TeleSéries
‘Minority Report’: série não empolga tanto como o filme
29/09/2015, 09:00. Lucas Leal
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Minority Report
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Na escassez de idéias para novas séries, vemos entre o mar de remakes, retornos de séries de forma inesperada (24 Horas, The X-Files), americanização de séries européias (Shameless, Gracepoint, entre outras) e expansão de séries de super heróis, uma nova tendência é o aproveitamento de produções do cinema.
E assim Minority Report chega para sua primeira temporada.
Minority Report é baseada no filme de 2002 de mesmo título, que tinha uma premissa realmente inteligente – a divisão Pré-Crime, uma unidade da polícia que utiliza os poderes de três crianças paranormais, chamadas de “precogs”, que podiam prever crimes e possibilitavam identificar e prender assassinos antes que eles cometessem os delitos.
O interessante era que eram três irmãos e cada um complementava o poder do outro, narrando um quadro exato do assassinado.
Porém, ficava sempre o dilema, será que as visões realmente se concretizariam ou as premonições eram passíveis de erro? Será que é impossível desconstruir seu futuro? E por fim, será que era possível dobrar o sistema?
Temas que por mais absurdos que possam parecer, permeiam nosso dia a dia, como a posição atual da prefeitura do Rio de fazer ‘revistas’ prévias de determinado perfil de pessoas que se dirigem a locais turísticos (ocorreu no Rock In Rio e fatalmente ocorrerá nas Olimpiadas).
O filme responde todas essas perguntas quando coloca o chefe da unidade, interpretado por Tom Cruise, em fuga ao ser acusado de um assassinato que cometerá no futuro. No fim, verifica-se que havia uma trama muito mais complexa por trás, envolvendo inclusive o surgimento do pré-crime e seu criador, e com o protagonista lutando para não ir preso, acaba chegando ao fim da meada que ocasiona o desmoronamento do sistema.
Óbvio, o filme é todo focado na ação, como se pode esperar de um filme que tenha o Tom Cruise, porém não deixa de ter várias discussões éticas, ainda que de forma rasa, das previsões dos crimes, do uso dos precogs (que ficam presos em um tanque!) e até mesmo da individualidade dos cidadãos, pois todos têm um chip que os monitoram e inclusive elenca propaganda direcionada para os mesmos.
A série retoma esse gancho maravilhoso, mas infelizmente no seu primeiro episódio se foca apenas na ação.
A série se coloca 11 anos após o filme. Sem os precogs, os policiais voltam a caçar criminosos e não mais a antecipar crimes; São policiais a moda antiga, ainda que com toda tecnologia do filme transportada para as telinhas. Porém um dos precogs, Dash, resolve voltar à ativa.
Depois de diversos fracassos em conseguir evitar um crime, ele encontra amparo em sua luta junto à detetive Vega. Essa é a premissa inicial da série que, apesar de ter um bom universo para explorar, ao que tudo indica não se aprofundará nisso e provavelmente será apenas mais uma série policial, com um toque sobrenatural por trás (quase uma Medium do futuro, mas sem a simpatia da família Dubois).
Esperava pelo menos um pouco mais de química entre os protagonistas e um pouco de humor, como víamos na antiga Starsky & Hutch, na recente Almost Human ou até mesmo em X-Files. A proposta é de uma típica série procedural, com uma dupla buscando solucionar mistérios e/ou crimes – só que aqui eu realmente não me convenci pela personagem da detetive Vega.
Minority Report perdeu o charme do filme, pelas evidentes restrições orçamentárias, bem como por adotar uma linguagem diferente e, talvez, por se focar em um dos gêmeos e não na maravilhosa personagem de Agatha. Até mesmo a participação de Wally, um dos personagens mais simpáticos do filme, o ‘cuidador’ dos precogs, acaba se perdendo no ritmo do primeiro episódio e me pareceu forçada e mal aproveitada, não passando de uma alegria saudosista que logo se esvai.
Para quem gosta da temática de premonições ou gostou do filme, parece ser um bom passatempo. Eu pretendo assistir pelo menos mais alguns episódios. Para quem gostaria de algo um pouco mais profundo ou já cansou de séries policiais, melhor manter distância.
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Parece que uma história vai se desenvolver, juntando os irmãos. Vou assistir a mais alguns epis, talvez fique mais interessante.
ótimo texto mas faltou mencionar que o filme era baseado em um conto de Philip K. Dick
Ah, eu não sabia disso. Esse P.K. Dick é ótimo; foi ele também quem escreveu Blade Runner, só que com outro nome, esquisitão, mas superlegal (Andróides não sei o que ovelha elétrica, rs).
O Vingador do Futuro também é adaptação de uma historia dele
Aliás, outra boa história do Dick. Bem lembrado.
Eu gostei do Piloto, mas seu texto me fez olhar a série com outra perspectiva. Vou continuar assistindo, sim adoro a Megan e é sempre um prazer vê-la em ação hehehe!! Ah, ótimo texto!!