Haven – Survivors

Data/Hora 24/09/2013, 11:10. Autor
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Desde sua primeira temporada Haven teve o mérito de não perder o argumento da trama e, ano após ano, avançar na história que se queria contar. Nesta temporada o interessante tem sido observar como os personagens amadureceram e, ainda assim, continuam os mesmos. Quem imaginaria, na primeira temporada, que os atrapalhados irmãos Teagues esconderiam segredos reveladores sobre a cidade? Quem imaginaria que Vince seria o líder dos Guardiões? Que ele e Dave, em algum momento, discordariam frontalmente em questões fundamentais?

Na primeira temporada, Duke era uma pedra no sapato de Nathan, o bad boy da cidade. Quem imaginaria que ele seria um justiceiro em potencial e negaria sua condição para tornar-se o melhor amigo de Nathan?

Quem imaginaria, na primeira temporada, que elementos e mais elementos de uma mitologia plausível seriam introduzidos em uma história que seduz a cada episódio, mesmo quando não são perfeitos?

Talvez o que explique essa história de sucesso, senão de público, ao menos de coerência criativa, seja a parceria bem sucedida entre Sam Ernest, Jin Dunn e Stephen King, desde os tempos de The Dead Zone (série que também era inspirada em livro do autor de terror e mistério). Ou a pouca rotatividade da equipe de criação e direção. Ou ambos os fatores. Seja o que for, tem dado certo. E os fãs agradecem.

Em  Survivors, Nathan tem que lidar com mais um problema em Haven, enquanto empreende sua infrutífera busca por Audrey. Duke é pressionado a fazer com que seu irmão deixe a cidade, já que os guardiões não querem outro Croker para ameaçá-los. E Jordan destila sua raiva e frustração sobre Nathan, Dwight e Vince, que, para ela, não estão muito interessados em honrar o acordo feito com os Guardiões: procurar e achar Audrey para que ela possa parar as perturbações, ainda que seja sacrificando a vida de Nathan.

Fico me perguntando o que Jordan fará quando finalmente Audrey voltar à cidade, uma vez que, aparentemente, o ódio latente que sente em relação a ela, talvez somente seja comparável ao que sente em relação a Nathan. O que me faz pensar, se não estaria correto o ditado que diz que a ira de uma mulher traída somente é comparável às piores catástrofes trazidas pela natureza!

Mas, enquanto Haven continua a existir na sua dinâmica de estranhos acontecimentos, Audrey é pressionada a lembrar-se de seu passado imediato. E o mistério da vez está na identidade de um grupo que não quer que ela se lembre, enquanto outro a pressiona no sentido contrário. Para ela a negação é a única atitude plausível, já que a loucura alheia explica o que é inexplicável: um sentimento (amor?) ao qual não consegue atribuir um rosto ou um nome. Talvez o estranho tenha tocado no ponto certo. Talvez sua memória esteja mais próxima de ser despertada por sentimentos que ela nega: um amor esquecido, mas presente em uma certeza difusa.

Parodiando uma frase de Rubem Alves: a memória guarda o que o coração ama. Audrey somente precisa de um momento de catarse para descobrir a verdade dessas palavras.

E essa é a pergunta da vez: qual será esse momento de catarse? Receio que a resposta não virá logo, afinal temos toda uma temporada pela frente.

Enquanto isso, acompanhamos o desenrolar dessa história, onde novas perguntas são formuladas, onde a mitologia é ampliada e mistério, terror e romance dão-se as mãos de forma suave e plausível.

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