Hora do último post coletivo: nossos series finales inesquecíveis – parte 1


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Se existe algo que foi uma marca destes 13 anos de TeleSéries foram os nossos textos coletivos. Os leitores mais antigos vão lembrar da nossa coluna Lá Fora, onde fazíamos mini reviews dos episódios que foram ao ar na semana nos Estados Unidos e Inglaterra (as reviews, naquela época acompanhavam exclusivamente a programação dos canais de TV por assinatura do Brasil). Depois partimos para textos especiais feitos a muitas mãos, que lembravam desde datas como o Halloween ou o Dia do Rock, até temas improváveis, como uma lista de cidades que só existem na ficção ou das piores ressacas das séries de TV.

Para o fechamento do TeleSéries organizamos mais um especial feito em grupo. E o tema não poderia ser outro: series finales, como são chamados os episódios que marcam o fim das séries. Veja bem, esta não é uma lista dos melhores finais de temporada de todos os tempos. É uma lista emocional, de finais que marcaram os 15 colaboradores que participam deste especial. E, claro, se nossos textos ficaram muito emocionais, nos desculpe, é a emoção. Segue abaixo os primeiros oito textos do nosso últimos especial.

Six Feet Under

Six Feet Under, episódio Everyone’s Waiting, exibido originalmente em 21/8/2015

Gosto sempre dizer que nem sempre as séries mais importantes são as melhores criticamente falando. Defendo que você pode sim gostar de um show que não tem um bom texto ou bom elenco mas que por algum motivo emocionalmente sempre fará parte da sua vida. Six Feet Under está no meu Top 5 fácil mas emocionalmente não sei nem dizer se está no Top 10. Apesar disso toda vez que me perguntam sobre o final de série que mais gostei, é dela que lembro. Já se passaram 10 anos.
Numa série que trata da morte o final não poderia ser diferente. A cena final é uma das minhas lindas da TV. Claire, a filha caçula dos Fisher, resolve deixar a cidade e enquanto dirige rumo a seu futuro vemos a morte de cada personagem principal. Tudo isso ao som de Breathe, da Sia (sim, a mesma Sia que canta Chanderlie). O choro é certo. A beleza da cena, a atuação da Lauren Ambrose, a música. Tudo encaixa. O final perfeito. Fazendo justiça a uma série que beirou a perfeição.
Tati Leite, colaboradora desde 2008.

And in the End - ER

ER, episódio And In The End, exibido originalmente em 2/4/2009

Conheci o TeleSéries por acaso em um grupo de ER, numa era pré-orkut. Em novembro de 2004, enviei um e-mail para o Paulo Serpa Antunes com uma review minha do episódio 11×01. Fiquei extremamente feliz ao ver meu texto postado, apesar de hoje ter vergonha dos meus emojis e dos erros de concordância.
Os anos se passaram e eu externava meu amor pela série em dezenas de reviews (foram 108!), lidas por verdadeiros fãs que de uma forma ou de outra pude conhecer. Após a exibição dos episódios na Warner, tínhamos um espaço garantido para debater com paixão o seriado: meus textos eram enormes, um pesadelo editorial, mas mesmo assim tinha o público cativo, que eu fazia questão de responder individualmente. Chegamos até à homepage do UOL.
Nos cinco anos seguintes de seriado, Antunes me ensinou sobre estruturas textuais e foi o maior incentivador para que eu fizesse jornalismo. Entrei na faculdade em 2007 (eu queria medicina, mas não era pra ser) e concluí em 2011 com um TCC tendo o TS como referência: falei de cauda longa, Warner e TV por assinatura. Falei academicamente de ER!
Com o fim da série e meu último texto sobre ela, algo aconteceu. Minha paixão diminuiu, não consegui assumir outra série, como se não conseguisse partir pra outro amor. Também não escrevi sobre seriados em outros sites e blogs. De certa forma, segui fiel ao TeleSéries. E hoje, faço um texto de despedida que deveria durar apenas 10 linhas, mas como nos tempos de ER… quem disse ser possível, ainda mais com tudo o que passamos?
Obrigado TeleSéries. Obrigado por tudo o que aconteceu no mundo virtual e principalmente no mundo real. Que este não seja um cancelamento definitivo. Que seja um final em aberto e que outras temporadas venham a seguir. Obrigado por tudo.
Thiago Sampaio, colaborador desde 2004.

The Newsroom

The Newsroom, episódio What Kind Of Day Has It Been, exibido originalmente em 14/12/2014

Como resumir mais de dois anos de muito amor, trabalho, aprendizado e ainda por cima ter que comentar sobre uma das séries mais legais e subestimadas da atualidade…
Se você olhar meu currículo, não tenho nenhuma das competências para escrever sobre nada em lugar nenhum, mas mesmo assim o TS (como carinhosamente nos referimos ao site) me acolheu. Quando leio os primeiros textos que produzi e comparo com os últimos, vejo o quanto evolui. Muito dessa evolução devo às pessoas que estavam nos bastidores, editando os textos, dando ideias e principalmente trocando conhecimento com quem não tinha experiência. E é nesse ponto que a minha história cruza com a contada por Aaron Sorkin.
The Newsroom teve uma temporada perfeita (a primeira), uma discutivelmente boa (a segunda) e uma última que ficou focada na vida pessoal dos personagens (casamentos, mortes, enfrentar o passado), o que acabou descaracterizando um pouco a série. E, como a arte imita a vida, só que nesse caso ao contrário, minha passagem pelo site foi muito parecida com essa linha do tempo.
É sempre muito difícil dizer adeus, mas tenho certeza que em ambos os casos (série/site) ficou aquele gostinho de quero mais.
Felipe Ameno, colaborador desde 2013.

How i met your mother

How I Met Your Mother, episódio Last Forever, exibido originalmente em 31/03/2014

Provavelmente um dos finais mais controversos da TV dos últimos tempos, a series finale de How I Met Your Mother dividiu muitas opiniões. Uns amaram, outros odiaram, outros simplesmente acharam ok. Mas, independente de qual tenha sua sua opinião, uma coisa é inegável: as lições de vida que todos nós aprendemos.
Durante toda o tempo acompanhando a série pensamos que ela se tratava de uma grande jornada para encontrar o amor verdadeiro e ser feliz com ele pra sempre, mas tudo que acontecia durante a série era um reflexo da vida real, e nós sabemos que na vida real as coisas não são tão simples quanto uma história de amor verdadeiro. E é exatamente isso que vemos na história de Ted e Tracy: Tracy não era o amor da vida de Ted, nem Ted o amor da vida de Tracy, mas os dois eram exatamente o que cada um precisava naquele momento de suas vidas, e isso é tão importante (ou até mesmo mais) dó que um dito “amor verdadeiro”.
Além disso, também aprendemos que a felicidade não precisa estar num passado romantizado ou num futuro idealizado. Ela deve estar no presente, que é o melhor momento para se aproveitar a vida. Ao lado dos seus melhores amigos, é claro.
Lucas Victor, colaborador desde 2013.

Hart of Dixie - Bluebell

Hart of Dixie, episódio Bluebell, exibido originalmente em 27/3/2015

Se despedir de uma série já é difícil, imagina se despedir de uma atividade que você tem o maior prazer de trabalhar? Hart of Dixie – a série mais fofa desde a fall season de 2011 – terminou de uma forma esplendorosa, enchendo os corações de todos os fãs com muito amor. Mas antes disso, voltemos a alguns recentes anos atrás… Quando Zoe Hart chegou na cidade fictícia de Bluebell, no interior do Alabama, precisava encontrar o seu caminho, já que sua vida virou de cabeça para baixo. Prestes a iniciar o programa de residência em cirurgia cardiotorácica em um hospital, o chefe do setor não aprova a entrada da moça. Além disso, leva um fora do namorado e não tem o devido apoio de sua mãe. Será que ela seria aceita na cidade? Como as pessoas reagiriam com a nova-iorquina, aparentemente “rica e metida”, no meio da simplicidade do sul do país?
Da mesma forma que a personagem, eu também precisava encontrar uma luz no fim do túnel. No dinal do ano de 2012 fui retido no segundo ano do Ensino Médio no Colégio Técnico da UFMG, perdi o meu melhor amigo e decepcionei as pessoas que eu mais amo neste mundo, meus queridos pais (já que eu sempre fui considerado um aluno exemplar e a primeira bomba na escola foi um choque). Será que um guri seria aceito no TeleSéries? Como os veteranos da casa reagiriam com o “boyhood”, aparentemente “fraco e sem formação”, no meio de jornalistas formados e experientes? Não é fácil recomeçar, mas com amor e carinho a gente consegue superar as nossas próprias expectativas. Zoe, apesar de todas as dificuldades do caminho, conseguiu conquistar todas as pessoas da cidade.
Em Bluebell (episódio da series finale do seriado), ela casou-se com o seu vizinho bad boy e, além disso, vimos o nascimento de seu bebê, já que a CW aproveitou a gravidez da atriz Rachel Bilson e a introduziu da melhor forma possível na história.
Como Zoe, tive o meu final feliz: com a conquista de muitas amizades que eu fiz nestes meus três anos de site, tanto entre colaboradores como entre leitores. Ah… Não posso esquecer do diploma que eu conquistei. Foi difícil a batalha! Com a compreensão e o apoio destas pessoas eu pude amadurecer não só na escrita, mas também como ser humano. Só tenho a agradecer a toda a família TS! Foi uma experiência gratificante que eu jamais vou esquecer.
Arthur Barbosa, colaborador desde 2012.

Smash

Smash, episódio The Tonys, exibido originalmente em 26/5/2015

“Just give them a big finish… and leave them wanting more!”
Foi assim com Smash, e também com o nosso querido TeleSéries. Infelizmente, após três anos, teremos de nos despedir dessa casa que nos acolheu, ainda Karens garçonetes, e nos deu a oportunidade de chegarmos aos palcos da Broadway. Contudo, não é porque é despedida que tem de ser triste.
Smash não poderia ter tido um series finale melhor. O clássico felizes para sempre, dentro da história, se tornou um fechar de cortinas extremamente emocionante. A competição pelos Tonys, que se tornou apenas pelo prêmio e não mais na vida; a união entre os personagens e a felicidade com a vitória do outro; a ideia de renovação e de que, mesmo quando nem tudo sai como a gente espera, no fim dá tudo certo. E essa ideia é a que fica no nosso apagar de luzes: “and who knows what next year has in store?” – a de que esse fim pode ser um novo começo, para cada um de nós; a de que o TS criou amizades improváveis e que vão ficar para sempre; a de que crescemos aqui, de várias formas, e isso vai ser sempre importante em nossas vidas. “That’s life… Funny as it may seem. (…) This big ol’ world keeps spinning around…”
Carol Cadinelli, colaboradora desde 2013.

Studio 60

Studio 60 on the Sunset Strip, episódio What Kind of Day Has It Been, exibido originalmente em 28 de junho de 2007

Quando eu terminei de ver What Kind of Day Has It Been eu chorei. Isso não tem muita lógica, eu podia pensar, afinal eu comecei a assistir Studio 60 já sabendo que ela estava cancelada. Mas coração vagabundo não trabalha com lógica, apenas sente e, magoado, se parte.
Studio 60 nunca chegou a ser o que Aaron Sorkin desejava para a série, e que ele tentaria novamente com The Newsroom (vai me dizer que você nunca viu as semelhanças ABSURDAS entre as duas?), mas é engraçado como seu final, dramático e exagerado, poderia acontecer hoje e seria ainda perfeito.
Porque ele fala da exploração das tragédias pela mídia, porque ele fala de desistirmos de algo que lutamos demais para conseguir, porque da frustração de não se conseguir o que mais queríamos, mesmo tendo lutado muito. Ele fala de recomeços.
E acho que foi por isso que eu escolhei falar dele neste especial do TeleSéries: no episódio existe um paralelo entre os acontecimentos presentes e um passado que os dois personagens principais preferiam que não existisse, mas que faz parte deles. Até o final do episódio eles aceitam isso, ainda que brigando um pouco, e encontram alguma redenção.
Eu comecei a escrever para o Teleséries pouco depois dele ser lançado pelo Paulo e, mesmo que não com frequência, continuava escrevendo para ele até hoje. Continuava considerando o site minha primeira casa.
Agora, assim como em What Kind of Day Has It Been, chegou a hora de apagar a “ghost light” e é claro que isso não é fácil. Mas ninguém poderá nos tirar as histórias e amizades que levaremos conosco.
Simone Fernandes Miletic, colaboradora desde 2007

Friday Night Lights

Friday Night Lights, episódio Always, exibido originalmente em 9/2/2011

Quando surgiu a ideia de comparar o “apagar das luzes” do TeleSéries com alguma series finale eu sabia que para mim só havia uma opção: Friday Night Lights. Assim como FNL, o TeleSéries foi um grande espaço de crítica social. Nós também olhamos o mundo por outro ângulo, com outros olhos e outro enquadramento. Nós também sabemos que dentre tantas opções não é suficiente ser somente mais um. Por que sim, assim como FNL, nós não éramos mais os campões de audiência, mas tínhamos um público fiel e elogios da ‘crítica especializada’. Infelizmente, também repetindo a série, o tempo passa, os interesses mudam e as responsabilidades aparecem. Alguns precisam ir pra ‘Dallas’, outros para a ‘Philadelphia’ e outros para ‘Chicago’, enquanto alguns serão ‘Texas Forever’.
Eu cresci no TS o mesmo tanto que a Tyra cresceu em Friday Night Lights. Eu aprendi tantas coisas que não cabem em um papel e que eu jamais conseguirei expressar por meio de palavras. E, assim como ela, aprendi com a vida que algumas coisas são inconciliáveis e que, às vezes, por mais que você ame algo, é preciso deixa-lo para trás para correr atrás dos nossos sonhos. Finalizando, assim como foi com FNL, é inevitável a dor da despedida e a saudade sentida. Entretanto, apesar disso, a frase de Tim Riggins para os amigos no último episódio da série é um alento e descreve exatamente o que sinto nesse momento: “It Feels Right”. Desta forma, ainda que com dor no coração é melhor apagar as luzes do que esquecer daquele que era nosso lema: “Clear Eyes. Full Hearts. Can’t Lose”.
Gabriela Assmann, colaboradora desde 2012.

O especial continua no próximo post…

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  1. Arthur Barbosa - 06/12/2015

    :'(

  2. Andrezza - 06/12/2015

    Arthur, que texto lindo sobre HoD. Essa série é muito amor. Tive muitos momentos felizes acompanhando as aventuras dos queridos de Bluebell. Saudades imensas.

  3. Arthur Barbosa - 06/12/2015

    Obrigado por ter lido Andrezza! Pode para a Fernanda dar uma passadinha aqui também na minha “casa”, rs. Saudades mesmo. Tanto o TeleSéries, quanto a série vão fazer falta na minha vida. Grande beijo! =D

  4. Fernanda Faria - 06/12/2015

    Cheguei hehehe 😛
    Concordo com a Andrezza, lindo texto, Arthur! E que legal que a série meio que acompanhou sua trajetória! HoD é só amor! <3

  5. Tatiana Siqueira - 06/12/2015

    Ai gente q lindos textos……ñ sou de entrar muito aqui……mas sempre acompanho e por aqui “conheci” gdes amigos e que vou levar para um vida inteira. É triste dizer ADEUS…..então vou dizer até logo e o meu muito obrigado ao Boss primeiramente e a todos os colaboradores q se dedicaram a esse site tão querido para todos nós <3

  6. Arthur Barbosa - 06/12/2015

    Concordo com você Tati. É melhor dizer um até logo para não machucar muito. Obrigado pelo carinho de sempre. Obrigado por ser nossa fã e leitora. Beijos! <3

  7. Marcos Aurelio - 06/12/2015

    Que textos lindos, e caramba, é muito bom ler e relembrar tudo isso. Esse canal fará falta, mas encerra sua trajetória de forma belíssima mostrando um excelente trabalho, que sempre foi sua marca. Parabéns ao Paulo e a toda equipe TeleSéries. E valeu Arthur pelo texto de Hart of Dixie, o finale foi lindo e emocionante, aquela cena final com todos cantando é a marca da série e sempre que ouvirmos aquela música vamos lembrar de Bluebell, o saudades dessa série, então muito feliz por ver Dixie fazendo parte desta despedida do teleseries.

  8. Arthur Barbosa - 06/12/2015

    Eu que agradeço pelo seu comentário Marcos Aurelio! O final de HoD foi realmente emocionante, ainda mais com aquele musical com todo o elenco. Foi um trabalho gratificante que tenho orgulho de ter feito parte. Obrigado por ter nos acompanhado. Abraços!

  9. Paulo Serpa Antunes - 06/12/2015

    Coisa mais linda, um texto mais bonito que o outro.

  10. Raquel Perez - 07/12/2015

    Show!!

  11. Lidiane - 06/01/2017

    Adorei o texto sobre HoD!!!! Saudades da séries, dos textos …. tudo!
    E ER?! Acho que é a série que tem mais a cara do Teleséries: longeva, honesta, cativante e emocionante.
    Espero que tenha mais especiais pra gente ….

  12. Ana Luiza Teixeira Peixoto - 03/03/2017

    que pena que só descobri vocês agora!! Queria entender porque acabou o TS (já me sentindo íntima, desculpa, tá?!) Amo assistir séries, seria tão bom ter de volta um espaço assim!

  13. O TeleSéries nasceu em 2002 e fechou as portas em 2015. Temos nos esforçado para manter este conteúdo no ar ao longo dos anos. Infelizmente, por motivo de segurança, os comentários nos posts estão fechados. Obrigado pela compreensão!