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Elementary – You Do It to Yourself
10/12/2012, 11:25. Gabriela Pagano
Reviews
Elementary
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“Não há nada mais perigoso à minha saúde do que o tédio”, foi essa uma das primeiras frases que Sherlock Holmes, gripado (sim, até os gênios ficam gripados, essa banalidade…), disse no episódio de quinta-feira, 6 de dezembro. E tédio, definitivamente, não foi o que sentimos ao assistir a mais esse capítulo de Elementary.
No episódio, tínhamos não apenas um, mas dois casos para resolver. “Tínhamos” porque, espectador que é espectador, se envolve e desvenda tudo junto com a série. Pois bem. A NYPD precisava da ajuda de Holmes para investigar a morte de um homem que levou um tiro em cada um dos olhos. Já Watson queria descobrir se seu ex (ex-exatamente-o-quê, a gente ainda não sabia), tinha mesmo tido uma recaída, cometido um crime e ido parar na cadeia.
Mas vamos pela ordem de importância. Holmes, sorry. No caso do detetive, o homem levou dois tiros nos olhos e tudo o que sabiam era que ele tinha aproximadamente 50 anos. O homem estava sem identidade, não tinha nenhum cartão de identificação, nada. Bastou uma “olhadela” – olhos pesados de um resfriados, devo ressaltar -, para que Holmes descobrisse qual era a profissão da vítima – professor universitário -, o nome do sujeito – Trent Annunzio – e exatamente em que universidade trabalhava – Garrison.
Depois, em visita ao escritório dele, em questão de segundos, o detetive descobriu que o homem era viciado em jogos chineses, que esteve em um na noite passada, era obcecado pelo número “13”, falava mandarim fluentemente, usava supersticiosamente uma cueca de cetim vermelha, cheirava a cigarro (mas tinha dentes brancos como o de um não-fumante), entre muitas outras coisas. Enfim, em fração de segundos, uma enxurrada de informações foram jogadas a nós, meros mortais e espectadores.
Quem não assiste a série com frequência pode pensar “Uau, esse Holmes é mesmo inteligente!”. Não acho. Não, não… Não estou dizendo que ele seja burro, claro que não. Não ousaria dizer uma blasfêmia desse tamanho. Só que, algumas vezes, o Holmes chega à conclusões tão inusitadas, através de situações mais inusitadas ainda – para não dizer convenientes -, que parece que os próprios roteiristas da série usam esse monte de informação para convencer a si mesmos de que tudo não é absurdo, que todo esse conhecimento por parte do Holmes não chega a ser descabido. Pfvr. Simplicidade e criatividade, na próxima vez. Até mesmo Sherlock Holmes precisa refletir, pensar e DESCOBRIR, algumas vezes. Continuemos.
Depois, eles desconfiam da mulher de Trent e do amante dela – que era o professor assistente da vítima. Os dois tinham um caso, a mulher era imigrante e foi levada para os Estados Unidos pelo professor, dizendo que se casaria com ela. Pura enganação. Ele era sádico e obrigava a mulher, que nem era sua esposa diante da lei, a fazer coisas sórdidas na cama. O assistente, que era desprezado pelo professor, descobriu, se apaixonou pela moça e decidiram que se casariam em uma hora estratégica, assim, ela não seria deportada do país e encontraria o amor nos braços do jovem. Muito lindo, muito clichê, mas vou dizer que comoveu. Ounti!
No final das contas, Trent tinha descoberto uma espécie de câncer nos olhos e tudo o que lhe restava era sofrer com fortes dores até a inevitável morte chegar. Por isso, ele mesmo encomendou o próprio assassinato, mas se certificou de que todos os indícios levariam as suspeitas até nosso novo casal fofinho. Achei bem bacana o enredo, porque, se tivesse sido uma morte planejada pelo amante e a mulher, que queriam ficar juntos, seria muito óbvio e sem graça. A alternativa que os roteiristas encontraram comoveu, envolveu e convenceu. O casal, além de apaixonado, é todo certinho. Que sejam felizes para sempre…
Elementar, minha cara Watson
Agora, prossigamos ao caso da Watson, que é super auto-suficiente na história e sempre está resolvendo algo sozinha. Enquanto ela e Holmes estavam na NYPD, o celular da ex-médica tocou e ela disse que precisava ir até um antigo paciente. O homem estava preso, teve recaída e era acusado de ter se envolvido em um acidente de carro e fugir. À Watson, ele disse que estava de ressaca e apagou, não se lembrando do acontecimento.
Watson reage muito mal e diz que ele precisa pagar pelos atos. Ela já havia dormido com ele. Aí, é inevitável não concluir, “Hum, então Watson é brasa coberta? Ela se envolve com seus clientes?”. Nesse momento, pensei em como os entusiastas de “Watson s2 Sherlock” deveriam estar felizes assistindo à cena. Mas, não. Ele era apenas ex-namorado dela, não paciente.
E de maneira muito simplista e quase nada envolvente, Holmes ajudou Watson a resolver o caso: o ex dela não havia cometido o crime, o carro foi roubado por um jovem que se envolveu no acidente.
Espera sentada
Aos fãs do casal protagonista, sinto dizer. Mesmo quando Holmes desconfiou que Watson tinha “algo mais” com o presidiário, ele não demonstrou nenhum ciúmes – e olha que ele estava mais frágil devido ao resfriado. Não acho que os produtores da série irão trabalhar em um romance entre os dois em breve, embora eu torça por isso. O Holmes anda tão bonitinho, tão “gracinha”, que seria gostoso vê-lo apaixonado. Mas não estou dizendo para que nós, torcedores do casal, esperemos sentados, ainda que eu ache uma boa ideia.
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É que Watson disse ao homem (e ex-amor) que conhecia uma amiga que trabalhava em uma clínica de reabilitação e ele se propôs a ir lá. Ela esperou, esperou… E nada. Até Holmes apareceu para fazer companhia… E nada. Mas achei fofinha essa cena final, os dois protagonistas sentados no banco, Holmes oferecendo o ombro amigo. Ali, fiquei em dúvida qual era o sentimento que se fazia presente, amor ou amizade. E quer saber? Acho que foi a mais linda demonstração de amizade mesmo, por parte desse Holmes que dá vontade de pegar no colo e cuidar. Melhoras, meu caro detetive!
Sabido
Separei algumas coisas que Holmes sabe a respeito de si mesmo e do universo que seriam muito úteis no mundo real:
– Sem termômetro, ele sabe que sua temperatura diminuiu apenas um grau desde a última vez que Watson verificou;
– Como minha mãe diz “Enquanto você está com a farinha na mão, eu já fiz o bolo”. Holmes está sempre um passo a frente do detive Marcus Bell (Jon Michael Hill), da NYPD, que só sabe anotar tudo o que Holmes vai dizendo. Se derem um pedaço de bolo não mão dele, ele não sabe adivinhar um ingrediente secreto que seja.
– As universidades americanas são tão lindas! Sinto depressão quando lembro do campus da universidade em que estudei. O mundo seria melhor se eu fizesse um intercâmbio lá, era isso que queria dizer.
– Holmes é viciado em café. Em séries policiais, copos da bebida (do Starbucks ou não) são carregados pelos corredores da delegacia o tempo todo. Mas, em Elementary, o litro de café está mais disputado. Holmes é completamente viciado, acho lindo! Também adorei que, por causa da gripe, a Watson trocou o café dele por chá (muito coisa da minha mãe fazer isso! humpf) e ele disse: Não, eu sou britânico, e isso não é chá! Ops, elementar!
Coisa mais estranha no episódio
Quando foram na casa da “esposa” da vítima, deram detalhes – isso mesmo, detalhes – sobre a execução do homem e acusaram a mulher de ter cometido o crime em frente à filhinha dela, que deve ter uns 3 anos. Já ouvi falar que os americanos – e também os britânicos, no caso – são seres bem frios, mas isso já é um pouco demais, não?
Coisa mais fofa
A coisa mais fofa foi essa carinha do Sherlock Holmes, quase a mesma expressão de “cachorrinho na chuva” que a Regina Duarte costuma fazer. De partir o coração!
Balanço final
Foi um episódio decente, agradável, até inteligente. A série vem mantendo o bom nível, apesar de uma falha ou outra de roteiro. Jonny Lee Miller está muito bem como esse Sherlock mais humano, que se comove com os dramas alheios e até fica doente, tadinho! Elementary ganha pontos aí, nesse carisma, na maneira como cativa. A gente não só aplaude a conhecida genialidade do detetive… A gente se envolve, quer dar um abraço nele! Alguém já sentiu isso em relação ao Benedict (de Sherlock, da BBC)? Eu não. Mas amo os dois. Fim.
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Gostei dos dois casos da semana, mas pra mim o mais importante sempre vai ser a relação deles. Acho tão legal que estamos acompanhando como eles se tornarão grandes parceiros e não já os conhecermos assim.
Outras duas coisas que adorei: o fato do Holmes não só tomar o chá da Watson, mas pedir que ela fizesse mais! Isso é uma evolução e tanto pra ele.
E a cena final. Acho que esse foi o sinal mais claro até agora do quanto ele se importa com a Watson. Gostei do detalhe de antes de ele entrar na clínica ele ficou naquela entro ou não entro! Mas decide ir em frente e apoiá-la, como qualquer amigo faria.
E concordo com vc Gabriela, o JLM faz umas caras que meu Deus, dá vontade de pegar no colo mesmo!
Oi, Kika! Senti a mesma coisa em relação ao chá, quando ele pediu mais uma xícara. Pensei no quanto esse detetive é sensível e fofinho. Porque, quando se fala em Sherlock Holmes, a gente pensa em um ser arrogante, que nunca dá o braço a torcer. Fiquei super surpresa – e feliz – com a atitude dele! Mesmo que Holmes e Watson não fiquem juntos, essa amizade já está deliciosa 🙂