Fringe – The Human Kind e Black Blotter

Data/Hora 19/12/2012, 15:17. Autor
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Começo essa review me desculpando pelo atraso. Tive problemas com meu computador, que não funcionou por alguns dias. Não consegui ver The Human Kind e acabou atrasando tudo. Agora, episódios devidamente assistidos, vamos à review.

Como atrasei pra assistir The Human Kind, li muitos comentários sobre o episódio. Muita gente achou ele fraco, o pior da temporada. Mas confesso que gostei bastante dele, e achei o final magnífico.

Por mais que haja muita ficção científica em Fringe, em vários momentos cruciais o amor foi a resposta. Isso já não nos deveria causar estranheza. E digo mais, acho bom os mais reticentes prepararem o coração, pois creio que a resposta final, a solução para os males do mundo, no dia 18 de janeiro, deve passar pelo amor, se não acabar nele.

Em The Human Kind Olivia voltou a ser o centro das atenções. E com maestria. A possibilidade de perder Peter mais uma vez fez com que a agente buscasse, desenfreadamente, compreender os efeitos do dispositivo em Peter e encontrar uma solução para o problema.

E enquanto Walter e Asner buscavam compreender como o dispositivo agia no cérebro – Astrid escapou por pouco de ser cobaia – Olívia buscava o tal imã gigante (porque seria muito simples a solução estar em algo pequeno e fácil de carregar e esconder). Adorei todas as cenas de Olivia no ferro-velho. A atmosfera foi dúbia, e quando a menininha disse que havia uma recompensa pela agente, saquei a arma junto com Olívia e já fiquei pensando em como ela sairia dali. Mas aí Simone bebeu a água e fez aquele discurso emocionado para Olivia, que respondeu com uma fala não menos poderosa. Perder a fé, depois de tudo que presenciou, era o caminho lógico para Liv. Mas os acontecimentos seguintes, no galpão, servem para mostrar para Olivia que as palavras de Simone eram verdadeiras, ainda que apenas em parte.

A cena da fuga da agente foi sensacional. A engenhosidade de Olivia me impressionou, assim como o uso da bala. A bala que salvou o mundo, agora salvou Olivia. Física e mentalmente, porque foi como se ela percebesse o legado da filha, algo que a acompanhará eternamente. E essa percepção foi fundamental para o desfecho brilhante do episódio.

Enquanto Olivia completava mais uma parte do plano, víamos ótimas cenas do jogo de gato e rato entre Peter e Windmark. A batalha entre eles também foi ótima, uma cena magnífica, com efeitos visuais muito bem feitos. E as palavras do chefão dos Observadores, sobre Peter achar equivocadamente que estava modelando seu futuro, me deixaram temerosa do que viria a seguir.

Temerosa estava, também, pelos efeitos do dispositivo no cérebro de Peter. Eu já estava pensando em como os roteiristas explicariam se o Peter Observador mantivesse as emoções. Porque os estudos de Walter e Astrid confirmaram o que todos já sabíamos: os Observadores são extremamente inteligentes, mas sentimento passa longe dos carecas. Por isso os sentimentalismo dos humanos é tão difícil de compreender, para eles.

Por isso concordo com Olivia, na sua fala para Peter. Sentimentos, nesse panorama, são diferencial, não força. Contra um inimigo que “é muito melhor em matemática”, deve se lutar com as armas que tem. E aqui ela é, definitivamente, o amor. Amor esse que, confessado por Olivia, fez com que Peter desistisse de seu caminho sem volta. Interessante notar que a “fria” Olivia foi a sentimental aqui, enquanto que o “emotivo” Peter precisou ser resgatado das garras da hiper racionalidade. Interessante mesmo. E que cena final. Quase chorei junto com Polivia.

Black Blotter foi uma viagem regada a muito LSD. Brincadeiras a parte, foi um episódio magnífico, com muito andamento no plano para derrotar os observadores.

Quando o rádio conseguido no Universo de Bolso finalmente funcionou, Walter estava doidão. Confesso que vendo Walter chapado me dei conta de que sentia saudade desse lado mais malucão do cientista. Mas essa viagem foi mais tensa que as outras. E boa parte dessa tensão se deve à presença de Carla, a ex-assistente de Walter, nas alucinações do Bishop pai.

Esse episódio evidenciou o conflito de Walter, que já o acompanha a alguns episódios: o medo de voltar a ser o “monstro” que pensava ser Deus. E as palavras de Carla me fizeram temer seriamente o desfecho do caso. Porque Walter, atormentado psicologicamente, poderia ser cegado pelo seu desejo de fama e reconhecimento, e acabar entregando parte do plano para os Observadores ou comprometendo seu andamento.

Mas felizmente isso não aconteceu. E não aconteceu, principalmente, em virtude de Peter, Oliva e Astrid. Peter especialmente, já que Walter frisava, a todo momento, que não podia romper com as promessas feitas ao filho.

Achei interessante que enquanto Carla fazia o papel de “diabinha”, Nina era a “anjinha” que tentava manter Walter no bom caminho. Tem relação, claro, com o “pacto” entre Walter e Sharp, no qual ela prometeu remover os pedaços demoníacos do cérebro de Walter depois que o mundo tiver salvo.

Tentar encontrar Donald através do sinal emitido pelo rádio foi a tarefa da semana. E concluí-la com Walter “on drugs” foi bem mais complicado. Afinal, nada é fácil quando ratos atiram em você.

Mas antes de falar do desfecho da missão, preciso falar da visitinha de Peter e Liv à floresta. Teve beijo <3, e teve Sam Weiss. O “instrutor de boliche” de Olivia foi encontrado morto ao lado de um protótipo de arma para acabar com os carequinhas, e junto com os cadáveres de dois Observadores e um Legalista. O que ele estava fazendo lá eu não sei. E aparentemente nem Poliva sabe. Mas como o papel de Sam era grande, na outra timeline, natural que ele aparecesse nessa também, e desse sua contribuição no plano de salvar o mundo.

E depois de triangular o sinal do rádio, com a ajuda de Anil – sempre Anil. Achei que Broyles teria participação mais ativa no plano de salvar o mundo, mas o líder da Resistência é que resolve tudo, mesmo -, a Fringe Division chegou à ilha habitada por ninguém menos que o Observer Kid. Descobrimos que Donald, conforme já havíamos imaginado, tirou Michael do Pocket Universe após a invasão dos Observadores, e que confiou sua custódia a um casal confiável da Resistência. E depois de passar 20 anos ligando o sinal do rádio, o garoto foi localizado e agora o plano de salvar o mundo está pertinho de ser executado.

E Michael lembra de Olivia, justamente porque para os Observadores tempo e espaço funcionam de outra forma. Assim, mesmo os acontecimentos de outra linha temporal serão lembrados. Não quero nem pensar no que acontecerá quando Windmark souber que o garoto está com os “Bishop”. A Fringe Division será ainda mais caçada.

Finalizando a review, preciso dizer que a cena da mente de Walter lembrando para lembrar a cena foi muito genial. Adorei o cartoon, e achei totalmente crível que a mente de Walter funcionasse daquela forma. Uma, pelo ácido. Duas, porque a mente do nosso insano e adorado cientista não é muito convencional, mesmo. E interessante notar que Gene estava lá, juntamente com o cavalo marinho e o sapo, símbolos de Fringe. O cachorrinho eu não identifiquei.

E, mantendo a tradição, a cena final do episódio foi magnífica. As lembranças de Walter, sobre seu complexo de Deus, sobre o sequestro de Peter, sobre a origem de todos os problemas da humanidade, foram tocantes, emocionantes, e – como se necessário – nos lembraram que a jornada está prestes a terminar.

São só mais 4 episódios, três sextas-feiras. Estou muito ansiosa pelo final, mas ao mesmo tempo não quero que a data chegue. Fringe vai deixar saudade.

P.S.1: a fadinha verde dominou Black Blotter. Já a fadinha vermelha apareceu apenas uma vez, rapidinho, e foi prontamente afastada por Walter. Qual o significado disso.

P.S.2: Carla fala que Walter queria criar seu próprio Universo. Bem, de certa forma ele conseguiu, com o Pocket Universe.

P.S.3: R.I.P Donald. Segundo informações de Richard, ele morreu. Mas as informações podem ser equivocadas e poderemos, antes do final, conhecer o parceiro de Walter.

P.S.4: sou uma das adeptas da teoria de que Michael será September. O garoto demonstrou uma certa empatia com Liv, Peter e cia. Acho que a explicação pro vínculo entre o simpático carequinha com nossos sobreviventes favoritos pode remontar à “infância”.

P.S.5: a Igreja da Verdade pode ser uma das chaves na guerra contra os Observadores já que lá, segundo informações do nosso amigo do falso acidente, os carecas não conseguem ler pensamentos. Deixaria a luta mais justa, e pode ser um trunfo para Olivia e companhia. Outra arma que poderia ser utilizada seria as “runas”, utilizada pela ajudante de Bell para “prender” September e impossibilitar suas viagens temporais. Resta saber se eles terão acesso à essa tecnologia. E também tem a questão da máquina para tornar o ar “menos puro” para os carecas, que pode ser utilizada de alguma forma. Muitas teorias.

P.S.6: as consequências da quase transformação em Observador, para Peter, ainda não foram muito exploradas. Sabemos apenas que ele tem fortes dores de cabeça e insônia. Será que restou mais algum traço dos carecas na composição de Peter?

P.S.7: o código de The Human Kind foi Plead, que significa advogar, pleitear, confessar. Olivia confessou seu amor por Peter, e vez as vezes de advogada do mundo – e das boas lembranças, porque não – ao defender a retirada do dispositivo do pescoço de Peter. Já em Black Blotter o código foi Guilty, que significa culpa. Não precisa nem explicar, né? Culpa é um dos sentimentos que constituem a intrincada personalidade de Walter,  o combustível para muita de suas ações.

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  1. elisa - 23/12/2012

    Ótimo post!E, é, estou me preparando para um final ‘o amor salva tudo’, apesar de não gostar nem um pouquinho.
    Olivia tb me impressionou muito com sua escapada (the dunhamator is back).
    O Sam Weiss tava lá na floresta para assegurar que a transmissão do rádio continuasse. Provavelmente a morte dele foi consequencia da tentativa dos observadores de impedir o plano de Walter (só uma teoria).
    Tb não entendi direito o significado da fadinha vermelha (na verdade não gostei da parte das fadinhas…..Peter Pan???).
    Tb sou adepta da teoria de que o garoto é o September…mas, pensando bem, agora parece meio óbvio…(mas, não deixaria de ser legal)
    Parece que a Igreja da verdade é uma chave para o plano, ou pelo menos, terá uma utilidade para o Fringe Team….acho inacreditável que vc é a única que menciona isso.
    Fora isso, tava curtindo o dark side da série e fiquei meio desanimada com a ‘volta’ do Peter…

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