TeleSéries
Grey’s Anatomy – If/Then
04/02/2012, 22:33. Mariela Assmann
Reviews
Grey's Anatomy
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Série: Grey’s Anatomy
Episódio: If/Then
Temporada: 8ª
Número do Episódio: 8×13
Data de Exibição nos EUA: 02/02/2012
Quem nunca se pegou pensando “e se”? Quem nunca imaginou como seria sua vida se tivesse feito uma única escolha diferente? Se um único acontecimento houvesse sido modificado?
Shonda Rhimes imaginou uma realidade diferente para Grey’s Anatomy. E nos brindou com o episódio If/Then, que mostrou uma “realidade alternativa”, que partiu do pressuposto que Weber abandonou Adele para viver com Ellis Grey, e esta nunca teve Alzheimer.
De início, um choque de realidade. Ou melhor, vários choques de realidade. Meredith de rosa, feliz. Resultado de ter sido criada por pais zelosos e carinhosos: Ellis Grey e Richard Webber. Sim, Meredith não é Grey, é Weber. E a protagonista do seriado – a que carrega o nome Grey – é também a dona da bola.
Ellis é a toda poderosa Chefe de Cirurgia do Seattle Grace – o melhor hospital do país -, e que está prestes a fazer mais uma fusão, dessa vez com o Seattle Press. E acabou de ganhar seu 3° prêmio Harper Avery. Ela é a Deusa da Medicina, temida e admirada por todos. Ou quase isso.
Miranda – ou seria Mandy? – nem de longe lembra a nazista que conhecemos e amamos. É um cachorrinho indefeso que late muito baixo para ser ouvido. E Webber… fiquei com a impressão que ele é o cachorrinho de Ellis. Ou melhor, a pessoa que anda atrás dela reparando os danos que sua personalidade causa.
Callie escolheu a cardiologia, e é casada com Owen – recém chegado do Iraque -, com quem tem 3 pimpolhos. E o pai das crianças ainda briga para gerenciar a raiva – ou o pânico – adquirida nos tempos de guerra.
Os Shepherd são donos de um casamento perfeito, o modelo para os demais casais do hospital. E, embora Addie seja aquela cirurgiã brilhante com a qual estamos acostumados, há uma enorme diferença: ela está grávida. Gigantesca também a diferença em Derek: ele não é, nem de longe, o neurocirurgião brilhante e ousado com o qual estamos acostumados.
A mudança de Karev também não poderia ser maior. Ele é o residente chefe, todo positivo e animador. Ele tem nas mãos as rédeas da própria vida, e faz questão de que os colegas façam o mesmo. E ele está noivo… de Meredith. Sim, ele é o nerd charmosão que pretende se casar com Meredith, na praia (alguém visualiza Mer casando na praia?). Mas que, como bom capacho da sogra que é, aceita se casar num clube da alta sociedade.
Yang é uma bela de uma bitch. Sua arrogância foi elevada à milésima potência nessa realidade, e seu desapego pelas pessoas à enésima potência. Mas ela continua brilhante, e brigando por cirurgias. E Lexie é uma desajustada com memória fotográfica, que insiste em abusar de drogas e medicamentos, após a morte da mãe e o suicídio do pai.
Agora, choquem-se de verdade: April é a pessoa de Meredith! Uma Meredith que não é aquela que conhecemos. Mas que ainda mantêm como qualidade a crença nas pessoas, e o fato dela ter dito para Karev que enxergava o melhor dele, até mesmo quando os outros não viam, comprova isso (à propósito, Izzie fez isso na realidade que conhecemos. E Mer também).
Mas logo o pano começa a cair, e a realidade começa a se revelar. E essa realidade alternativa já não é mais tão alternativa assim.
Callie e Arizona demonstram que tem uma química do caramba, e logo descobrimos que Torres só está na cardiologia por sugestão da Deusa Grey. Seu coração apontava para a traumatologia.
Yang acoberta os ataques de raiva de Owen (que, a propósito, desabafa com um cara chamado Teddy), e fica evidente que há algum sentimento entre eles.
A tensão sexual entre April e Karev transborda. April, a “person” de Mer, a trai. Alex, o noivo de Mer, a trai. No final das contas, Karev é aquele mesmo boboca de coração bom, que tem uma capacidade incrível de trair as mulheres que ama e ferrar a própria vida. E April nada mais é do que a chatinha apagada, que vive a vida dos outros porque não tem uma própria.
Os Shepherds não são o casal dos sonhos, longe disso. Addie é a mesma bitch que amamos (e que furta as frases alheias, já que “It’s a beautiful day to save lives” é do Shepherd mau), e Mark é o amigo fura olho que busca a redenção: ele salva Lexie da morte (quando na realidade que nós vivemos, Lexie salvou ele de uma existência vazia e quase sem sentido). A cena da revelação de Addison, de que o bebê não era de Derek, reedita dois episódios do seriado. Time Has Come Today, o 1° da 3ª temporada – o dos flashbacks da noite anterior ao 1° dia de trabalho de Mer, Yang, Alex e companhia -, na qual Derek resolve sair de casa, e I Am a Tree, o 2° dessa mesma temporada, na qual Derek visita Addie no hotel e Mark sai do banheiro usando apenas uma toalha. E Derek é apenas uma pessoa infeliz com a vida que leva, e que resolve partir e buscar coisas novas e mais felizes.
Bailey não é submissa a ninguém, no final das contas. E a cena do elevador mostra isso. Ela é a pessoa que xinga e cobra, mas que incentiva. Gostei disso. A outra “Mandy” não me agradava nenhum pouco.
E Ellis é a porcaria de mãe que sempre foi, obcecada pelo sucesso profissional da filha, mas incapaz de auxilia-la ou mesmo dialogar com ela. A mesma profissional prepotente – embora brilhante – que não reconhece os próprios erros e rebaixa os outros para se promover. Pelo menos, nessa realidade alternativa, Meredith teve a chance de dizer o que sentia para a mãe, e de abrir os olhos de Webber.
E o que Shonda quis nos mostrar com tudo isso? A ficha estava caindo…
A cena final, entre Meredith e Yang, se “conhecendo” no bar, foi ótima. Elas repetiram o diálogo clássico do 1° episódio da série (A Hard Day’s Night), quando se reconciliaram após Mer ter entrado em uma cirurgia neurológica prometida à Yang. Quem não lembrou das duas internas sentadas nas cadeiras, e de Yang dizendo “We don’t have to do that thing, where you know, I say something, then you say something, and somebody cries, and there’s like a moment…”?
Na sequência, Meredith e Derek se “conhecem”. Ela, carregando os problemas que tem com a mãe. Ele, os problemas que tem com Addie e Mark. Ambos em busca de uma nova vida. E eles repetem a cena do episódio Time Has Come Today, que já citei anteriormente.
Essas duas cenas reforçaram a mensagem do episódio: não importa qualquer “E se”, por que determinadas coisas tem que acontecer. É como se certas ligações e conexões fossem tão fortes, que nem as escolhas que fazemos são capazes de impedi-las de acontecer.
Determinadas pessoas são destinadas a estar juntas. Determinadas pessoas são destinadas a entrar na vida de outras. E, não importa o que aconteça, Yang é a pessoa de Meredith, e Derek é o McDreamy da Mer, e não o McDreary (melancólico) da Addie.
E, além disso, If/Then me deixou com a sensação que Shonda escreveu Grey’s da melhor forma possível. Achei tudo tão bem feito e plausível que me convenci. Não importa qualquer “e se ela tivesse escrito diferente?”. Grey’s Anatomy seguiu seu destino, e está exatamente onde deveria estar.
Até semana que vem, pessoal!
PS: Foi interessante perceber que Shonda lembrou daqueles personagens que nós amamos, e que já não estão mais em Grey’s. Justificou o isolamento de Cristina através de seu caso com Burke, que não aguentou o tranco de ter dormido com uma interna e saiu do estado. Justificou a ausência de Izzie, transformando seu nome em sinônimo para louca. Nessa realidade paralela, Mer usou do veneno que foi utilizado contra ela por Karev, na “vida real”, e denunciou o caso de Denny e Izzie para a direção do hospital. A loirinha foi despedida, mas não ficamos sabendo o que aconteceu com Duquete. Torço, secretamente, para que eles tenham se casado e vivam numa casinha com cercas brancas, com duas crianças lindinhas alimentadas à base de cupcakes com óleo de côco. E explicou a ausência de O’Malley, o 007. Talvez pela ausência de Lexie em sua vida, George sucumbiu à vergonha de reprovar na prova que o tornaria residente, e sumiu do mapa. Alegrem-se! O’Malley está vivo por aí, caçando perus para a Ação de Graças com a família. E até Charlie fez uma pontinha, e demonstrou seu amor por April.
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Não acreditei Mari que você gostou deste lixo.
Filler totalmente dispensável.
Sim, foi filler. Aliás, como boa parte dos episódios das das últimas semanas. Mas gostei muito, especialmente porque deu pra revisitar momentos especiais de GA. Não foi ruim como o episódio musical, na minha opinião. E ficou dentro do propósito maior que a 8ª temporada tem pra mim, que é relembrar e homenagear tudo que Grey’s já foi – e está provando que ainda é.
Eu gostei desse episódio no estilo “e se…”, mas como todos os episódios desse tipo, sempre se chega à conclusão que não importa quão diferente sejam os caminhos seguidos, sempre acaba terminando da mesma forma…
Achei legal o encontro da Meredith com a Yang e com o Derek no bar, achei que foi uma homenagem aos fãs que acompanham a série desde o início…
Exatamente. Pra mim foi uma homenagem a pontos chave da série. Através de frases, momentos e expressões. Por isso gostei tanto.
Ah Mari! Eu sempre concordo com vc em Greys! kkkk gostei muito do epi porque como vc msm comentou, certas coisas são meant to be! não podemos muda-las! O que mais gostei foi a sensação de nostalgia traziada por Shonda das primeiras temporadas, ouvir aquelas canções só servem para mostrar o qto amo Greys e o qto admiro Shonda.
Ela é a escritora que esbarra num ponto, faz uma besteira que nos deixa p da vida mas tem a capacidade de se redimir logo em seguida com algo que tira nosso fôlego. Muitos podem não ter gostado do episódio, achado desnecessário, eu avalio de outra maneira: em 8 anos de série, ainda é possivel experimentar coisas novas sem perder a essência que tanto amamos!
Parabéns a Shonda e a vc Mari, pelo review!
Eu acho que o VERDADEIRO fã de Grey’s Anatomy soube aproveitar cada deixa, cada musica (que tocaram em suas devidas cenas, fazendo referencias as cenas originais em que elas ja tocaram na série), cada gesto, cada frase … foi uma bela homenagem de Shonda, e pra mim, fã da série desde sempre, foi totalmente demais. Foi Filler? Foi. Mas e daí? Antes isso, do que ficar com histórinhas chatas não desenvolvidas. Greys tem apresentando uma fantastica temporada, e para mim, este foi mais um episódio bacana. Eu detestei o episódio musical, pq eu abomino qualquer coisa deste gênero. Acho ridiculo. Mas este especial foi demais mesmo. Boa Review Mari, adorei 😉
achei esse episódio de grey’s, apesar de filler, como muitos andam dizendo, sensacional. pra mim, é um da minha lista de episódios inesquecíveis de grey’s anatomy. eu sou fã enlouquecida, torço, choro, me alegro, exatamente como a shonda gostaria que fizéssemos ao assistirmos a série. esse epi deixou clara a mensagem que a shonda quis passar e me fez refletir muito, inclusive sobre aspectos da minha vida. pra mim, grey’s é a melhor série atual – sempre – porque ela EXISTE, ela faz com que percebamos as coisas do nosso dia-a-dia, sem maluquices e pieguices de algumas outras séries. esse episódio foi surpreendente (quase vomito quando vi a mer beijando o karev hahahaha), reflexivo, totalmente coerente e pior/melhor: cai como uma luva pra quem vive se perguntando ‘e se?’. talvez ele seja uma resposta. tem coisas que não se alterariam, mesmo com 1 pequena modificação passada. muito bom mesmo.
Não gostei do episódio. Dereck apático não combina com ele. Adisson com um filho de outro e ainda casada? Menos ainda. Que possivel escolha Miranda poderia fazer para se tornar a apagada Mandy? Karev de bom moço e ainda traindo Mer COM APRIL? Não combinou mesmo.
Esse episódio vai pra minha lista dos piores, juntamente com aquele musical.
Eu gostei bastante do episódio. Não teve Alex/Izzie mas teve Addison/Derek, o que me deixou MUITO feliz. Gostei de saber que eu não sou a única que enxerga potencial em Alex/Meredith. Adorei ver que mesmo em realidade alternativa, há tensão entre Mark/Lexie (já estava me perguntando onde estava o Mark, que foi muito mal aproveitado) e Lexie/Avery. A única coisa que não fez sentido pra mim foi Callie/Owen.
Eu quero a Isobeeel!
[…] (22h,7×11). Na Sony, inéditos de CSI (21h, 12×12), Grey’s Anatomy (22h, 8×13, leia a review) e Private Practice (23h, 5×11). No Sony Spin, tem 90210 (21h, 4×11) e Switched at Birth […]