05/10/2015, 22:25. Aline Ben
Reviews
Gotham, The Walking Dead

Mesmo competindo com uma grande leva de seriados de heróis, em uma invasão da Marvel e da DC Comics à televisão, Gotham conseguiu estrear no ano passado apresentando uma ótima primeira temporada na Fox. O objetivo da série era contar a história do pequeno Bruce Wayne antes dele se tornar o Batman, mostrando o período em que Jim Gordon era ainda um detetive em início de carreira na cidade de Gotham.

Como esperado, o grande vilão da primeira temporada foi Pinguim, em uma exibição magnífica do ator até então pouco conhecido Robin Lord Taylor (visto anteriormente em The Walking Dead). Ao longo do início da série, acompanhamos a evolução do vilão e a construção de uma amizade às avessas com Gordon. Mas e na segunda temporada? O que Pinguim e Gordon ainda podem oferecer aos fãs de Gotham? Mais troca de favores e uma amizade um tanto torta que vai ajudar Jim a ser aquele Gordon dos filmes do homem morcego.

Jim primeiramente não quer se aproximar de Pinguim, mas o pequeno Bruce acaba lhe indicando esse caminho. Depois de ser rebaixado à guarda de rua, Gordon é demitido e pensa em desistir ao invés de aceitar a ajuda de Pinguim, o que seria muito “degradante” e acabaria com sua “autoestima” como lhe disse na cara dura o futuro Batman. Um revoltado Bruce alerta a Jim que ao invés de fazer justiça, mudar Gotham e limpar o Departamento de Polícia, ele vai desistir de tudo só para não se rebaixar e fazer um favor ao Pinguim. Ainda menino, Bruce começa a se impor e a fazer a diferença.

Depois de uma primeira temporada precisando se provar, Gotham mostrou no início de seu segundo ano, com os episódios Damned If You Do… e Knock, Knock que já é gente grande e deixou o status de novata para trás. Pinguim já não assusta tanto e quem começa a temporada aterrorizando Gotham são quatro presos que fugiram de Arkham com a ajuda do ainda misterioso Theo Galavan (James Frain, de Grimm e True Blood): Jerome Valeska (o futuro Coringa), preso por matar a mãe; Arnold Dobkins, esquizofrênico, envenenador e estuprador; Aaron Helzinger, preso por matar a família toda; Robert Greenwood, assassino e canibal; e Barbara Kean, a louca ex-namorada de Jim que matou os pais.

Intitulando-se “Maníacos” (e também com uniformes característicos) o grupo tem o objetivo de aterrorizar Gotham, cometendo assassinatos brutais, com o cuidado especial de deixar a imprensa bem alimentada com material sobre isso. As mortes são teatrais, bem planejadas e assustadoras. O golpe fatal é no coração da segurança de Gotham: a polícia é massacrada em sua própria casa. Mas os Maníacos ainda prometem mais.

Tanta violência no início de temporada já infla o peito dos protagonistas da série. Jim conta com o retorno de seu parceiro, Harvey Bullock, que havia abandonado a vida de policial para trabalhar em um bar. A chacina na sede da polícia de Gotham deve unir os personagens que sobreviveram e aproximar ainda mais Pinguim e Jim.

Bruce também mostra apoio e amadurece. Mesmo ainda menino já descobre os mistérios do pai que o levam ao subsolo da mansão: computadores com segredos, armas e vários outros utensílios que assustam Alfred e quase rompem com a relação dos dois. Agora, o pequeno Bruce tem algumas respostas e já pisa com os próprios pés (e com os de Alfred) pelo caminho que o levará a se tornar o Batman. A segunda temporada de Gotham chegou obrigando seus personagens a amadurecerem e mostrando que vai sacudir com a cidade que dá nome à série.