Elementary – Snow Angels

Data/Hora 08/04/2013, 09:39. Autor
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O décimo nono (já?) episódio de Elementary teve um clima meio apocalíptico. Snow Angels, como o capítulo sugestivamente se chamava, apresentou uma Nova Iorque em duas condições catastróficas: uma nevasca que chegava à cidade, que obrigava todos os cidadãos a ficarem em casa, e um apagão de energia.

E em meio ao “apocalipse”, uma quadrilha se aproveitou para cometer um assalto muitíssimo bem planejado, que desafiou o detetive mais mal humorado da telinha, Sherlock Holmes (Jonny Lee Miller), e sua eterna conserta-grosseria, Dra. Watson (Lucy Liu). Em casa, eles não poderiam ficar, já que, como explicou Holmes, eles não são cidadãos, são detetives (achei a constatação genial e verdadeira!). E nós somos espectadores, então, fomos obrigados a pegar o casaco e nos aventurarmos na missão com eles, uma verdadeira fria, como diria minha avó… E eu digo isso em alguns aspectos!

Nesse episódio, o crime todo foi complexo, cheio de reviravoltas, que por vezes, nem prenderam minha atenção. Vez ou outra, me peguei prestando atenção em outra coisa, senão os detalhes que o Sherlock dava sobre o planejamento do assalto. O crime, na verdade, se apegou a uma única técnica: a do “parece, mas não é” ou popularmente conhecida como “engana-trouxa” (desculpa, Sherlock). Durante o tempo todo, a quadrilha levou a polícia a acreditar que fariam uma coisa, quando, na verdade, fariam outra. A menina que ajudou no assalto ao banco levou um tiro do vigia do local. Seu companheiro de crime, então, esfaqueou a ferida para que a polícia não desconfiasse de suas condições ao dar entrada no hospital.  Depois, Sherlock foi levado a acreditar que o dinheiro roubado de uma empresa – que não era o banco, como inicialmente parecia -, seria transportado em uma ambulância com destino determinado. Não era.

Quando Sherlock se deu conta do “jogo” que os criminosos estavam fazendo com a polícia, ele simulou toda a trajetória da quadrilha usando um mapa estendido no chão da sala e a tartaruga Clyde (personagem regular já, tratar com seu agente-veterinário) representando a ambulância.  Ele, assim, percebeu o que havia acontecido de fato – havia uma pessoa da quadrilha infiltrada no governo que foi desbloqueando as ruas impedidas pela nevasca e, dessa forma, abriu passagem para o carro que transportava o dinheiro, sem levantar qualquer suspeita.

Eles desconfiaram da personagem Denise Castor, uma representante do governo federal que estava no Departamento de Polícia auxiliando na gerência da situação caótica em que Nova Iorque se encontrava. Assim, armaram uma emboscada para ela, que foi pega tentando ajudar a Elle (a moça com tiro/esfaqueada) a escapar da sala de interrogatório. Depois disso, ela simplesmente entregou o restante da quadrilha e caso resolvido.

Ou seja, eles tentaram armar um crime tão complexo, cheio de reviravoltas, que das duas, uma: ou não tiveram tempo (entre os 43 minutos de episódio) ou não tiveram criatividade para desenvolver uma forma em que o próprio Holmes descobriria o paradeiro do dinheiro (já que a ambulância havia sido alarme fals0) e não a mulher contando tudo. Apesar da produção ter sido maior nesse episódio, com toda a nevasca e afins, achei esse caso desinteressante se comparado aos outros que a série apresentou. O Holmes também não estava tão engraçado. Acho que ele foi atingido pelo clima “lá fora” e também ficou frio.

A amiga aleatória

Paralelamente ao caso de polícia, uma amiga refinada (e de voz grave) do Holmes chegou para passar uns dias na casa dele e da Watson, enquanto curava a dor de cotovelo. Mas gente chique e estudada não tem dor de cotovelo, né? Como disse nosso ilustríssimo detetive, ela teve um “contratempo romântico”. Então, tá. Não entendi a participação da moça na série, não acrescentou em nada na história e poderiam ter utilizado o tempo gasto com ela para explorar mais o final do crime policial.

Mas o Holmes a contratou para fazer faxina todas as terças. Ou seja, pode ser que ela continue aparecendo na história e, aí sim, mostre a que veio. Vamos sentar e aguardar, galerinha.

Dear Pam

Se a “amiga” era aleatória, a Pam (Becky Ann Baker), a mulher que conduzia aqueles caminhões que “varrem” a neve da rua (não sei o nome), deu um show de carisma. Além de conduzir a Watson e o Holmes para todas as cenas investigativas que precisavam ir, ao final, ela entregou um cartão para a ex-médica, no caso de precisarem dos trabalhos dela em outro momento, pois ela amou a aventura. E a gente te amou, little Pam! Acho ótimo quando esses atores com papéis pequenos conseguem roubar a cena, cativar. Elenco é tuuudo! E, no fim das contas, precisaram dela mais cedo do que imaginávamos, já que ela se encarregou de levar a amiga do Holmes de volta para a casa.

Final do episódio

Lá estava o Holmes, pintando o chão e constituindo uma cena criminal fictícia para a Watson desvendar. Elementary respira arte – uns episódios mais do que outros. E existe coisa mais britânica e Sherlockista que isso?

Cenas sem importância, porém engraçadas

– 7 em cada 8 filmes ou séries começam com um guardinha assistindo ao noticiário (que sempre está falando da previsão do tempo, americano deve ser obcecado com isso).

– O Holmes acordou a Watson, jogou a roupa na cama dela e ordenou que ela se trocasse, pois precisavam sair. O que me fez pensar…. Ele escolheu a roupa dela?! Olha que ela é estilosa, hein?

– Holmes usa Instagram. Sem mais.

– O detetive reconheceu que o planejamento do crime pela quadrilha foi bastante engenhoso e disparou: se eles não tivessem cometido um assassinato em meio a isso, até os deixaria escapar, quase como um troféu pela perspicácia.

Cenas sem importância, porém intrigantes

– Algumas deduções sobre o crime, por parte do Sherlock, foram um tanto forçadas, quase obra da Mãe Diná. No momento em que ele e a Watson estavam observando a neve e ele concluiu que o dinheiro foi transportado de ambulância, foi a gota d’água. Pensei “Como assim, aí já é demais!”. Eis que, em seguida, a Watson constata a mesma coisa, dizendo algo como “sim, e o motorista era estrábico, tinha uma avó chamada Joana, etc., etc.”. Ele, então, explicou sua dedução, a lógica da conclusão, e eu aceitei o roteiro (como se isso importasse). Watson sempre sendo “a voz” das pessoas “normais” dentro da série!

– Voltemos à menina esfaqueada, só que não; levou um tiro. Mesmo com muitos pontos na barriga, ela ficou ali sentada (provavelmente por horas, no tempo fictício) prestando depoimento à Polícia. No Brasil, não funcionaria assim. Penso nas regalias que ela teria só por estar machucada. Será que nos Estados Unidos criminoso é criminoso e tem contas a acertar, fim de conversa, ou por ser ficção, fizeram a menina “sofrer” um pouco? Nem imagino…

É isso. Até a próxima! Espero que num clima mais ameno e charmoso, por favor.

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