TeleSéries
Review: Californication – The Devil’s Threesome
27/03/2008, 09:30. Osório Coelho
Reviews
Californication
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Série: Californication
Episódio: The Devil’s Threesome
Temporada: 1ª
Número do episódio: 10
Data de exibição nos EUA: 15/10/2006
Data de exibição no Brasil: 18/3/2008
Emissora no Brasil: Warner
Qual a semelhança entre Chuck Palahniuk e Nick Cave, além de terem influenciado a obra de Hank Moody? Apropriado por Mia, o novo romance de Moody, em uma inferência sobre o que já foi comentado na série, trata de temas como sexo, personalidades sombrias, desprezo às convenções da sociedade e um profundo enfado frente à futilidade do dia-a-dia.
1. Hank Moody é Tyler Durden?
Em sua narrativa ácida, na qual demole os pilares que representam tudo aquilo que encaramos como uma sociedade dita “normal”, mas epidérmica, Palahniuk desmascara a profunda insatisfação latente, adormecida, que, ao menor gatilho, transforma pessoas em verdadeiros terroristas, mostrando a verdadeira face do alter-ego que se encontrava nas profundezas de nossa psique. Tyler Durden, o personagem que serve de contraponto à preguiça do narrador, é vibrante, caótico, fragmentado e, dentro do seu próprio estilo, charmoso. Assim como Moody, Durden tem uma fachada, ao apresentar-se como vendedor de sonhos, representados por sabonetes fabricados por meio de gordura humana, em uma implacável crítica aos corpos moldados por cirurgias plásticas. Um mundo ao estilo de Hank, também implacável com o mainstream.
2. Charlie é Raoul Duke?
Pela segunda vez Hunter S. Thompson, o criador do jornalismo gonzo, é citado na série, quando Charlie compara sua atual situação com a que Raoul Duke – alter-ego de Thompson – enfrentou na alucinada viagem em que ele e seu colega, Dr. Gonzo, acompanhados de mescalina, cocaína, pílulas de ácido e uma garrafa de tequila, buscavam informações para uma reportagem. Charlie tenta desvencilhar-se de sua antiga vida, ao reviver, ao lado de Hank, situações patéticas, que acabam por revelar a sua verdadeira identidade: uma pessoa insegura, presa às convenções que tanto irritam e aborrecem Hank. Isso fica mais claro quando, ao invés de buscar uma reconciliação, ataca sua esposa, responsabilizando-a pela destruição do casamento, esquecendo-se de que tudo aconteceu a partir de suas atitudes infantis, numa óbvia referência ao filme Secretária, com James Spader. Aqui, as drogas de Raoul Duke são o sexo praticado em um menáge mal sucedido. A outra persona de Charlie se sobrepõe, impedindo-o de enxergar que, tanto sua vida profissional, quanto pessoal, estão escorrendo pelo ralo. O final de Hunter S. Thompson não foi dos mais felizes.
3. Nick Cave and the Bad Seeds – As sementes ruins provêem da mentira
Artista muitas vezes tachado como sombrio, Nick Cave, na verdade, possui um senso de humor bem particular, não compreendido por uma grande parcela de neófitos, que, ao preferir receber uma obra toda mastigada e facilmente explorável, não consegue penetrar nas suas reais intenções: confundir, questionar e brincar com os formatos.
Mia mostra também sua verdadeira persona, ao também mentir, confundir e, em uma inusitada parceria, demonstrar arrependimento de seus atos, mesmo que, para isso, ela precise levar até o final o perigoso jogo de simulações. O gosto pela fama demonstra um paradoxo entre as mulheres da trama, facilmente explicado pela pouca idade. Enquanto que Mia e Dani pisam em cima de todos para alcançar seu próprio sucesso, não se furtando em utilizar de recursos sexuais para tanto – a tensão entre as duas é visível -, Karen e Marcy reavaliam suas vidas, aceitando a idéia de que amam a vida normal (?) que lhes era oferecida, aceitando as imperfeições de seus ex-parceiros.
A falta de perdão. O recrudescimento da mentira. Tudo isso poderia ser evitado, se as pessoas se despissem de suas máscaras e oferecessem aquilo que fica cada vez mais evidente: a verdade, um substantivo cada vez mais abstrato, que só aparece para confirmar que um mero anel, símbolo da antiga vida, feliz e descomplicada de Hank, é vencida pela mentira, outro substantivo que se torna, episódio após episódio, mais concreto, onde a incapacidade de Hank justificar suas atitudes apenas confirma isso.
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Depois do brilhante episódio sobre o pai de Hank, vem essa “bomba” de episódio, que só foi bom pelo fato da lutadora encher o Hank de porrada.
Eu faria a mesma coisa. Mas não porque o Hank me desprezou, e sim porque a mesma piada contada 2 vezes não tem graça nenhuma.
Ser “punk´d” em mais uma das suas, já virou rotina na vida de Hank. Só faltou o Ashton Kutcher pular na cama. E ser premiado com um “esguicho” soou ridículo, já que na casa de Charlie foi exatamente esse empenho que faltou.
E ainda assim, Karen e Marcy seguem amando seus homens imperfeitos como se estivessem montados em cavalos brancos alados.
Raiva não reprimida – a lutadora dando porrada é a única coisa verossímil do episódio.
Do meu ponto de vista masculino e provavelmente machista, quem está mais errado nessa história é a mulher de Charlie. Aquelas brincadeiras sadomasoquistas que ele fazia com a secretária podem ser impróprias mas não chegam a ser sexo, e achei a traição da mulher dele uma reação completamente desproporcional. Espero que os dois se divorciem mesmo para eu não ter que agüentar a hipocrisia dela na próxima temporada.
Eu já acho que o buraco é mais embaixo. As brincadeiras podem não ser sexo mas o que pega é que o Charlie tava insatisfeito com o casamento e usou a Dani como escape, ao invés de tentar acertar as coisas com a mulher ou mesmo se separar de vez. É a coisa toda da mentira que o Osório escreveu no texto. Não que eu aceite a atitude da mulher dele, ela só fez isso como forma de vingancinha boba. Os dois estão errados.
Concordo com todos, principalmente na carga altamente machista que foi colocada neste episódio.
E, Silvia, você tem razão. Tudo foi muito surreal.
Essa serie ja esta entrando na minha lista das preferidas, é dai se é machista ou parece pegadinha, o Hank faz muito melhor o que a turma do sexo e a cidade prometia, mas não cumpria… chutar o pau da barraca!
Eu também não to nem aí se ela é machista, se ela é surreal… Eu sei que eu to gostando, ri muito naquela sequência que a ex do Hank e a esposa do Charlie foram pegar eles no fraga, e aí, bem… A boxeadora “explodiu”… hehe. Enfim, a série está na minha lista de favoritos da atualidade, com certeza.