Once Upon a Time – The Thing You Love Most


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Esperei ansiosamente por este episódio, pois o piloto me deixou com muitas expectativas pelo que viria a seguir. The Thing You Love Most tratou exclusivamente sobre sacrifícios e o que você estaria disposto a fazer para conseguir algo que tanto quer. Nesse caso, o lançamento da maldição precisava de algo valioso. Até que ponto a Evil Queen chegaria para lançar a maldição contra o mundo mágico dos contos de fada? Ela deveria matar a coisa que ela mais amava: seu pai, Henry. Sim, o filho de Emma Swan, é o pai de Regina, a nossa bruxa má. Fiquei impressionado com a revelação, pois é perceptível a questão do renascimento. Emma é a esperança, a filha da Branca de Neve que gerou um filho que foi o pai da Evil Queen. Não é loucura pensarmos na grade familiar e as complicações que haverá após todas essas revelações chegarem à tona na cidade de Storybrooke? Os receios, as discussões as aceitações?

O episódio também relatou o processo intenso que levou a maldição, ou seja, pudemos ver uma perspectiva maior sobre a Devil Queen, o lado humanizado da personagem. Ela simplesmente queria ser feliz. Ela amava algo com todas as suas forças, mas quando Branca de Neve tirou o amor dela, a dor e as lágrimas escorreram sobre sua face. O que ela mais queria era que Branca de Neve sentisse o que ela sentiu. A dor e o sofrimento acumulados dentro si. E por isso, a maldição se tornou a única forma desse desejo se tornar realidade.

Consegui captar muito simbologismo na série também. Nas cenas de Storybrooke, as representações podem ser consideradas ótimas sacadas para quem realmente entendeu a jogada. Como por exemplo, o momento em que Emma decidiu ir embora, era como se a esperança tivesse indo embora. Pois, mesmo sendo algo clichê, a esperança é a única forma de combater a maldade, e com Emma indo embora, Regina ganharia essa batalha que por sinal, começou de forma bem sutil. A heroína e a vilã começaram a medir esforços nesse episódio e eu gostei muito, pois esse lance de ‘your turn’ torna a batalha ainda melhor. É claro que não estamos falando de uma luta de espadas e magias, mesmo a luta entre as bruxas terem sido bem legais, estamos falando de uma briga mais real e simbológica. É aquela história de colocarmos o arroz com o feijão, para depois acrescentarmos os outros componentes do prato.

Também não deixaria de comentar a questão da imaginação infantil. A criança é uma representação do futuro, da esperança do mundo. Quando presenciamos uma criança dizer que acredita em magia, em castelos encantados, nos sentimos tão bem, pois são coisas boas e quando tiramos isso de uma criança, é algo que me deixaria de consciência pesada, como ocorreu no episódio. Às vezes a nossa realidade é tão ruim, que eu queria continuar acreditando em seres encantados.

A série continua ótima, pois umas das melhores coisas que ela transmite é aquela velha essência de fantasia que tínhamos quando criança. Agora, só me levo a crer que a maldição ainda está lançada, mas como sabemos, a esperança é a última que morre.

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  1. Anonymous - 03/11/2011

    estou curtindo a série e as suas reviews. um ponto que me atraiu na série é que deram uma complexidade à personagem da rainha má, ela não é apenas uma caricatura de maldade. confesso que já no piloto eu antipatizei com a snow white, retratada como uma pessoa arrogante que acha que sua felicidade é um direito, não uma conquista. não sei se continuarei a assistir, mas é certeza que continuarei a acompanhar os posts.

  2. Mario Madureira - 03/11/2011

    Obrigado Lu! Sabe que eu também tive esse impressão da rainha má? Estou adorando a forma com que estão explorando a personagem.

  3. MicaRM - 04/11/2011

    Ainda não vi o segundo episódio, mas li o seu review e adorei. Fiquei sensibilizada com a Rainha Má(que eu já adorei no piloto, diga-se de passagem).

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