TeleSéries
Primeiras Impressões – Enlisted
14/01/2014, 16:37. Carla Heitgen
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Enlisted
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Após ter estreia adiada e empurrada para a midseason, a Fox levou ao ar o piloto da comédia militar Enlisted na última sexta-feira (10). Como muitos fãs de televisão sabem, é raro uma série dizer a que veio e engajar o público já no primeiro episódio. Enlisted, entretanto, deu o seu recado e mostrou potencial, no mínimo, para uma temporada completa.
Há 20 anos, Pete, Randy e Derrick se despediam do pai, um soldado do exército dos Estados Unidos convocado para a guerra. Hoje, são eles que defendem o país. Pete, o irmão mais velho, é sargento no Afeganistão, acostumado a estar no front. Sabem o cara que matou Bin Laden? Não, não foi ele. Mas um soldado tão bom quanto ele. Pelo menos na mente do oficial. O soldado representa um personagem bem comum em tramas cômicas, que pisa nas regras com seu coturno e, consequentemente, se coloca acima delas. Em um destes rompantes de arrogância e insubordinação é designado para liderar o “Rear D”, na Flórida, um pelotão que acolhe “os mais” da tropa: os mais desajustados, os mais estranhos, os mais rejeitados, os mais reprovados em testes físicos e psicológicos. Sua missão? Aparar a grama e lavar tanques de guerra sujos pelos soldados “de verdade”.
O sargento Pete Hill, claro, se sente prejudicado, porém não convence seu superior, o major Cody (KeithDavid), o qual “não perdeu o pé em uma mina terrestre para ouvir suas bobagens”. Aliás, sabe mãe quando quer que o filho sinta culpa? É o que Cody faz, toda fez que precisa ensinar uma lição: já vai colocando a prótese de seu pezinho na mesa e citando referências heroicas como “o Van Damme em Os Mercenários 2“.
Para Hill, entretanto, pior do que lidar com a parte das forças armadas que não é mostrada nos comerciais de televisão é ter como subordinados seus irmãos mais novos e não muito aptos para a área militar, o abobalhado de nobre coração Randy que o recebe de volta como “uma tiete em um show do One Direction”, e Derrick, o irmão rebelde tô-aqui-contra-minha-vontade. A história tem potencial, apesar das piadas forçadas, especialmente quando Pete Hill pergunta em plena batalha contra o inimigo se eles têm um computador para emprestar e o pastelão envolvendo a pouca inteligência e falta de jeito de Randy, que ora rende risadas, ora nos faz ter saudade do Homer Simpson.
Mas não é tão ruim assim. O recém-chegado soldado terá a chance de provar que em cada um dos persistentes soldados de seu pelotão há um guerreiro interior. Sem um lema e utilizando o grito de guerra “Bradley! Cooper!” não demora muito para ele ver a enrascada em que se meteu. Ah, mas tem um interesse romântico, a sargento Perez e os jogos de guerra contra italianos patrocinados por um ricão civil que tem dinheiro para desperdiçar.
É famosa a receita deste bolo: junte pessoas completamente diferentes que se unem como uma família por circunstâncias do destino e você terá uma comédia. Não que isto seja um problema em si, afinal Friends e Community também leem nessa cartilha. O diferencial que faz dar certo, portanto, é um bom texto e um elenco afinado. Apesar dos personagens de personalidades diferentes (como em Friends e Community) e das situações ao estilo “vão ficar juntos/não vão ficar juntos” (como em Friends e Community) o homem orgulhoso que descobre a vida e o valor da família com pessoas que considerava inferiores (Jeff Winger, é você?) a história dos três irmãos tem tiradas engraçadas como a briga na hora da reverência à bandeira, e quando o Major Cody diz que não confia em ninguém que tenha apóstrofe no nome, referindo-se ao namorado da filha, Da’quan, e o adesivo abaixo.
No final, o grupo de esquisitos liderados pelo sargento prova o seu valor em uma missão aparentemente inútil: resgatar um cachorrinho perdido. É aí que a graça toma contornos mais dramáticos. Descobrimos que a “Rear D” é a responsável não só por cuidar das famílias dos soldados que estão longe como também de lhes dar a má notícia caso algo pior aconteça. E Pete aceita, finalmente, sua missão, pois foi um soldado deste pelotão que trouxe a ele mensagem que nenhuma família espera.
Conclusão: a criação de Kevin Biegel, que tem em seu currículo as produções Cougar Town e Scrubs, lembra muito o tipo de humor da lendária franquia dos anos oitenta Loucademia de Polícia. Esta aura de nostalgia envolvida pode agradar, mas sem muitas expectativas, apenas quem quer só se divertir. E os oportunos dois Globos de Ouro que Brooklyn Nine-Nine, da mesma emissora, ganhou podem alavancar o interesse dos espectadores em comédias do gênero. O elenco está de parabéns, bastante entrosado e bem competente, com os protagonistas Geoff Stults (sargento Pete Hills), Parker Young (Randy), de Suburgatory e Derrick (Chris), de Veronica Mars e Private Practice .
A comédia tem tudo para agradar fãs de diferentes faixas etárias, homens, mulheres e traz uma sensação de que terá momentos de ternura (pero no mucho) e trazer algo além da pieguice familiar, que seria fácil de inserir neste contexto. Mas as piadas e o roteiro em si, ainda podem – e devem – melhorar.
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Eu esperava mais dessa série porque sou fã de Cougar Town, mas foi um piloto OK. Acho que os roteiristas têm que dar um pouco mais de profundidade aos irmãos, principalmente o personagem de Parker Young, que está praticamente igual ao que ele interpretava em Suburgatory.
Reparei isso também do Parker Young, Thiago. Mas acredito que a série pode se desenvolver e aprofundar as questões, eu vejo potencial, de verdade.
Como essa série não tem reviews semanais no Teleséries, vou postar aqui mesmo: nos episódios posteriores, Enlisted melhorou consideravelmente, e se não fosse Brooklyn Nine-Nine, seria a melhor comédia nova da temporada. Pena que os episódios estão passando fora de ordem, causando problemas de continuidade.
Não sei o que Kevin Reilly e o pessoal da Fox estavam fumando para terem preferido colocar Dads em vez dessa série no bloco de comédias das terças, que ficaria perfeito com Enlisted, Brooklyn Nine-Nine, New Girl e The Mindy Project.
Pois é, Thiago. Dads foi tão criticada pela falta de graça e considerada preconceituosa e tudo mais, mas Enlisted teve audiência muito ruim nas duas primeiras semanas. E com esse descaso de passar fora de ordem, é bem provável que seja cancelada. Uma pena se acontecer, pois tem potencial, talvez se exibida em outro horário.
Carla, olha primeiramente devo comentar que a trilha sonora da série vai ser impecável. tendo AC/DC é maravilhoso, não ouço eles em trilha desde a falecida (que tomara ocorra esse ano, assim seja, o seu cancelamento) Supernatural.
Eu nunca vi uma série ser ambientada em uma base do Exército e achei isso super interessante sabe? Parece que vai ser super divertido e não achei o piloto forçado hora nenhuma, vou continuar a ver.
Concordo com tudo o que você disse e sim, precisa melhorar em algumas coisas, mas os três irmão são bem divertidos e com certeza eles vão nos render boas histórias, afinal, eles têm uma boa química! Beijos!
Genteee, a trilha. Thundersruck! o/
Eu quero ver o segundo episódio também. A audiência foi fraquinha no piloto, vamos ver.
Obrigada pelos comentários, Arthur!
[…] Enlisted foi a única estréia que manteve a audiência em seu segundo episódio: 0.7 para 0.6 pontos na demo 18-49 anos. Apesar dos números serem muito inferiores à média da rede (1.8 pontos), a série é exibida às sextas-feiras e, junto com Raising Hope, enfrenta a concorrência de Shark Tank (ABC), Grimm (NBC) e Hawaii 5-0 (CBS). Se a FOX quiser fazer melhor, em termos de audiência, talvez Enlisted não seja a resposta.( Leia aqui as primeiras impressões) […]
Gente me desculpem mas achei essa série, muito, mas muito, muito ruim, nem consegui assistir ao episódio piloto todo 🙁
Oi, Paullo!
Tudo bem. O TeleSéries apoia a diversidade de opiniões. Se você não for adepto deste tipo de comédia pode parecer bem bobinho mesmo. Eu achei divertido. Mas você tá certo, com tanta série para assistir precisamos priorizar.
Obrigada pela visita!
Oi, Carla 🙂 Então eu geralmente nem sou tão exigente assim, prova disso é que geralmente minhas séries favoritas são canceladas 🙁 e eu sou do tipo que ainda insisto sabe, se não gostei do piloto ainda tento ver o segundo episódio e as vezes até o terceiro mas essa realmente não dá, e é verdade com tanta coisa pra assistir… Temos que priorizar mesmo.