Girls – Dead Inside

Data/Hora 27/01/2014, 22:37. Autor
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Essa semana tivemos um episódio temático em Girls: Dead Inside foi sobre morte. Na verdade, o episódio escrito a quatro mãos por Lena Dunham e Judd Apatow foi sobre como as personagens lidam com a morte. O estopim da discussão é a morte repentina de David, editor de Hanna. Como a própria diz, “um dia você está num bar usando um app gay e no outro está boiando morto em um lago”. Hanna descobre o fato após esperar o editor para uma reunião que ele nunca aparece por motivos óbvios. O fato é que, como poderíamos esperar da escritora, ela não sente nada. A primeira preocupação de Hanna, para o espanto de Adam, é quem substituirá  David em sua função, e se tudo isso atrapalhará a publicação de seu livro.

Hanna conta o ocorrido para Jessa, que se também se incomoda com a insensibilidade da amiga. A neo hippie acaba lembrando-se de uma amiga que perdeu na época de escola, e quando decide ligar para conhecidos a fim de visitar o túmulo pela primeira vez, acontece um daqueles fatos bizarros de Girls: a menina, na verdade, não está morta. Jessa vai atrás da Walking Dead e descobre a garota bem, com um filho e um marido hipster. Outro momento de confronto com a realidade para a personagem, de conflito entre o que se acredita ser e o que os outros pensam. A amiga explica que fingiu sua morte para Jessa porque queria se afastar de quem considerava ser a culpada por sua vida de vício. É, a amizade tinha das versões nessa história. Jessa fica irritada, é claro, e percebemos que ela não mudou muito depois da rehab: sai da casa da ex-amiga gritando que aquela vida dela, com marido, filho e casa bonita, não iria durar muito. Mas depois de sair, parece ao menos ficar feliz em saber que a amiga está viva.

Quem compartilha com Hanna a mesma apatia em relação a morte é Shoshanna. Em uma conversa com Jessa, diz que também perdeu uma amiga no high school, mas que logo a substituiu no grupo. O que aconteceu com Shosh? A personagem não está fazendo sentido nessa temporada, e começo a achar que ela sofre de problemas cognitivos ou psiquiátricos. Espero que não, que em algum momento a gente descubra que ela passou os esses episódios sob efeito de medicamentos pesados que não serão mais necessários. A personalidade de Soshanna era girly, não idiota.

Uma cena dispensável do episódio é a corrida pelo cemitério de Hanna, Laird e Caroline. Antes de criticar, temos que dar o parabéns para os realizadores por conseguirem reunir um grupo tão bizarro e engraçado. Mas nem toda a bizarrice justifica a infantilidade de brincar de corrida entre  túmulos. Pelo menos a brincadeira rendeu uma ótima interação entre os três, no momento em que Caroline tenta explicar a razão de Adam cobrar uma reação mais sensível de Hanna em relação a morte. Caroline conta uma história sobre uma prima que sofria de uma doença grave, e cujos últimos desejos Adam se empenhou em realizar, e perante ao choro de Laird e a indiferença de Hanna,  confessa ser uma mentira inventada apenas pra testar a reação da cunhada. Mais tarde, quando se encontra com Adam, Hanna conta a mesma história, dessa vez se colocando como prima da enferma imaginária, para justificar sua reação perante a morte de David. É, em Girls um namoro exige que se finja alguns sentimentos, até mesmo quando eles não dizem respeito ao companheiro. O episódio, apesar de fraco, reforçou o processo de autoconhecimento das personagens nessa temporada. Por ser escrito por Judd Apatow, confesso que esperava diálogos mais ágeis e um pouco mais de humor. Valeu pela novamente ótima Gaby Hoffman e pela sempre bem vinda participação de John Glaiser.

PS.: A demissão de Marnie não foi maravilhosa? A personagem está conseguido representar muito bem o desacerto sobre o qual Lena Dunham adora escrever. Ponto para Allison Williams.

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