TeleSéries
‘Person of Interest’ – um balanço da temporada
23/05/2012, 22:29. Redação TeleSéries
Especiais
Person of Interest
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23 episódios muito bons. Uma trama bem desenvolvida. Uma baita média de audiência. Esse é Person of Interest, suspense de produção executiva de J.J Abrams e roteiro de Jonathan Nolan. A produção é aquele tipo de série que fisga o telespectador e não solta mais. Uma mistura quase que perfeita de Identidade Bourne com Minority Report (claro, bem menos Sci-fi), Person of Interest é tudo aquilo parece ser: eletrizante, por suas cenas de ação bem feitas; e envolvente, pela inteligência de suas tramas. Mantêm seus telespectadores felizes, afinal, ela promete e cumpre, em grande estilo. E, além disso, somos brindados com os twists, que nos fazem quase pular do sofá, de tanta surpresa e excitação.
O grande trunfo dessa primeira temporada com certeza foram as tramas bem elaboradas, que apesar disso são de fácil entendimento (alguém ousaria pedir mais? É simples de entender, e ainda assim é complexo. Quase um paradoxo). A boa qualidade e o desenvolvimento do seriado não foram comprometidos pela estratégia “um caso diferente por episódio”. Isso, em uma época no qual os “procedurals” se perdem na estrada da vida, é uma grande coisa. E pasmem: são raras as pontas soltas após os cerca de 43 minutos de cada episódio.
Outro ponto alto de Person of Interest são seus personagens, deliciosamente misteriosos, o que aguça a curiosidade do telespectador. A começar por Harold Finch, interpretado por Michael Emerson (eternamente Ben Linus), que é um bilionário genial, inventor da Máquina que aponta quais serão as pessoas envolvidas em atos violentos – é de tirar o fôlego não saber se a pessoa apontada é “do bem” ou “do mal”. O maniqueísmo da coisa toda cai muito bem no seriado. Depois de um acontecimento dramático que levou à morte seu melhor amigo, Finch decidiu fazer justiça “com as próprias mãos”. E é aí que entra na história John Reese.
Reese, interpretado por Jim Caviezel (ou, se preferir, JC ou Jesus), é um ex-agente das Forças Especiais do Exército Americano, e também ex-agente da CIA, que era dado como morto. Só que enquanto pensavam que ele tinha partido dessa para uma melhor (?), ele na verdade vivia como mendigo pelas ruas de Nova York. Assim como Finch, a reviravolta em sua vida também se deu pela morte de alguém importante para ele – Jéssica.
Mas quem acha que essa similaridade bastou para aproximá-los está bem enganado. A princípio eles foram demasiadamente estranhos um com outro, mas com o passar dos episódios começaram a criar uma confiança mútua, uma espécie meio sui generis de amizade. Pode-se, inclusive, dizer também que eles dividem um belo “bromance”, que atinge seu ápice nos episódios Super e Baby Blue (eles ficaram lindos cuidando da bebê, não?).
Outro personagem de destaque é o do detetive Lionel Fusco, um policial corrupto que é chantageado por Reese e acaba virando a primeira conexão da dupla dentro da NYPD. Ele tem como missão atrapalhar a investigação de Detetive Carter, muito determinada em descobrir quem está por trás dos acontecimentos que rodeiam Nova York. Carter, também ex-militar, foi provavelmente a única pessoa que chegou perto de “capturar” Reese, mas em outro excelente twist da série – mesmo que um pouco previsível – ela se torna mais uma importante aliada dos dois, quando é apontada pela máquina no episódio Get Carter. Primeiro, ela finge ajudá-los, mas arma para Reese, que quase é morto (ambiguidades, suas lindas). E sua redenção acontece justamente quando ela o ajuda a fugir, salvando sua vida, no episódio Number Crunch.
Como se não bastassem os excelentes episódios de tramas únicas, o seriado também trabalha com a “trama da temporada”. Em uma jogada um tanto quanto corajosa, a trama principal não é mostrada logo no início da temporada, mas sim no episódio de número 7, Witness. Nesse episódio é apresentado Charlie Burton, um professor que teve seu número apontado pela Máquina. Mais tarde descobre-se que ele é, na verdade, Carl Elias, o vilão, líder da máfia da cidade de Nova York. Com uma inteligência comparável a de Finch (esses embates de mocinho e bandido à la Walter Bishop e David Robert Jones são sempre ótimos) e um “pequeno” exército de contatos, as vezes parece que ele poderia estar relacionado a vários casos dentro do seriado. Elias é citado em alguns episódios antes de fazer sua aparição em carne e osso, como no episódio Mission Creep. Mas, depois do episódio Witness sua trama foi deixada meio de lado.
E quando acreditávamos estar prontos para, finalmente, fazer algumas críticas ao seriado -em relação ao plot esquecido – surpresa! Lá estava Elias novamente, só que desta vez, ele aparece só no finalzinho do episódio Risk, em uma cena pequena, mas de um impacto sem igual, onde se mostra responsável pelos acontecimentos do episódio. Depois disso, é inevitável imaginar quantos outros casos tiveram relação com Elias, direta ou indiretamente. E como vilão bom é vilão preso (mas depois de aprontar muito), Elias seguiu seu destino, sendo subtituído por outras pessoas a fim de fazer vilanias pela big apple (quem sabe alguém do alto escalão do Governo, pra deixar as coisas mais tensas?).
Além doa vilões, e das tramas pessoais de cada episódio, ainda é trabalhada a questão do interesse de Reese em saber de toda história sobre o passado de seu “empregador” – curiosidade ou ainda a relutância em confiar completamente em Finch? E Finch gosta de manter seu passado no passado, e em segredo. Person of Interest tem esse elemento de pequenos plots recorrentes.
E depois de uma temporada impecável, um episódio final daqueles. Mesmo. Ação, telespectadores sem fôlego. Com direito à twist e gancho, como todo seriado que se preza – e voltará para mais uma temporada – deveria fazer. Agora, só nos resta indagar qual o destino de Finch, e quais as manobras de Reese para trazer o parceiro de volta. Pena que setembro está tão longe.
No meio de tantos aspectos positivos fica difícil falar do seriado sem parecer tietagem. Se você ainda não viu (e está se afogando em spoilers), deve estar achando que tudo isso é bom demais pra ser verdade, mas o fato é que a alta audiência do seriado está aí pra provar a qualidade do mesmo. Afinal, são poucos os seriados que tem a PIOR audiência na casa dos 11milhões e encerram a temporada com mais espectadores do que começaram. Então, quem vem? Se você ainda não assistiu, achou o que fazer até a próxima Fall Season retornar. Você não vai se arrepender.
*Texto produzido por Mayra Gonçalves e Mariela Assmann
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Para mim a melhor série da temporada. Jim Caviezel, de quem nunca gostei, recuperou-se no meu conceito e Michael Emerson nasceu para fazer Harold Finch (dizer que ele está ótimo é pouco). Seu desempenho no episódio em que Finch é drogado é fantástico. Eu ri até não poder mais.
Foi, também para mim, uma das preferidas desta safra.
Como achava que só voltaria no começo do ano que vem, para mim foi uma grata notícia saber que volta em setembro.
Sobre John, até que sabemos várias coisas, mas sobre Harold e a Machine os mistérios são maiores. Mas, uai, parece que, em algum epi, foi sugerido que o sócio do Harold (o Goldwin de Lost, rs) o teria traído… Ou eu entendi errado ou é mais um dos mistérios de Person of interest.
Esta serie e Once Upon a Time são as melhores series da temporada. Eu comecei a assistir por causa do Jim Caviezel. Ainda bem que eu não desisti como a minha irmã (vou convencê-la a voltar a assistir). O elenco e os episódios são ótimos. Quem não assistiu um conselho, assista.
MA-RA-VI-LHO-SA!!!!!!!!!!!!!!!!!!! é uma série de tirar o folego, para mim fica pareo duro com Touch! Elenco de primeira, situações muito bem construídas, relações frágeis e fortes ao mesmo tempo, num equilíbrio fantástico
Eu comecei a ver Person of Interest com altas expectativas, não só por causa dos dois atores principais e do nome de J.J. Abrams, mas também porque Jonathan Nolan deu uma mão no roteiro de vários filmes do seu brilhante irmão Christopher. Porém, a princípio fiquei desapontado com os roteiros repetitivos e diálogos sem sal, e só continuei acompanhando porque precisava de algo para ver entre 2 Broke Girls (que estou quase largando) e Fringe na Warner. E ainda bem que eu fiz isso, pois a série melhorou assustadoramente.
O primeiro grande acerto foi terem tornado Carter parte da equipe ainda no meio da temporada, pois assim ela se tornou um elemento fundamental da série em vez de alguém que está lá só para atrapalhar. Também gostei de como começaram a explorar mais o passado misterioso dos protagonistas e construir lentamente uma galeria de vilões digna de Batman. E elogiar Michael Emerson é chover no molhado, mas para mim essa série é de Jim Caviezel, cujo Reese tem se mostrado o melhor “action hero” da TV americana desde Jack Bauer.
Série chata e repetitiva…nao passei de 3 episódios. Povinho que se contenta com pouco…sugiro Game of Thrones, Spartacus, Homeland e Breaking Bad.
Fofo, nós também assistimos a todas essas que você citou – y muchas más! Não nos contentamos com pouco nas suas duas acepções: nem de qualidade, nem de quantidade.
Como Thiago disse, a série em pauta começa bem normalzinha, mas depois arrebenta.
Marcos se você assistiu apenas tres episodios e depois largou então não tem conhecimento suficiente sobre a série para poder chamar de chata.
Mais uma pra minha lista de mid-season, parece ser muito boa!
Uma das minhas séries favoritas dessa temporada. Adoro o Jim Caviezel e, acho o Michael Emerson fantástico. Adorava as cenas em que o Lionel e a Carter ficavam se olhando, um desconfiando do outro sem saber que estavam no mesmo barco, ajudando o “homem de terno”.
As histórias foram muito bem montadas e aguardo setembro com ansiedade para saber como o Harold vai sair da situação em que se encontra.
Adoro POI , uma das melhores séries desta temporada. As histórias são inteligentes e os atores ótimos . Gosto muito do Jim Caviezel e o Michael Emerson é um baita ator . Recomendo !
O que falar de PoI? Mais nada. Só falta ressaltar este texto tão primoroso quanto a própria série. Parabéns, Mayra e Mariela.
[…] dar uma ajudinha e relembrar o que aconteceu na temporada de estréia da série – confira aqui o balanço de temporada – e antecipar o que vem por […]