TeleSéries
Homeland – Tin Man Down
09/09/2013, 11:08.
Mayra Gonçalves
Reviews
Homeland
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A Showtime surpreendeu vazando o episódio de estréia da terceira temporada de Homeland praticamente um mês antes da data prevista para o mesmo ir ao ar. Uma pena que o episódio não estivesse finalizado, já que ficou bem óbvio que faltavam efeitos especiais, como a cratera ocasionada pela explosão da finale passada. Apesar disso, não deve haver diferença de conteúdo entre o episódio vazado e o que irá ao ar em 29 de setembro.
Tin Man Down – diferentemente da genial premiere passada, Smile – teve ritmo lento e explicativo. A história que a nova temporada vai seguir foi apresentada e suas bases foram edificadas. Em síntese, foi um início concreto para mais uma temporada promissora.
O último episódio da temporada passada nos deixou com um ataque à CIA, no qual mais de 200 pessoas foram mortas. Mais, a cúpula da agência foi eliminada em um ataque que pegou todos de surpresa – e com todos quero dizer personagens e telespectadores. E o ataque não previsto pela CIA estabelecendo a dúvida que é o ponto de partida dessa temporada (que se passa 56 dias depois de tais acontecimentos): sendo incapaz de proteger a si mesma, seria a agência capaz de proteger o governo e seus cidadãos? Diante tal incógnita, a CIA está prestes a perder sua autonomia, já que o governo decidiu intervir para garantir a segurança nacional.
E quando coisas ruins acontecem, é da natureza humana – talvez como válvula de escape – garantir que a culpa sempre recaia sobre os ombros de alguém. Nesse sentido, quem merece maior destaque é Saul, o novo todo poderoso da agência (e, quem sabe, o mais beneficiado com os ataques). Para salvar a imagem da CIA, Saul foi obrigado a jogar Carrie aos leões. A primeira vista, uma decisão bem antagônica, já que Saul passou duas temporadas lutando contra os seus colegas para preservar a imagem da pupila. Mas, apesar de ter eu tomado as dores de Carrie, não é difícil compreender o ponto de vista de Saul e chegar à conclusão que essa era sua única opção de manter a CIA operante, já que pelas perguntas do conselho é possível enxergar que o governo já sabia de grande parte do envolvimento de Carrie na história.
Como o nome dela ainda não foi citado, talvez tudo se reverta e a imagem de Carrie saia imaculada – ou tão “imaculada” quanto já estava. E essa história ainda deve render bons momentos, já que Saul era uma das pessoas em que Carrie mais confiava, e apesar dos motivos dele, ela foi traída, o que possivelmente criará uma nova dinâmica, que vai ser muito interessante de acompanhar.
Outro resultado que essa traição pode trazer à tona é uma possível parceria entre Carrie e Quinn. O moço proveu nos últimos episódios da temporada passada que é um homem de princípios, ao se negar a matar Brody. Novamente, ele colocou os princípios à frente das ordens, ao evitar matar a criança – que lamentavelmente morreu na sequência, por engano. Se Quinn acreditar em Carrie e na sua história, poderá ser um bom aliado para a loira, que agora está por conta própria.
O protagonista masculino de Homeland não deu as caras no episódio. Mas se Brody não apareceu, sua família esteve bem presente no episódio e trouxe algumas questões interessantes. A repercussão dos atos do ruivo foi mostrada no ambiente familiar – a pressão da imprensa, e os conflitos dentro da própria família, especialmente -. E o foco mais uma vez permaneceu em Dana, que não agradou temporada passada. Seria legal ver essa storyline se desenvolver relacionada – mesmo que pouco – à principal, e não permanecer completamente paralela. Senão, ela corre o risco de, mais uma vez (como o namorico de Dana com o filho do vice-presidente), ser somente uma artimanha “tapa buraco” pra completar a hora de episódio.
De qualquer forma, vai ser interessante acompanhar Jessica na difícil tarefa de controlar a família – e sua mãe – , se recolocar no mercado de trabalho e supervisionar Dana – que realmente QUIS se matar. Tudo isso sem o auxílio amigo de Mike, que não apareceu no piloto.
Lembro que ao assistir a primeira temporada, me enlouquecia o fato de ser impossível de saber, conceitualmente, quem era bom/mau e quem era louco ou não. O seriado foi estruturado para tanto, brincando com o público ao não dar certezas. Portanto, como a sua protagonista feminina, pode-se dizer que Homeland é bipolar. As mudanças de humor do seriado são repentinas, deixando sempre os telespectadores em dúvida quanto as ações de seus personagens e quem são os donos de suas lealdades.
Howard Gordon e Alex Gansa continuam a manejar com desembaraço uma série tão complicada como Homeland. Como já dito, o episódio surpreendeu, mesmo sendo calmo. Porém, pode-se ter a certeza que a “calmaria” não durará. Pode-se, inclusive, fazer uma analogia desse ritmo com aquela melhora súbita comum em pacientes antes da morte (aprendi com Grey’s Anatomy). O momento ainda é de águas paradas, mas sabemos que em Homeland, depois da calmaria sempre vem a tempestade. Ela não deve tardar a chegar.
– Menção honrosa para Claire Danes, que nunca decepciona e consegue interpretar com a maior destreza cada pico de humor vivenciado por sua personagem. “F*ck you, f*ck all of you.”
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All the awards to Claire Danes, que mais uma vez deu show.
Quanto ao Mike, senti muita falta dele no episódio. Ele sempre foi, de certa forma, o porto seguro de Jess, o amigo para todas as horas. E bem quando a coisa aperta, ele some. Sei que houve algum desacerto com o ator, mas a saída inexplicada do personagem não foi condizente com o perfil do mesmo.
Eu gosto muito do Saul, e de sua relação com Carrie. Logo, me nego a acreditar que o gesto dele tenha sido à toa, uma simples traição. Creio que ele e Carrie se acertarão, logo.
Mas também não posso deixar de observar que Saul foi o mais beneficiado com o atentado. E se ele trabalhou esse tempo todo para Abu, nas sombras, e apoiou a Carrie apenas pq era benéfico pra ele? Afinal de contas, Brody era o alvo da CIA por causa dela, e com isso Saul poderia agir às escondidas. E com Brody sumido e procurado, Carrie se tornou dispensável para o barbudo, por isso a “traição”. É uma possibilidade a se considerar, ainda mais com a dubiedade sempre presente em Homeland.
Por fim, preciso confessar que quando eu vi o ruivão do mercado eu pensei “iiiih, Carrie vai se divertir essa noite”. Dito e feito. Ele lembrava bastante o Brody =P
E também tem a personagem interpretada por F. Murray Abraham.Tá parecendo ser um fingidão, e ser ele mesmo quem está “vazando” as informações. Se for, é uma boa estratégia para Saul sair menos culpado, aos nossos olhos, por trair Carrie. Seja como for, FMA é um ator muito respeitado, seu papel será certamente importante na história.
Valeu!
Bem lembrado, Bianca. Mesmo com as negativas da personagem, as suspeitas recaem naturalmente sobre ele. E é por isso que desacredito que seja ele. Em Homeland, tudo que parece não é. Ainda assim, a torcida é pela inocência de Saul.
De fato, M, em histórias de suspense/mistério, aquele que parece o mais bonzinho, o mais digno de pena, é o culpado. Estou descobrindo quase todos os culpados das séries usando essa estratégia (o que é uma pena, pois eu gosto das surpresas).
Olha, acho que foi o melhor episódio de Homeland em muito tempo. Realmente gostei. Não sei o que teremos daqui para frente e espero não me decepcionar como na temporada passada, mas pelo menos fiquei feliz com a premiere.
Entendo os motivos do Saul e, sinceramente, Carrie pediu por isso. Foi uma facada para ela ver Saul jogando-a para os leões, mas ela foi muito antiprofissional nessa história toda com Brody e, mesmo sendo uma boa agente, ela não é confiável e completamente instável.
Gostei da história da família do Brody e, por mais chata que Dana seja (e ela é chata!!!) eu a acho bem típica adolescente. Mas dói saber que ela realmente queria morrer…não deve ser fácil estar no lugar dela…no lugar de toda a família do Brody, na verdade. As pessoas tem o mau hábito de culpar a família por erros de apenas um dos membros e todo mundo acaba sofrendo.
A história da família do Brody é boa e, principalmente, compreensível. Talvez eles sofram até mesmo mais que Nicholas, a diferença é que eles não pediram por isso. E o mundo é injusto nesse sentido, mesmo. A culpa sempre acaba respingando em quem nada tem a ver com o auê.
É verdade. Por mais brilhante que a Carrie seja, no sentido de ter o feeling correto e lutar pra ver aquilo contemplado, ela age muito fora dos padrões. É o típico caso de “burra por amor”. E talvez seja a hora do Saul parar de passar a mão na cabeça dela, mesmo. Só dói pq a relação deles é linda.
Eu até estava pensando: depois dessa “traição” do Saul, poderíamos imaginar se não é ele que está, desde o princípio, por trás de tudo. Pq ele acabou sendo o mais “beneficiado” por toda a tragédia.
Tô ansiosa pelo segundo episódio e pra ver como a temporada se desenrolará.