TeleSéries
Nashville – Crazy
30/04/2014, 10:29. Gabi Guimarães
Reviews
Nashville
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Um episódio cheio de acertos de contas. E de revelações.
Antes de entrar em um hiato prolongado no início de abril, Nashville nos presenteou com um episódio quase perfeito, onde finalmente tivemos a oportunidade de conhecer e entender melhor alguns dos personagens que tanto amamos. Crazy desenvolveu arcos bastante importantes e abriu novos caminhos que certamente darão o tom deste final de temporada – afinal, restam apenas três episódios para a season finale.
“O seu talento é o meu talento! Eu abri mão dos meus sonhos por você. E agora você está vivendo a vida que eu deveria ter. Eu deveria estar nos palcos! Você acha que a sua infância foi uma tragédia? Sua vida foi um piquenique comparada com a minha.” – Beverly
Eis que conhecemos Beverly O’Connor, a famigerada mãe de Scarlett – e irmã de Deacon. Uma mulher amarga, invejosa, que culpa a filha por tudo o que deu errado em sua vida. Uma artista frustrada em virtude de uma gravidez indesejada. Uma mulher cuja relação com a filha é apenas um hábito, desses contra o que a gente luta, mas não consegue se livrar. Uma relação baseada em “pisar em ovos”, em mentiras, mágoas e ressentimentos, de ambos os lados. Enfim, tivemos a oportunidade de conhecer e entender Scarlett um pouquinho melhor. Enfim, pudemos entender e sentir a letra da belíssima Black Roses (obrigada, Liam!).
“Essa é para você, mamãe.” – Scarlett
“… and I’m done trying to be the one
Picking up the broken pieces
and I’m done trying to be the one
who says I love you dear
but I’m leaving…”
Uma cena que, ao mesmo tempo em que foi linda e poderosa, foi também muito, muito triste, e representou uma verdadeira catarse emocional para Scarlett – além de um tremendo tapa na cara de Beverly. Afinal, a verdade dói. A constatação de que Scarlett “não está mais sob o seu feitiço”, como bem diz a letra da música, foi uma grande humilhação para ela. Merecida, diga-se de passagem.
O problema é que este reencontro com sua mãe parece ter jogado Scarlett de vez nos braços de seu vício… e de sua derrocada. Embora eu tenha perdido a paciência com a personagem inúmeras vezes e por mais da metade desta temporada, torço por ela. As dificuldades que ela enfrenta agora apenas a tornam humana. Mas devo dizer que achei um pouco forçada essa transição da “menina doce, ingênua e batalhadora” da primeira temporada para a “menina prodígio viciada em remédios e cheia de problemas familiares” desta segunda. Algo não soou bem para mim nesta jornada, e acho que isto ocorreu justamente pela personagem ter mudado tão drasticamente de uma temporada para a outra. A carreira musical de Scarlett a tirou de sua zona de conforto e foi um fator importante para desencadear toda esta insatisfação e infelicidade, claro, mas afinal, a mãe de Scarlett sempre foi uma bitch inescrupulosa, então por que isso nunca foi um problema antes? Beverly quase nunca foi mencionada até agora, e Scarlett parecia ter um bom relacionamento com ela. Pelo menos agora, sinto que a história tem potencial, e estou ansiosa por ver onde tudo isso a levará.
O escândalo envolvendo a paternidade de Maddie era uma tragédia anunciada. Deacon, ainda muito abalado com o fim de seu relacionamento com Megan, leva outro soco na boca do estômago ao ver seu nome envolvido na bagunça que Maddie criou. A decisão de enfrentar a situação de frente e ir à público esclarecer a história foi a melhor possível diante das circunstâncias, mas isso não seria tarefa fácil, já que Teddy, Rayna e Deacon teriam que representar uma “família feliz” diante das câmeras.
“É porque eu sou um alcóolatra. Na verdade, esta é uma palavra muito gentil. Naquela época eu era simplesmente um bêbado. Rayna tentou, mais vezes do que eu gostaria de admitir, me levar para a reabilitação, mas eu não estava pronto para ser pai (…) Meu relacionamento com Maddie é a melhor parte da minha vida.” – Deacon
Todos nós sabemos do passado difícil de Deacon, que vez por outra volta a assombrá-lo. A série nunca escondeu ou fez rodeios em relação ao seu vício, e o próprio Deacon fala abertamente sobre os fantasmas de seu passado. Quem não lembra daquele flashback no início da temporada? Fato é que ele é alcoólatra e nem sempre foi fácil amá-lo ou conviver com ele. E Rayna sabe bem disso, já que sofreu por muito tempo ao ver o amor da sua vida num eterno ciclo vicioso de autodestruição. Mas agora se questiona se a decisão de esconder dele a sua gravidez foi mesmo a mais correta. O desabafo com Tandy foi honesto e válido: afinal, o que há de tão especial na vida que Maddie tem hoje? Teddy e ela estão separados e, como a própria Rayna apontou, ele se transformou em uma pessoa que ela sequer consegue reconhecer. A verdade é que a vida de Maddie e tudo o que ela conhecia foi virado de cabeça para baixo mais de uma vez. Foi mesmo a melhor decisão?
E então chegamos àquela que foi provavelmente a minha cena favorita da série até hoje. A hora da verdade, enfim. A hora em que Rayna e Deacon sentam para conversar honestamente sobre Maddie, sobre a decisão de não deixá-lo criar sua própria filha, sobre o passado, sobre tudo aquilo que sempre incomodou a ambos, mas que eles nunca tiveram a coragem – ou a vontade, talvez – de falar a respeito.
“Você deveria ter me contado, Ray (…) Por que você não me deu mais tempo para ser pai dela?” – Deacon
É fácil entender e se identificar com Deacon e a dor de não ter sido parte da vida da própria filha. Mas Rayna também tem a sua dose de razão, e teve de tomar a decisão mais difícil de sua vida. Ela queria casar com Deacon e ter aquela filha linda com ele, em um lar amoroso e harmonioso que ele, naquele momento, não podia lhe dar. Então, ela fez o que tinha de ser feito. Com o coração partido, mas fez.
“Quando é a hora certa de bagunçar a vida da sua filha?” – Rayna
Rayna também tem um forte argumento aqui. Existe um momento certo para virar a vida da sua filha do avesso? E, por mais que me doa admitir, ela também tem razão ao apontar que a primeira atitude de Deacon quando descobriu ser o pai biológico de Maddie foi encher a cara.
“Você se embebedou e eu quase morri. Eu menti para você. Eu menti. E aposto que você se ressente muito por causa disso, mas te garanto, eu te culpo mais por nos colocar nessa situação primeiro.” – Rayna
Quem aqui teria a coragem de tirar a sua razão? Meu coração ficou despedaçado ao ver a tristeza e a dor estampadas no rosto de Deacon, mas ele também sabe: Rayna tem razão. Este é um peso que ele terá que carregar para o resto da vida. Mas o faz com imensa humildade e dignidade (na maioria das vezes), e acho que por isso mesmo Deacon é e sempre será meu personagem favorito. Um anti-herói, cheio de falhas, defeitos e fantasmas do passado, mas que tenta, a todo custo, fazer a coisa certa. O lado bom aqui é que só depende dele ser um bom pai para Maddie a partir de agora. Torço muito pela sua felicidade, e assistir a evolução – e involução, às vezes – do personagem é um dos grandes motivos que me fazem assistir e amar esta série. #TeamDeacon
E, se na review anterior eu tinha comentado que não entendi o “chilique” de Luke em relação à Deacon e o fato de ele ser o pai de Maddie, este episódio veio para explicar, logo de cara, que falar no nosso guitarrista favorito é, para Luke, cutucar uma ferida antiga. Uma ferida que existe desde 1992, mais precisamente, quando Luke já arrastava um caminhão por Rayna, mas ela só tinha olhos para Deacon, e sofria com seu comportamento errático. Ok, eu entendi. Mas, no fim das contas, eu ainda acho o comportamento de Luke bastante imaturo e ridículo. Por que diabos Luke ficou tão irritado ao ver Deacon admitindo seus erros em público? Ao ver que a entrevista correu bem e toda a história de Maddie foi esclarecida? Continuo achando essas atitudes muito estranhas… E desnecessárias. Morro de preguiça. Aposto que ainda existe algum outro motivo mais sério para toda esta implicância, não é possível!
Enquanto isso, Juliette tenta salvar sua carreira ainda em chamas. Após meter os pés pelas mãos ao anunciar precocemente sua ida para a Highway 65, Juju fica surpresa ao perceber que as rádios de Nashville ainda não querem saber dela. A sugestão de Glenn, a princípio, fez todo o sentido para mim, afinal, Charlie Wentworth é o herdeiro de um verdadeiro império midiático e poderia facilmente ajudar Juju a cair nas graças das rádios novamente. Mas minha alegria durou pouco. Onde diabos foi parar aquele cara bacana e que, apesar dos pesares, tentava fazer a coisa certa? O término do relacionamento dos dois havia sido tão perfeito, então para que trazê-lo de volta? Para estragar tudo? Charlie parecia outra pessoa. Um playboyzinho metido a conquistador, que foi logo interpretando o contato de Juliette com segundas intenções. Também não gostei muito da reação blasé de Avery quando Juliette lhe contou sobre as investidas de Charlie (e acho que ela concorda comigo), mas pelo menos ele foi homem o suficiente para confrontá-lo. E Avery o conhece muito bem: tudo em Charlie se resume a dinheiro e poder. Mas, por tudo o que viveu com Juju, ele já deveria estar careca de saber que ela não está à venda. Agiu como o babaca que sempre foi, mas a gente meio que fingia acreditar que não era. Não sei onde diabos este arco desgovernado pretende ir, mas não estou pagando para ver. O tempo de Charlie na série já terminou, e ele definitivamente não deveria ter sido ressuscitado.
Gunnar, por outro lado, enfim se transforma em um namorado decente. Ou quase. Com ele, parece que é sempre assim: um passo para frente, dois para trás. Achei fofo ele ter comprado tempo de estúdio com o monte de dinheiro que recebeu por seus royalties para Zoey, enfim, poder gravar sua demo e dar o pontapé inicial em sua carreira como cantora. Talento para isso, ela tem de sobra.
“A oportunidade não baterá à sua porta, Zoey. Você tem que fazer acontecer. Você tem que se perguntar: ‘o quanto eu quero isso?’.” – Jackie
Mas bastou a oportunidade de ir para Los Angeles bater à sua porta para Gunnar estragar tudo. Sério mesmo? Ainda bem que ela tem a cabeça no lugar e não cedeu à tentação de ser sustentada pelos royalties de seu namorado “novo rico”. Bom para ela! No mais, este não tem sido um plot dos mais interessantes, não é mesmo? Sonolento e desinteressante desde sempre.
A boa notícia é que Nashville retorna de seu hiato nesta quarta-feira, e, apesar da audiência inconstante, sua renovação agora é tida como quase certa. Inclusive, estamos vendo um investimento maior na série, que na semana passada ganhou um especial de uma hora na ABC chamado Nashville On The Record, que nos presenteou com os atores interpretando, ao vivo, os maiores sucessos da série. Apesar de não ser uma notícia oficial, acho que agora sim podemos respirar um pouquinho mais aliviados: Nashville, muito provavelmente, terá uma terceira temporada. Yay!
Até a semana que vem!
PS: Nashville nos entrega um episódio impecável e… Sem nem sinal de Will Lexington e Layla. Coincidência?
PS2: Por outro lado, um episódio que tem Maddie e Daphne cantando Ho Hey não tem como dar errado! É muito amor.
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