quer manter uma relação saudável com seu filho. Rossi lidera a equipe.

Um dos momentos que foram mais interessantes para mim, não pela ação ou coisa parecida, foi à equipe discutindo os aspectos relacionados ao fato de que, depois de grandes tragédias, caracteristicamente, o número de suicídios tende a cair, como se um instinto maior de sobrevivência fizesse com que as pessoas lutassem. Eu, particularmente, acho sensacional como nossa natureza age em situações assim.

O que acaba por chamar a atenção de Reid, em um episódio muito feliz para seu personagem, é o fato dos suicídios ocorrerem com exatas duas semanas de intervalo entre eles. Outro que teve um episódio feliz foi Morgan, primeiro pelo fato de defender sua opinião de que aquele nem era um caso e depois admitindo que algo estava errado. Isso lhe dá mais humanidade.

Reid também tem um momento muito bom ao falar sobre a necessidade de realizar autópsias psicológicas das vitimas, já que casos de suicídio não têm uma investigação adequada para dar pistas para a equipe trabalhar.

Um novo suicídio acontece. O erro do assassino: a mãe teria se suicidado deixando um bebê preso à cadeira de alimentação o dia todo, sem ajuda, sem comida. Uma mãe não faria isso.

Quando a equipe resolve perseguir as coincidências entre os mortos, a fim de identificar onde estaria o desconhecido, a montagem das cenas nos mostra um rapaz participando de um grupo de auto-ajuda. À medida que a investigação procede descobrimos que ele se infiltra em vários grupos diferentes, sempre com as mesmas histórias.

É nesses grupos que ele consegue os textos que depois deixa como bilhetes de suicídio: nenhum assinado, nenhuma despedida. Reid também observa as características grafológicas, que indicariam otimismo.

Após uma conversa com Morgan, Prentiss pede que Garcia pesquise drogas que poderiam ser utilizadas para paralisar as vitimas, sem matá-las e sem deixar rastros posteriores.

Hotch se junta ao time, Morgan ainda não acredita na real existência de um crime.

Vemos o desconhecido causando mais uma morte. Ele diz à vítima que vai ajudá-lo a acabar com a dor, que vai fazer o que precisa e quer. Bem de acordo com o perfil descrito para um anjo da morte.

O número de grupos de auto-ajuda na região é enorme e a equipe se divide entre os mais próximos, buscando alguma nova pista. A repetição da mesma história, um rapaz contando sobre o suicídio de seu irmão, que era abusado pelo pai, acaba por chamar a atenção da equipe. Reid acredita que a história esteja errada: ele matou seu irmão, que era abusado pelo pai, e a partir daí começou a repetir a mesma atitude.

A história do suicídio é encontrada por Garcia em um jornal. Na casa do desconhecido, que se chama Peter Redding, a equipe encontra um calendário com as diversas datas de grupos de apoio. Uma lista com o nome de todas as vítimas. O ultimo nome da lista, Laurie Ann Morris, ainda não foi encontrada morta. A equipe segue para tentar ainda salvá-la.

Laurie Ann tem bastante presença de espírito, quando, ameaçada pelo assassino, acelera seu carro contra uma parede. Garantindo sua vida e a prisão de Peter.

Mas o Det. Baleman ainda precisa aceitar que seu irmão não foi uma das vitimas do assassino. Reid conclui, após a leitura do diário dele, que ele teria realmente se suicidado. Não somente isso, já que seu nome não aparecia em nenhum lugar na casa de Peter.

No avião, Hotch conta para Rossi que conversou com Jack, que lhe abraçou quando o pai contou que não poderia estar sempre por perto, e ainda lhe disse que tudo ia ficar bem. Rossi responde que o garoto é esperto como o pai.