Homeland – State of Independence e New Car Smell

Data/Hora 28/10/2012, 21:09. Autor
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Você é uma desgraça para sua Nação, Sargento Brody. Você é um traidor e um terrorista.  E agora é hora de pagar por isso.

Primeiramente começo essa review me desculpando e me apresentando. O Tiago teve que se afastar temporariamente das reviews, então estou assumindo a partir de agora. Em virtude disso, as reviews acumularam e atrasaram. Mas prometo que a partir do episódio de hoje, Q&A, a rapidez será bem maior.

Preciso dizer que estou absolutamente encantada com esse segunda temporada de Homeland. Confesso que ao final da primeira temporada eu temia que os roteiristas não conseguissem manter o suspense que ditava o ritmo da trama. Afinal, já sabíamos que Brody realmente estava ligado à Abu Nazir e que iria longe para manter essa identidade.

Mas a segunda temporada começou com tudo, e está sendo ainda melhor que a primeira. Ao final de cada episódio eu fico me indagando: e agora, como eles sairão disso? E a saída é sempre genial, e o episódio seguinte supera o antecessor. Isso sem falar do elenco, que tá dando show. Morena Baccarin está melhor nessa temporada, Damian Lewis – que já fez uma ótima primeira temporada – também. E Claire Danes… bem, todos os prêmios do mundo para ela. É impressionante o quanto ela consegue passar através de um olhar. O nível de atuação dela é estratosférico. E dito isso, vamos aos episódios.

State of Independence foi um episódio daqueles. Não teve como não sentir pena de Carrie, que achou que o debrífim era um sinal de que ela voltaria para a CIA. Como as coisas não sairam do jeito que ela queria, ela optou por buscar um novo futuro, algo no que ela pudesse se encaixar. A primeira providencia foi se isolar da família. Depois, ela resolveu se arrumar toda, e eu pensei que ela ia sair e causar por aí. Mas logo ela muda de ideia e tenta o suicídio, através de uma overdose medicamentosa. Nossa, achei bem tensa a cena dela engolindo os comprimidos, e respirei aliviada quando ela resolveu vomitá-los. Nunca sei o que esperar de Homeland, e embora tivesse certeza que a protagonista não morreria, não queria vê-la sofrendo mais, hospitalizada e sem controle das faculdades mentais.

E se achei bem tensa essa cena, o que falar da sequência de Brody com o alfaiate? Nossa, eu cheguei a suar, literalmente. A parte na qual Brody está tentando salvar o homem – que deu o azar de cair na única estaca da região – ao mesmo tempo que fala no telefone com Jessica é simplesmente sensacional. Manter o sangue frio era praticamente impossível, e Brody perdeu o controle e desnucou o tiozão. Descontrole que se evidencia também na cena do lava rápido. Genial.

Esse descontrole é, pra mim, o que complica Brody, ao mesmo tempo que o salva. Se ele fosse altamente focado, teria cometido o atentado suicída. É o seu descontrole que o impede de ser oito ou oitenta. Ele é o anti-herói perfeito, de forma que torcemos para que ele não faça isso ou aquilo. Até simpatizamos com ele, eventualmente. Entendo que a situação em que ele está metido é bem complicada, e que não há para onde ele correr. E tenho pena de Jessica, também. Foi chatinho vê-la esperando o marido e tendo que sair, sozinha, daquela situação. Especialmente porque ela estava crente que as coisas estavam melhorando (alguém mais viu a animação de Brody pela manhã?). Mas, a partir dali, ela parou de acreditar na família. Porque ela sabe que há algo muito errado, e que a continuidade da sua família depende da franqueza de Brody em incluí-la em seus problemas. Isso não aconteceu, e a família se arruinou, graças as atitudes de Brody.

Contudo, o ápice do episódio, pra mim, foi o final dele. Eu duvidei seriamente de Saul, não sabia o que ele faria com o vídeo. E temi que ele tivesse entregado o cartão de memória de propósito para aimigração. Mas não, Saul é um homem íntegro, um homem da CIA. Quase abracei Carrie, de felicidade, quando ela descobriu que tinha razão. A loira passou por muita coisa em virtude de Estes (e até Saul) não terem acreditado nela.  Aquele momento de redenção foi lindo, pleno.

E esse final nos deixou em dúvida do que viria a seguir. O que acabamos descobrindo em New Car Smell.

Outro episódio genial, muito bem construído, embora menos aflitivo que o anterior. Logo descobrimos que Carrie, finalmente, voltou a CIA. E que Brody não seria desmascarado, mas sim seguido. Gostei de ver Max e Virgil de volta, e Peter é um personagem bem interessante. Inclusive, rolou uma química dele com Carrie, acho que assim que a loira esquecer seu amor por Brody, pode rolar algo ali.

Brody estava cada vez mais tenso. Na verdade os agentes fizeram um verdadeiro jogo psicológico com ele. Qualquer coisinha – como a menção ao sangue dos insetos e o cheiro de cigarro no carro – era suficiente pro deputado suar frio. E o fato de Jessica ter colocado ele pra fora de casa não ajudou. Muito menos o encontro com Carrie, e o medo e que as teorias dela tivessem voltado à Langley.

O ápice do episódio foi a cena final. Brody procurou por Carrie, e quem não conseguiu manter a calma foi ela. Tá certo que a situação foi bem extrema, mesmo. E que é do perfil de Carrie não seguir ordens e se descontrolar. Mas ela poderia ter colocado tudo a perder. A cena do bar foi um jogo de gato e rato, e a cena do quarto, com Carrie jogando na cara de Brody que sabia de tudo, e com o ruivo surtando e pensando em matá-la, foi ÓTIMA. Tensa na medida certa, e dolorida. Porque é triste pensar que apesar de estar prendendo um inimigo de sua nação, Carrie não consegue ficar 100% satisfeita, já que ama ele. Triste, triste. Ainda mais sabendo que ele apenas gosta dela. Sempre achei que o sentimento de ambos era diferente, agora tenho certeza. O interessante é pensar que, talvez, se Nicholas amasse Carrie, as coisas seriam diferentes. Porque ele já provou que é um homem movido por esse sentimento. Foi o que o levou até Nazir – amor por Iza – e o que o impediu de detonar a bomba – amor pelos filhos. Talvez um tanto mais de amor o trouxesse de volta, e é bem óbvio que apesar do esforço de Jessica, esse amor não viria dela, já que o tempo de separação tornou o casal meio inviável.

Agora, Brody está sob custódia da CIA. Será exaustivamente interrogado. Não sei o quanto conseguirão tirar dele, mas desconfio que seja pouco. A não ser que haja alguma carta na manga dos agentes, e que Brody sinta-se compelido a colaborar.

Enfim, daqui a pouco tem episódio novo, e mal posso esperar pra saber qual o rumo que essa história irá tomar, ainda mais agora que foi confirmada uma terceira temporada. Ou seja, há muita coisa pela frente, e tenho uma única certeza. É coisa boa.

PS: Mike está desconfiado de Brody. Onde essa desconfiança irá parar?

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