Entre mortos e feridos, a arte do recomeço em Grey’s Anatomy


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“It’s a beautiful day to save lives.” – Derek Sheperd

Quando a décima primeira temporada de Grey’s Anatomy estreou em meados de setembro, não sabíamos muito bem o que esperar e a maioria de nós já não tinha lá muitas expectativas. Depois de uma década no ar como uma das séries mais populares da televisão americana – amada e odiada em igual medida, é verdade – nada mais natural do que um certo desgaste. Mas, diante de temporadas bastante irregulares, arcos repetitivos e com personagens outrora importantes relegados ao esquecimento, era evidente que Shonda Rhimes e sua competente equipe de roteiristas tinham diante de si um enorme desafio. De muitas maneiras, este décimo primeiro ano seria “tudo ou nada”, o ponto da virada, a temporada mais decisiva. Afinal, existe vida sem Cristina Yang?

Encarando de peito aberto o peso desta ausência esmagadora – além do ceticismo (e um tiquinho de má vontade também) de grande parte de seus fãs –, Grey’s Anatomy conseguiu provar, semana após semana, que sim, existe vida pós-Yang, e ela não é nem de longe tão horrível quanto imaginávamos. Fazendo um mea culpa, o roteiro foi, aos poucos, aparando as arestas aqui e ali, eliminando impiedosamente alguns de seus ciclos viciosos, descartando plots e personagens que não funcionaram, e investindo em mudanças certeiras que deram novo impulso e proposito à série. Além disso, ao atribuir um viés mais feminista, por assim dizer, a esta temporada, o roteiro proporcionou o crescimento e amadurecimento de (quase) todas as suas personagens femininas. Meredith, Amelia, Callie, Arizona, Kepner, Bailey, Nicole Herman, e a recém-chegada Maggie, todas tiveram seus momentos de destaque ao longo desta jornada de 24 episódios.

A introdução da Dra. Maggie Pierce tenha sido talvez, a mudança mais difícil de engolir. Afinal de contas, como não lembrar da Lexie? (um minuto de silêncio pela ‘Little Grey’, por favor.) O plot da irmã perdida se repetiu – desta vez com uma filha de Ellis e Richard – e, ao menos no início, foi difícil não revirar os olhos toda vez que Kelly McCreary entrava em cena. Por pouco tempo.

E, enquanto Calzona FINALMENTE virou um passado distante, vimos uma enorme evolução em Arizona. Em meio a um turbilhão de emoções e conflitos internos pelo término de seu casamento, ela floresceu, e parece ter deixado para trás de uma vez por todas a esposa traidora e pessoa amarga que nos fez odiá-la desde seu infame acidente. Na minha opinião, o grande responsável por esta mudança foi o maravilhoso arco com a Dra. Herman – em uma participação especialíssima de Geena Davis. Através dos olhos de Nicole, Arizona humanizou-se e reencontrou seu propósito.

Herman

Aliás, podemos dizer que este processo de humanização foi recíproco e traçou, não sem uma boa dose de ironia, um belo paralelo entre mestra e discípula. E como foi catártica a transformação da Dra. Herman! A certeza da iminência da morte tende a nos conferir certa ousadia e, quase como uma extensão dela, um desprezo ao conformismo e ao medo. Com Nicole, não foi diferente. A cada episódio, à medida que acompanhávamos sua rotina e sua corrida contra o tempo, éramos presenteados com uma nova faceta da personagem, uma nova camada de sua verdadeira personalidade; de médica austera, porém brilhante, à mulher que flertava despretensiosamente com Owen, contrabandeava sofás dentro do hospital e se tornava, além de mentora, amiga de sua pupila. Mas, ao vencer aquele duelo desleal contra a morte, Nicole inadvertidamente ensinou uma preciosa lição de vida à Arizona. Nicole perdeu a visão (e a condição de cirurgiã), mas não se deixou abalar nem por um segundo: ao contrário de Arizona, foi capaz de enxergar com clareza um novo mundo cheio de possibilidades e descobertas. Herman foi tudo o que Arizona não conseguiu ser diante das adversidades da vida, e a ironia não lhe passou despercebida. A passagem de Nicole pelo Grey Sloan Memorial pode ter sido breve, mas foi também inesquecível: ao transformar Arizona em uma profissional ainda mais brilhante, resgatou também parte de sua humanidade perdida naquele acidente de avião.

Outro desdobramento maravilhoso deste arco foi o crescimento de Amelia, que enfim ganhou o espaço que merecia na série. Eternamente coadjuvante do irmão bem-sucedido, a “outra Dra. Sheperd” andava apagadinha, meio ofuscada em meio a tantos dramas alheios. Derek, claro, não ajudou em nada, diminuindo-a e desautorizando-a sempre que possível e, inclusive, elaborando um ou outro esquema para roubar seu cargo e voltar a ser chefe da neurocirurgia.

Amy

Amy – como era carinhosamente chamada por Derek – era muito mais querida e admirada por aqueles que também acompanharam suas tragédias pessoais em Private Practice. Quem assistiu o spin-off de Grey’s jamais esquece: o vício implacável, o noivo morto por uma overdose enquanto ela dormia tranquila a seu lado, e a breve vida de seu bebê anencéfalo. Trazê-las para a sua nova realidade em Seattle foi fundamental não só para que ela pudesse cativar e criar enorme empatia com um público que ainda não a conhecia, mas também porque estas tragédias são parte essencial de quem ela é, da pessoa em que se transformou, e contam a que ela veio.

A exemplo do que aconteceu com Arizona e a própria Herman, a cirurgia pioneira também serviu para humanizá-la, mas ainda foi além: revelando-se vulnerável ao sentir o peso de sua responsabilidade, Amelia distanciou-se de seu irmão arrogante. Ao se mostrar humana, e portanto, passível de falhas, foi humilde e encontrou o equilíbrio necessário na linha tênue entre a autoconfiança e a prepotência. Quando tudo parecia dar errado naquela sala de operações e uma decisão precisava ser tomada, torci para não recorrerem à Derek, justamente porque aquela era a hora da virada para Amelia. Era como se todo o seu sucesso profissional dependesse do desfecho daquela cirurgia. E, assim como Herman, Amy também enxergou o lado positivo do resultado alcançado, ensinando uma inconformada Stephanie a fazer o mesmo: o tumor – aquele “bebê” gordo e ousado – havia sido derrotado, afinal.

Como se não bastasse tudo isso, Amelia ainda conseguiu tirar Owen de seu ostracismo. Desde a partida de Cristina, Owen andava meio perdido, meio apagado, sem muita importância, e o momento era crucial para o personagem. Assim como Meredith, ele também precisava provar para si mesmo – e para todos nós – que existe vida sem Yang. E Amelia foi fundamental neste processo. Não foi difícil começar a shippar o casal, já que ambos tem muito em comum, e torço para que Amelia perceba o quanto Owen lhe faz bem, e está sempre presente nos seus momentos mais difíceis.

Caterina Scorsone é uma grande atriz, e eu fico muito feliz de vê-la como regular em Grey’s Anatomy. Amelia ainda tem muito potencial inexplorado, e, com a morte inesperada de Derek – já chegaremos lá, prometo! –, o roteiro premiou-a com cenas maravilhosas, carregadas de emoção, e ela nunca decepcionou. Se, como reza a lenda, Grey’s ainda tem vida longa, estejam certos disso: o futuro da série passa pelas talentosas mãos de Caterina e sua Amelia.

Kepner

A vida também não foi nada gentil com Kepner e Avery nesta temporada. O arco do bebê do casal, acometido por uma doença grave e fatal, partiu até mesmo o mais peludo dos corações… E, mais uma vez, o roteiro foi certeiro ao substituir o chatíssimo conflito religioso interno que costumava atormentar a personagem por uma reação absolutamente comovente, autêntica, e o mais importante: livre de culpa. A tristeza e o luto pelo filho ainda nem nascido foram trabalhados com extremo bom gosto e na medida certa, sem as histerias ou exageros típicos da personagem de Sarah Drew até aqui. O sofrimento trouxe profundas transformações para ela, e, embora eu veja razão e respeite a decisão de Avery, gostei demais de ver esta nova April: independente, determinada, dona das rédeas de sua própria vida. Não lembra em nada a menininha ingênua e assustada que conhecemos há algumas temporadas, e isso é sensacional.

Mer

“He’s very dreamy, but he’s not the sun. You are.” – Yang

Quem diria que aquelas últimas palavras de Cristina Yang seriam tão… proféticas? De muitas maneiras, o décimo primeiro ano de Grey’s Anatomy foi sobre a redescoberta de Meredith. Pouco a pouco, ela aprendeu que existe vida sem Cristina e Derek, e que sim, ela é capaz de viver perfeitamente bem sem eles.

“Dark and twisty” Meredith foi deixada para trás de uma vez por todas, num passado distante, para se transformar, enfim, na melhor versão de si mesma. Madura, serena, segura, Meredith desabrochou em uma boa profissional, mãe e esposa, e desta vez não esmoreceu diante de sua própria luz. Afinal, ela é o sol.

E então… BOOM!

McDreamy está morto.

E foi uma morte quase anunciada. Os indícios estavam ali, para quem quisesse ver. Episódio após episódio, o roteiro se esforçou em nos mostrar claros sinais de desgaste do personagem. McDreamy saiu de cena para dar lugar àquele Derek arrogante, egoísta e chato, perdendo função ao ponto de se tornar um personagem avulso, aleatório, e… dispensável. A chegada de Amelia era um prenúncio. O casamento com Meredith não ia bem e foi relegado à segundo plano, especialmente quando Derek escolheu ir para Washington, afinal. Lá, quase caiu em tentação, e percebeu seu grande amor por Meredith, Zola e Bailey. E, como num passe de mágica, lá estava McDreamy novamente, voltando para casa e para os braços de sua esposa, cheio de novos planos e sonhos que nunca seriam realizados.

Derek

Mas nós estávamos em negação, não estávamos?

Foi como levar uma facada nas costas ou um belo soco na boca do estômago: cruel e desnecessário. E eu faço parte daquela gigantesca parcela do fandom que odiou cada segundo de How to Save a Life. Um roteiro porco, cheio de buracos e inconsistências, uma saída preguiçosa, e um personagem muito querido nos dando um melancólico adeus da maneira mais escrota possível. E mesmo assim, não deixei de me emocionar (e me odiei um pouquinho por isso). O neurocirurgião invencível, portador de um inabalável complexo de Deus, teve morte cerebral. Como não admirar – e desprezar – essa ironia cruel? Derek estava ali, indefeso, nas mãos de uma equipe médica absurdamente incompetente, consciente de sua morte iminente. Narrou-a, quase sereno, como o herói que havia salvado a vida de quatro pessoas apenas momentos antes.

“Derek. It’s okay. You go. We’ll be fine.” – Meredith.


A despedida foi devastadora.

“… if I lay here
if I just lay here
would you lie with me
and just forget the world?”
“Chasing Cars”, Snow Patrol.

Reza a lenda que coisas ruins acontecem com boas pessoas, e a própria Ellen Pompeo se apressou a dizer que “hey, tragédias acontecem na vida real”, mas… Todas elas precisam mesmo acontecer com a MESMA pessoa?

Em dez anos, Meredith Grey perdeu pai, mãe, irmã, madrasta, e viu seus melhores amigos, um a um, partirem: O’Malley morreu, Izzie sumiu, Yang foi embora. Quase morreu afogada, quase explodiu pelos ares e sobreviveu a um acidente de avião. Pois a showrunner-que-não-deve-ser-nomeada, não satisfeita, achou uma boa ideia acrescentar a este impressionante currículo também o status de viúva.

Shonda Rhimes conseguiu um feito que acredito ser inédito: banalizar a morte. E o fez, vale lembrar, em uma série essencialmente médica. Um ator quer sair do elenco? Vai morrer. Brigou com alguém? Vai morrer. Falou o que não devia? Vai morrer. Chegou atrasado? Vai morrer. E às vezes vai morrer também por razão nenhuma, só porque sim, porque ela pode. Shonda Rhimes pertence à Criminal Minds, mas cá estamos, presos a ela nesta grande insanidade chamada Grey-Sloan Memorial Hospital, onde a morte deixou de ser impactante já há alguns defuntos.

Para mim, a lição que ficou foi: não existe felicidade possível para Meredith. Ela está condenada à uma vida cheia de tragédias, lágrimas, traumas, e a ameaça constante do fantasma do Alzheimer de sua mãe. Diante das circunstâncias, fiquei desesperançosa quanto ao futuro dela – e da série. Por um momento ou dois, estava certa de que veríamos Meredith regredir e voltar a ser “dark and twisty”, sofrimento este que eu não seria capaz de testemunhar mais uma vez (e certamente não a última).

Eu não poderia estar mais errada. Ainda bem.

MerEllis

“I can see him in her.” – Meredith


E Meredith me surpreendeu. Depois de mais uma rasteira da vida, She’s Leaving Home acalentou um pouquinho nossos corações despedaçados ao nos mostrar que ela já não é mais aquela pessoa confusa, imatura e insegura que aprendemos a amar, apesar de tudo. Em meio à flashbacks que a comparavam com sua mãe fria e cruel, ela estava disposta a juntar todos os caquinhos de seu coração partido, sobretudo porque ela já não está mais sozinha. Zola, Bailey e agora a pequena Ellis precisam dela, especialmente agora, na ausência de Derek. Sim, eu também revirei os olhos e achei até ofensiva a escolha do nome da menina, mas foram a frieza e a rispidez daquela mãe que prepararam Meredith para o pior que a vida tem a oferecer. Assim, meio às avessas, Ellis Grey ensinou Meredith a não desistir jamais. Como bem sabemos, de medíocre ela não tem nada.

Um ano depois (ou quase isso), vimos Meredith voltar à Seattle, retornar ao hospital e retomar a sua vida. O que mais ela poderia fazer? Em uma cena belíssima e cheia de simbolismo, Mer se depara com o jaleco solitário de Derek ainda ali, no vestiário, pega sua touca e vai para a sala de cirurgia salvar mais uma vida. Vida que segue.

O lapso temporal, aliás, foi uma decisão muito acertada do roteiro, já que evitou episódios e mais episódios de um interminável luto. Todos tiveram seus momentos, tiveram que lidar com a ausência permanente de Derek – e a temporária de Meredith –, e todos evoluíram, seguiram em frente… em um único episódio. E, em uma temporada em que Torres foi bastante ofuscada, foi ela quem mais me emocionou ao relembrar do colega e amigo morto.

Ao terminar de assistir a season finale, com lágrimas nos olhos, tive que dar o braço a torcer: Shonda sabe exatamente o que está fazendo e para onde pretende levar a série. Esta reta final foi uma ode à superação, à resignação, e à certeza de que, não importa o quão difícil a vida seja, o sol vai nascer de novo amanhã.

Amelia

Com um caso emocionante como pano de fundo, pudemos constatar a transformação sofrida por cada um dos personagens nessa jornada. Amelia, enfim, conseguiu encontrar paz na morte de Derek ao ouvir aquela mensagem (obrigada, Mer). Ele estava feliz, e fazia planos para o futuro em um lindo dia a bordo daquele ferry-boat. Uma vida incompleta, deixada pela metade talvez, mas ainda assim, uma vida feliz. Amelia não poderia ter feito nada para salvar o irmão, e terá de conviver com o fato de que não teve a chance de lhe dizer adeus, mas ela não poderia ressentir Meredith para sempre. Elas precisam uma da outra. No fim das contas, uma amizade sólida parece ter surgido ali: Meredith, Amelia e Maggie – as três “irmãs”, alicerces para a sobrevivência de Grey’s Anatomy daqui pra frente. Mágoas superadas, Mer constatou o óbvio:

“You should always come talk to me… because whatever it is, chances are I’ve seen worse, and I’m qualified to tell you how you’ll survive.” – Meredith


Afinal, como todo cirurgião sabe bem, tudo o que está quebrado pode ser consertado; o que está ferido pode ser curado. O sol vai nascer amanhã. E ninguém sabe disso melhor que Meredith.

Foi uma bela temporada.

Vamos dançar?

PS: por um décimo segundo ano com mais Bailey, Callie e Karev, por favor!

** In loving memory of Derek Christopher Shepherd (1966-2015)**

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  1. Gabi Assmann - 25/05/2015

    Que texto lindo, Gabi. Eu que nem assisto Grey’s me emocionei.

  2. Gabi Guimarães - 25/05/2015

    Aaawn, Gabi! Muito obrigada! Means a lot. <3
    Acho que foi o texto mais difícil que já escrevi aqui pro TS.

  3. Paulo Serpa Antunes - 26/05/2015

    A minha visão mais uma vez é diferente da tua Gabi. Um belo final de temporada não conserta tudo e acho que as coisas não estão bem.

    A primeira constatação é que o elenco perdeu muita qualidade nos últimos anos. Quem entra não substitui quem sai, como você mesmo observou com a chegada de Maggie. Eu particularmente acho a Caterina Scorsone uma atriz muito ruim, que não dá conta da cena mais simples. A Amelia não tem química nenhuma com o Owen e as cenas em que ela precisa mostrar fragilidade são decepcionantes.

    Mas um final com esperança, no fim, é só o que precisa pra nos fazer acreditar. Vou seguir para a 12a temporada. Mas não consigo ver que limonada será feita com estes limões: Kepner saindo da série separando do Avery? Um interno bonitão pegando todas as médicas? Bailey virando chefe (a Bailey da primeira temporada poderia ser chefe um dia, mas não sei a Bailey insegura, com TOC, que parou de operar para fazer pesquisa poderia)? Owen e Amelia como o par romântico da série? Meredith se apaixonando de novo, com 3 filhos pra criar?

  4. Gabi Guimarães - 26/05/2015

    Aí que tá: Eu realmente não achei que só o final foi bom… Gostei bastante da temporada como um todo. Claro, a morte do McDreamy deu um belo chacoalhão nas coisas (e não no bom sentido!), mas gostei bastante dos episódios que se seguiram e pra onde a Shonda parece querer levar a série daqui pra frente… O desgaste é natural, claro. Grey’s já está com o prazo de validade vencido há algum tempo, teve temporadas muito irregulares que testaram a nossa paciência, mas depois da saída de Yang (e de tantas perdas importantes no elenco), não achava que os roteiristas seriam capazes de apresentar uma temporada tão boa…
    Em uma coisa concordamos, though: esses novos internos. Pq eles tem sempre que ser retardados? Me assusta a ideia de um residente recém-formado não saber que não se deve retirar o colar cervical de uma paciente com uma lesão daquelas. Eu nunca estudei Medicina na vida, e sei disso. Entra ano, sai ano, e sempre me falta paciência para acompanhar essas novas turmas de gente incrivelmente tapada (não importa quão bonitões eles sejam)! Prova disso é que o roteiro não consegue nem trabalhar direito com os internos que já tem (Stephanie e Jo, estou olhando pra vcs)!
    Tb concordamos em relação à Bailey. Assim como a Kalinda em TGW, ela é a sombra do que foi um dia. Lembra quando a chamavam de Nazi? Era maravilhoso. Tb tenho minhas dúvidas sobre ela ser a nova chefe… Mas ainda torço muito por ela.
    Jura que vc acha a Caterina tão ruinzinha assim? Eu gosto tanto dela! Não sei se é por causa do meu amor à Amelia desde os tempos de PP, mas ela sempre consegue me emocionar, e eu fiquei bem feliz quando a trouxeram pra Grey’s… Gosto dela com o Owen, acho que eles tem muito em comum (até pq, se não por outro motivo, ele precisava superar a partida da Yang).
    Não faço ideia do que vai acontecer nesse 12º ano, mas sei que essa temporada foi boa o suficiente pra ainda me manter fiel ao show. We’ll see… Com a Shonda no comando, não ficaria surpresa se as próximas vítimas fatais fossem a Zola, o Bailey e a pequena Ellis… hahaha

  5. Thiago FLS - 28/05/2015

    Eu acho que quem ficou puto com a morte de Derek não deveria direcionar sua raiva a Patrick Dempsey ou Shonda Rhimes, e sim ao presidente da ABC, que está estendendo Grey’s Anatomy muito além do que deveria graças à sua incapacidade de cultivar sucessos novos que possam tomar o lugar dessa série na grade.

    Vou continuar acompanhando porque, mesmo com seu inegável desgaste, ainda acho Grey’s mais bem escrita e assistível do que uns 95% do que passa na TV aberta americana, mas vou achar bem merecido se a indignação dos espectadores finalmente derrubar a audiência o bastante para a ABC fazer o que devia ter feito uns 2 ou 3 anos atrás.

    E mais do que a saída da maior parte do elenco original, a maior prova de que Grey’s já deu o que tinha que dar é que não sobrou quase nenhum casamento para os roteiristas destruírem por falta de ideias na próxima temporada.

  6. Gabi Guimarães - 08/06/2015

    Oi Thiago!
    Verdade, é inegável que Grey’s já está com seu prazo de validade vencido há algum tempo, e eu acredito que a morte do Derek será capaz de derrubar em parte a audiência da série. Mas, como vc falou, eu tb ainda estarei ali, firme e forte para acompanhar o décimo segundo ano e ver o que Shonda Rhimes tem em mente para a vida de Meredith daqui pra frente. A esta altura do campeonato, eu me importo demais com ela pra simplesmente desistir e não saber o que será dela daqui pra frente. haha
    Obrigada pelo comentário! 🙂

  7. Viviann - 29/05/2015

    que amor de análise! Meus honestissimos parabéns

  8. Gabi Guimarães - 07/06/2015

    Muito obrigada, Viviann!
    Fico feliz que tenha gostado! 🙂

  9. Mariela Assmann - 01/06/2015

    Eu não conseguiria escrever um texto mais lindo. Tu é diva, Lôra <3

  10. Gabi Guimarães - 07/06/2015

    Awn, Mari. <3
    Tu não existe mesmo. 🙂
    Obrigada! Fico super feliz de vc ter gostado do meu texto!

  11. Tivri - 02/06/2015

    Que texto!!! vocÊ brilhou muito!!!!
    traduziu em longas linhas o que muita gente pensou sobre esta season.
    / longa vida (ou n) a GA!

  12. Gabi Guimarães - 07/06/2015

    Muito obrigada, Tivri!
    Fico feliz que tenha gostado da review! Difícil expressar o que foi essa temporada, né?
    Vamos ver o que nos aguarda no décimo segundo ano de Grey’s! 🙂

  13. Gisele Santos - 09/06/2015

    Você disse exatamente aquilo que achei da série. Parecia que era eu escrevendo….haahahahha
    A morte de Derek me pegou, chorei demais, demais mesmo! Mas depois do luto as coisas foram clareando e sim, vi uma luz no fim do túnel. Gostei do final, achei bom e torço para que nesse próximo ano muitas coisas boas aconteçam, e ruins tb, afinal é GA….hahahah

  14. Déa - 10/06/2015

    Oi Gabi, realmente vc escreve muito bem! Ótimo texto! Morri de raiva da forma que Derek morreu, pela incompetência e descaso dos seus pares! Mas ao mesmo tempo sofri com ele durante toda a narrativa do seu atendimento – mesmo sabendo que ele iria morrer torcia por um revés! Mas também vi ali uma crítica da autora ao sistema de saúde deles… Parece que não é só aqui que as coisas não funcionam como deveriam! Por fim, não acreditei que a Meridth não chamou a cunhada para examinar ou pelo menos se despedir do irmão! Muito insensível da parte dela! Achei uma falha da autora, pois por mais egoísta que a Meridth seja quem realmente faria isso? Enfim, já fui viciada na série, já deixei de assistir e voltei a acompanhar … Veremos como será a próxima temporada!!! Ah! No último episódio tb pensei muito na Bailey do começo!!!

  15. olivia teodoro - 12/11/2015

    Lindo texto… Perfeito e emocionante

  16. Angelica - 29/07/2016

    Belíssima análise! Concordo q a série esta desgastada, mas eu particularmente, não quero q acabe, mesmo ficando desolada com cada morte, em especial as de Lexie e Derek e a saída da Yanga( por falar nisso, achei um absurdo Cristina não voltar para estar com Meredith em um dos momentos mais difíceis da vida da personagem, a morte de Derek). Não consigo entender pq a Shonda mata tantos personagens, foi crueldade ter tirado Lexie e Derek, mas mesmo assim, não consigo me desligar da série, esperemos a décima terceira…

  17. Ana Carolina - 01/01/2017

    Procurei por um post igual a esse em outros lugares. Só achei aqui o que realmente representa o que eu sinto e concordo,
    Tudo sobre Mer e Derek que foram ditas são coisas lindas e verdadeiras. Amo esse casal e apesar da falta que McDreamy vai fazer, Mer é uma guerreira e eu amo ver isso nela, e porque foi ele que, principalmente, ajudou ela a amadurecer para a vida e aguentar tudo isso, fazendo com que a gente aguente tudo com ela também!
    Amo Grey’s e amei seu post. ????????

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