TeleSéries
Fringe – Brave New Worl (part 2)
12/05/2012, 12:59.
Mariela Assmann
Reviews
Fringe
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E o momento de nos despedirmos da 4ª temporada de Fringe chegou. Momento feliz esse, apesar da despedida. Feliz porque Fringe é forte e, mais uma vez, triunfou sobre os nefastos índices de audiência e foi renovado. Momento triste esse, por causa da despedida. E não da despedida de hoje, já que sabemos que o reencontro é “breve”. Despedida definitiva que teremos na próxima temporada, após 13 episódios. Despedida que se dará após 100 episódios, e após milhares de teorizações.
Então, alegria e tristeza se misturam no peito. Mas um sentimento reina soberano, não disputa espaço com ninguém. É o orgulho de assistirmos uma das séries mais bem estruturadas, com uma afiadíssima equipe de roteiristas que pensou tudo tão detalhadamente que até o que não fazia sentido nenhum fez sentido, no final das contas – e que se preparou muito bem para um possível cancelamento, ao contrário de muitas outras por aí. Se Fringe tivesse encerrado ontem, teria encerrado bem, praticamente fechadinha, já que o cliffhanger ficaria de fora, creio eu.
A 2ª parte de Brave New World foi ótima. Maravilhosinha mesmo. Altamente explicativa, ordenada. Tensa na medida certa. Ofegante na medida certa. E feliz. Muito feliz.
Tudo começou com os BFFs Bell e Walter olhando para uma tela, com uma linda imagem. A imagem do novo mundo criado por William Bell. Ele, o possuidor do complexo de Deus que já havíamos conferido ao Jones. E a 1ª “surpresa” da noite: descobrimos que a ideia de destruir os Universos, porque Deus era malvado, foi de Walter, após perder Peter duas vezes (tal ódio só seria possível nessa nova linha do tempo, assim). E que isso que motivou o pedido para se livrar de partes do seu cérebro – 0 medo do que estava se tornando. Mas Bell se desiludiu com o mundo, também. E ele resolveu brincar de Deus – e não era o que eles faziam desde o princípio, como William bem colocou? – e criar um novo mundo. Sem seres humanos, como ficará claro na sequência.
Pausa dramática: e não é que o vilão foi bonzinho? Permitiu que Astrid fosse removida e salva. Como já era previsto, nossa querida agente não morreu. E ainda conseguiu dar para Peter e Olivia as pistas necessárias para chegar ao galpão esquisitão.
E eis que, nesse momento, temos a 2ª surpresa da noite – pelo menos para mim. A doce e amável Jessica era mais uma das serviçais de Bell, e atraiu Peter e Liv para uma armadilha. E uma armadilha daquelas, já que até o September – querido, ele está de volta! – caiu, e ficou preso na esquisita figura do chão (uma espécie de runa, tecnologia além de Bell, pelo que entendi, o que poderia indicar que ela veio do futuro, dos Observers. E aí nasce um possível link entre a ação de Bell e os carequinhas do futuro). Adorei a cena no galpão. Foi tensa, bem construída. Jessica testou os limites de September, e conseguiu ultrapassar sua habilidade de prever o futuro com uma das criações de Bell (e September foi baleado, e talvez tenha sido esse o tiro apresentado na Opera House). O que ela não contava é que Liv, nossa Jean Grey, estivesse tão poderosa – e super rápida. Completamente adorável. Sim, já havíamos comentado sobre os poderes de Olivia aqui, mas talvez não imaginássemos a magnitude deles.
Igualmente bacana – e intrigante – foi o papo de September com Olivia, sobre a Opera House. Interessante saber que a conversa deles sobre Olivia ter que morrer em qualquer possibilidade de futuro ainda não tinha acontecido. September precisaria buscar no futuro a explicação para isso.
E como “conversar” com os mortos é normal em Fringe – ou pelo menos já foi, um dia, lá pelas primeiras temporadas -, Jessica forneceu as dicas necessárias para que o paradeiro de Bell fosse “localizado”. Pra mim essa foi uma das mais assustadoras e esquisitas cenas dessa temporada, senão da série inteira. Vou dormir uma semana toda lembrando do “ding ding ding”. E descobrimos o que era bastante óbvio – a utilidade de Olivia, para Bell, era ser a fonte de energia que destruiria o mundo. Ela foi reativada bem no momento conveniente.
BINGO! Por isso Liv precisava morrer. Porque sendo ela a causadora da destruição, nenhum tipo de futuro seria possível com a existência dela. Tudo explicadinho.
A procura por Bell – a gota de água no oceano – também rendeu ótimos momentos. Curti muito a participação da Nina nesse episódio, e acho que meio que definiu que ela não estava, definitivamente, ao lado de Bell. (Mas como já me enganei muitas vezes, com muitos personagens, não tenho nada consolidado na mente). As palavras dela pra Olivia, sobre ela ser capaz de atravessar o universo, foram super bacanas. Momento meio mãe e filha, mesmo. E Liv e Peter pulando juntos para o “nada” foi meio assustador, embora fofo. Mas é claro que nossa garota super poderosa poderia fazer a travessia de forma segura. Facinho pra ela.
E o que falar das cenas no navio? Walter mexendo no revólver enquanto Bell divagava, e os “novos Adão e Eva” chegando pra festa? Adorei. Foi formidável mais essa analogia com questões bíblicas, bastante presentes nessa temporada. Reforçaram o complexo de Deus de Bell – que nem pretendia viver nesse novo mundo. Tudo isso no meio da tempestade causada pela Phoenix Olivia, bem no vórtice, na origem do novo mundo.
Outra pausa dramática, e dessa vez mais longe. Porque esse foi o momento mais surpreendente do episódio. Eu não imaginava que Walter atiraria em Olivia, e acho que nem Bell (sempre que Olivia é baleada, o atirador é o “mesmo”. Ora o Walternate, ora o Walter). Bell aproveitou para “tocar o bell” e desaparecer, ainda falando da sua ideia de, junto com Walter, recriar o mundo. E a partir daí os momentos mais doídos da finale. Era óbvio que Liv não morreria? Sim, muito óbvio. Mas o tiro foi muito impactante, e o desespero de Peter deixou todo mundo com o coração na mão (grande interpretação de Joshua). E Walter tentando ajudar e sendo repelido pelo filho foi de cortar o coração, igualmente. O tapa no rosto de Peter restabeleceu o clima de tensão sem desespero, e Walter partiu para o processo – tão desesperador e triste – de retirar a bala do cérebro de Olivia com um abridor de cartas e uma antena devidamente mordida. O pedido de desculpa para “Olive” foi de cortar o coração pela segunda vez em poucos minutos.
Mais linda foi a cena na qual, finalmente, o buraco de bala fecha. Foi tudo. O alívio de Peter e Walter foi comovente. Olivia estava viva, e sobrou apenas uma bala amassada pra contar a história (seria essa a bala que Etta levava em seu colar, em 2036? Se era ela, Olivia não necessariamente estaria morta naquela realidade).
O mundo foi salvo. Os Universos foram salvos. E finalmente o Governo Americano reconheceu a grandiosidade da Fringe Division e resolveu investir fundos para equipar melhor a mesma. E o agora General Broyles não hesitou em chamar Nina para se juntar ao time, numa cena que lembrou muito um encontro dos dois, naquelas escadarias, lá na primeira temporada. O diferencial foi o beijo, que agora não aconteceu. Portanto, veremos mais de Nina na 5ª temporada, e isso me deixou feliz.
No hospital, mais momentos felizes e fofos. O papo de Peter e Walter sobre possíveis sequelas em relação ao tiro. Walter e Astrid – que teve seu nome falado de forma correta, pela 1ª vez – e suas balas, e o abraço super fofo no momento família. E Peter e Olivia, a procura pela casa e a revelação – não surpreendente, mas extremamente bem-vinda – de que Etta está a caminho. Sim, eles serão uma família, e o berçário é agora super necessário. Podemos ter esperanças que corra tudo bem na gravidez, já que Etta apareceu em 2036. Mas podemos ter esperanças de que todos sobreviverão após os 13 episódios que restam?
E no final do episódio, um cliffhanger bacana. September chegou, e não para compartilhar os sanduíches do “vovô” Walter. Foi para dar o aviso: eles estão vindo. Assim, a 5ª temporada deve focar na chegadas dos Observers, para expugar o mundo de humanos. O que combina com o código da semana, que foi PURGE.
Mas também há que se levar em consideração, dentro do contexto bíblico, ou ainda sob o ponto de vista da moral, que a purgação pode se referir a Walter, que havia dado a ideia de destruir os universos e no final das contas consegui exorcizar seus próprios fantasmas e se transformar no redentor. Ele venceu seus próprios medos, e triunfou sobre eles. Foi bonito, lindo de se ver. E acredito que na próxima temporada teremos um Walter mais confiante em suas próprias habilidades e no seu caráter.
Agora, é esperar até setembro. Com aquele grande sorriso no rosto, afinal teremos Fringe de volta quando a próxima temporada começar. E para mais 13 episódios épicos, alucinantes e de alta qualidade. Tenho certeza. Então, até lá!
P.S.1: se Liv pode atravessar para o outro Universo facinho, e de forma segura, isso significa que poderemos ver o pessoal do “Lado B”em alguma de suas visitinhas? Diz que sim, produção! Ou a ponte será reaberta? YAY!
P.S.2: acho que veremos Bell novamente, já que Walter não conseguiu atirar nele, e em 2036 ele estava devidamente preso no âmbar, após ter feito algo horrível com Olivia. Agora, o questionamento? Esse algo horrível foi ter utilizado Liv para causar a destruição dos Universos ou vem algo ainda pior por aí? A posição de Bell no âmbar indica que ele empurrou algo para fora, como se tivesse tomado o lugar de alguém. Seria esse o seu gesto horrível? Veremos.
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Puxa vida!
Adorei o texto e todas suas observações! Sou fã de FRINGE desde o início e os seus PS foram ótimos e tudo que eu estava me questionando.
Abraço e obrigado pelo grandioso texto!
Posso dizer o seguinte, se Fringe acabasse nesse episódio, teria sido um dos finais de série mais honrosos que já cheguei a assistir. Parabéns a toda a equipe de Fringe por esse fechamento maravilhoso, sem pontas soltas, digno, ao contrário de LOST que nos roubou 6 anos para aquele final mixuruca e sem sentido.
E que venha o Brotha, e Etta, e a batalha final contra os Observers!
season finale de Fringe = me… DEAD!
Não consigo entender porque o Bell da timeline antiga era bom e após a reescrita da timeline este ficou mais pretensioso a ponto de chegar a querer ser Deus! Alguém me explica???
O Bell da timeline reescrita não morreu de acidente de carro, teve um câncer, se curou temporariamente com cortexipan e quis se tornar um Deus. Mas, o Bell da timeline antiga morreu de acidente de carro ou de câncer?? O Bell da timeline antiga tinha câncer?? Porque o Bell da timeline antiga se suicidou (ao ajudar a equipe fringe a voltar para o universo A) ao invés de querer ser Deus???
Na timeline antiga já tinha sido apontado que parte do cérebro do Walter tinha sido removido pelo Bell apesar do mesmo ter consguido sequestrar o Peter do outro universo. A justificativa era que Walter estava se tornando outra pessoa. Apesar disso, na timeline reescrita essa mesma justificativa é utilizada pelo Bell mas nesse caso Walter estava querendo se tornar Deus porque matou o Peter no sequestro. Quer dizer, não nescessariamente a remoção do cérebro de Walter está ligado com o fato de Walter querer se tornar um Deus. Não? O que quero dizer é: na timeline antiga Walter iria querer se tornar Deus mesmo sem a motivação de não ter matado Peter durante o Sequestro?
Em resumo: não entendi qual é o evento que foi alterado da timeline antiga para reescrita que causou esta IMENSA mudança comportamental do Bell.
Mariela: é lógico que, em ficção científica, sempre se dá um jeito, mas, segundo disse Walter, Liv perdeu quase todos os seus poderes. Desse modo, seria de supor que não mais circularia entre os universos…
Bruno: sem querer polemizar, de modo algum, Lost a meu ver foi perfeita, proporcionando-me um dos melhores seis anos da minha vida, no que tange a séries.
Mari: foi mesmo matadora essa season finale. Talles: penso que essa mudança na personalidade do Bell está ligada a um subtema tratado em Fringe, a saber, o de que a ciência leva (alguns) cientistas a se verem um pouco como criadores (ou seja, deuses). E também tem por resultado pôr Walter sempre na origem dos eventos: foram suas ideia/ atitude/experiências o aguilhão que levou Bell a se supor deus-criador de um universo perfeito. Mas ciência tem a ver com a esfera natural; e religião (deuses, etc.) tem a ver como a instância do sobrenatural – não pode misturar, senão dá merda…Então, caros fringers, até setembro. Obrigada pela companhia.