Person of Interest – Beta


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“Mantenha-se vivo, Harold! Eu vou buscar você.” (John Reese)

Beta poderia ter sido apenas essa cena e o episódio já teria valido a pena. Mas Beta não foi somente essa promessa e essa despedida incerta. Foi a sublimação do amor, quando a vida estava na ponta dos dedos, no toque de apoio, na caminhada às cegas sobre uma ponte esquecida, e avançou rumo à morte, sem hesitação, sem certezas, a não ser a de que o amor oferta tudo, até que não lhe sobre mais nada a ser doado, a não ser as lembranças que a memória capta e a alma guarda.

Foi também a revelação do ódio, quando Finch, avesso a qualquer ato de violência sem sentido, avesso a qualquer ato de violência extrema, sucumbe diante da obsessão pelo poder, diante das vítimas que a sagacidade e a falta de escrúpulos são capazes de fazer e pede a vida de todos pela vida de Grace.

Foi a sublimação da amizade quando até os corações mais duros fraquejaram diante do inevitável e os olhos revelaram o que teria sido melhor demonstrado pelas lágrimas que teimaram em não cair.

Beta foi ainda um ato de contrição, quando Finch recordou o inevitável, o destino anunciado em um clic de mouse em um dia distante, quando, por sua culpa, sua vida deixou de lhe pertencer, para, simbioticamente, tornar-se parte de um todo maior, quando sua Máquina ganhou vida.

Foi, pela segunda vez, nesta temporada, revelação, um momento único que durou quarenta minutos, em que nos percebemos parte da história, porque, tal qual na morte de Carter, estávamos presentes: alertamos Grace para que não falasse de Finch e alertamos Finch antes de dar o primeiro passo em direção àquilo que acreditava ser o seu destino, de que a razão era melhor instrumento de decisão que a emoção; oferecemos o sofá da sala para que Reese, Shaw e Root se escondessem dos olhos do Samaritano e desejamos segurar a caneta que escrevia a história. Fomos as câmeras ocultas que se afligiram pelo futuro dessas pessoas (personagens?) que já fazem parte de nossas vidas; derrubamos, deste lado da tela, as lágrimas que Shaw e Reese não puderam libertar naquela ponte, ao ver Finch se distanciando, prisioneiro de Greer.

E, ao final, se foi Finch a dizer o ato de contrição, fomos nós a pagar a penitência com a tortura de ver os acontecimentos se desenrolarem sem que pudéssemos interferir!

Foi redenção pelo início incerto da temporada, quando tudo parecia que iria desandar, mas que, em Beta, tornou-se pura arte de fazer roteiros.

E porque Beta foi isso tudo, entre idas e vindas, ações inusitadas e ironias sutis, o coração já dói ao pensar que temos apenas míseros oitenta minutos restantes para conviver com esses seres que nos encantam, com esta história que aprisiona; oitenta míseros minutos que nos separam da espera sem fim pelo retorno de uma nova temporada.

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  1. Hugo Hashimoto - 05/05/2014

    Eu bato palmas para essa temporada de Person. Ainda fico impressionado como as histórias melhoraram muito e como decidiram brincar com os nossos corações desde a Carter. Seja a história com o Samaritano ou então aquele episódio em que eles planejam o roubo aquela agência, muitos momentos se mostraram memoráveis nesse ano, e essa cena do Finch com a Grace foi mais um desses.

    Amando Person cada vez mais e esperando os próximos ansiosamente.

  2. Regina Monteiro - 07/05/2014

    Somos dois Hugo.

  3. Berguinho Freitas - 05/05/2014

    Gosto muito de Person e essa temporada melhorou muito do meio pra frente. Mas ainda sim tenho um pé atrás com a personagem Shaw, não vejo necessidade de um “Reese feminino” tomara que ela seja a próxima vítima! Rsrsrsr.

  4. Regina Monteiro - 07/05/2014

    Sabe que a Shaw divide opiniões: uns amam, outros acham um excesso. Aprendi a gostar dela. Acho que pesa muito eu gostar da atriz que faz o papel.

  5. Hugo Hashimoto - 07/05/2014

    Quando a Carter… e o Reese sumiu, a Shaw segurou um episódio praticamente sozinha. Ela poderia muito sim substituir o posto do Reese eventualmente, só a química com o Finch que não seria a mesma, haha.

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