TeleSéries
Parenthood – Family Portrait
13/09/2012, 10:22. Tiago Oliva
Reviews
Parenthood
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Sempre que eu indico Parenthood, tenho muita dificuldade pra explicar por que essa série merece ser vista. Ela não tem avião caindo, não tem câncer, não tem irmãos que se apaixonam e depois descobrem que na verdade não são irmãos. Basicamente, não existem eventos grandiosos, que possam fazer o telespectador engasgar enquanto estiver comendo. A palavra de ordem parece ser “sutileza”. Mas se engana quem pensa que isso é um defeito. Muito pelo contrário. Essa é a maior qualidade da série. Tudo é tão verdadeiro, que muitas vezes você sente como se conhecesse aqueles personagens na essência, capaz até de prever algumas reações. Mas a sua maior qualidade é fugir do clichê quando não é possível fugir de temas já batidos, como traições, gravidez na adolescência ou adoção.
Com as tramas da temporada passada muito bem resolvidas no último episódio, coube a esta premiere introduzir as novas histórias. E a impressão que deu foi a de que a série não irá decepcionar. Começando pela trama menos promissora, vimos a Sarah lutando para tornar crível o seu relacionamento com o jovem Mark. É daqui que pode sair a história menos interessante. O possível triângulo amoroso com o fotógrafo foi a opção mais preguiçosa para tentar ocupar a personagem. Mas não nos esqueçamos do triângulo da temporada passada, envolvendo o Adam e a Christina, que fugiu completamente do convencional e surpreendeu pela forma que foi tratado. Que tratem esses personagens com o mesmo cuidado.
Por falar em Adam, foi no núcleo deste personagem que foi mostrada a história mais tocante do episódio. A despedida da Haddie não poderia ter sido mais emocionante. Destaque para a cena em que ela diz para o Max que o ama e este não corresponde. Isso minutos depois de dizer que admira no irmão justamente pelo fato de ele só dizer a verdade. Em outras palavras, se ele não disse “eu também” é porque não é recíproco. Há tempos eu não via uma cena tão pesada, e ao mesmo tempo tão simples. Se fosse em outra série, os roteiristas muito provavelmente passariam por cima da síndrome para agradar uma parte da audiência.
A parte do Crosby também foi bastante interessante. Já foi mostrada várias vezes na TV a história dos pais que não abrem mão de educar seus filhos e guiá-los espiritualmente. E na maioria das vezes era também a avó que tentava tomar esse papel. A diferença aqui foi que, ao tomar para si essa responsabilidade, o pai percebeu que não tinha a menor ideia do que fazer, pois não tinha ele mesmo um pensamento formado a esse respeito. O que não quer dizer que ele vá abrir mão dessa tarefa.
Mas é aqui que eu vou falar do realmente faz a diferença nessa série. Quantas vezes você já viu tramas de adoção na televisão? Tenho certeza que todas foram iguais. Os pais batalhando para ganhar o amor dos filhos, experimentando uma rejeição inicial, para em determinado momento receberem o devido reconhecimento. E foi essa a impressão que tivemos durante a maior parte do episódio, até descobrirmos que na verdade, a Julia estava fazendo todo o esforço do mundo para gostar do seu filho, e não para fazer com que ele gostasse dela. Isso depois de 6 meses de convivência, que é um tempo considerável.
Parenthood voltou, mais acertando que errando, e prometendo uma temporada no mesmo nível das outras. Eu só espero que não passemos os próximos meses assombrados pelo fantasma do cancelamento. Até lá, será um prazer acompanhar a vida dessa família. E vocês? O que acharam dessa volta?
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Ainda não vi o episódio, mas pela sua rewiew deu para ver que voltou com força total. É a melhor drama familiar do momento.
Poxa Tiago, que texto mais bacana! Sério!
Parenthood voltou tão envolvente quanto no ano passado, o que é um verdadeiro alívio. Meu maior medo, tirando o cancelamento, é o da série voltar a ser ter histórias medianas como foi no primeiro ano. Após dois anos de episódios com qualidade na maior parte acima da média, seria muito difícil nos acostumar com algo inferior a o que vimos no terceiro ano.
Apesar de não ter, como você mencionou, aviões caindo, câncer e paixões entre “irmãos”, é plausivelmente possível engasgar comendo ao assistir à esses episódios tamanha é a choradeira que a série proporciona.
Foi muito bom matar a saudade de Amber (que felicidade vê-la madura e aparentemente nada problemática!), ver a “harmonia conturbada’ de Adam e Crosby trabalhando juntos, a falação desenfreada na cozinha do Adam. Tudo, por mais engraçado que fosse, me deixava com um sorriso no rosto e emocionado, mesmo que a cena não tivesse o intuito de emocionar. E se essas cenas engraçadinhas, tipo a da Sarah no primeiro dia de emprego, já me deixou com o coração batendo forte, o que diria então das cenas genuinamente emocionantes, como Mark perguntando pra Sarah se ela ao menos lutou por ele para que a família o aceitasse na foto, ou Adam cuidando da sobrinha como se fosse sua segunda filha. Sério. Muitas cenas de partir o coração.
O que mais me quebrou foi a frustração de Kristina ao perceber que toda a semana de despedida de Haddie não seguiu como o planejado. Por mais que seja um fã de carteirinha de Lauren Graham, tenho que admitir que Kristina é infinitamente mais interessante do que Sarah. Não apenas por mérito à atriz, mas pela forma como a personagem é tratada. Vide por exemplo o enfoque dado à Kristina na crise conjugal na temporada anterior. O momento que ela descobre sobre a “infidelidade” do marido é minha cena favorita de toda a série. E nessa premiere tivemos outra cena bacana, a que ela e Adam observam de longe a família comemorando esse novo step na vida da filha.
E não menos emocionante, como você apontou, temos a história da adoção de Julia, fazendo com que Parenthood saia do senso comum nesse tema. São momentos como esse que nos fazem engasgar comendo um miojão da Turma da Mônica enquanto vemos essa prazeirosa novelinha.
Verdade. O nó na garganta que dá é suficiente pra acabar com uma refeição! Tô pensando seriamente em pegar esse seu comentário e colocar no lugar da review!
AH MEU DEUS! Esqueci de comentar sobre Ray Romano! Quando anunciaram ele como um possível interesse amoroso para Sarah, eu fiquei griladaço, pois eu acho muito muito muito boa a química que ela tem com o Mark, sem contar que o Mark é aquele típico personagem bacana, que não tem muito destaque na trama mas, sempre que aparece, diverte. Mas Meu Deus, como a química da Sarah com o Hank é incrível! Sei que não estamos falando de série da CW para usar esses termos mas sempre fui #TeamMark, porém, depois dessa premiere, estou cogitando vestir a camiseta #TeamHank, afinal, Sarah precisa de alguém com experiência de vida e que cuide dela e não mais uma pessoa para ela cuidar.
Tenho que ser sincero e dizer que não empolguei com esse triângulo. Pô, a Sarah acabou de resolver suas pendências com o Mark. Acabei não comentando na review pra não ficar muito grande, mas que legal a Amber, hein! Ela só precisa apagar esse fogo dela um pouco. Todo lugar que ela vai trabalhar acaba pegando alguém. Mas foi bacana a atitude dela de não querer proteção.
Eu achei o episódio lindo, Tiago. Parenthood é simplesmente a melhor série da TV que o povo não está assistindo. Deve-se a isso ao tom sutil do Jason Katims e suas produções. Cara, me identifico tanto, como filha. É isso né? Uma série que celebra a vida, que fala das relações com honestidade.