Review: House – Locked In

Data/Hora 14/05/2009, 11:29. Autor
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House - Locked InSérie: House
Episódio: Locked In
Temporada:
Número do Episódio: 105 (5×19)
Data de Exibição nos EUA: 30/3/2009
Data de Exibição no Brasil: 7/5/2009
Emissora no Brasil: Universal

Eis que tivemos um dos possíveis melhores episódios de todos os tempos de House até a metade. Mas, do meio pro fim, o episódio deu uma escorregada, e acabou sendo apenas um dos melhores desta irregular quinta temporada. Seria tão melhor se toda a ação fosse mostrada pelo ponto de vista do paciente e uma coisa que prova isso é que quando, volta e meia voltavam para isso, a qualidade do episódio subia novamente as alturas. Mas devido a tudo, paremos por aqui, pois o saldo é mais que positivo. E tivemos também uma ótima participação de Mos Def.

P.O.V.

Não foi a coisa mais original da história da televisão, nem nada parecido. Alguém poderia lembrar de ER (Thiago?) e a clássica série M*A*S*H* também usaram anteriormente este recurso, de filma a ação do ponto de vista de um paciente com uma condição parecida a essa apresentada aqui. E no episódio todo. O qual foi o erro deste episódio de House. Era notório que, fizessem o que fizessem, nada seria tão interessante quanto.

Eu tinha ouvido falar do episódio, mas não imaginava que seria tão bom assim. Logo no início do capítulo, ao vislumbrar o que ocorria, apareceu um grande sorriso em meu rosto, que não se dissipou tão cedo. E a interpretação de Mos Def só deixou tudo melhor. Foi emocionante assistir tão “de perto” a incapacidade dele diante do médico sugerindo que ele seria um ótimo doador de órgãos.

Então surge em seu lado o doutor, por uma coincidência divina (que House não me ouça). E quem não ficou torcendo para ele convencer o médico de que o paciente não estava com morte cerebral? Que não vibrou junto do paciente enquanto ele via sua sorte ser decidida sem ele poder levantar a mão e dizer “eu estou vivo”?

House não é Deus. Tá, às vezes quase chegamos a cogitar isso. Mas nós acompanhamos a série faz muito tempo e estamos acostumados a todas as loucuras e sandices do doutor e sua trupe. Porém, não sei dizer ao certo, mas eu senti uma aura especial em torno de cada movimento do doutor e seus pupilos. Era como se tivéssemos vendo pela primeira vez, como o paciente vira. Mas lá estava o doutor enganando e falsificando exames, como sempre fez. Os pupilos fazendo exames escondidos, como sempre.

Mas apesar de todo meu deslumbramento, na verdade estávamos vendo tudo pela primeira vez. Apenas por outra perspectiva. E foi divertido ver o fascínio do Lee ao ver aquele paciente estranho que tentava salvar sua vida:

Meu Deus, eles não sabem que ainda estou aqui.

Hei, gênio. Acho que isso viola algumas leis éticas, tirar os órgãos de um cara que ainda está vivo. Talvez até outros tipos de leis.

Obrigado, obrigado!

E o quão divertido foi ele perceber o óbvio sobre a Cuddy e o House, enquanto era transportado para dentro de seu novo hospital:

Achei um corpete, vitoriano, novo. Passe na minha sala depois para podermos amarrá-lo.

Ele está dando em cima dela? Se ela virar, já caiu no papo dele… E lá está.

Mas acho que o melhor foi um outro fato. Está tudo as mil maravilhas e até parecendo um milagre, mas eis que ele descobre algo do doutor, enquanto ele falava com o Wilson, que não gostaria de saber:

Se está indo a outro estado pegar mais drogas…

Ele é um viciado?

Voltando a parte da doença dele, após uma biópsia em seu cérebro que não ocorre tão bem, ele perde a capacidade de piscar, seu único meio de comunicação. Taub o ajuda, instalando um computador que capta ondas do cérebro e traduz isso em movimentos de uma seta num monitor. Voltando a se comunicar, conseguem informações e assim conseguem chegar ao diagnóstico final. E foi Kutner quem teve o insight do dia: leptospirose.

O Resto

House - Locked InEu falei sobre o paciente percebendo algumas coisas óbvias ou que estavam meio subentendidas, sobre os personagens. E o interessante disso tudo, é que isso também nos mostra algumas coisas bem interessantes, como o que os roteiristas acham de tal coisa. O paciente acha muito interessante o Foreman e a Thirteen juntos. Quem já viu mais de dois episódios com algum destaque sobre os dois, sabe que é das coisas mais tediosas já vistas. Isso me preocupou um pouco.

Essa embromação do Taub, se ele fica ou se sai, encheu um pouco o saco. É sempre legal ver o House tirando uma com a cara do pessoal nessas situações, mas quando o personagem não é tão interessante e como isso já aconteceu diversas vezes, fica tudo meio chato. E o Taub já deu na série, está na hora de ele dar tchau.

Mas de resto, não há motivos para reclamação. Tivemos a sempre interessante interação do doutor com Wilson. Só que de um modo um pouco diferente. House sofreu seu acidente de moto que lhe permitiu ajudar o paciente, estando em uma área um pouco afastada e que ele não tinha motivo para estar. Então Wilson emula o jeito de seu amigo e investiga todas as possibilidades de ele estar ali.

Adorei ver o House tentando fugir da situação, inventando que estava indo visitar o irmão do Foreman, que está preso. E depois usou uma ótima tática, despistar usando a verdade. Ele descobre que Wilson está saindo com alguém:

O que estava fazendo em Middletown?

Sabe o que é mais interessante do que o que eu estava fazendo? A razão pela qual está obcecado em saber o que eu estava fazendo.

Pare de fugir, House.

Falou o fujão. A razão pela qual eu estava lá é a razão do seu medo de eu estar lá. Estava dando uma olhada no seu segredinho sujo. Há quanto tempo está dormindo com ela?

Como sabe?

Seu único segredo é as garotas que julga vergonhosas, e a única garota dessas que encontrou recentemente é aquela do hospital do seu irmão.

Saímos apenas algumas vezes.

É uma profissional de saúde. Como todas as suas outras ex fracassadas. E é alguém que cuida do seu irmão. Qual foi a última pessoa que cuidou do seu irmão?

Acha que é edipiano?

Na verdade, estava pensando em masturbatório. Acho que sua mãe cuidou dele primeiro. Então, o mais seguro é arrancar seus olhos fora.

Mas Wilson foi um ótimo investigador aqui e no fim tem sua vitória sobre o doutor. Pensando bem, na verdade ficou tudo igual, já que um descobriu o segredo do outro. Então vamos ver o que Wilson descobriu:

House. Deixou isso no meu escritório. (entrega para ele o celular)

Não deixei. Ou tenho um buraco no bolso…

Certo, me lembrei, eu o roubei. Porque se tivesse subido para ver minha namorada, não teria voltado aqui e mentido. Teria a esfregado na minha cara.

Subestima o valor divertido de suas obsessões.

Depois houve os telefonemas que não atendia na minha frente. Liguei para o número que você não atendia. Está indo a um psiquiatra.

Não tinha o direito de invadir minha privacidade. Quer me torturar por isso agora?

Não quero torturá-lo. Acho que isso é muito bom. Não é algo que precisa dirigir uma hora para esconder um mistério. Chorar no sofá de alguém. Excelente uso do meu tempo.

Talvez descubra que minha infância não foi perfeita.

Sua atitude com relação a terapia obviamente não mudou e mesmo assim você foi. O que me leva a acreditar que talvez algo mais tenha mudado. Talvez ache que pode mudar. Creditaria isso à Cuddy.

Não há muito que creditar, pois não vou voltar.

House, por favor. Acho que foi pois está cansado de ferrar toda chance que tem de ser feliz.

Deletar contato.

Não deixe o fato de eu ter descoberto…

Não se vanglorie. Não vou voltar porque não funciona.

Você vai ficar sozinho.

Faltou dizer ainda que a participação ultra curta da Cameron foi ótima:

Por que eu te demiti mesmo?

Você não me demitiu, eu pedi demissão.

Mas o que me intrigou no final mesmo, foi como o House fica na última cena. Será que House sofreu algo e no próximo episódio vamos ver as conseqüências ou foi apenas algo visualmente interessante para fechar o capítulo? Apostaria mais na primeira opção e isso já está me deixando ansioso pelo próximo.

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  1. eu - 14/05/2009

    Acho q foi um dos melhores de todas as temporadas, ficando ao lado Three stories, No reason e outros. Achei otimo do inicio ao fim, OTIMA atuação de Mos Def e de Hugh, como sempre. A interação dos dois na hora q ele vao descobrir onde q o paciente estava é muito interessante, em formato de dialogo mesmo, muito bom. Taub ta cada vez mais fracassado, no final dessa temporada, se a 13 morrer e so for ficar ele, tomara q os antigos pupilos voltem e Taub saia, e q leve o Foreman junto,

  2. gabi - 14/05/2009

    tambem gostei muito desse episódio. Vamos combinar que essa 5 temporada nao é a melhor, mas ja tivemos alguns bons episódios, como aquele do padre sem fé e do paciente que fala tudo sem pensar, mas esse ultimo realmente foi o melhor da 5 temp. Concordo que a narrativa do episodio podia ter se mantido sempre na primeira pessoas, o paciente. Em todo caso o fim com o House “encarcerado”foi genial, com ou sem encadeamento para o episodio seguinte.
    Ainda tenho esperanças de ver a equipe antiga na proxima temporada.

  3. Raphael Pinheiro - 14/05/2009

    O episódio de ER similar a este é aquele com a participação da Cynthia Nixon, salvo engano na 11ª temporada, chamado Alone In A Crowd. Mas faz tanto tempo que vi que nem me lembro direito da abordagem…

  4. Jessica - 14/05/2009

    Eu achei esse episódio de uma chatisse sem tamanho. Dormi no sofá, assistindo.

  5. Mariana - 14/05/2009

    Hugh Laurie é um ator maravilhoso
    Sabe, tenho que falar: Adoraria ver o House tratando o Hugh só pra escutar os comentários que o House faria sobre o Hugh ter feito o Jasper de 101 dalmatas, ter participado no filme das Spice Girls e ter feito o pai do Stuart Little
    Adoraria

  6. Simone Fernandes Miletic - 14/05/2009

    Anderson,

    Eu realmente gostei deste episódio e acho que podiam ter usado mais do ponto de vista de Mos Def, ainda mais porque ele conseguiu deixar o personagem muito bom, mas não acho que poderia ser só esse ponto de vista.

    Mas gostei demais do episódio como um todo.

  7. Márcio - 15/05/2009

    Pena que não foi o Taub que se suicidou no episódio de hj. Muito mala, sem graça nenhuma.

  8. Sergio - 15/05/2009

    Melhor do que o episódio (duplo) do ônibus no final da quarta temporada , vencedor do Emmy de direção????

  9. Anderson Vidoni - 15/05/2009

    Sérgio, ta perguntando para quem isso?

    E esse episódio duplo que tu citou, não entrariam facilmente no meu top 5 da série.

  10. Carina - 15/05/2009

    Achei este episódio incrível. Sei que já usaram abordagem parecida em outras séries mas nunca é igual: casa série conta uma história e, aqui, tivemos uma idéia de como os pacientes “enxergam” a interação de House com os seus pupilos, destes com os pacientes…foi uma perspectiva diferente do que sempre vemos. O Mos Def merece uma indicação ao Emmy de melhor ator convidado, ele foi excelente. E a cena final foi interessante, do ponto de vista técnico (House vendo Wilson sob a mesma perspectiva do paciente) e artístico: ali, creio eu, foi uma pista do que poderá acontecer com House nos episódios seguintes… e, pelos quais, estou ansiosa. Lembrando-me de um antigo slogan da Warner, House ainda me faz sentir.

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