Elementary – Possibility Two

Data/Hora 24/02/2013, 21:18. Autor
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Possibility Two foi um episódio diferente de todos os outros – o que, ultimamente, tem sido frequente em Elementary. As histórias têm variado bastante, englobando pessoas de áreas distintas a cada semana, com seus interesses e motivações peculiares. E isso funciona bem, porque, mais do que desvendar casos de polícia com o Holmes, a gente quer analisar o psicológico de cada suspeito. Elementary tem dado boas oportunidades nesse sentido.

No episódio da última quinta-feira, como sempre, duas coisas aconteciam paralelamente: uma envolvendo um crime a ser desvendado por Holmes e Watson e o outro em que a Watson trabalhava sozinha, já que ela sempre tem uma missão própria, das mais legais.

No caso de polícia, um homem riquíssimo, que tinha um tipo de demência hereditária, aborda Sherlock por acreditar que foi envenenado. Como ele não tinha casos anteriores da doença por que era afetado na família, ele estava convicto de que alguém alterou o DNA e implantou a mal em seu gene, pois queriam tirá-lo do poder. Holmes, a princípio, não aceita o caso, mas quando o homem mata o motorista e amigo, sem se lembrar, e suplica mais uma vez pela ajuda do “melhor detetive do mundo”, Sherlock percebe que nem tudo pode ser apenas delírio do “pobre” homem.

A partir daí, para decifrar o ocorrido, Holmes se aprofunda em biologia genética e uma sucessão de diálogos que eu, formada em Humanas, não estava apta a entender, se seguiu. Nada que me incomodasse. Sherlock Holmes é mesmo conhecido pelo enorme repertório nos mais diversos assuntos e por entender coisas que outros meros mortais não entenderiam. Portanto, Elementary estava sendo apenas como deveria ser, uma típica história sobre um detetive genial – e não sendo rasa, como é de costume, cheia de acontecimentos banais e deduções, por vezes, que até uma criança de 10 anos faria. Okay, exagerei, mas é mais ou menos assim.

Apesar de não entender “bulhufas” de como toda a mutação genética foi feita, etc, etc, eu adorei que tenham explorado isso. Achei diferente, não se tratava exatamente de um homicídio, como quase sempre a história aborda (apesar de alguns assassinatos terem ocorrido ao londo da trama, mas não eram a peça chave).

Já a Watson estava começando o treinamento como detetive e parecia uma estagiária do Holmes, que ficava testando a amiga a todo instante. No meio da cena do crime, quando estava prestes a concluir sua dedução, ele parava e dizia: diga você que é detetive, Watson. E ela, com aquela cara mais perdida do universo (que me deu até dó), tentava analisar a situação; às vezes, acertava, às vezes, não. Foi bem engraçado, apesar de eu ter ficado aflita e ansiosa por ela.

Já no sobrado que a Watson divide com Holmes, o detetive julgou que deveriam dividir as tarefas domésticas: ela seria responsável pela lavanderia e ele por limpar a geladeira. Acontece que a lavanderia em questão, a qual Sherlock fazia questão de que Watson frequentasse, era bem estranha, tinha donos estrangeiros e mal humorados e diversas câmeras de segurança. Watson percebeu que Holmes queria que ela descobrisse algo ali, mas quando chegou em casa e abordou o protagonista dessa forma, ele assegurou que não, que não existe uma investigação por trás de cada porta. Eu, naquele momento, me convenci com os argumentos do Sherlcok, mas a Watson, não. No final do episódio, ela percebeu que a empresa (a lavanderia) era de fachada para lavar dinheiro (que ironia, não?) e estava envolvida, inclusive, com tráfico de pessoas.

Quando chegou em casa para contar o feito ao Holmes, ele gritou para que ela fechasse a porta logo: sua abelha rara, presente dado pelo homem rico cujo DNA foi alterado, havia escapado do pote que a mantinha presa e ele precisava recuperá-la. E assim terminou o episódio, com o inseto especial sendo recapturado.

Por falar no homem rico, o nome do personagem era Gerald Lydon, e o ator que o interpretou, Dennis Boutsikaris, era muito bom. Pesquisei no IMDB e vi que ele tem uma extensa lista de participações em séries e filmes, mas não o reconheci de nenhum lugar. Elementary teve ótimas participações especiais em todo o episódio, o que garantiu que a trama – inovadora para a série – se sustentasse do começo ao fim.

Dessa vez, não exploram um (possível) romance da Watson com o Sherlock – o que não senti falta – e nem a vida pessoal de outro personagem. Não me incomodou, acredito que, embora seja legal conhecer um pouco mais sobre cada personagem, Elemenatary ainda é uma série sobre detetives, que se passa em cenas de crime. Vez ou outra, somos convidados a entrar na vida de um dos personagens principais e, por hora, está de bom tamanho!

p.s.: um dos nomes de disfarce usados na trama das mutações genéticas era Lincoln “alguma coisa” (sobrenome complicadíssimo). Será uma referência ao Oscar, que acontece na noite de hoje, e tem justamente Lincoln, de Steven Spielberg, entre as grandes promessas? Pode ser… Até porque, a nova série do famoso cineasta, Under the Dome, irá ao ar justamente pela CBS, canal que exibe Elementary. O que será que a Watson diria sobre isso? 🙂

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  1. biancavani - 26/02/2013

    Desde o começo gostei muito desta série, e cada vez mais estou gostando: os roteiristas têm caprichado em crimes cuja resolução vai transcorrendo em várias nuances, e nunca ela é óbvia. Por exemplo, neste episódio suspeitamos de todos, inclusive do namorado bonzinho, mas no fim até o motivo do crime era algo que nunca ns passaria pela cabeça. Muito bom mesmo.

  2. Gabriela Pagano - 28/02/2013

    Oi, Bianca! =] Nossa, eu fiquei torcendo pra não ser o namorado bonzinho, com aperto no coração mesmo haha Porque gostei dele. Mas também cheguei a desconfiar… E esse conflito interno que Elementary proporciona pra gente, é uma delícia, né?!

  3. biancavani - 01/03/2013

    Pois é, nós, fãs já “rodadas” de séries, logo desconfiamos da pessoa mais angelical do episódio, nunca dos suspeitos óbvios; e assim, muitas vezes acabamos descobrindo o assassino – não porque houvesse pistas que nos levassem a isso, mas simplesmente por voltar nossos olhos aos acima de qualquer suspeita. Entretanto, no caso de Elementary não está dando para fazer isso. Oba!

  4. Hugo Bruno - 27/02/2013

    Esse episódio foi muito bom. Mostrou como fazer as coisas, como brincar com o expectador e como surpreender.

    Fazer com que todos pensassem que a morte da Tash estivesse ligada com o “envenenamento” do velhinho foi bem interessante. Eu gostei particularmente do Sherlock respondendo a mensagem dela e dizendo pra Watson “Agora ela está pensando no que vai fazer” e tudo mais. Bem Shelock. XDD E mostrar toda essa faceta da genética e tudo mais foi muito legal. Não é a minha área, mas sempre gostei bastante dessa parte da biologia, e mesclando com química orgânica, e ainda mais pelos dois terem brincado com as moléculas e tudo mais e… e… *respira* só deixou o episódio mais proveitoso. XD

    E sim! Watson resolvendo o seu caso! Vibrei com ela descobrindo a verdade sobre a lavanderia, e mais ainda com o Sherlock brincando com ela por ter “demorado tanto”. Típico Sherlock. XDD

  5. Gabriela Pagano - 28/02/2013

    Essas frases irônicas do Sherlock, sempre “desmerecendo” a Watson (apesar dele ter muito afeito por ela), são um show à parte mesmo! =] Mas também amei o episódio, foi perfeito! Obrigada pelo comentário, Hugo!

  6. Destaques na TV – Quinta, 16/5 - 16/05/2013

    […] inéditos de Elementary. A série retorna, às 22h, com o episódio Possibility Two (1×17, leia a review) que gira em torno de um caso privado – Sherlock (Jonny Lee Miller) auxilia um rico […]

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