Fringe – A Short Story About Love

Data/Hora 25/03/2012, 17:59. Autor
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A Short Story About Love. O nome já dizia tudo. E, no final das contas, o amor era a resposta. Há muito os roteiristas deixaram claro o quão importante o amor era, dentro da cientificidade de Fringe. Afinal, foi por amor que Walter cruzou os universos e “raptou” Peter, dando origem a todos os acontecimentos Fringe Division que sobrevieram. Foi por amor que Olivia e Peter se buscaram, tantas vezes. Foi por amor que Peter permaneceu no lado A, quando descobriu que era do lado B. E foi por amor, e só por isso, que Peter se manteve vivo. Pela resistência das pessoas que lhe amam em esquecê-lo, deixá-lo partir. E pela resistência dele em esquecer delas.

A maioria dos fãs esperava uma teoria científica intrincada e complicada. Mas os roteiristas, com a ousadia que lhes é peculiar, jogaram o amor na nossa cara. Era para ter sido um daqueles momentos bem wonderstruck, mas acabou que todos nós, inclusive aqueles que juraram execrar os roteiristas caso a explicação fosse bobinha, compramos a resposta. E ficamos, de certa forma, felizes por ela. Acabou a jornada de Peter de volta para casa. Acabaram as teorias A/B – C/D. Acabou a especulação sobre “onde está Peter Bishop?”. Nós obtivemos a resposta que esperávamos e, no final das contas, Peter sempre esteve no lugar ao qual pertence.

É claro que as respostas oferecidas não significam o fim dos questionamentos. Ainda há muito o que se teorizar. Walter lembrará do filho, ou apenas ficará cada vez mais envolvido pela ideia de que aquele é o “seu Peter”, e acabará aceitando-o e amando-o? E Astrid, Broyles? E os duplos do B, lembrarão, em algum momento, ou isso será um privilégio de Liv, “criada” a base de Cortephixan? E Henry? O bebê nunca existiu, efetivamente? Ou agora que Peter sabe que realmente teve um filho, e que não há como retornar para a realidade anterior, partirá numa busca que acabará lhe levando até o filho? Não sei a resposta para nenhuma dessas perguntas. Mas creio que nos 7 episódios finais dessa temporada (que tem chance de ser os últimos da série, também), descobriremos muitas delas.

Outro questionamento que carrego: Lee trará problemas para Polivia? Ele tentou ajudar Olivia quando percebeu sua tristeza relacionada a Peter. E quando a viúva contou que o marido sempre a ajudava, antes do casamento, a superar seu coração partido por algum outro cara, foi inevitável observar o olhar de identificação de Lee. Será que ele vai apoiar o casal, ou ficará revoltadinho?

As palavras da viúva, sobre a diferença entre amar alguém e estar apaixonada por alguém também foram decisivas para Olivia decidir manter suas lembranças de Peter e (re)embarcar na paixão. E a decisão foi tomada a alto custo, já que isso significa apagar todas as lembranças com a mamãe Nina Sharp, que terá que seguir o conselho de Olive e tentar se reconectar com a filha. Isso não deve ser muito difícil pois Olivia, apesar de não lembrar dos acontecimentos em si, continuará lembrando que optou por esquecer.

Vale referir que o caso da semana foi pouco relevante e ficou meio em 2° plano em meio a trama de Olivia e a trama de Peter/September. Acho que ele serviu, MESMO, pra mostrar que Olivia estava apaixonada por Peter. E que paixão é algo pelo que vale correr certos riscos.

E, no final do episódio, o papo esclarecedor entre September e Peter. O Observador, graças a ajuda de Bishop – que foi bem orientado para a tarefa, inclusive com direito a endereço gravado no olho -, saiu do banimento imposto pelos outros Observadores (alguém entendeu como Peter ativou o sinalizador?). E, graças às respostas de September (quem não abriu um enorme sorriso quando ele disse “she is your Olivia”?) Peter foi atrás de sua amada, para um final de episódio pra shipper nenhum colocar defeito – embora o corte do beijo tenha sido prematuro, quem viu as fotos do episódio sabe do que estou falando.

E agora, como as coisas caminharão nos sete episódios restantes? Quanto mal David Jones e sua braço direito Nina Sharp causarão? Como será desfeito o destino de Olivia, que é a morte?  E o que QUILL, o glyph code da semana significa? A tradução da palavra pode ser dobrar. Será que tem referência com os eventos de And Those We’ve Left Behind, e a capacidade de se “dobrar” o tempo, ou as linhas temporais? Especulação pura. Não faço ideia do que signifique.

E na semana que vem, Nothing As It Seems. Será que, mais uma vez, descobriremos que em Fringe nada é o que parece?

P.S.1: o vilão mostrengo que queria disseminar o amor foi interpretado por Michael Massee, mais conhecido pelos fãs de Rizzoli & Isles como Charles Hoyt. O ator já é especialista em dar vida a vilões, e esteve envolvido, não intencionalmente, na morte de Brandon Lee, nas filmagens de O Corvo.

P.S.2: O que September aprontará, agora? Rolará uma vingançazinha básica contra o time de carecas? Estou louca para descobrir.  

P.S.3: super interessante a cena de Peter no quarto de September. As paredes forradas de jornal, indicando que os carequinhas de fato se fazem presentes em todos os eventos importantes. Bacana.

P.S.4: e as tulipas brancas na mesa do café da manhã? É tanta referência incorporada no cenário, em Fringe, que minha mente não dá conta de tudo não. Tem como falar algo de ruim de um seriado no qual nenhum ponto dos roteiristas é dado sem nó?

P.S.5: agora que é oficial que estamos vendo os lados A/B remodelados, preciso confessar que sinto falta de algumas coisas “como eram antes”. A maior delas é a relação profunda de amizade entre Astrid e Walter, que eu gostava tanto. Fico triste de saber que isso não voltará mais.

P.S.6: o sinalizador já havia aparecido na 1ª temporada, e deve voltar a aparecer. Qual será a importância do objeto?

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  1. Maria Clara Lima - 25/03/2012

    Nossa, estou sem palavras, Mariela. Totalmente wonderstucked… ótima resenha!

  2. Karen Jobim - 25/03/2012

    Mari!!! Vc disse tudo e nada me espanta em Fringe – o fato de usar o amor como explicação é algo incrível e típico das séries de JJ. Me parte o coração saber q podemos ficar sem essa série linda e intrigante! Como a FOX é tão burra??!!! no comprendo 🙁

  3. MicaRM - 25/03/2012

    Eu nao gostei da solução. Ela é compreensivel, mas não gostei. 
    Se levarmos em consideração que Peter foi um erro, então o universo azul também era um erro…nunca deveria ter acontecido. Na verdade, está tudo um rolo só. September bagunçou com a coisa toda. 
    Agora, como Peter está na sua verdadeira timeline (a original, a que deveria ser antes dele continuar existindo no universo), eu fico um pouco decepcionada. Eu adorava esse novo universo, mas porque ele era diferente e eu tinha a chance de reencontrar o meu. Mas ele sempre o meu, o que eu espero? Esse não é o meu Walter, nem minha Astrid, nem minha BOlívia, ou meu LeeB e tampouco poderei ser feliz vendo um Lee com Olívia, já que esta é a Olívia original.
    Eu apenas não consigo olhar para ela e ver a minha Olívia, com memórias ou não. Ela é uma estranha para mim, e não gosto de vê-la ao lado de Peter.

    De resto, foi um bom episódio.

  4. Raquel - 27/03/2012

    Né? Acho que eles nos trollaram legal nessa de “Peter nunca existiu…” porque na verdade, ele existiu, tanto existiu que engravidou a mulher errada, e justamente por isso foi apagado, segundo September.
    E, eles dizendo que Peter nunca existiu, nos deu adubo pra teorizar, e criar um paradoxo interminável.
    Peter não existiu, Walter não cruzou universos, o universo de Walternate não foi destruído, Walternate não matou Olívia… e por aí vai, não tem fim.

    Poderiam ter me poupado de horas intermináveis de teorias jogadas fora, apenas dizendo que Peter morreu quando criança. lol

    BASTARDS!

  5. biancavani - 26/03/2012

    Eu gosto de Fringe. Bastante mesmo. Mas o que realmente adorei foi a história dos observadores, isto sim foi inesperado, inaudito, era o mistério mais devorador, para mim. O desenvolvimento, a resolução, digamos assim, tendo como núcleo o amor, ah, foi legal… mas nada de abalar a minha vida para sempre.
    É, não vai ser uma série que vai mudar minha vida. Foi só muito legal. Walter é um personagem fantástico, feito por um ator idem… mas cansava demais as cenas repetitivas de maluquices, parando tudo para comer um caramelo (nas cinco primeiras vezes até que foi bacana). Adorei as personagens  e atores de Liv e Peter. Mas os Observadores, uau, foram o máximo.   

  6. Raquel - 27/03/2012

    Estou tão ansiosa pela explicação de Henry, que acho que se deixarem como está, vai ser uma grande decepção pra mim, quero saber o porquê de ele ser tão importante.
    Tem gente apostando em September como vilão daqui pra frente, será?

    Gostei do episódio, já estava esperando por isso… triste, porque eu tinha muitas teorias mirabolantes, e nunca em Fringe, tivemos uma explicação tão simples como essa.
    Eu falo pra vocês, a culpa é do Amor. rs

    E, cá estou, eu, com meus botões a pensar, provavelmente fui a única pessoa a pensar nisso, acreditem… Achei a Olívia meio egoista, não acharam, não?
    Porque esquecer de toda uma vida, de todas as pessoas e momentos vividos, pra se lembrar apenas de Peter… né? Ou, não.

    O que nos resta são 7 episódios, por favor, Fringe, não me decepcione. 🙂

    Mari, parabéns pela review, ótima.

  7. Sr Estranho - 28/03/2012

    Eu acho que Peter acionou o sinalizador ao mastigar o chiclete (dããã), ridículo, mas foi isso… e se tudo no cenário tem alguma referência, o que dizer do Scooby Doo na tela do lab do Walter??
    A historinha tipo Love Story já era esperada e mesmo achando ser um balde de água com açúcar, talvez tenha sido melhor do que explicar com alguma coisa muito mirabolante que tivesse que depender de explicações com cunho totalmente science fiction, afinal, como (quase) todo mundo pensa, inclusive eu, o amor é realmente explicação para tudo, principalmente amor correspondido. Aguardemos o próximo episódio para ver se voltamos ao clima mais thriller da série, a dose de amorzinho, vem cá meu bem, até valeu, mas deu pra bola, né???

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