Person of Interest – Lady Killer


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Quando um personagem coadjuvante começa a ter as melhores cenas e as melhores falas; quando o personagem principal começa a ser irrelevante; quando o excesso de personagens começa transformar as falas em um jogral e o episódio se arrasta entre uma cena maçante e outra; quando, ao se chegar ao final do episódio, somente resta aquela esperança de que tudo volte a ser como na temporada passada e não se experimenta, senão aquela empolgação com um cliffhanger de cair o queixo, ao menos aquele gostinho de quero mais…

Quando tudo isso acontece, é hora da luz vermelha começar a piscar freneticamente, caso contrário, ao invés de continuar a escrever os roteiros, é melhor a equipe criativa começar a compor o réquiem de despedida.

Person of Interest, para mim, está perigosamente perto deste ponto. E, ouso dizer, somente não chegou nele ainda porque a audiência se mantém. Talvez porque, como eu, os fãs dessa série, que até a temporada passada estavam presos em uma rede feita de fidelidade ao argumento central da história, à dualidade de personagens intensos, ao encantamento de relacionamentos marcantes, à propostas de dilemas morais constantes, ainda permaneçam fiéis, talvez, como disse acima, na esperança de que tudo volte a ser como já foi uma vez.

O roteiro de Lady Killer, foi, para dizer o mínimo, ridículo. Um batalhão de gente para proteger um inofensivo… inofensivo o quê? Conquistador, pesquisador de comportamento social, carente afetivo como há milhares atualmente? E nem vale dizer que se acreditava que ele era um assassino em série. Reese já passou por piores momentos sozinho, ou com a ajuda esporádica de Carter e Fusco. Basta lembrar, só para citar alguns exemplos, que até agora ele já enfrentou a Máfia, fugiu da CIA, protegeu duas pessoas concomitantemente, escapou de um prédio totalmente cercado (pelos mocinhos e pelos bandidos!)…

Até a temporada passada, Finch e Reese ocupavam o centro da trama, e Carter e Fusco gravitavam ao seu redor. Essa estrutura bastava, porque o que dava identidade à série era seu argumento central: a possibilidade concreta da existência do grande irmão, que transitava no universo delimitado pelo modus operandi da sociedade americana, e operava através de seus heróis de plantão, tão ao estilo de Hollywood, mas capazes, ao mesmo tempo, de negar esses estereótipos hollywoodianos do bem e do mal… Um paradoxo? Talvez. Mas funcionava à perfeição. Agora? Agora somos obrigados a ver Reese esperando pateticamente, como um colegial qualquer, a garota sair do bar para levá-la para casa!

Os melhores momentos do episódio foram protagonizados por Root. Talvez porque na sua relação com a Máquina, ela ainda guarde um pouco da essência das temporadas passadas. Uma confiança plena no Absoluto e a crença na descartabilidade da raça humana. Ela é o único personagem que permanece totalmente honesto. Ou seja, é a única parte da história que ainda guarda um dilema moral a ser explorado dentro do que era o argumento central da série. E, neste contexto, talvez seja por isso que o Absoluto a tenha adotado e a proteja e, agora, eventualmente, identifique-se mais com ela do que com Finch. E, na cena em que ela escapa do hospital e preserva a vida do agente que fora enviado para matá-la, vi exatamente a diferença entre as temporadas passadas e essa: A Máquina e Root (que acredita que a raça humana é descartável!), preservando vidas e Shaw tentando exterminá-las a cada cena!

A nota três deste episódio é decorrência de que, infelizmente, junto com as seqüências protagonizadas por Root, tivemos que assistir a todo o resto!

E, para acabar, quero citar a última fala de Finch: Mr. Reese, we have a problem. É, definitivamente, nós temos um problema!

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