TeleSéries
Glee – Sexy e Original Song
29/03/2011, 22:59. Thais Afonso
Reviews, Spoilers
Glee
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Série: Glee
Episódio: Sexy e Original Song
Temporada: 2ª
Número do Episódio: 2×15 e 2×16
Data de Exibição nos EUA: 8 e 15/3/2011
Ano passado, à medida que nos aproximávamos da competição Regional, eu estava quase tão ansiosa quanto os personagens. A excitação era tão grande que eu cheguei a assistir a season finale ao vivo. Esse ano foi completamente diferente. Talvez a previsibilidade da vitória do New Directions tenha diminuído parcialmente a tensão, porém, no ano passado, a derrota deles estava mais que óbvia também e ainda assim eu mal podia me conter. Talvez o formato já tenha cansado, e apesar da introdução das músicas originais, não tivemos um quadro tão inovador que tenha me deixado roendo unhas.
Isso não quer dizer que não achei os dois últimos episódios antes do hiato bons, eu adorei os dois para falar a verdade, mas a competição me pareceu o elo fraco, enquanto ano passado os episódios Sectionals e Journey estiveram entre os melhores que a temporada produziu, e a responsabilidade foi toda do momento da disputa.
Sexy dependeu quase que totalmente do carisma de Gwyneth Paltrow, e felizmente ela é a melhor participação dessa temporada até agora e novamente não decepcionou em nada. Holly Holiday pode ser um personagem absurdo, mas Gwyneth abraça o ridículo de maneira tão convincente que é impossível não amá-la. A franqueza de Holly pode ser exagerada ao ponto de percebermos que qualquer pessoa normal teria um pouco mais de filtro, porém é fácil nos conquistar com esse artifício quando ele está sendo usado de maneira correta, como em Sexy.
A sinceridade desmedida de Holly é quase um alívio em oposição à maleabilidade conformista de Will, principalmente aqui, quando ele muda de comportamento em estalos entre uma mulher e outra, ou em Original Song, quando ele se opõe instantaneamente a tentar a ideia de Rachel, mas assim que Quinn e Finn apóiam e a turma começa a ver o potencial da ideia, ele pula automaticamente no barco.
A noção de que alguns alunos seriam tão inocentes quanto ao sexo é absurda. Eles continuam explorando a idiotice de Brittany além dos limites, e apesar de já haver o precedente, é complicado entender como que alguém que já dormiu com metade da escola não tem a mínima ciência de como se fica grávida. Então ela dormiu com dezenas de garotos, por anos, e por sorte nunca engravidou e pegou uma DST? E Mercedes achando que se pode pegar Aids de um pepino e Kurt não sabendo que precisa usar camisinha? Acho impossível que na era da Internet adolescentes sejam tão desinformados, mas pelo menos quando fomos além dessa necessidade de Holly de explicar coisas extremamente básicas, nós fomos brindados com momentos realmente ótimos, e momentos que jamais soariam possíveis com alguém como Will envolvido.
A maneira como ela lida com a sex tape de Puck e Lauren, e depois com a questão de Santana e Brittany foi perfeita, exatamente porque já havia sido estabelecido que Holly é o tipo de pessoa que não teria problema discutindo o assunto abertamente, sem recorrer a lições de moral.
E nesse ponto ela também é um contraposto genial a Emma, que retorna aos holofotes mais inverossímil que nunca. Eu até entendo a escolha de continuar com a virgindade da personagem, apesar de eles terem mostrado que ela estava tendo ótimos progressos em Rocky Horror, e prefiro ignorar o absurdo da ideia de ela ficar quatro meses casada e ela e o marido sequer terem discutido o assunto e uma maneira de lidar com situação porque fica claro que o plot inteiro foi apenas uma maneira de tornar Emma disponível para Will novamente (dou ate o fim dessa temporada para eles voltarem a ser um casal), mas o jeito lunático como ela estava agindo na escola e à frente do clube de celibato foi impossível de engolir. Se é difícil aceitar que adolescentes sejam tão ingênuos em relação a sexo, o que dizer de uma mulher de trina anos, mesmo uma com uma obsessão compulsiva tão grave quanto à dela?
Acho estranho também que uma série que se diz tão inovadora quanto Glee insista em manter seus interesses femininos principais obcecados com castidade e eu estou até agora coçando a cabeça e tentando entender Rachel e Quinn retornando ao clube do celibato, quando Rachel tinha uma forte opinião na primeira temporada de que a ideia de um clube do celibato era simplesmente ridícula, ineficiente e hipócrita, e mesmo com a determinação dela de focar em si mesma e não em garotos, abraçar o clube, especialmente sob a direção ignorante e boba de Emma me pareceu mais um desses escorregões no desenvolvimento de personagem que Glee tenta nos passar despercebidamente. E o que dizer da maneira como Quinn simplesmente voltou a ser uma menininha mesquinha e hipócrita? (Puck entrando para o clube, por outro lado, funcionou, talvez porque seja tão óbvio que Puck só esta usando o clube como paliativo temporário e que ele nunca vai levar qualquer coisa que saia da boca da Emma a sério).
Pelo menos toda a parte envolvendo Santana e Brittany foi soberba, mesmo que eu preferisse a ideia das duas sendo amigas coloridas mais do que eu gosto da ideia de que elas se amam e todo aquele melodrama. Santana, mais do que Brittany, que é simplesmente burrinha e inocente, sempre carregou o fardo de ser a menina que não presta na série, não só por sua hostilidade, mas mais ainda porque ela era a garota que não tinha namorado, a garota que faz sexo por fazer. E eu não acho tão interessante ver a naturalidade e conforto que ela sempre teve com a questão transformada de piranhice em mecanismo de defesa para lidar com a homossexualidade, até porque não acho que nisso, a personagem de Gwyneth tenha completa razão. Quem você ama importa, mas por quem você sente desejo define a sua sexualidade, sim. E nada tem nada de vergonhoso que a sexualidade de Santana seja tão livre, ou tem?
Eu até gosto do casal. Naya Rivera, talvez o maior destaque dessa temporada, segurou sua ponta tão excepcionalmente que foi impossível não empatizar com sua personagem e não sentir como algo real e verossímil, ao invés de mais um capricho de Ryan Murphy. Mas às vezes acho que a série é mais obcecada com um ideal de amor do que uma garota de doze anos.
Já Original Song, trouxe, como eu já havia mencionado, um plot principal fraco. Não havia tensão para saber quem iria vencer. E eu não havia escutado as músicas originais mas já sabia que elas não seriam geniais (e não foram). Es apresentações foram pífias. Aliás, foi bem decepcionante ver duas apresentações envolvendo os Warbles que eu realmente tenha gostado, Misery e Kurt cantando Blackbird, e entado vê-los fazendo uma performance absolutamente chata, como sempre, no show. E Aural Intensity foi inserido ali obviamente como uma piada, então nem conta. E para piorar ainda colocaram mais uma discussão idiota entre os jurados que não serviu para absolutamente nada alem de trazer a Kathy Griffin como convidada em um episodio que não tinha tempo para gastar com convidados.
Mas pelo menos eu gostei bastante de grande parte do que aconteceu no resto do episódio. Apesar de achar que Kurt e Blaine finalmente cruzando a linha entre amizade e romance foi extremamente apressado e sem o impacto emocional que eu estava esperando (Santana e Brittany foi muito mais impactante), pelo menos nós tivemos a oportunidade de ouvir da boca de Kurt aquilo que 99% dos espectadores tem comentado por ai: os Warbles são basicamente o Blaine cantando mil músicas e um monte de otários se balançando atrás e isso já ficou chato há muito tempo.
E adicionalmente, nós tivemos o que pode ser uma das minhas cenas favoritas nessa temporada, e até na série inteira, a de Quinn e Rachel. Não é segredo que as duas são dois dos personagens mais inconstantes da série, e esses últimos episódios muitas vezes me fizeram querer assassinar as duas de uma vez, especialmente Quinn que foi de extremamente amadurecida por causa de tudo que passou no ano passado, apesar de continuar com seus defeitos (o desejo de status, a necessidade de manter as aparências) para uma garota egoísta e insuportável. Mas a cena entre as duas trouxe de volta parte da Quinn que eu sempre amei, aquela que, apesar de tudo, sempre foi mais madura que grande parte de seus colegas.
O que ela diz a Rachel sobre se casar com Finn e viver para sempre em Lima pode muito bem não ser verdade (todo mundo sabe que Ryan Murphy está determinado a colocar Rachel e Finn juntos no fim), mas é uma sugestão incrivelmente realista e triste, e que me lembra um pouco do que a primeira temporada tinha de melhor, essa noção de que para muitos ali, o ensino médio e as vitórias que talvez eles tenham com o Glee Club sejam o ápice de sua vida. Rachel quer uma vida de glamour e sucesso, e é difícil imaginar Finn tendo qualquer capacidade para segui-la. Muito mais fácil é imaginá-lo ficando em Lima mesmo, casando com alguém como Quinn, trabalhando para o padrasto. E se Rachel continuar se apegando a esse primeiro amor, ela nunca vai conseguir voar como ela quer em direção ao estrelato.
O problema é saber que as coisas não devem ficar por aí, e fico até nervosa de imaginar Rachel desistindo de seus sonhos por seu “verdadeiro amor”. Entendo que Finn era exatamente a fantasia dela, o cara popular que seja apaixona pela nerd, mas acho que tanto a personagem quanto o show precisam seguir em frente e deixar Rachel aos poucos criar a noção de que ela não precisa de um garoto para ser feliz (um pouco difícil, considerando o quão machista o show é).
Pelo menos nós tivemos um final que em parte, para mim pelo menos, redimiu Special Education, com o esforço de Rachel sendo reconhecido e ela fazendo um discurso que me deixou honestamente emocionada. Rachel continua a ser a personagem mais ostracizada e maltratada do show, e sempre houve uma noção de que era aceitável porque ela era chata, o que sempre me irritou (e eu acho que manda uma mensagem errada para o público mais jovem do show). A aceitação no final talvez tenha sido mais comovente para mim por isso, mas ao mesmo tempo, não foi uma finale e eu tenho poucas esperanças de que tudo não voltará ao normal no retorno do show e também não apaga uma temporada e meia do show validando o bullying a uma protagonista enquanto tenta levantar a bandeira da conscientização com outro. Mas agora só posso mesmo esperar e ver.
Números Musicais:
Do You Wanna Touch Me (Oh Yeah) – Ainda não entendi o que exatamente a música esclarece em relação a sexo, além do fato de que um dia todo mundo vai querer fazer, mas Gwyneth novamente mostra que apesar de sua voz não ser exatamente impressionante, ela tem muito carisma e é bem capaz de fazer sucesso como cantora mesmo (ela acaba de assinar um contrato). Mas as expressões do Will assistindo são dispensáveis, né? Acho que a linha entre a vida sexual dele e a dos adolescentes continua a cruzar de maneira incômoda. Não é novidade que ele é um babão, mas pelo menos podiam reservar isso para as cenas em que ele só tem a Gwyneth para olhar, e não todas as suas alunas.
Animal – Eu achei a comparação entre o sexy de Blaine (realmente eficiente) e o de Kurt (realmente hilário) fofa, mas aquele cenário, aquela luz, aquelas garotas, não parecia um clipe ruim dos anos oitenta?
Kiss – Quando eu li que iam transformar Kiss em tango fiquei super animada, mas quando assisti, não consegui gostar. O vocal tinha tanto auto tune que novamente, como em Singin’ in the Rain, eu mal conseguia diferenciar o Matthew da Gwyneth. O tango não foi dos mais legais que vi, e eu adoro tango, e eu adoro a química entre o casal, mas achei que ali não havia nenhuma.
Landslide – Estranha a ideia de colocar a Gwyneth no meio de uma performance que era tão particular, e no começo eu fiquei com aquela sensação de incômodo, mas depois de um tempo até esqueci que ela estava ali. Letra linda, de uma música que não conhecia, e vocais perfeitos. Performance mais que emocionante da Naya, que continua a se mostrar merecedora do número crescente de solos que vêm recebendo.
Afternoon Delight – A inocência da Emma ao cantar essa música foi completamente incoerente, ainda mais o fato do Carl ter participado da apresentação e não ter feito o favor de enaltecer as coisas para a esposa, mas pelo menos Mark Salling e Lea Michele acertaram em cheio o tom e tornaram a performance hilária.
Misery – Acho que junto com Teenage Dream, é o único número dos Warblers que já me empolgou, e preciso confessar que talvez seja porque gosto muito da música. O vocal ficou perfeito na voz de Darren, e o coro até que fez um pouco mais do que o usual.
Only Child – Na minha opinião, a carreira de compositora de Rachel tinha que continuar para todo sempre e toda semana ela deveria apresentar uma música dessas. Eu já havia elogiado a veia cômica da Lea na review passada, e continuo afirmando que ela sabe muito bem ser hilária, e essa música é outra ótima prova disso. Mas como a Brittany, ainda prefiro My Headband.
Blackbird – Eu adoro essa música, e a interpretação do Chris não foi minha favorita, mas mesmo assim impossível não apreciar. Acho que o poder da música carregou a performance, mas mesmo assim, achei linda.
Trouty Mouth – Minha segunda composição favorita depois de My Headband. As melhores piadas com a boca do Chord que o show já fez, e Naya dando um show de timing cômico, além de mostrar que ela deveria receber um pouco de jazz para cantar, porque a voz dela é perfeita para isso.
Big Ass Heart – Acho que foi, das músicas originais, a que tinha a melhor melodia. Mas achei que a letra era muito parecida com Fat Bottomed Girls e não entendi porque uma foi considerada ofensiva e a outra não. Mark podia cantar mais, né? Continuo a achá-lo o ator mais mal aproveitado da série.
Hell To the No – Quando a Mercedes vai ter uma trama? Se o Mark é mal aproveitado, a Amber é mais ainda. A música caiu bem no estereótipo do que a Mercedes já virou, uma garota com algo que supostamente é atitude, mas sem espaço para ter uma personalidade de verdade.
Jesus is a Friend of Mine – Não sei o que comentar de um número que é para ser uma gag, mas pelo menos a montagem de palco foi melhor que a dos dois outros grupos juntos. Sue pode ser louca, mas sabe coreografar e encenar uma performance, coisa que o Will acho que nunca vai aprender.
Candles – Achei a harmonia entre as duas vozes estranhas, e achei que a música não foi a melhor escolha para abrir a performance. Um pouco lenta e serena demais, sem emoção.
Raise Your Glass – Mais uma apresentação dos Warblers. Tudo a mesma coisa de sempre. Pode até não ter dormido, mas acho que desliguei o cérebro por um minuto.
Get It Right – Achei aceitável como uma música que a Rachel escreveria. É bem produzida demais, mas ao mesmo tempo, a melodia é um pouco genérica e a letra é bobinha e relevante dentro da trama de Rachel o suficiente que dê para comprar o esforço. É um solo que está longe de impressionar, e já começo a questionar se algum dia teremos um momento como aquele de “Don’t Rain On My Parade” de novo, um solo de Rachel de simplesmente perder o fôlego, mas foi uma performance razoável.
Loser Like Me – Novamente achei a melodia sem nada em particular que ficasse, que eu vá lembrar, e a letra, que é bem clichê, não também não marca. Assim como Get It Right empolga só o suficiente para eu não ter tido vontade de passar a cena (o quê já é progresso sobre The Time of My Life), e para nos convencer de que a vitória foi de fato merecida, afinal, os outros dos grupos foram muito mais medíocres.
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As melhores reviews de Glee são as suas Thais! Sensacional esse texto. Parabéns.
Bom, quanto a Sexy, acho que já deu pra entender as lições de moral de Ryan. Quando não é um episódio homenageando um artista, é um episódio pra passar lição de moral, foi assim com Blaime it on the Alcohol e agora com Sexy e com certeza virão outros. O que tem me irritado nessa temporada é que os personagens nada mais são do que um escape para os complexos do autor. Prova disso é que, como você bem disse, Rachel sofre bullying desde sempre, mas o único que sofre é Kurt. A última é Santana ser lésbica. Isso não entendi mesmo, apesar da performance maravilhosa de Naya e dela ter sido convicente.
Quanto a Original Song, como sempre, as apresentações ficam atrás de números que eles fazem em sala na escola. Nunca vou entender.
Detestei as apresentações dos Warblers. Ainda não acharam uma música que dê para Blaine e Kurt cantarem sem que um sufoque a voz do outro. E nesse caso foi a voz do Blaine que apagou a do Kurt.
Mas gostei de Loser Like Me, achei muito fofa. O solo da Rachel também, mas a melodia me lembra muito uma música da Britney Spears. O início é idêntico.
Me rachei de rir com Afternoon Delight e Jesus is a Friend of Mine.
Eu sempre amei Rachel e Finn, mas devo concordar com a Quinn. É exatamente o que aconteceria se Ryan não tivesse essa fixação por este casal a ponto de deixar Rachel abandonar seu futuro por causa de um rapaz que nunca a trata bem. Mas eu gosto desse clichê e, apesar do egoísmo de Finn, sei que ele a ama. A Quinn pra mim podia ficar sozinha no final. Ê garota egoísta!!
Eu gostei de finalmente Blaine e Kurt ficarem juntos, mas faltou alguma coisa. Acho que o fato de que Blaine se deu conta do que sente enquanto Kurt canta uma música para um pássaro que morreu, foi um tanto bizarro. Mas tava na hora né?
E esse hiato sem noção?? Ninguém merece mais um hein?
P.S.: Puck é mal aproveitado, mas alguém mais tem a sensação de que Mark não quer estar ali? Sei lá, sempre que tem uma apresentação do grupo, ele faz a coreografia com uma má vontade, de qualquer jeito, como quem não quer estar ali. Talvez é impressão minha.
A review mais atrasada de todas, rs.
Thaís concordo em partes com sua review.O jeito mas facil de entender os lances surreais de Glee é não tentar entender,levar a serio a série é um erro e comparar com a realidade pior ainda,concordo que os personagens mudam da agua pro vinho,mas como vc mesmo apontou em determinados momentos como o dialogo da Quinn e da Rachel podemos vê-los novamente como eles são de verdade.
Achei os dois episodios bons,porém gostei mas do Sexy,principalmente pela Santana que roubou a cena no episodio,Original Songs foi bom mas passou longe de ser o melhor episodio de competição,e como seus antecessores mostrou melhor desempenhou,ficou quase impossivel de não sentir a sensação de que poderia ter sido melhor,mas assim como vc também gostei e me emocionei com o discurso da Rachel,eu também não entendo porque a personagem é tão hostilizada pelo grupo.
Estou gostando muito dessa temporada,e espero que eles mantenham a qualidade dos episodios,
Thata,
Não vi Original Song ainda e Sexy vi faz umas duas semanas. E fiquei morrendo de vontade de comentar. Acho que o episódio merecia uma tese em torno dele e uma longa e calorada discussão sobre o fato de Glee ser moralista ou não. E Sexy é especial porque ele consegue ser ao mesmo tempo moralista e panfletário.
Particularmente acho que você leva Glee a sério demais. O que rende esta review bacana, mas a impressão de que você divertiria bem mais se esperasse menos verossimelhança e personagens menos tridimensionais.
E eu também discordo do que você diz da Rachel sofre bullying. O tipo de agressão que ela sofre e que o Kurt sofria são diferentes. E mesmo que fossem da mesma natureza – a forma como ela reage é outra. Ele não vê saída; ela acredita que a fama irá desfazer todo o mal que e toda a exclusão que sofreu. É um pensamento tolo. E é o que a torna cômica.
Eu adoro Glee. Adoro a despretensão da história, dos personagens. Da incoerência das situações. Dos números musicais. Da sátira ao próprio tipo de musical adolescente. Tudo isso em Glee, somado ao valor indie de sua fotografia, fazem dela uma série que eu adoro acompanhar.
Mas tem alguma coisa que está me incomodando nessa temporada da série. Algo que parece que eles perderam e que parecia dar à primeira o ar totalmente Glee. Glee agora parece que busca mais audiência e não em transmitir algo que ela fazia antes. Deixou de ser cult, virou pop.
Primeiro, eu sei que Glee é uma série do estilo novelão desde o primeiro episódio. Os perdedores que buscam seu espaço em um colegial típico dos EUA, com as abelhas-rainhas e o time de futebol americano. Tem seu professor bonzinho, justo e honesto e sua professora desumana, incoerente. Mas é na maneira que Glee tratava isso que me deixava feliz. Brincava com isso, gozava desses cilchês. Mas parece que essa segunda temporada deixou a brincadeira de lado e adota a novela como opção.
Isso é um problema porque principalmente Glee não é o seriado que deve ser levado a sério. A mensagem que ele passava na primeira temporada, de que certa forma todos somos aqueles personagens que se refugiaram na música para encontrar o seu lugar, ficou de lado para uma série de episódios com a temática do quão mal é o bullying, o quanto os jovens devem cuidar sobre “esse lance” de sexo e de bebida.
A primeira temporada tratava isso com o mesmo teor que tratava seus personagens. O cômico era imenso, e em raros episódios voltava-se ao melodrama para criar números mais emocionados. Mas tente lembrar qual número emotivo de Glee é melhor que um baderneiro? Quando que “Get It Right” é melhor que “Don’t Rain On My Parade”?
E talvez Rachel seja um dos personagens que regrediram junto com o teor da série. Da garota que buscava acima de tudo a fama agora é só mais uma daquelas garotas que acham que só vão se sentir felizes com o garoto-desejo do colegial ao seu lado. Kurt também, da bicha na primeira temporada se tornou um Zé-Mané-Coitado na segunda, mesmo que um dos melhores episódios da temporada, e da série, sejam dele: “Grilled Cheesus”.
Sei lá. Glee parece que perdeu a linha em alguns episódios dessa temporada. Eu fiquei muito otimista com “Comeack”, que trouxe tudo que eu mais amava na série de volta — mesmo com os números do Justin Bieber. Mas os dois últimos, “Sexy” e “Original Song” acentuaram mais os problemas que eu via em episódios como “Never Been Kissed”, “A Very Glee Christmas” e “Silly Love Songs”.
As músicas foram outra coisa que mudaram de foco na série. Se a primeira temporada trazia ao máximo músicas que tinham a ver com a série, com o grupo e com o tema dos episódios, agora a segunda parece encaixar artistas que os jovens gostam só para vender discos. Não me leve a mal, eu gosto da Katy Perry, mas dois episódios com música dela são perfumaria para as que nós tinhamos na primeira, banhadas de Queen, Madonna, transposições de “Cabaret”…
Quer um exemplo? Dois números se destacaram nessa segunda temporada: o mashup “Umbrella / Sing’in the Rain” e “Sing”. Mas os dois somados não tiveram a chance de bater o número de “Bohemian Rapsody”, ou o medley do “Journey” — e elas talvez nem tenham sido tão fortes na primeira. E nem ao menos estiveram em uma seletiva ou regional (que por sinal forma decepcionantes).
Enfim. Eu gosto de Glee ainda, e muito, mas essa segunda temporada parece se focar tanto em tornar Glee mais popular do que em passar o que realmente passou ano passado. Evoluções são naturais em séries, mas se Glee acertava tanto ano passado (e acertou em alguns desse ano), não tinha porque regredir em tantos pontos.