Review: Battlestar Galactica – A Day in the Life


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Cena de A Day in the LifeSérie: Battlestar Galactica
Episódio: A Day in the Life
Temporada:
Número do Episódio: 53
Data de Exibição nos EUA: 18/2/2007
Data de Exibição no Brasil: 9/6/2007
Emissora no Brasil: TNT

Cally e Tyrol

O episódio é evidentemente focado na ‘quase morte’ dos dois e na paternidade. Achei de fato durante o episódio que eles podiam morrer, afinal em Battlestar Galactica não existe muita frescura em matar os seus personagens – mas, se formos ver, bem nenhum dos principais morreu até agora. E como Tyrol e Cally são coadjuvantes, achei a possibilidade foi real. Porém revendo o episódio não senti essa ameaça, talvez por saber dos acontecimentos futuros dentro da série, mas achei que não foi convincente.

Os técnicos recebem uma ordem para verificar uma doca que estava fechada desde o ataque dos cylons à Galactica. Perry ficou doente e Tyrol e Cally vão ao trabalho no dia de sua folga. Os dois continuam brigados, óbvio nem nos confins do universo homem e mulheres param de brigar por conta de filho, ainda mais trabalhando juntos. Durante o trabalho os atritos ficam evidentes e Cally fala para Tyrol:

Você quer fazer de conta que nada mudou que nossas vidas permanecem as mesmas (…), porém as coisas mudaram, estamos casados, temos um filho.

Tyrol me faz rir da forma com que rebate:

Sim, é apenas um pequeno contratempo.

Obviamente falando do trabalho, mas ficou meio ambíguo.

Começam os problemas, a doca estava com buracos desde o ataque dos cylons dentro da Galactica, os buracos haviam sido remendados para serem consertados no futuro, o problema é que assim que eles entraram um dos remendos estourou, fazendo escapar ar e o sistema de segurança fechou a comporta automaticamente. Assim, tornou-se impossível a abertura manual da comporta, fazendo com que os dois ficassem presos ali dentro. Bastaria achar o vazamento de ar e arrumá-lo para as comportas reabrirem, porém as coisas dão errado.

Tyrol acha o vazamento, arruma o buraco, mas não hora de equalizar a pressão, o remendo se rompe, a porta acaba por não abrir e o ar começa a escapar mais rápido. Adama é chamado e a nave se mobiliza para tirar os dois dali.

O comando se reúne no CIC para discutir alternativas. Explodir a porta parece o mais óbvio, porém como a porta é reforçada o tempo que demoraria para explodi-la os dois já estariam sem ar. Tigh pensa em explodir os vidros da sala, mas eles são projetados para resistir a uma explosão de combustível, qualquer coisa que exploda o vidro mataria Cally e Tyrol, as alternativas parecem acabar e eles vão ficando sem saída.

Adama traça um plano louco, explodir a porta de entrada de naves, e fazer com que os dois saltem pra dentro de um raptor – porém o período sem ar e a pressão do espaço pode matá-los. Na única cena que me emocionei ao rever o episódio, Cally debate sobre o que deve ser feito com o seu filho Nick e pede que ele seja adotado por uma família de civis. Tyrol se abraça com Cally e pede desculpas por não ter pensado em Nicky, diz ter sido egoísta e que ele só a queria perto dele como antes.

Plano traçado começa a execução, alguém mais ficou satisfeito em ver a Athena salvando a vida da Cally? Tudo transcorre bem, os dois vagam no espaço até a porta do Raptor que se fecha, porém eles ficam em péssimo estado, aos cuidados do Dr. Cottle.

Na enfermaria eles discutem sobre a criação do filho, que é preciso achar um equilibro e, realmente, pais que trabalham demais tendem a tornar-se ausentes e não conseguem educar o filho apropriadamente. Este foi o caso de Lee Adama, e parecia ser o destino do filho de Tyrol. Ainda bem que Cally e esse acidente abriram o olho dele.

Julgamento de Gaius Baltar

Roslin se reúne com Adama para falar do julgamento, as questões legais começam a ser debatidas, afinal baseado em qual lei das 12 colônias Baltar vai ser julgado? Será tribunal de júri ou por um juiz togado? Fora que como bem apontou Roslin não existe uma biblioteca jurídica vasta na frota, e pior, nem mesmo um grande talento jurídico. E como eu já disse: quero ver quem vai ser o advogado de defesa do Baltar, se é que ele vai arrumar alguém para defendê-lo.

Eles resolvem criar uma comissão para organização do julgamento, e resolve colocar Lee Adama para presidir essa comissão, até porque o pai de William Adama, avô de Lee era advogado, e como disse a Roslin:

Tal avô, tal neto.

Adama fala que seu filho nunca se interessou por leis, mas Roslin rebate:

Precisamos de pessoas que saibam de fato a diferença entre certo e errado.

Portanto Adama vai questionar seu filho se ele aceita o cargo. Lee primeiro toma um choque, depois comenta que por cinco minutos até pensou em ser advogado, mas acaba por não aceitar devido as suas tarefas de CAG.

Adama assiste a Galen tendo atitudes de pai na enfermaria junto com Cally e provavelmente bateu um arrependimento de todos os anos que ele foi um pai ausente. Ele resolve então enviar para Apollo os livros de direito do Joseph Adama, seu pai, para que Lee presida a comissão. Sfinal se William Adama foi um mau pai por falta de tempo ele não quer que o filho deixe de fazer as coisas pelo mesmo motivo.

Desta forma fica implícito que Lee acabará sendo nomeado para essa função.. Mas me pergunto se essa nomeação da Roslin não fere a imparcialidade, afinal Lee além de filho do Adama é extremamente próximo da presidente, ele presidir uma comissão de julgamento me parece que o ele mesmo que inconscientemente será tendencioso e acabará por prejudicar Baltar.

Aniversário de Casamento de Adama

Adama é ‘assombrado’ por visões de sua ex-esposa na data do aniversário de casamento dos dois, o Almirante fica tão perturbado que pela primeira vez chega a esquecer o nome de um dos tripulantes!

Por falar nisso, um dos flashbacks do episódio mostra exatamente isto, como Adama decora o nome dos tripulantes, falando constantemente o nome e o serviço deles. Achei demais a dedicação da parte dele. Além de ter sido engraçada a cena, na hora que ele menciona o Jaffe, que lhe trás o café, que foi exatamente quem ele esqueceu o nome no inicio do episódio.

Em outra visão, Adama debate com sua mulher sobre Lee. E realmente a relação de Adama com seu filho é esquisita, não agem como pai e filho, imagino como era antes deles trabalharem juntos. Adama se sente para conversar com Lee, que não havia se lembrado do aniversário de casamento dos seus pais. Adama então resolve desabafar e conversar de temas que pareciam ser tabus entre os dois, como o divórcio da mãe de Lee.

Adama, apesar do desfecho, apreciou o fato de Lee e seu irmão tenham sido criados pela sua mãe. Ela lhes deu um lar e estabilidade, mas aí que Adama se engana, Lee revela coisas que Adama sequer fazia idéia, que sua mãe se tornou uma alcoólatra e que com suas mudanças de humor repentinas ela acabou por criar muito mal os seus filhos.

Esse é um grande problema atual, pais que se separam e acham que o filho ficando com a mãe tudo está bem, e se eximem de responsabilidades. O fato é que o pai é tão culpado quanto à mãe, ou mais, já que se omitiu. Na visão de Adama ele discute com a sua falecida ex-esposa exatamente isso.

O episódio encerra com Adama confirmando o que suas visões diziam, ele tem medo de se aproximar de Roslin. E ele até tentou, ele comenta sobre Nova Caprica, deixando claro que deve ter rolado algo entre eles. Mas depois acaba por dar um passo atrás e falando que eles têm responsabilidades. Tudo bem que ela é presidente e ele chefe dos militares, mas usar disso como pretexto pra não ficar juntos é triste.

Cena de A Day in the LifeE, por fim, Adama se despede da sua mulher em uma das suas visões, ele bebe, diz que seria mais fácil odiá-la, mas que isso seria uma mentira, eles se beijam, reafirmam seu amor, e Adama volta pro presente olha para foto e diz:

Eu te vejo ano que vem.

Curiosidades do episódio:
• 41.398 sobreviventes, 3 a menos que no episódio anterior, com a morte de 5 personagens no anterior isso sugere 2 nascimentos na frota.
• Cena extra: Gaeta e Dee comentam sobre uma possível aproximação íntima de Roslin e Adama, que tem se encontrado muito. Dee comenta que os dois juntos não é uma cena que ela gostaria de imaginar e eles começam a dar risadas. Tigh aparece e repreende os dois, eles voltam ao CIC, e Tigh segue pra entregar as ordens do dia para Adama. Esta cena se conecta com a do início do episódio quando Tigh deu parabéns a Adama.
• Mais referência aos Beatles, o nome do episódio é o nome de uma música deles.
• Os nomes que Adama decora (Neeson e Kinsey) são uma clara referência ao biólogo Alfred Kinsey, que escreveu livros sobre o comportamento sexual humano. No filme Kinsey, de 2004, ele foi interpretado por Liam Neeson.

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  1. Paulo Antunes - 14/06/2007

    Nota 10 pra trama da Cally e do Tyrol.
    Nota 5 pra trama do Adama.
    Achei muito ruim a forma como apresentaram os diálogos de Adama com a esposa. Ficou basicamente igual aos delírios do Baltar com a Número 6. Com uma produção tão inteligente como é a de BSG, eles podiam ter contato a história de forma diferente.

  2. Rô Floripa - 14/06/2007

    Muito interessante esta sacada dos roteiristas, por qual lei das 12 colonias Baltar seria julgado se afinal ele é acusado de cometer crimes contra toda a humanidade? Isto remete ao julgamento dos acusados de crimes contra a humanidade no final da 2ª guerra mundial. Afinal, cada um dos acusados cometeu crimes contra várias nações, cada nação tem seu código de leis. Por isso criou-se um esquema em que mesclava a tradição de vários países, como EUA, Inglaterra, etc.
    Eu acho que o Adamão e a Roslin sentem o peso de suas responsabilidades nesta luta pela sobrevivência da raça humana, não é apenas uma guerra contra os inimigos cylons, é a perpetuação da nossa espécime que está em jogo.

  3. Julaino Cavalcante - 14/06/2007

    A principal função do episódio foi dar um “Emmy-bait” pro Ed Olmos. Não que vá funcionar, mas…

  4. Mica - 14/06/2007

    Sinceramente? Uma pena que a Cally não tenha morrido. A personagem se tornou extremamente chata desde que casou com o Tyrol. Até admito que a discussão em relação ao filho era pertinente, mas ela consegue ser irritante até quando tem razão.

    Já a trama do Adama eu achei fraca, apesar de não ser ruim de ver.
    Quanto ao Lee…ele pensou em ser advogado, mas não estudou. Desculpem-me, mas achar que alguém entenderá de leis o suficiente para presidir uma comissão assim da noite para o dia é demais para mim. Deixa os juristas que sobreviveram ter o trabalho, ora essa. Ele deveria ficar apenas na coordenação dos trabalhos.Mas..pelo que eu vi depois, sei lá se a tal comissão prosperou ou se cada um fez o que quis e pronto.

    (tô morrendo de gripe e meio incoerente,sorry).

    Gente, viajo amanhã (de novo), então só volto a comentar semana que vem. See ya.

  5. Paulo Fiaes - 14/06/2007

    Mica,

    tb nã gosto da cally
    sei la
    antes gostava
    mas agora é chatinha
    e ainda queima o filme e Chief.

    Ah Lucas, imagino como seja díficl faze essas reviews. abraços

  6. Darth Cesar - 15/06/2007

    Lucas, sinceramente, achei o episodio razoavel, quando sair o dvd, vou passar longe, a unica coisa que achei boa foi o Adama e a Laura flertando, hehehe e a questão do julgamento que alias esta demorando.

  7. maria cecilia - 15/06/2007

    não estou gostando de como vai indo os episodios da série.Esta decaíndo de produção,começou tão excitante,tão espetacular,que eu esperava muito desse ano,e parace que eles estão cozinhando em banho -maria,talves para o4ano e último da série.Que pena a caída de produção e do roteiro tambem,poque toda série de ficção sempre acaba assim?

  8. Jorge - 17/06/2007

    Querer que Heroes e Lost não tenha muita ação é menosprezar os ambientes criados para os dramas. Assim tb vejo BSG, a sci-fi deve estar presente o tempo todo. Ou seria melhor rever as primeiras temporadas de ER, por exemplo – que tinha drama, mas muito dele no HOSPITAL, entre as emergências e os medicamentos.

  9. Jorge - 17/06/2007

    Qto ao julgamento:
    estão todos em frangalhos, melhor alguém com discernimento sobre o certo e o errado decidindo(pois o Adminha já se pôs entre o Adamão e a Professorinha), do que um Juiz Nicolau.

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