Nashville – I’m Tired of Pretending

Data/Hora 12/12/2013, 10:05. Autor
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Nashville está de volta – após um breve hiatus – com um episódio bom (mas não ótimo), cheio de altos e baixos. A seguir, tentarei explicar por que gostei e não gostei de I’m Tired of Pretending, o nono episódio desta segunda temporada da série.

Gostei, em primeiro lugar, porque ele soube explorar os pontos fortes da série: o fortalecimento da relação pai x filha entre Maddie e Deacon, o papel fundamental que Rayna desempenha na relação de Maddie com seus dois pais, a explosiva personalidade de Juliette e seus relacionamentos fracassados – tanto pessoais quanto profissionais –, e a situação de Lamar, praticamente esquecida desde o episódio em que ele foi preso.

Por outro lado, sinto que é necessário insistir em alguns pontos negativos que eu já mencionei diversas vezes em outras reviews, mas que se fizeram mais presentes do que nunca no episódio da última semana: Will Lexington, Layla, Teddy e Peggy, além daquele horroroso “quadrado amoroso” formado por Gunnar, Zoey, Scarlett e Avery, ganharam um excessivo tempo de tela, na minha opinião, tornando os 42 minutos lentos – e sonolentos! – em mais momentos do que eu gostaria de admitir.

“Quero ver minhas netas de novo, antes que eu morra aqui.” – Lamar

Bom, impossível não começar esta review falando de Lamar. He’s FINALLY back, baby! E nossa, como demorou! Quando Rayna vai visitá-lo na cadeia, Lamar não me parece muito diferente que o usual: forte como uma pedra, ele não parece estar muito abatido ou incomodado com a sua situação (certeza da impunidade, talvez?). Não demora a contar para Rayna que seus advogados pedirão prisão domiciliar, mas que, para isso, precisa de testemunhas de caráter – piada pronta! – para afirmar que ele não representa qualquer risco de fuga. Mas enganou-se redondamente quem pensou que era a ajuda de Rayna que ele queria: Lamar não é idiota, sabe bem que nunca teve um bom relacionamento com sua filha famosa, e sequer esperava que ela aparecesse na audiência. O que ele queria era saber de Tandy, a filha que um dia foi seu braço direito, que não só trabalhou com e para ele, mas também sabia melhor do que ninguém o que ele fez ou deixou de fazer no exercício de sua profissão. A mesma filha que, mal sabe ele, trocou todos os seus segredos mais sujos por sua imunidade, e é nada menos que a principal testemunha da Promotoria.

Quando Rayna a confronta sobre o pai, Tandy deixa claro que não tem a intenção de defendê-lo publicamente (mas não é isso o que vemos a seguir, não é mesmo?). Rayna diz que ela deveria pelo menos considerar a possibilidade, mas ao mesmo tempo, conhecendo a (falta de) caráter do pai, não sabe se ela mesma é capaz de apoiá-lo.

Tandy, claro, está numa situação bastante delicada. Ela confessa ao Promotor que está sendo muito difícil para ela esconder tudo da irmã, que está enlouquecendo com as mentiras e as “saídas pela tangente”, e que – pasmem! – está considerando testemunhar a favor do pai, apesar de tudo. Quer dizer que a Promotoria apresenta provas irrefutáveis de que Lamar está envolvido até o pescoço na morte de sua mãe, e nem mesmo isso é capaz de demover Tandy da ideia de defendê-lo em sua primeira audiência? Uau. Isso é baixo até mesmo para você, Tandy! Ela é “convencida” a manter sua posição inicial apenas quando o promotor garante que, neste caso, ele seria obrigado a expô-la como sua testemunha-chave, já que Lamar representa perigo real aos seus inimigos.

“Você está disposta a fazer isso apenas para que ele possa ficar no conforto de sua casa?” – Promotor de Justiça

Ao final do episódio, acho que ninguém ficou surpreso quando Tandy não compareceu à audiência do pai, fazendo com que Rayna testemunhasse em seu lugar. Foi no mínimo estranho ver Rayna dizer que Lamar não faria nada para comprometer sua família. Really? Tem certeza disso, Rayna? O pedido é negado (tá aí, uma das muitas diferenças entre os Estados Unidos e o Brasil!), e Lamar volta para sua solitária cela. Fiquei pensando em como Tandy conseguiria explicar sua ausência e a mudança em seu comportamento com o pai, mas, quando questionada pela irmã, ela apenas se limita a dizer que precisa manter a distância por um tempo, já que percebeu “que não o conhecia tanto quanto imaginava”. Acho que não vai demorar muito para Rayna perceber que algo está muito errado nesta história.

Mas este não foi o único momento de fortes emoções para a nossa protagonista neste episódio. Em meio ao drama envolvendo Lamar, vimos Rayna também ao lado de Teddy e Maddie, que surpreendeu ambos ao perguntar se poderia ter aulas de violão com Deacon. Teddy fica obviamente contrariado com o pedido da filha, mas Rayna garante a ele que ninguém está tentando substituí-lo e argumenta que de nada adiantaria tentar separar Maddie de seu pai biológico, pois seria inútil e doloroso.

Rayna merece ganhar o prêmio de mãe do ano pela forma madura e amorosa com que tem lidado com todo este caos na vida de sua filha mais velha. Ela tem apoiado Maddie de todas as maneiras possíveis, dando-lhe carinho, amor, e os melhores conselhos, tomando todo o cuidado para não afastar nem Teddy, nem Deacon da vida da menina. Pena não poder dizer o mesmo sobre Teddy, que é um completo babaca e, sem sombra de dúvidas, tornará este momento tão importante muito mais difícil para todos, especialmente para a filha a quem ele diz amar tanto.

Nashville - I'm Tired of Pretending 3

“Três acordes e a verdade.” – Deacon

Segundo Deacon, é tudo o que você precisa para escrever uma canção. Mais uma vez, Maddie e Deacon foram responsáveis por um dos momentos mais bonitos da série. A “estranheza” da primeira aula de violão, a confissão de Maddie de que não consegue parar de ouvir o álbum do pai – e a confissão dele, ao dizer que tem planos de gravar outro! –, o convite de Maddie para que ele a veja tocar no festival de música, enfim, todos os momentos entre pai e filha são de uma delicadeza incrível, e eu não me canso de dizer como é bonito ver os dois se descobrindo, pouco a pouco.

Como não se emocionar com o mais aguardado dueto desta temporada? Ver Maddie e Deacon, enfim, juntos no palco foi um presente para nós, fãs da série. Ao som de A Life That’s Good, vimos os dois, lindos, complementando um ao outro, como pai e filha devem fazer.

“Sittin’ here tonight

By the fire light

It reminds me I already have more than I should

I don’t need no fame, no one to know my name

At the end of the day

Lord I pray, I have a life that’s good (…)”

Não, Teddy. Desculpe cortar o seu barato, mas nem o seu chilique ridículo foi capaz de estragar esse momento. E gente, acho que não estou sozinha, mas eu vibrei muito com a reação do nosso (ex?) guitarrista favorito. Enfim, Deacon mostra o homem que é, e levanta a cabeça para lutar pelo que acha certo, por aquilo que quer.

“Você ainda deveria estar preso por todo o mal que causou à minha família.” – Teddy

“Todo o mal? Que tal se casar com sua amante e pedir para suas filhas cantarem no casamento?” – Deacon

Clap, clap, clap… *standing ovation* Ninguém poderia ter dito melhor, Deacon! Que orgulho!

As consequências desta discussão foram muitas, e sobrou para todo mundo: de um lado, Peggy tira satisfações com Teddy pela briga com Deacon (e aqui um breve parênteses: eu juro que não lembrava que ela não sabia que Maddie é, na verdade, filha de Deacon!). Por outro, Megan questiona um Deacon muito revoltado:

“Você está preparado para ser uma parte permanente da vida da Maddie?”

Esta é a pergunta que não quer calar desde a bombástica finale da primeira temporada, mas essa história ainda tem um terceiro lado, e talvez o mais importante: Maddie. Ela fica tão chateada, que começa a se questionar se não seria melhor simplesmente eliminar os dois de sua vida de uma vez por todas. E aí, o que seria de todos se não fosse a Rayna?

“O engraçado nas pessoas é que cometem muitos erros que acabam machucando quem está à volta. E o que percebi é que isso não os faz te amar menos.” – Rayna

A pequena “reunião” entre Rayna, Teddy e Deacon serve apenas para ilustrar o meu argumento: Rayna é uma excelente mãe, e está disposta a colocar o bem-estar da filha acima de qualquer coisa, inclusive de si mesma. Pede cautelosamente que Deacon e Teddy não deem à Maddie “um motivo para se afastar dos dois homens mais importantes da vida dela.” Tenho a certeza absoluta de que Deacon a ouviu com todo o seu coração, mas… O que falar de Teddy? Tão maduro quanto uma criança de 5 anos, mexe seus pauzinhos e retira o nome de Deacon da lista de apresentações do festival da prefeitura. Que vergonha, Teddy. Uma combinação de péssimo pai, péssimo caráter e falta de vergonha na cara estão me fazendo criar uma aversão total pelo personagem. Apesar dos esforços de Rayna, Maddie certamente tem muito mais a ganhar se afastar-se de seu pai adotivo.

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Enquanto isso, Scarlett, Avery, Zoey e Gunnar continuam com seu chatíssimo “quadrado amoroso”. Aquela cena das ligações telefônicas foi no mínimo embaraçosa, e eu começo a duvidar da amizade de Zoey por Scarlett. Se elas são melhores amigas, por que diabos Zoey decidiu esconder dela seu affair com Gunnar? Isso não faz sentido nenhum. Entre melhores amigas, não existem – ou não deveriam existir! – segredos, certo?

Mais uma vez, fiquei com pena de Scarlett ao vê-la se sentindo tão deslocada. Ao contrário de Gunnar, que aparentemente faz amizade “com tudo que se mexe”, a personalidade de Scarlett não permite que ela seja ou aja assim, tão despreocupada e extrovertida. A novidade é que a essa sensação de “deslocamento” agora não diz mais respeito apenas à sua nova vida de artista. Ao se encontrar com Zoey, Avery e Gunnar e ver o quanto a amizade deles floresceu enquanto ela estava fora, ela percebe que também não se encaixa mais em sua antiga vida de garçonete do Bluebird. Isso a deixa bastante desconcertada, e, em seu sentimento de “não pertencer à lugar nenhum”, ela recorre justamente à Zoey para desabafar. Zoey, claro, faz o papel da boa amiga, com aquele belo discurso do everything’s-gonna-be-alright, que termina com um abraço e um incômodo “eu não sei o que faria sem você”. Dica: Nós sabemos como isso vai terminar, Scarlett, e não vai ser legal para você.

Desnecessário dizer que Scarlett obviamente flagra Zoey e Gunnar se beijando na porta do quarto do hotel, e ficamos agora na expectativa (ou não) para saber qual será a reação dela. Confesso: para mim, este arco continua absolutamente insosso, e é, de longe, o mais desinteressante da série (Will Lexington manda lembranças). Boooring, mas… Até quando? Scarlett e Gunnar formam um casal muito mais interessante, assim como a eterna possibilidade de um romance entre Avery e Juliette (Ah, Avery, por que você ignorou o recado dela?).

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Falando em Juliette, nossa rainha evil was on fire! Estou adorando os arcos dela nesta temporada, e, mais uma vez, digo que Hayden Panettiere é merecedora de todos os elogios por ser capaz de interpretar com perfeição uma personagem tão difícil, tão cheia de “camadas” como ela.

Eis que Layla, enfim, mostra a que veio. Me diverti horrores com a briga de egos entre as duas durante todo o episódio, mas confesso que, apesar dos pesares, sou #TeamJuliette até o fim. E que festival de bitch slaps presenciamos!

“Difícil lidar com uma diva e uma diva em treinamento.” – Brent

Will – com sua atitude infantil de “só estou tentando viver como uma estrela” – que o diga! Ficou no meio do fogo cruzado, e pelo jeito assim ficará por muito tempo ainda.

Depois de ser passada para trás por Layla em seu último show, quando a novata estendeu seu set list “sem querer” e, assim, diminuiu o seu tempo no palco, Juliette toma as rédeas da situação – passando por cima de seu empresário, como sempre – e se vinga da menina ao trocar a ordem de seu show, deixando-a por último, depois de Will. Tudo isso, claro, com a “melhor” das intenções, já que Layla precisava chegar em casa cedo para dormir. Ha.

Layla, por sua vez, decide tirar proveito da situação e cantar um dueto com Will. Juliette, claro, toma o lugar da menina na última hora e entra no palco de Will em seu lugar, para surpresa de todos – “Ela que começou!”. Mas o que Juliette – e ninguém! – esperava era o desfecho dessa história. Provando que Will e Juliette tinham toda a razão quando a chamaram de manipuladora, Layla faz uma ligação anônima para o TMZ (of all places!), e…

“Quer saber por que Charlie e Olivia Wentworth se separaram? Duas palavras: Juliette Barnes.”

No fim das contas – quem diria? – eu não estava completamente enganada quando falei aqui que Juliette seria vítima de um slut shaming muito público. As coisas só não aconteceram da maneira como eu esperava!

Justo agora que a história com Charlie parecia ter se resolvido da melhor maneira possível…

Ele bem que tentou convencê-la de suas boas intenções, de que realmente queria construir uma vida com ela, mas Juliette é muito mais esperta e não acredita nele, mesmo quando o bom moço anuncia publicamente sua separação da sofrível Olivia. Juliette afirma gostar da forma que Charlie a vê, afinal, ele tem todo um jeito de fazê-la se sentir especial. No entanto, ela está preocupada com sua imagem recém reconstruída, e não quer adicionar “destruidora de lares” à lista de seus escândalos pessoais (irônico, não?).

 “Eu acho que você gosta de jogos, e eu não sou um brinquedo.” – Juliette

E é exatamente em dois momentos que aparentemente nada tem a ver que Juliette percebe que Charlie não é o homem da sua vida. Em mais uma de suas intermináveis discussões, Glenn mostra para ela que, apesar de Charlie não ter nada a ver com sua carreira, ele tem um jeito de trazer à tona o que de pior ela tem. Juliette não dá a mínima para o comentário, até ouvir as sábias palavras de Will Lexington (que só não é capaz de usar o conselho em sua própria vida, mas enfim…):

“Se eu tiver sorte, quem sabe um dia encontre alguém que me faça sentir como a melhor versão de mim mesmo.”

E para que mais serve o amor, não é mesmo? A “hora da verdade” entre Juliette e Charlie me surpreendeu justamente pela maturidade que ela demonstrou. Sem querer, Glenn e Will mostraram para ela que Charlie não a ama de verdade, ama apenas o desafio que ela representa, um impulso, nada mais. O próprio Charlie admite, ao final, que não a ajuda a ser a melhor versão de si mesma, muito pelo contrário… Mas agora, com a “ajudinha” de Layla, o que vai acontecer?

Eu estou muito ansiosa por essa Winter Finale. O último episódio de Nashville em 2013 vai ao ar esta semana nos Estados Unidos, e em breve estarei de volta com mais uma review. Até lá!

PS: Luke, cadê você?

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  1. Paullo Kidmann - 14/12/2013

    Eis o que eu acho, O Will é muito boring, e a Layla consegue ser um ser humano pior que Juliette quando está bem bitch, a unica salvação para isso é Layla tomar uma lição e sair de cena e o Will se aceitar acho que a partir daí esses arcos podem tomar rumos legais. Já Teddy e Peggy eu não tenho nada contra, meu problema é com essa briguinha que Teddy insiste em querer travar com Deacon.
    E sobre o quadrado eu até gosto de Gunnar e Zooey, o que eu não gosto nesse meio é a Scarlett que é insuportável, queria mesmo ver era o Avery com a Juliette.

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