Nashville – It’s All Wrong But It’s Alright

Data/Hora 06/02/2014, 10:00. Autor
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A caminho da Highway 65?

Mais um episódio impecável de Nashville, e, mais uma vez, o episódio foi só dela: Juliette Barnes.

Na review da semana passada, comentei que após algumas polêmicas a respeito da “novelização” excessiva da série, Nashville parecia estar voltando às origens, dando maior ênfase aos bastidores da indústria da música country e ao seu trio de personagens principais – Juliette, Rayna e Deacon –, fórmula bem-sucedida na primeira temporada. E It’s All Wrong But It’s Alright parece confirmar as minhas suspeitas.

O episódio veio como um furacão, mas também como um bálsamo para o coração de Juliette – e para os nossos! Depois das duras e injustas palavras de Jeff Fordham no episódio anterior, eis que Juliette deu a volta por cima. Well, kind of.

Afinal, até onde Juju estaria disposta a ir em nome da fama? Será que ela realmente faria qualquer coisa para salvar sua carreira em queda livre, qualquer que fosse o preço? Mas… Não se deve pedir perdão por aquilo que não se fez, certo?

Aquela menina resignada que vimos nos primeiros minutos do episódio em nada lembra a Juliette que conhecemos e aprendemos a amar. Por isso mesmo, fiquei extremamente orgulhosa da personagem pela difícil escolha que fez. Contrariando as ordens de Fordham, Juliette não cedeu e não pediu desculpas por todo aquele “incidente” ridículo de que “Deus não existe”. Como Rayna disse, foi uma decisão estúpida, mas muito corajosa.

Ao se tornar membro do Grand Ole Opry, maior honraria da indústria da música country, Juliette fez o que seu coração pediu. Cantando Don’t Put Dirt On My Grave Just Yet, música que compôs em parceria com Avery especialmente para a ocasião, Juju deu o seu recado à Edgehill e a seus detratores em alto e bom som: “Eu estou aqui para ficar”.

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Se este é o caso, poderíamos resumir este episódio da seguinte maneira:

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De um lado, Glenn com um sorriso estampado no rosto, tamanho o orgulho que sente pela coragem de sua pupila. De outro, Jeff Fordham…

O resultado? Juliette está fora da Edgehill Records. E parece não estar nem aí. Muito pelo contrário: Juju parece aliviada com a sua decisão. A cena do confronto com Jeff foi nada menos que sensacional e lavou a sua alma – e as nossas também.

 “Só para constar, burrice é perder as duas artistas mais lucrativas em menos de seis meses no cargo, sem contar apostar todas as suas fichas numa cantora de karaokê que ficou em segundo lugar numa competição de talentos. Eu posso ter colocado fogo na casa, mas eu me certifiquei que você estava dentro quando acendi o fósforo. A gente se vê na fila do desemprego” – Juliette Barnes

É, Jeff… A verdade dói. Fato é que Juliette tocou exatamente na ferida: pelo pouco que vimos, o executivo, além de mau-caráter, é um profissional incompetente. Aplaudi Juliette de pé por sua coragem. Inquieta por natureza, desafiadora e – por que não? – vingativa, ela jamais conseguiria conviver em paz consigo mesma se cedesse às ameaças de Jeff. Vítima de uma das famigeradas consequências da fama, ao menos dessa vez a culpa não era dela. E aqui, mais uma vez, fomos testemunhas da tremenda evolução da personagem; a mudança é visível: não tenho dúvidas de que a Juliette do início da série – mimada, imatura e geniosa – estaria disposta a tudo para manter sua fama e sua carreira no topo, custasse o que custasse. Hoje, com a ajuda e a amizade de Avery, ela aprendeu da maneira mais difícil que este não é o caminho, que ela não precisa sacrificar sua dignidade e aquilo em que ela acredita em nome de coisa nenhuma. Inclusive, já vínhamos notando sinais desta maturidade recém-adquirida ao longo de toda esta segunda temporada quando a vimos lidar com o vazamento de seu affair com Charlie à imprensa, por exemplo. Ela parece estar em constante transformação, e para muito melhor.

Mas, e agora? O que acontecerá com Juliette e sua carreira? O caminho natural parece levá-la em direção à Highway 65, o que, na minha opinião, seria nada menos que genial. Caso se concretize, a contratação de Juju pelo selo de Rayna potencialmente trará Nashville de volta aos seus trilhos, além de abrir uma infinidade de possibilidades à série ao explorar uma nova fase do relacionamento entre a rainha da música country e a jovem cantora cuja carreira está em queda livre. Mais um plot twist genial dos roteiristas, e eu mal posso esperar para conferir o que este novo arco representará para a série. Mais alguém está empolgado com a possibilidade desta nova – e inusitada – parceria?

Mas isto não foi tudo o que aconteceu com Juliette neste episódio, não é mesmo? A cantora, fazendo jus a esta nova – e mais honesta – fase de sua vida, resolveu baixar a guarda mais uma vez e abrir seu coração a Avery, que desta vez correspondeu lindamente a todos os seus sentimentos. Finalmente, Juvery. 

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Juliette rapidamente se tornou a minha personagem favorita em Nashville. E não poderia ser diferente: como não amar e morrer de orgulho de sua evolução até aqui? Ela não se transformou em uma pessoa perfeita, é claro, e acho que ainda veremos alguns resquícios daquela velha Juliette aqui e ali, mas está sendo uma delícia acompanhar a sua redenção. Agora que seu coração pertence a Avery, estou ansiosa para ver como ela irá lidar com este novo amor, que assim como vimos acontecer com Deacon, também representa uma novidade em sua vida. Mas o fato é que o melhor ainda está por vir. #TeamJuvery

Por outro lado, confesso que estou achando Rayna bastante apagada nesta temporada, o que parece um pouco contraditório, já que a personagem tomou as rédeas de sua própria carreira ao fundar a Highway 65 em nome de sua liberdade artística. Isto deveria representar um passo grande em sua carreira, além de trazer arcos mais interessantes para ela, certo? De qualquer forma, algo parece estar fora do lugar: ela parece deslocada e um tanto perdida em sua nova função “administrativa”, e o romance com Luke não funcionou, pelo menos para mim. Gostaria de ver a personagem nos palcos novamente – apenas para divulgar seu dueto com Luke não vale! –, e concentrada em sua própria carreira. Aliás, se pensarmos com frieza, até mesmo todo o drama envolvendo a gravação de seu novo álbum já se arrasta por mais da metade da temporada e se tornou bastante cansativo. Pelo menos, vimos que o álbum está finalmente pronto, inclui o single que ela compôs com Deacon, e já tem data de lançamento: 1º de maio.

Embora toda a ação – e burocracia – que vimos neste episódio retrate fielmente a realidade dos bastidores da indústria da música, o arco com Sam Boone e a briga pelo espaço nas prateleiras de sua loja também se mostrou bastante chato. Serviu apenas para Rayna perceber o quão difícil será administrar a sua própria carreira, e que ela definitivamente não está disposta a passar por cima de seus princípios – e de Juliette! – para conseguir promover seu novo trabalho.

Ah, ela também assumiu publicamente seu namoro com Luke, mas… Who cares, really? Acho que apenas Daphne, que demonstrou estar bastante apegada ao novo padrasto…

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Mas se as coisas não andam muito bem para Rayna, Scarlett enfim parece ter saído daquele horrendo ciclo vicioso de autopiedade, mesmo que tenha sido forçada a tanto.

E Liam foi o responsável pela mudança na atitude da aspirante à cantora. No fim das contas, um pouquinho de tough love era tudo de que Scarlett precisava. Tudo bem que os meios utilizados por ele foram um pouquinho escusos (roubar o diário dela, seriously? Voltamos à quinta série?), mas acho que, ao menos neste caso, os fins justificaram os meios. E ainda tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida de Scarlett e sua complicada relação com a mãe, o que acabou se transformando em Black Roses, uma linda canção para o seu álbum de estreia. Aaah Scarlett, por favor continue assim! Agora sim eu consigo ver uma saída para a personagem, que andava completamente perdida e incoerente, mas vejo com desconfiança este arco que parece se iniciar agora: viciada em remédios controlados para conseguir acompanhar o ritmo de sua nova carreira? I don’t know…

Seu tio Deacon também começa a trabalhar no primeiro álbum solo de sua carreira, mas, ao contrário da sobrinha, é mais experiente e sabe exatamente o que quer, mesmo que isso signifique contrariar as vontades de sua nova gravadora. Com isso, ao invés de um cd de duetos, Deacon opta por gravar um álbum ao vivo no Bluebird. Impressão minha ou ele hesitou sobre sua nova carreira por um momento naquela conversa com Avery?

Will, Layla e Gunnar foram responsáveis por aquele que certamente foi o arco mais chato e fraco do episódio. Will insiste em seu namoro condenado ao fracasso com Layla, e, para falar a verdade… Quem se importa com ela e aquele seu drama ridículo? Layla, minha querida, todos nós já sabíamos que você não tem nada de útil a dizer. #ficadica Drama desnecessário.

Para terminar, a bomba que está prestes a explodir… Teddy está cada vez mais próximo da verdade sobre a morte de Peggy, e tem certeza daquilo que venho falando desde o início: Lamar acha que é ele o responsável pela sua derrocada e a testemunha principal da promotoria. Tandy, como sempre fraca e sem caráter, se acovarda diante do início do julgamento do pai e foge, complicando as coisas para todos, mas mais ainda para si mesma. Ela prefere ir à cadeia do que enfrentar a ira e a retaliação de seu pai sem escrúpulos. Numa manobra jurídica daquelas que nos fazem questionar o conceito de justiça, descobrimos que todas as provas obtidas por Tandy contra Lamar são inadmissíveis. Ele é um homem livre. A promo do episódio desta quarta-feira promete trazer fortes emoções.

Nashville, mais uma vez, teve um discreto aumento em sua audiência, registrando 5,28 milhões de telespectadores e 1.5 na demo, subindo um importante ponto em relação ao episódio da semana passada. Em tempos de incerteza e indecisão, alguns sites e blogs especializados veem o futuro da série com certo otimismo e começam a apontá-la como uma “possível renovação”. Ótima notícia!

Até a semana que vem!

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  1. johnathan - 06/02/2014

    Rsrs, vc disse tudo colocando aquela imagem da reação de Jeff na sua review!!
    O que foi Juliette nesse episódio? Ela colocou Jeff no chinelo e sinceramente ele é que saiu perdendo, por Layla, para mim, não significa nada.
    Também estou doido para saber se Juliette vai para a marca de Rayna, é esperar para ver.O plot do Will continua cansativo, os roteiristas conseguiram tocar o personagem no episódio antes do hiatus, mas nesses últimos episódios eles regrediram, esperam que consertem isso porque gosto do personagem.
    Ansioso pelo próximo episódio para saber o que essa estória do Lamar vai dar!
    Parabéns pela review, mas uma vez está belíssima.

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