‘Pushing Daisies’: revisite os cenários da série inspirada por Amélie Poulain


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Setembro chegou há quase uma semana e esse deve ser o mês do ano recebido com mais sorrisos por metro quadrado. Primeiro, porque o “mês do desgosto” ficou para trás. Depois que, não por acaso, setembro é o mês da primavera e tudo na vida volta a ser flores. Por último, mas não menos importante: é quando a FALL SEASON (assim, de uma alegria histérica) tem início na TV americana.

Não sei se é só comigo, mas início de fall season sempre me fez lembrar séries já canceladas e que, portanto, não vão voltar. E, por mais dramático que isso possa parecer, todo fã de seriado sabe a dor de se tornar órfão de um programa querido. Ei! Espera… Séries canceladas, flores e metro quadrado. Que outro seriado, senão Pushing Daisies, tem mais flores por metro quadrado e jaz lá no fundo da nossa memória-barra-coração-partido?

ESPECIAL | GUIA DE ESTREIAS – Fall Season 2013/2014

Pushing Daisies era protagonizada por Anna Friel e Lee Pace e tinha uma das histórias mais “chameguinho” de todos os tempos. O Ned (Pace), que fazia as tortas de morango mais gostosas de que se tem notícia, tinha um dom especial: ao tocar em uma coisa morta, ele a trazia de volta para a vida, mas, se a tocasse novamente, então, essa coisa morreria para sempre (poderia ser uma pessoa, um animal ou até uma fruta apodrecida). No primeiro episódio, depois de muitos e muitos anos, ele reencontra o amor de infância dele, Chuck (Friel). Sabe onde? Em um caixão! Ele, então, a traz de volta ao mundo dos vivos e, desde então, a dupla apaixonada precisa vencer o desejo que um tem de tocar o outro e viver um amor, assim, “à distância”, ainda que os dois dividissem o mesmo quarto. Pushing Daisies, criada por Byran Fuller (Hannibal), foi cancelada em 2009 e, na época, o desespero dos fãs fiéis foi tão grande que alguns deles até se propuseram a enviar tortas e girassóis/margaridas (“daisies”, em inglês) para a ABC a fim de tentar convencer a emissora a reconsiderar o cancelamento.

Não eram apenas os personagens fofinhos que cativavam os espectadores, não. Os cenários da série tinham cara de casa de vó, aconchegantes. Quando a gente começava a ver um episódio, queria logo ver vários seguidos, para não precisar sair de lá.

O cenário principal de Pushing Daisies era a The Pie Hole, a charmosa confeitaria do Ned. No exterior, a construção tinha formato de torta e janelas redondas, bem retrô. Lá dentro, tudo seguia o formato oval (os lustres eram um show à parte; Olive que o diga), exceto o piso, que era quadriculado, tipo caderno de caligrafia do primário.

As paredes de tijolo, já no interior da cozinha, onde as tortas eram preparadas, davam um ar mais rústico e sério ao lugar.

As paredes, aliás, eram verdadeiras obras de arte espalhas pelos outros sets. Dava vontade de entrar na tela, de tão fofos. O que predominava era o papel de parede – que a gente via muito, nos anos 1990, depois sumiram e, recentemente, viraram tendência no design de novo.

O apartamento da Olive (Kristin Chenoweth) era o meu preferido! Tudo ali tinha temática floral. Tudo mesmo! Não importava se a parede estivesse estampada com flores… Sofá e almofadas também seriam assim (inclusive os pijamas da garçonete-diva). Na vida real, ficaria cansativo morar em uma casa desse jeito, mas, na tela, funcionava bem. Dizer o que da Olive? Uma florzinha de gente!

Até os utensílios domésticos esbanjavam elegância e não estavam ali por acaso. Jogo de xícaras de porcelana, abajures e TV vintage deixavam o cenário ainda mais convidativo para o chá e boa conversa!

O quarto da Olive era menos “menininha”, mas também era milimetricamente planejado. Papel de parede, roupa de cama, carpete, cabeceira da cama, poltrona, tudo na mesma estampa. Ela quase não gostava de combinar…. Para quebrar um pouco a monotonia, alguns objetos delicados foram colocados sobre cômodas e criados-mudos. Tudo bem romântico.

O quarto do Ned, é claro, não tinha papel de parede floral. Nem por isso, o cenário perdia o charme. O papel usado no cantinho dele era todo listrado em vermelho e amarelo – as cores das tortas! O cômodo, se fosse divido ao meio, teria duas partes iguais: camas e tapetes idênticos, além do criado mudo e o abajur simples. Uma das cenas mais emocionantes do seriado aconteceu entre essas quatro paredes (está abaixo)!

 

Mas se o quarto do Ned não era cheio de meiguices, o telhado era um mundo encantado à parte. Além de possuir muitas flores, Ned criava abelhas (e mel) ali. Tudo para agradar a amada, já que apicultura era o grande passatempo da Chuck. Até algumas luzinhas estavam penduradas ali…

O bom gosto na hora de mobiliar a casa vem da infância. Quando criança, Ned morava em uma casinha com papel de parede floral (sempre ele), toalha quadriculada na mesa (algo que, mais tarde, ele levou para a confeitaria) e cortinas amarelas de galinha (bem, essa, ele deixou só no passado mesmo)!

Já o quarto dele era tudo “combinandinho”, como a gente diz. O papel de parede de cowboy combinava com o carpete no chão. Além disso, os objetos pendurados na parede reforçavam o tema do quarto. É muita preocupação com os detalhes!

Mas não pense que essa preocupação se limitava apenas aos sets usados com frequência na atração. Em uma das casas que pertencia a uma personagem que apareceu em apenas segundos de um episódio, é possível ver que Pushing Daisies não economizava na hora de brincar de casinha. O cenário em questão parece ou não uma casa de boneca? Os arranjos de flores são um show! A lareira dá a impressão de aconchego, conforto, e as luminárias de parede (que também aparecem na The Pie Hole) fazem a gente recordar os castelos nos filmes da Disney.

Pushing Daisies é levemente inspirada no filme francês O Famoso Destino de Amélie Poulain (um dos preferidos do criador Bryan Fuller), algo que fica perceptível não apenas pelo narrador que adora contar o tempo, mas, inclusive, pelos sets de filmagem – o café em que Amelie trabalhava e as paredes (cheias de pequenos quadros) do quarto dela são parecidos com os cenários da série.

Ficou com saudade? Dá vontade de trancar a Chuck e o Ned dentro de casa e não deixar que eles saiam mais, né? Pois bem… Agora, vamos ao balde de água fria, ao choque de realidade.

Isso…

Na verdade, era assim…

E nem ouse querer pular lá embaixo, porque…

Hm, não vai dar.

A boa notícia é que o Bryan Fuller já disse que pretende, sim, ressuscitar a série (poético, não? vai render trocadilhos). Mas, dessa vez, em forma de filme!

O Ned te acompanha até a saída…

Volte sempre! 😉

 

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  1. Maria Eduarda - 07/09/2013

    Saudades de Pushing Daisies.

  2. Cross-genre, trocadilhos e… Memória afetiva! Esse é o estilo do “FULLERVERSE” » TeleSéries - 07/11/2014

    […] LEIA MAIS: ‘PUSHING DAISIES’: REVISITE OS CENÁRIOS DA SÉRIE INSPIRADA POR AMÉLIE POULAIN […]

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