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Elementary – The Long Fuse
02/12/2012, 16:32. Gabriela Pagano
Reviews
Elementary
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“Não me enganei nos meus cálculos. Com o auxílio de um pé-de-cabra, retirei facilmente os tijolos e, depois de colocar cuidadosamente o corpo de encontro à parede interior, mantive-o naquela posição ao mesmo tempo que, com um certo trabalho, devolvia à toda a estrutura o seu aspecto primitivo.”
Essas palavras são de Edgar Allan Poe, escritor americano de suspense que ficou famoso só depois de morrer, em seu conto mais conhecido, O Gato Preto. Mas as mesmas linhas poderiam, facilmente, terem sido escritas no roteiro de Elementary na última quinta-feira. Já explico o porquê…
A diva Lisa Edelstein (a namorada do Dr. House) apareceu na história como a dona de uma agência de Relações Públicas, onde implantaram uma bomba-relógio que deveria ter explodido quatro anos atrás. Sherlock investiga o caso e suspeita de um funcionário desaparecido desde aquela data. Mas, na verdade, foi a personagem de Edelstein mesma quem armou a bomba no sistema de ventilação e foi ela também quem matou o funcionário. Os restos mortais, ela colocou na parede da casa dele, enquanto a esposa viajava. Um verdadeiro conto de Edgar Allan Poe. Sim, comecei a review contando o final da história, porque, como diria Johnny Depp no filme A Janela Secreta, inspirado no livro de Stephen King, outro gênio do suspense, “É a parte mais importante da história… O final. E esse aqui é muito bom. Esse aqui é perfeito.” Dito e feito.
Melhor episódio
Para mim, esse oitavo episódio, chamado The Long Fuse, foi o melhor de todos até agora. Conforme Elementary vai avançando, os crimes vão ficando mais complexos e inteligentes. Holmes fica mais maduro. Ele não parece mais uma criança mimada fazendo birra e sendo mal educada com todos os adultos ao redor. Agora, ele é genuinamente irônico, inteligente e irreverente. Uma delícia de assistir!
Deliciosa também se tornou a relação de Sherlock com a Watson. Nesse capítulo, a ex-cirurgiã estava tentando encontrar um novo “padrinho” para o detetive, alguém que cuidasse dele para toda a vida, já que ela deixaria seu paciente mais excêntrico em breve. É claro que Sherlock reprovou todos os candidatos e ficou evidente que o coração do detetive – que não é tão de pedra como ele faz parecer – vai ficar partido se Watson o deixar para trás. Não sou entusiasta de uma relação amorosa dos dois, mas encararia com bom humor caso acontecesse. E acho que, depois desse episódio, ficou mais do que provado que os dois têm química!
Mas, voltando ao caso de polícia, achei ele todo bastante inteligente. Boas sacadas eram jogadas ao espectador o tempo inteiro. Primeiro, a bomba explode na sede de uma empresa de Web Design. Sherlock investiga os vestígios do explosivo e percebe que o material utilizado foi feito em 2008. Portanto, a bomba estava lá há quatro anos, quando, no lugar, funcionava a agência de RP. Quem eram os inimigos da empresa? Holmes vai até Edelstein, “a pobre donzela em perigo”. Analisando o corpo de funcionários da organização, ele encontra um potencial suspeito, desaparecido e jamais encontrado desde 2008. O detive vai à casa dele e, na sala de visitas, durante uma conversa com a “viúva”, percebe que os quadros na parede estão alguns centímetros fora do lugar comparados ao mesmo mural ilustrado em fotos antigas. Se Edgar Allan Poe começou sua história se certificando, “Não me enganei nos meus cálculos”, o mesmo a gente não pode dizer sobre a vilã desse capítulo!
Depois, através de uma foto no site da empresa, Holmes percebeu que a mesa do ex-suspeito (e atual morto da parede) ficava bem em frente ao sistema de ventilação em que os explosivos foram colocados, sendo ele o verdadeiro alvo. Esses mínimos detalhes são o que deixam a história tão envolvente. Uma história de detetive não precisa convencer com fatos mirabolantes, épicos. São os detalhes o grande charme do enredo! E os roteiristas de Elementary estão ficando craques nisso! 😉
Outro detalhe encantou. Havia uma chave no bolso do funcionário assassinado, uma chave de carro, despretensiosa. Claro que não. Uma chave do cofre de banco. Lá, um VHS estava guardado e não era apenas o de um filme ruim. Holmes, o único cidadão da moderna Nova Iorque a ter video-cassete, logo assistiu às fitas de vídeo, que deram o veredicto final: a personagem de Edelstein era uma ex-prostituta que estava sendo chantageada pelo funcionário, para quem “prestou serviços” no passado. Como, por um erro de tecnologia, a bomba não explodiu no tempo programado, ela mesma atirou no homem.
Anos depois, por ironia do destino e uma infeliz casualidade, o equipamento funcionou e matou dois jovens designers. Triplo homicídio, Edelstein. A personagem dela se chamava Heather Vanowen, aliás, mas gosto tanto da sonoridade do sobrenome da atriz, que seguirei com ele.
Para terminar, o “padrinho” que Sherlock havia escolhido – um ex-ladrão de carros, interpretado por Ato Essandoh, de Copper – bateu à porta do detetive (que já tinha tentado se livrar dele) e fez uma proposta tentadora: reabilitado, ele testa a segurança de automóveis, para ver se não poderão ser arrombados. Ele queria a “ajudinha de Sherlock com um modelo que ainda nem estava no mercado”. Ponto para a Watson, que foi quem planejou tudo.
Convidados
As participações especiais desse episódio deram um charme maior ainda. A Lisa é encantadora e super carismática, é sempre gostoso vê-la na tela e ela estava ótima na personagem, que já era ótima por si só. Essandoh estava irreconhecível se comparado ao médico que interpreta em Copper. Estava engraçadíssimo e convincente. Nessas horas, a gente percebe que tão importantes quanto os protagonistas são, também, os atores convidados.
Momentos mais engraçados
O episódio já começou com Holmes em frentes às suas várias TVs – nunca consegui contar quantas – fazendo um jogo de memória e imitando algumas das falas vindas dos televisores. A cara de paisagem da Watson, nessas condições, merece um pause para risadas.
Paisagem, também, foi a cara que a Watson foi obrigada a fazer quando foi apresentada como “minha consultora e empregada doméstica” por Sherlock Holmes aos diretores da empresa de RP. Ele ainda fez um gesto com a mão, como quem diz “Nobody”. Esse humor ácido e debochado é convidativo para as próximas histórias, porque, se na menor das hipóteses, o caso de polícia for ruim, dá para, pelo menos, encarar como série de humor.
E, minha cara Watson, nem pensar em abandonar nosso estimado detetive, hein?! Ele vai ficar de péssimo humor…
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Antes de encerrar, posso ser paradoxa e dizer que amo a abertura do seriado? Parece Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, em que uma coisa vai derrubando a outra, como um efeito dominó. Gostinho de infância!
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Amo essa série! Minha estréia preferida no ano de 2012.
É muito interessante mesmo! Não esperava muito dessa série e foi uma ótima surpresa =))
Adorei seus comentários sobre o ep! Concordo plenamente qdo disse que os convidados são importantes (The Good Wife que o diga, rs). AMEI rever a Lisa Edelstein. Esse ep tb foi bom pra eu começar a gostar de Watson! Acho que a série começou de verdade!