TeleSéries
Primeiras impressões – The Mob Doctor
26/09/2012, 12:01. Paulo Serpa Antunes
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Meus leitores sabem que eu sou fã da Jordana Spiro. Meus colegas blogueiros também – por vários anos votei, solitariamente, nela como melhor atriz em comédia por My Boys nas eleições da Sociedade dos Blogs das Séries. The Mob Doctor pra mim é, portanto, irresistível: é a estreia de Jordana como protagonista de um drama em uma grande rede de TV. Infelizmente, não é nem preciso ser profeta pra dizer isto, não será desta aqui que Jordana vai conquistar multidões, assim como me conquistou.
Em The Mob Doctor, Jordana é a doutora Grace Devlin, uma jovem cirurgiã com vida dupla – ao mesmo tempo atende em um grande hospital de Chicago, trabalha por fora para a máfia, fazendo pequenos serviços para pagar dívidas contraídas do seu irmão. No piloto, estes mundos colidem quando ela é obrigada, pelo boss Paul Moretti (Michael Rapaport), a tirar a vida de um paciente que está no programa de proteção a testemunhas. Jordana está bem, não é por acaso que admiro ela, mas a questão é que sua personagem certamente não é original o bastante. A TV americana já está cheia de protagonistas assim: pessoas de personalidade, brilhantes, que colocam a vida profissional antes da particular, independentes e com um senso ético particular (do tipo que acredita que os fins justificam os meios). Lembrou de algum médico de televisão?
Grace tem um mentor (Zeljko Ivanek, tentando recuperar a credibilidade perdida com Heroes), uma enfermeira amiga (Floriana Lima), uma mãe que trata mal (Wendy Makkena) e um namorado que também não trata lá muito bem (Zach Gilford, Friday Night Lights), mas aparentemente não confia em ninguém a ponto de pedir ajuda, ou dividir a carga de sua vida complicada. O que mais se aproxima disto é um mafioso (William Forsythe), com quem tem um relação de afeto, quase como a de um pai. É da relação com este mafioso, Constantine, que surge o belo gancho que costura a primeira e a última cena do piloto, fechando um bom episódio, com uma boa história.
Mas pilotos não precisam ter uma boa conclusão, eles tem é que ter uma boa premissa. E é aqui que a série patina. Não creio que ver uma pessoa trabalhando para criminosos possa ser interessante o suficiente ou que uma série consiga transitar facilmente entre ser um drama médico e ser um drama de ação.
The Mob Doctor é uma produção de Josh Berman, que fez fama como produtor de CSI, mas tem sido infeliz nas tentativas de emplacar como showrunner – é o criador de Killer Instinct e Vanished e tem apenas um hit no currículo, a comédia Drop Dead Diva. O seriado é exibido pela Fox, que é o mais ousada das cinco redes americanas. A Fox gosta de arriscar nas escolhas de séries – e é das ousadias dela que costumam nascer hits como 24 Horas, House, Prison Break, Fringe. Infelizmente, The Mob Doctor não fará parte deste grupo. A série estreou mal nos EUA e nas bolsas de apostas informais está no topo da lista dos shows que serão cancelados. A série pegou um timeslot ruim, cercada pelos realities The Voice e Dancing with the Stars. Mas a culpa não é do timeslot.
The Mob Doctor anda nesta linha tênue entre o que é certo e o que é errado, bem ou mal. Pra quem assiste as séries adultas dos canais de TV por assinatura, este tipo de questão já virou passado. Pra quem assiste as séries de TV aberta, bom, talvez não seja questão de que o certo seria ser maniqueísta, ou ser simplório. A questão talvez seja apenas a de dar ao telespectador algo mais do que mais um médico quebrando regras. Jordana Spiro precisava de algo melhor para trabalhar.
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Paulo excelente review.
Também sou fã da Jordana Spiro e confesso que só assisti essa série por causa dela. Gostei muito dela em My Boys e resolvi dar uma chance a The Mob Doctor.
Em relação ao piloto, eu achei um pouco arrastado. Acredito que poderiam ter mostrado um pouco como era a vida dela antes de assumir o seu papel de medica da máfia. Acho que poderia aproveitar melhor essa transição e as reações dela vivendo neste novo mundo.
Enfim, infelizmente, eu também acho que não será com essa série que ela alcançara novos vôos!!
Acho que você tem razão, Rafael, acho que o desenvolvimento do piloto poderia ser melhor. Mas eu gosto da costura da primeira cena, com a médica criança, com o insight que ela tem na cena final, achei aquilo realmente bacana, por isto não dei uma nota menor ao episódio.
Também achei curiosa a passagem do tempo, fiquei com a impressão que a protagonista passou umas 48 horas sem dormir.
Paulo, a premissa da série é a mesma de um filme com o David Duchovny, “Playing God” (1997) em que ele interpretou um médico obrigado a trabalhar para criminosos. A não ser que crie algo que consiga manter o público ligado na trama, um arco de histórias com a personagem principal ou algo do tipo não vejo como uma série de vida longa.
Não conhecia este filme do Duchovny, mas é por aí.
Desisto, eu adorei o piloto, talvez porque gosto desse tema de estar na beira do certo e do errado, não dava crédito para a Jordana do tipo poderosa (para não dizer outra coisa) e ela me surpreende e a relação com o namorado eh ótima, ou seja, fina o bastante para se romper quando aparecer algo melhor e existente para mostrar que ela tem uma vida particular e que nem isso é páreo para a necessidade dela de ajudar.
vontade de assistir mas, medo da decepção do cancelamento.