TeleSéries
Homeland – Q&A e A Gettysburg Adress
08/11/2012, 16:12. Mariela Assmann
Reviews
Homeland
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Homeland continua surpreendente e arrasadora, embora tenha colocado o pé no freio e já não nos faça suar tanto quanto no início dessa temporada. Se antes víamos mais ação, agora o suspense fica mais no campo do psicológico. E isso, de forma alguma, é um mal sinal. Homeland é absolutamente encantadora de ambos os jeitos.
Depois de Brody ser finalmente descoberto pela CIA, e ainda que esse não fosse o plano original – Carrie SEMPRE metendo os pés pelas mãos -, ele foi conduzido para um interrogatório daqueles. Q&A provou que não é preciso de ação para manter a tensão em alto nível. Suspense psicológico faz isso tão bem quanto, ou melhor.
Tudo no interrogatório me agradou. Pra mim, o desenrolar da história foi brilhante. Rupert Friend esteve bem, e Damian Lewis e Claire Danes deram um show na interpretação. Gostei da sistemática mau policial x bom policial. Gostei de ver Brody sendo desmascarado, mas ainda assim mantendo sua versão da história e negando o colete suicida. Mas, principalmente, gostei da forma como Carrie conduziu Nicholas para a confissão.
Ela o quebrou psicologicamente. Quinn levou o sargento ao extremo físico. E aí Carrie chegou em um Brody debilitado e, abrindo sua guarda, conseguiu acessar sua essência. E, talvez, ela seja a pessoa que melhor a conhece. Carrie entende o drama psicológico de Brody. Ele age por amor. Foi amor a Issa que o fez se aproximar de Abu Nazir. Foi amor pela família – ou pelos filhos, mais especificamente – que o fez desistir de explodir o vice-presidente dos EUA. Com Brody, o que funciona é o afeto. Ele não quer ser uma pessoa ruim. Ele não quer ser um terrorista e punir inocentes pelos erros cometidos por seus governantes. Ele quer, apenas, que os culpados paguem pelas suas ações. É como se ele agisse em busca de vingança pelas injustiças cometidas, ainda que o culpado esteja próximo dele ou lhe seja caro.
Mas é claro que ainda que aja por amor, Brody acabou sujando as mãos e anda numa corda bamba. Ao aceitar trabalhar para a CIA, Brody arrisca sua vida e a de sua família. Sofre pressão de ambos os lados, e não deve tardar para que ele dê um passo em falso, já que sob pressão Brody é bem influenciável e perde o descontrole bem rapidinho.
E para quem pensava que com a colaboração de Brody as coisas seriam bem mais fáceis, A Gettysburg Adress foi um balde de água fria. Apesar da operação bem coordenada, a CIA não conseguiu progredir. Por pouco, mas não progrediu. E ainda perdeu seis agentes, depois daquele atentado de amedrontar. Torço muito para que Quinn sobreviva ao ataque, eu simpatizo de verdade com o agente. Acho a função dele super necessária: manter os olhos de Carrie abertos, porque é bem evidente que a loira tem problemas de raciocínio sempre que está perto de Brody. Tá certo que quem sempre acaba salvando o dia é ela, mas também é ela que põe tudo a perder. E quanto mais próxima ela ficar de Brody, maiores as chances de tudo dar errado.
E, mais uma vez, nós voltamos ao ponto fatídico, conduzidos por Quinn e Saul: podemos confiar em Brody? O sargento está, completamente, ao lado da CIA, ou estaria passando informações privilegiadas para Roya? Foi bastante suspeito que as forças jihadistas aparecessem na “alfaiataria” para exterminar com os agentes justamente após o encontrinho de Brody e Roya. Sim, a dúvida é justamente o que os roteiristas querem, e creio que seja só uma distração pra o que realmente veremos a seguir. Mas é impossível deixar de cogitar que Brody pode, sim, estar mais sujo do que imaginamos, especialmente porque ele mente com uma certa facilidade. Para a mulher, sobre a reaproximação com Carrie – o que me fez ter certeza de que ele não quer, mesmo, salvar a família. Significa que logo os shippers do disfuncional casal formado entre agente e terrorista ficarão felizes em breve. Para a CIA, sobre as circunstâncias da morte do alfaiate terrorista. E para várias outras pessoas, as mentiras são em sucessão.
Como se não bastasse a situação difícil que Brody vive, Mike está cada vez mais próximo da verdade. Ele já presumiu que o amigo matou Walden, e até tentou abrir os olhos de Jéssica – o pior cego é aquele que não quer ver -, mas seus esforços foram infrutíferos. Acho que ele não deixará de investigar, apesar dos “pedidos” da CIA. E devemos estar prontos para nos despedirmos do personagem, se ele progredir demais.
A única história que me desagrada, um pouco, é a de Dana e Finn. Nos dois episódios os adolescentes tiveram mais tempo de tela do que eu gostava, e ganharam um plot que eu não sei pra onde os levará. Que o atropelamento será descoberto é fato, só não sei quais seriam as consequências disso que se ligariam ao plot principal. Será que o fato da atenção pública se voltar para a família Brody significa que alguns dos seus segredos serão descobertos? É esperar pra ver, torcendo pra trama dos namoradinhos não tomar uma proporção exagerada.
Estamos exatamente na metade da temporada. E olhando a listinha do nome dos seis episódios que vem por aí (The Clearing, I’ll Fly Away, Two Hats, Broken Hearts, The Motherf**ker with a Turban e The Choice) eu imagino que MUITA coisa boa ainda está por acontecer. E eu até consigo imaginar o rumo que as coisas tomarão. O que provavelmente não significa nada, já que Homeland é a série mais surpreendente da atualidade. Quem viver, verá.
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Acabei de ver o episódio 2×06 e gostei de tua review, Mariela, muito bem explicativa. Ansioso para ver o próximo.
Tensão. É o que eu sinto a cada episódio de Homeland que assisto. Está muito bom. A série esta em um nível surpreendente e Claire Danes merece todos os prêmios possíveis. Adorei a sua review, e como você disse, os próximos episódios parecem ser realmente bons. Estes títulos instigaram … 🙂
Excelenteeee