TeleSéries
Fringe – Reciprocity
04/02/2011, 21:19. Paulo Fiaes
Reviews, Spoilers
Fringe
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Série: Fringe
Episódio: Reciprocity
Temporada: 3ª
Número do Episódio: 3×11
Data de Exibição nos EUA: 28/1/2011
Os grandes show de sci fi da década passada se destacaram por ter os personagens como foco principal. Não é de estranhar que Fringe esteja seguindo esta cartilha. Se na primeira temporada sentíamos aquele algo a mais faltando, na segunda tivemos um crescimento dos personagens principais Walter, Olivia e Peter. (Sorry Astrid, mas você é coadjuvante). E com isso, era necessário que eles (os atores) conseguissem dar conta do recado. e eles tem feito isto com maestria.
No blog da Si Miletic, amiga e colaboradora do TeleSéries, soltei mais uma das minhas teorias (puro palpite). Eu disse que Peter tinha se apaixonado de fato pela Falsolivia – no final da segunda temporada ele fala para a verdadeira Olivia que a versão do outro lado era “mais feliz”. Nessa temporada também já vimos que ele observou o comportamento diferente da Falsolivia, mas não a questiona, por acreditar se tratar de uma tentativa dela de mudar.
Se notarmos nos episódios Entrada (3×08) e Marionette (3×09), Peter já demonstrava que o fato de ter sido enganado mexeu com ele. E o sentimento que até então o personagem vinha demonstrando mesmo que sutilmente era raiva, nada mais é do que a outra face da moeda.
É aí que entra o talento dos atores ao interpretar seus personagens. Desde o início da série o personagem de Joshua Jackson é comedido. Sempre cercado de mistérios, ouve muito e fala pouco. E o ator hoje consegue nos dizer o que o personagem sente sem nos falar nada.
Para nós, fãs de séries, o olhar perdido dele no episódio dessa semana já o entregava como o assassino de transmorfos. Tudo bem que podemos alegar que houve a cena do início onde ele mente para Walter e depois para Olivia, e isso já dava pra deduzir que ele escondia algo, mas também há o ator nos passando através de uma excelente interpretação tudo que tem sentido desde que descobriu que foi enganado.
Para ilustrar o que falei acima lembro da cena na qual Olivia o perdoa por finalmente entender o lado dele, e notamos em seu rosto uma mistura de alivio com frustração, e isso tudo com ele dizendo apenas “obrigado”.
E por ultimo, mas não menos importante, Walter diz que todo relacionamento é reciproco, ou seja, cada membro do casal absorve um pouco a personalidade do outro. E ele acredita que o fato de Peter ter uma ligação com a máquina acabou adquirindo o desejo de matar, que teoricamente, a máquina possui. Sim, eu sei que Walter é gênio e tals, mas eu discordo dele, e continuando com minha teoria, os atos de seu filho me lembram mais ainda da ligação dele com a Falsolivia, ou ela não possuía as seguintes características:
1- pensar a todo momento que está em uma guerra e os fins justificam os meios.
2- não pode confiar em ninguém, mesmo tendo sentimentos verdadeiros e nobres por outra pessoa.
O tempo vai dizer se estou lendo a série da forma certa ou se estou enchendo o tempo de vocês escrevendo um monte de baboseira.
Sobre o episódio
Peter ao se aproximar da máquina que pode destruir o universo, acaba ativando ela de alguma forma por alguns segundos. Como consequência, seu nariz sangra. Este também demonstra que tudo que passou com a Falsolivia e ter descoberto toda a verdade o tem deixado perdido e a procura de respostas. Para isso, ele tem caçado alguns transmorfos, o que acaba deixando Walter ainda mais preocupado.
Walter Freak Show
Quando a série começou e eu escrevia as primeira reviews, eu tinha um espaço com o nome Walter Freak Show que falava sobre os acontecimentos bizarros da série e como Walter os enxergava. Agora este espaço está de volta porque uma review de Fringe sem falar de Walter é o mesmo que falar de futebol sem Flamengo, de praia sem sol, ou de festas sem mulheres, ou seja, não tem graça.
E fico me perguntando o que passa na cabeça de cada votante dos principais prêmios para TV ao assistir um episódio de Fringe. Vai lá, que não tenho mais acompanhado mais a finco o que se passa na TV, mas daí a essa esnobação por duas temporadas só posso achar que os indicados no lugar dele estão reinventando a arte ou que há alguma implicância com o ator e ou a série, o que não vou mentir, acredito mais.
Sim, a série é sobre personagens e mérito da equipe criativa que soube dosar a importância dos três personagens principais, mas como já foi dito mais de uma vez e por mais de uma pessoa, o John Noble em muitos momentos carregou a série sozinha nas costas.
E sim, já estou sendo repetitivo falando de John Noble, mas este espaço tinha voltar e nada mais justo que falando do responsável por isto.
E perceberam que Peter falou que a máquina poderia destruir VÁRIOS universos? E a palavra “vários” em caixa alta foi proposital. Pode ser coincidência, pode ser que eles (equipe criativa) andem lendo minhas reviews aqui no site, mas ainda acho que foi mais uma pista solta, quase despercebida como o observador, mas que começa a ganhar terreno. Minha pergunta da semana é, como será este terceiro universo, caso este exista de fato?
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Paulão,
Acabei de ver o 3×05 de Fringe. Tô atrasado, i know. Olha estou amando a temporada. A ousadia de colocar os personagens em dois universos é algo que rompe com aquele pensamento que tem dominado a cabeça de todos nós “que já vimos tudo na TV”. Mas ainda assim eu compreendo que Fringe passe longe da crítica especializada, da academia, dos repórterers da imprensa estrangeira. A série é outra coisa, que gera um outro buzz, diferente do buzz do Dexter, do Walking Dead, do Mad Men.
Agora, futebol sem Flamengo, fala sério… o Ronaldinho vai levar vocês direto pra série B este ano sem escalas. Anota aí!
De fato, em filmes existe como que uma convenção de sinais que indica que uma coisa vai acontecer. “Tipo”, a moça vomita = tá grávida (se bem que isso é mais em novela, credo); a câmera permanece uns segundinhos a mais em certo objeto; entra a música de suspense (assassinato à vista); os policiais entram em um quarto de motel (mais mortos à vista); o olhar de certo ator fica perdido…
Uma vez eu li um livro de contos de ficção científica francesa; havia essa coisa de vários universos paralelos, e as pessoas viajavam de um para o outro. Tão legal. Quanto a mim, fiz aquela coisa tão comum, que a gente vive prometendo que nunca mais vai fazer, de emprestar e a pessoa nunca mais devolveu.
Não sei o Peter, esse é um mistério que se resolverá adiante, mas para mim a Liv-1 é tão mais interessante, com aquele jeito grave, economia de riso, e quanto ao exterior, muito mais bonita naquele estilo clean…
Paulo, um dos Observadores, na primeira temporada, creio eu, já disse ao Walter que haviam mais que dois Universos. Pensando bem, a existência dos Observadores é a prova disso já que, aparentemente, eles não pertencem nem ao “nosso” nem ao Outro Lado.
exato Luciano,
e quando tivemos a certeza do segundo universo e Walter com todo medo de perder Peter fiquei preocupado de ter sido um furo na série, pq lembro que o proprio observador (ou outro personagem da série) explicou que cada decisão que tomamos pode existir vários caminhos e cada caminho desse é uma realidade alternativa.
bom, pelo visto não estou sozinho com esta hipotese, ainda bem
Bia,
lembro que quando estava estudando apostilas de roteiro havia uma parte que falava que todo objeto que é dado uma atenção especial é necessário que de alguma forma se explique isso ou que ele venha a ter alguma importância. isso claro se a pessoa estiver escrevendo um roteiro pq quer um roteiro bom e não pra ganhar grana fácil com o povão
sobre Olivia, eu prefiro a da nossa realidade até pq dá pena (essa não seria a palavra, mas n consegui encontrar uma melhor) tudo que aconteceu com ela desde que era criança… lembro que quando a vi sozinha presa na outra realidade havia pensado que eles exageravam demais pra cima dela.
queria saber que livro foi este, pena q perdeu
Posso estar errado, mas eu tenho a impressão que o Peter falou “a couple of universes” , e não various, ou universes em geral. O comentário não descarta (mesmo que implicitamente) que existam outros universos, mas a destruição da máquina, na fala de Peter, seria apenas dos dois universos que estão nos apresentando na série até o momento.
Se não me engano se chamava Os melhores contos de ficção científica francesa. O conto a que me referi se chama “Transitórias”: em um tempo em que as viagens pelos universos paralelos estavam na moda, Christine (uma loser) recebe a visita de Christine-2, superesperta, bem resolvida; esta conta para Christine-loser sobre as outras Christines, em especial admira a Christine-luminosa, que se deu bem em absolutamente tudo. Christine-loser troca de lugar com Christine-luminosa (todas se amarravam em uma aventura). Resultado: loser destruiu toda a vida da luminosa (mas esta consegue repô-la do jeitinho que estava antes da loser pôr os pezinhos no universo dela), a qual conseguiu fazer a vida da loser um sucesso. A autora do conto é psicóloga e é justamente a psicologia que dá a tônica da história (era a infância das Christines – umas problemáticas, outras la vie en rose – o que as fez tomar rumos diferentes).
Tentei encontrar alguma referência desse livro na internet: nem uma sílaba sequer. Ai que ódio!
Depois que ví Fringe nenhuma série mais pareceu importar. Melhor série da minha vida.