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O terceiro ano de ‘Orange is the New Black’ foi bom? Um balanço da temporada
15/07/2015, 09:33.
Gabriela Assmann
Reviews
Orange is the New Black
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Preciso começar esse texto dizendo que a terceira temporada de Orange is the New Black foi diferente das duas primeiras. Pelos comentários que li em redes sociais e nas conversas com amigos que também assistem a série eu percebi que as reações foram diversas: alguns amaram e outros odiaram. Eu devo confessar que me encaixo no segundo grupo. Talvez não chegue a ser ódio, mas eu acredito que nessa temporada os roteiristas entregaram pouco. O que eu mais gosto na série é sua profundidade. Os personagens tem diversas facetas – e isso continua presente, sim -, mas acho que as tramas, pela primeira vez, ficaram na superficialidade.
De início, eu senti falta de um equilíbrio maior entre drama e comédia, uma das grandes qualidades de OITNB. Acho que Nicky funcionava muito bem como alívio cômico e a saída repentina dela acabou prejudicando bastante a série. aacho que a superficialidade começou aí. Foi tudo muito raso. Pra superar essa ausência, alguns plots cômicos que foram introduzidos não me agradaram, como o da Crazy Eyes escritora.
Também não tivemos – pela primeira vez – uma trama que fosse capaz de unir todos os núcleos do elenco. Na season 1 foi a chegada e a adaptação de Piper no presídio, na 2 foi a chegada de Vee, que tinha relações com as presas dos diversos núcleos. A oportunidade existiu, pois tanto a privatização do presídio quanto o novo negócio de Piper poderiam ter sido esse elo, mas, novamente, me pareceu superficial. Tudo parece fácil demais, como se elas não estivessem em um presídio.
O foco da trama foi deslocado de Piper – que neste momento mal pode ser considerada protagonista da série – para as coadjuvantes, o que pelo menos nos rendeu boas histórias, como a de Pennsatucky. Achei a história comovente e mais uma vez a série nos deu um tapa na cara (já ocorreu em várias outras ocasiões, como o plot de Tricia) sobre a necessidade de não julgarmos os outros e procurarmos entender porque cada pessoa age de uma maneira, compreendendo que cada um tem uma história de vida e que estar na cadeia não torna alguém necessariamente mau. OITNBnos mostra que é impossível guiar nossa vida de acordo com padrões como certo/errado e bom/mau, porque todos temos essas várias facetas. Aqui, a série continua marcando pontos.
A história do grupo de religião da Norma também começou interessante, mas depois foi perdendo a graça. Achei legal ver, no começo, como a religião aparece como uma tábua de salvação pra muitas presas, mas ao mesmo tempo é tratado de maneira ‘desrespeitosa’ por outras, que alegam serem judias apenas para ter direito a refeição especial. Entretanto, esse plot não se conectou bem com a volta de Red pra cozinha do presídio e achei que ficou meio vazio.
Eu gostei bastante dos temas espinhosos que foram abordados na temporada. Além da questão do estupro, que já citei anteriormente, tem a transfobia que é sofrida por Burset e que acaba colocando Caputo em uma encruzilhada moral – incentivada por Fig – sobre defender os seus interesses ou o dos outros. Com a privatização do presídio e a falta de reconhecimento dos trabalhadores do local sobre os esforços de Caputo, devemos ver o personagem mais ácido e menos benevolente na próxima temporada. Ah, adorei o flashback dele!
Pelo menos a história da Daya teve um fim. Aquilo vinha se arrastando há um bom tempo e eu tinha a impressão de que ela já estava com uns 20 meses. E, assim como a Nicky, a partida do Bennet deixou um vácuo e ocorreu sem maiores explicações. Novamente senti que ficou faltando algo.
Também não gostei dos novos personagem, nem os carcereiros e nem as presidiárias. Achei todos sem carisma, inclusive Lolly e Stella, que pra minha alegria já está vazando de Litchifield, pois atrapalhou meu ship (ou ex ship, como explico abaixo). Outro arco que se manteve na superficialidade, mas que jogou na cara de todos o que alguns insistiam em não ver. Piper é individualista, egoísta e sem limites com tudo em que se envolve na vida. O negócio das calcinhas começou como brincadeira e acabou cegando a loira, que está passando dos limites. Obviamente isso ia dar merda uma hora. Sei que Alex também não é nenhuma santa, mas ela nem de perto vacila como a Piper tem vacilado e muitas vezes os fãs da série colocam a culpa somente em Vause por conta do início da história delas, esquecendo de tudo que aconteceu depois (e porque não antes, vide funeral da mãe da Alex). No primeiro momento de fragilidade de Vause, a namorada em vez de protegê-la simplesmente resolve que é mais fácil se relacionar com outra pessoa para satisfazer seus desejos carnais. Mimada e egoísta como sempre.
Enfim, fazendo um resumo da temporada eu preciso dizer que pra mim o saldo foi mais negativo do que positivo. Mas, como iniciei falando no meu texto, sei que a temporada gerou controvérsia. Sei de gente que amou a troca de foco – de Piper e Alex pras coadjuvantes -, os novos personagens e os novos plots. Talvez seja muito mais uma questão de ponto de vista do que qualquer outra coisa.
Eu espero que a quarta temporada seja melhor e que me faça viciar novamente em OITNB. Por favor!
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Adorei o texto, ficou ótimo.. Confesso que estou no grupo que adorou a temporada, porém com algumas ressalvas. Concordo em vários pontos, principalmente na falta de foco e de uma ligação maior entre todo o núcleo. E principalmente nessas ausências que foram sim, muito sentidas. Quanto a Stella, sou team Vause sempre, e amei o desfecho disso. Quanto Piper essa temporada apenas acentuou alguns defeitos que já tinha notado em menor proporção na sua personalidade nessa temporada, mimada, egoista, individualista e egocêntrica, tá fail. Gostei bastante pelo desenvolvimento da fragilidade da Alex, da Soso, e do foco da Dogget, mas claro que num balanço geral ficou muito aquém das outras temporadas, mas já to aqui orfã x.x.