Elementary – Dirty Laundry

Data/Hora 06/01/2013, 14:41. Autor
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Elementary teve apenas duas semanas de hiato – para dar, aos fãs de Sherlock Holmes, tempo para as festividades do fim de ano – e retornou na semana passada às TVs americanas. Nem deu tempo de sentir saudade, mas o episódio da última quinta-feira nos recebeu de braços abertos, como quem sai para uma viagem de férias e volta com boas histórias para contar.

O que eu mais gostei foi a simplicidade do enredo. Não teve nada de mirabolante, muito sangue na tela ou um assassino frio e calculista. O corpo da vítima, dessa vez, foi encontrado na lavanderia de um hotel chique, toda limpinha e bonita. A resolução do caso também foi simplista. Sherlock não se apegou a outras teorias e outros potenciais culpados até chegar à história verdadeira. Sua primeira hipótese, praticamente, se revelou como certeira. Tanto que, quando apontaram os assassinos, pensei “Não é, vamos esperar ele desmascarar mais alguém”. Não era o caso. Gostei disso. Como disse, foi tudo muito simples, mas tinha qualidade.

Outro atrativo da história era que os envolvidos no crime se tratavam de espiões russos. Eu disse, em reviews passadas, que Elementary tinha enredos muito parecidos, sempre abordando crianças, algum assassinato de vários anos atrás que tinha ligação com o atual, e isso era um pouco chato e nada criativo. Mas, dessa vez, eu adorei terem colocado a espionagem no meio disso e o real motivo da morte: dois espiões dormiram juntos apenas para fazer nascer uma “espiãzinha”. E, como o próprio pai da menina disse no episódio, “não se cria uma espião”. Os planos, é claro, deram errado, e Sherlock Holmes ganhou um interessante caso em suas mãos… Diferente de tudo o que a gente tinha visto!

Rispidez

Nesse último episódio, Holmes estava bem menos “fofinho”. Tudo bem que ele tinha que lidar com espionagem, que é assunto muito mais diplomático. Primeiro, adorei como ele abordou a mulher de programa no hotel. “As suas roupas são de uma mulher sofisticada, mas a linha tênue entre suas coxas indica cinta-liga. E você faz contato visual com todos os homens solteiros daqui”, disse ele à moça, tentando convencê-la a dar algumas declarações. “Devo alertar a segurança de sua presença ou responderia minhas perguntas?”. Eu adoro o poder de persuasão do Holmes! Ele mistura ironia, inteligência e até uma agressividade que, como não é usada contra a gente, é engraçadíssima de acompanhar.

Quem também estava transbordando ironia era a linda Dra. Watson. Depois que Holmes descobriu que a morta, na verdade, ajudava na entrada de prostituas no hotel de luxo, o detetive percebeu que tudo era filmado, para que ela pudesse usar contra chefes de governo importantes, que se utilizavam do serviço. Quando Holmes teve acesso à algumas dessas imagens, que tinham sido especialmente selecionadas pela vítima, ele chama Watson, mas avisa: pode conter detalhes sórdidos. A médica não se intimida e caminha com convicção até o laptop de Holmes, que faz uma cara de constrangimento única! Eis que algo inusitado acontece: ss imagens mostram apenas homens conversando no celular e é a deixa para Watson descarregar sua ironia, quem diria, sobre Sherlock Holmes… “Não sei como poderei, um dia, esquecer isso”, diz ela. Morro de rir cada vez que revejo essa cena.

Essas fitas de vídeo, aliás, renderam um show a parte – literalmente. Holmes pôde, finalmente, mostrar para que servem suas várias TVs emparelhadas na sala. Como ele precisava analisar horas e mais horas de imagens, assistir a fitas e mais fitas, ele colocou cada uma delas em cada um de seus televisores e assistiu tudo ao mesmo tempo. Sempre achei esse aspecto da TV – ter tantas e ligá-las todas de uma vez – um tanto bizarro, mas, nesse episódio, percebi que faz todo o sentido do mundo!

Ponto alto: drama queen

Uma atriz, entre as participações especiais, me chamou a atenção: Melissa Farman, que fez a filha da assassinada, a jovem Carly Purcell. Ela é péssima atriz! Ou, pelo menos, em Elementary, estava horrível. Teatral, exagerada, fazendo caras e bocas – sem conseguir derramar uma lágrima que fosse. Eu sei… Como assim “ponto alto”? Mas é que ninguém, no episódio de quinta-feira, me fez rir taaanto como ela!  Aquelas mímicas todas estavam hilárias. Podem me julgar, mas a-do-ro esse tipo de coisa!

Nem eu, quando tinha 15 anos e queria convencer minha mãe de algo, era tão ruim nas “artes cênicas”. Ela me superou nas “lágrimas de crocodilo”, pfvr.

Ponto baixo

Não lembro de nenhum.

Campanha: fique, Watson

Já no início do episódio, Watson fez um anúncio que gelou a espinha do Sherlock Holmes e dos espectadores: ela tem apenas mais dez dias na casa do detetive famoso. É claro que ela não vai deixar a história, sem mais nem menos, mas estou me corroendo para saber como essa situação irá se desenvolver e terminar.

Holmes achou uma solução: encontrá-la em dias de semana para dar algumas aulas à ex-médica sobre investigações criminais – esse Holmes é demais! Também sugeriu que os dois simulassem uma recaída dele para que, assim, o pai dele continuasse a enviar os cheques salariais da Watson – confesso que ele sempre se supera nas “saídas” que encontra.

E, por incrível que pareça, apesar de Holmes, ainda que timidamente, se desesperar com a despedida de sua amiga e tentar achar meios de impedir que isso aconteça, ela, friamente, já aceitou um trabalho com outro paciente. É isso mesmo. Holmes é sentimental e a Watson esbanja auto-controle.

O que eu acho que vai acontecer? Holmes mesmo vai simular sua recaída e obrigar sua “acompanhante” a estender o tratamento. Mal posso esperar por isso.

Já a Watson continua melhorando e melhorando no desempenho das investigações. Foi ela própria quem colocou a cereja no bolo, dessa vez, e descobriu o que realmente havia acontecido na cena do crime – utilizando-se, inclusive, de métodos profissionais para chegar à conclusão: o mural de fotos na parede. Sinto tanto orgulho dela! E vejo futuro para ela na história… Amém.

p.s.¹: o Holmes roubando a lata de lixo no vizinho e espalhando pela casa, além de servir macarrão na xícara – por não haver pratos limpos -,  foi bizarro e genial! 🙂

p.s.²: esse episódio me deixou ainda mais ansiosa para a estreia de The Americans, nova série sobre espiões russos nos Estados Unidos, do canal FX.

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