TeleSéries
Game of Thrones – The Laws of Gods and Men
13/05/2014, 10:00. João Freitas
Reviews
Game Of Thrones
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E assim como vocês eu fiquei sem palavras. E assim como a vocês, a injustiça me comoveu. E com certeza, assim como vocês, eu não vou me esquecer tão cedo deste episódio. As mortes estavam lá, assim como a ganância pelo trono. No entanto, não é disso que vamos nos lembrar. Iremos lembrar do dia em que um anão, que pouco se importa com o poder, se agigantou diante da Corte Real, do poderoso Tywin Lannister e da cadela que um dia ele cometeu o erro de amar, para dizer o que ele engoliu por uma vida inteira.
O início do episódio nos introduz em Bravos, que já foi muito citada anteriormente, cidade onde fica localizado o Banco de Ferro. O motivo? Stannis finalmente agiu, parou de lamentar sua derrota na Batalha de Blackwater e foi em busca do apoio da única instituição a que todos temem, inclusive o Rei de Westeros. Aproveitando-se da antiga dívida do reinado de Robert com o Banco, Davos e Stannis convencem os líderes do Banco que a Casa Baratheon é a melhor opção do Banco de Ferro para retomar todo o ouro que lhe pertence. E com o apoio do Banco, Stannis volta ainda mais forte na luta pelo Trono de Ferro.
Outro arco que tomou o episódio foi o quase esquecido (e agora fracassado) resgate de Theon Greyjoy por sua irmã Yara. Em uma invasão direta em busca de seu irmão Yara acaba percebendo ao encontrá-lo que o Theon que ela conhecia já não existe mais. A loucura de Theon em posse de Ramsey é tão grande que agora ele irá enganar sua própria família a favor de seu Senhor. Eu, que nunca fui muito fã de Theon desde a “traição” dele aos Starks, devo tirar o chapéu para a atuação que vem sendo feita, é incrível o medo e o temor que “Reek” passa até mesmo em seu olhar na presença de seu Senhor Ramsey.
E então o julgamento de Tyrion se iniciou. Como sabíamos, todas as falsas acusações bem arquitetadas por Cersei caíram nos ombros do anão, o fazendo parecer ainda mais culpado do que antes. E, talvez, aqui esteja o grande mérito desse julgamento: ele brinca com você desde o princípio, te instiga a acreditar em algo e segue outro caminho. Ele massacra Tyrion desde o príncipio, não lhe dando nada senão calúnias. E quando estamos preparados para uma sentença, um sopro de esperança surge quando Jaime oferece um acordo a Tywin em troca da vida de seu irmão.
A sorte parece surgir, a agonia dá lugar à esperança antes inexistente e respiramos aliviados. “Ele vai se salvar!”, penso eu, erroneamente. E logo após esse vislumbre, Tywin chama Shae, que em seu testemunho fere Tyrion muito mais do que qualquer outro, faz seu coração sangrar. E a partir deste momento ele desaba. Sua mente, sempre tão inteligente, simplesmente desiste.
E o motivo pelo qual iremos lembrar desse episódio aparece: nesse momento Tyrion cede à pressão, cede a tudo o que aguentou por toda a sua vida. Uma vida que, desde o momento em que nasceu, foi considerado culpado pela morte de sua mãe. Uma vida que desde o momento em que nasceu, foi considerado uma mancha ao nome de sua família. Uma vida onde todos olhavam para ele como um nada.
“Eu queria ser o monstro que vocês acham que sou. Eu gostaria de ter veneno suficiente para matar todos vocês.”
Seu discurso é uma libertação, é um desabafo, um sopro de honra e a personificação de grandiosidade. Ele explodiu em ódio. E como foi absolutamente incrível a forma de interpretar do Peter Dinklage! A sua rebeldia na tela refletia a de todos que assistiam e prazerosa foi a sensação de ouvi-lo dizer cada uma daquelas palavras.
Tyrion é culpado sim, culpado por salvar a vida de um bando de tolos insignificantes. Culpado de ser tão melhor do que a família em que nasceu. É culpado por em um mundo regido pela busca por poder, viver de prazeres. Culpado por ser um dos personagens mais incríveis criados nessa saga.
Vida longa ao anão.
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Belíssima review! Se o Peter Dinklage não ganhar no minimo uma indicação ao emmy por essa espetacular atuação, eu termino de perder minha esperança na humanidade! haha. Tirando aquela tentativa ridícula de resgate do Theon – vamos combinar, a irmã dele mata “milhões de soldados” e dps corre com medo dos cachorros??!!! – o episodio foi perfeito!
Acho que a negação do irmão contribuiu muito pra ela desistir. Não tinha razão mesmo para continuar se ele próprio não sabia quem era.
Episódio sem Jon Snow, nunca é perfeito. Mas, tiro meu chapéu para o anão. Atuação perfeita!!
Não só o episódio, mas você também, João, foi grandioso nesta review: direto na veia da… alma!)
. Aquela cadela, vaca, traiçoeira: nunca mais pronunciarei seu nome!
. Theon foi tão torturado, mas tão torturado, que perdeu toda a humanidade, virou bicho. Nunca assisti a uma cena de tortura tão perturbadora quanto a dele. Mas, quem sabe, algum dia ele estraçalhe o torturador?
. Cersei falou acho que duas palavras no episódio inteiro, mas como seu olhar, atitude, foram eloquentes!
. Tyrion, que herói gigantesco! Nunca que ele aceitaria se rebaixar a pedir clemência! Escolheu a verdade, embora isso implique sua morte.
Mas e esse combate? Será com o irmão que ele vai combater? Uau, de repente o irmão (que anda meio melancólico, se questionando) se sacrificará e Tyrion vai permanecer entre nós… Ah, mas eu também queria ficar mais um pouco com Jaime…
Bianca, infelizmente eu já tomei uns spoilers pela internet a fora, mas posso te dizer VAI SER INCRÍVEL! Prepare-se.
Oh, misericórdia, João! Tinha de me atiçar ainda mais?! rs. Digo isso, mas a experiência do espanto, daquilo que é absolutamente inesperado e cai sobre a gente como um raio, não tem preço. Portanto, spoiler, vá de retro!
Ah, esqueci de comentar: o Mark Gatiss como um juiz todo-poderoso em Bravos esteve sensacional. Gela o sangue da gente, rs.
Review fantástica, parabéns, uma das minhas favoritas.
O julgamento foi épico mesmo e até agora não esqueço a atuação do Peter, foi sensacional, com a melhor frase “ver o seu perverso bastardo morrer me deu mais prazer do que mil putas mentirosas”.
Fiquei feliz de ver Mark Gatiss no episódio!
Leio tudo sobre Game Of Thrones, mas pela primeira vez, li algo que foi escrito com a alma, escrito de forma direta, mas que envolvia todos os sentimentos. Parabéns, João Freitas.
Obrigada Cristiane, de verdade! Não tem recompensa melhor do que ler uma coisa dessas =)