Preview: Ashes to Ashes – I´ve got Pong!


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Ashes to Ashes

(atenção, o texto abaixo contém spoilers sobre o final de Life on Mars)

Gene Hunt está de volta! A BBC aproveitou o sucesso de Life On Mars e do fantástico personagem de Philip Glenister e encomendou uma sequência a toque de caixa (‘toque de caixa’, para a TV inglesa, é produzir oito episódios em 10 meses, vejam bem). Se nosso elo com a Manchester de 1973 era Sam Tyler (John Simm), agora o papel é desempenhado pela bela Alex Drakes (Keeley Hawes), uma policial que trabalha com profiles que estudou a fundo o caso de Tyler.

Enquanto dirige por Londres com sua filha Molly, ela recebe um aviso pelo rádio. Um homem (Arthur Layton) está com uma refém. Depois de uma tensa negociação, tudo parece estar resolvido. Porém, quando ela entra em seu veículo, percebe que Layton a está esperando. Ele leva Drakes para seu esconderijo e fala sobre o poderoso traficante que ele era no passado. Logo após, Alex é baleada e acorda em 1981.

Não por acaso, ela encontra na Londres dos anos 80, de Gene Hunt, Ray Carling e Chris Skelton. Depois de ler e reler os relatórios de Tyler, ela conhece esse universo mais do que ninguém. Além de ser a mais plausível das explicações para trazer Hunt e sua trupe de volta a ativa. Mas esse também acaba por ser o ponto fraco da série.

Grande parte da tensão presente em Life on Mars vinha do fato de Sam não saber sobre qual sua condição a maior parte do tempo (“Am I mad, in a coma or back in time?”), em Ashes esse mistério inexiste. Drakes sabe desde o começo que está em coma e os métodos para se comunicar com a realidade. Durante várias ocasiões, vemos ela assistindo a BBC depois do final da programação e/ou segurando um walkie-talkie, já que é sabido que cedo ou tarde ela terá notícias do mundo externo. Além disso, ao ver que Layton é um criminoso em ascensão em 1981, ela deduz que deve completar uma determinada missão para voltar a sua realidade (e é óbvio que tal tarefa não é simplesmente prender Layton, senão a série acabaria no primeiro episódio). Isso acaba por tornar o programa meio previsível do que deveria (apesar de que o palhaço* até consegue dar medinho).

Mas quem liga pra probleminhas como previsibilidade quando GENE HUNT está de volta? O rei das one-liners do mundo policial (te cuida, Capitão Nascimento) está com todo gás, e é com imenso prazer que ouvimos pérolas como:

Alex:

What’s so special about you, Gene? When good coppers go under, why do you appear?

Gene:

It’s my aftershave.

E se em Life on Mars, muito do humor vinha do choque de realidades vivido por Sam Tyler, agora a palavra de ordem é fazer referências (o que é uma grande sacada, já que os anos 80 são riquíssimos nesse sentido), sejam elas visuais (James Bond, Miami Vice) ou na forma de diálogos (Star Trek, Star Wars).

Por falar em Tyler, o que aconteceu com ele nessa realidade? Ele trabalhou sete anos ao lado de Hunt e morreu ao desobedecer uma ordem dele durante uma ação policial. Essa foi a razão de Gene e sua trupe se mudarem de Manchester para Londres. Mas, segundo Ray, o corpo dele nunca foi encontrado. Será que veremos ainda teremos notícias de Sam?

Ao final do episódio, vemos Alex gravar um monólogo que provavelmente servirá de abertura para os episódios posteriores:

My name is Alex Drake. I’ve just been shot and that bullet has sent me back to 1981. I may be one second away from life or one second away from death. They say that as you die, your life flashes before you, all those memories and mistakes that form us. Well, bring it on. My life can flash away as much as it likes because I am not going to die. I’m coming back to you, Molly.

* O tal palhaço (ou pierrot, para usar o termo correto) não foi uma escolha aleatória. Ele saiu diretamente do videoclip de Ashes to Ashes, canção de David Bowie (veja aqui). Viva a Internet 2.0.

***

As incríveis peripécias de Alex Drakes e Gene Hunt vão ao ar todas às quintas, às 9 da noite, na BBC1 da Inglaterra. Se o mundo for um lugar justo, Ashes to Ashes deve começar a ser exibida pela HBO Brasil ainda em 2008.

Texto publicado originalmente no weblog Cavalca Blog

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  1. fernando dos santos - 13/02/2008

    Eu acho que pelo fato de ser um spin off ,esta série dificilmente conseguirá superar o original.Mas mesmo assim vou assistir quando estrear aqui pois certamente será uma atração acima da média.

  2. Silvia_05 - 13/02/2008

    Acho que eles poderiam ter ousado um pouco mais. Senão a gente acaba comparando com Life on Mars e aí fica difícil não sentir saudades de Sam.

    O episódio 1 não me surpreendeu. Até porque Gene parece meio apagado, apesar de melhor aparência.
    É claro que as frases dele ainda são a graça.

    Talvez a grande sacada seja que, certamente, vai pintar um lance entre Gene e Alex, o que poderá deixá-la dividida.
    Será que terão 2 temporadas também???

  3. Rafa Bauer - 13/02/2008

    Vi que já tem disponíveis legendas em inglês e em espanhol… vou esperar mais um pouco para ver se traduzem para português do Brasil, senão vou ver mesmo com as legendas em inglês…

  4. Paulo Antunes - 13/02/2008

    Fiquei meio decepcionado com tua descrição da série. Se as referências aos anos 80 são a única graça, bom, é muito pouco. Referências aos anos 80 tem aos montes em Psych ou em uma Balonê (piada interna para morador de Porto Alegre, o Juliano vai entender!)

  5. Luiza - 13/02/2008

    Gostei demais de Life on Mars, O john Simm já disse em várias entrevistas que Sam está morto e enterrado,logo acho muito difícil ela dar as caras em Ashes.Vou dar uma conferida,mas não gostei muito desse enredo da personagem estar também em coma e em seu coma ela viver/interagir com os mesmos personagens que Sam?

  6. Mica - 14/02/2008

    Buuááááá…queria assistir.

    Primeiro: Se Sam morreu no mundo de Gene, é porque ele provavelmente morreu no mundo real…ou acabou acordando do coma, de novo. (nunca me conformei com o final de Life on Mars)

    Segundo: quais relatórios de Sam essa tal Alex leu? Ele fez relatórios falando sobre o seu tempo em coma!???? (antes de entrar em coma de novo?)

    Terceiro: O que eu mais amava em Life on Mars era justamente o Sam, suas (e nossas) dúvidas…e a Annie ~_^.

  7. Silvia_05 - 14/02/2008

    Numa cena do final de Life on Mars, aparece Sam gravando um relatório e entregando para uma moça que diz:
    Quer que eu leve algo à Divisão de Avaliação Psicológica?
    Sim, obrigado.Há uma oficial. Ela está juntando material de colegas que sofreram trauma.
    Amarração pro início de Ashes, quando aparece o relatório com a foto de Sam e um carimbo escrito “Suicídio”. SNIFFF!

  8. JORGE - 04/03/2008

    Já é possível ver este ep na net. Vá ao google e procure…

  9. Virginia Abreu de Paula - 12/04/2008

    Estou surpresa e feliz por ver que a série teve aceitação no Brasil. Eu amei! Mas pensava ter sido a única. Também fiquei sem me conformar com o final de Life On Mars, apesar de ter achado bem sacado. Até que entendi a causa de minha frustação. É que era o fim. E eu queria mais…Sei que é ridículo, mas por alguma razão psicológico, tenho muita saudade de Sam Tyler. Quando chega o domingo, e não tem mais a série, dá um vazio grande. Gostei de saber que a HBO vai trazer Ashes to Ashes. Boa notícia. Mesmo sabendo que Sam estará ausente, sinto que é melhor do que nada. Alem disso, tem Gene Hunt. Para mim, um dos melhores personagens que já vi numa série. Incrível, visto que é um grosso com G maiúsculo. Mas, impossível não ficar esperando por ele, pelas suas falas, pelas suas reações. Com certeza, muito valorizado pelo grande talento do ator. Gente, e a trilha sonora? Eu era jovem em 73. Lembro de muitas daquelas músicas, e as que mais me tocam, profundamente na alma, são: Life on Mars, com David Bowie e Whisky in the Jar com Thin Lizzy. Ah, aquela guitarra. Que vontade de poder também voltar até 1973. Sem precisar de entrar em coma, ou de morrer, lógicamente. 🙂

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