TeleSéries
Dracula – Goblin Merchant Men
11/11/2013, 13:38. Gabriela Pagano
Reviews
Dracula
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Dracula foi uma dessas séries que esperei tanto, mas tanto mesmo, para estrear, que, no matter what, eu queria ser otimista em relação a ela, acreditar que as coisas iriam melhorar. Pois bem, depois de um segundo episódio bastante superior ao primeiro, em seu terceiro capítulo, Dracula voltou a ser uma série… medíocre.
Segundo o dicionário Michaelis,
“Medíocre: adj (lat mediocre) 1 Médio ou mediano. 2 Meão. 3 Que está entre bom e mau. 4 Que está entre pequeno e grande.”. É exatamente assim que a série é.
O terceiro episódio começou com uma cena de flashback na qual pudemos compreender o que aconteceu realmente com Vlad Tepes. Por algum motivo, ainda desconhecido, ele foi condenado pela Ordem do Dragão, que, além de queimar a mulher dele viva, ainda o condenou com a imortalidade, ao fazê-lo beber sangue (The blood is the life). Essa passagem foi um pouco parecida com o filme do Coppola, bem como o fato de a mulher dele, Ilona, “reencarnar” em Mina (Winona Ryder na versão cinematográfica). O livro não menciona a esposa do Conde Drácula.
Voltando à série, Van Helsing fica sabendo que Lady Jayne procura a cura para os videntes e corre contar para Drácula, a fim de bolar um plano para detê-los. Assistir à cena toda é quase bizarro; VAN HELSING correndo contar as coisas para o DRÁCULA? Esse mundo está muito errado. No começo, achei que fosse surgir um bromance aí, mas, por enquanto, não é o caso, não, e tudo parece bastante esquisito.
Outra coisa estranha: Lucy levou Mina para badalar e curar a dor de cotovelo que sentia desde a briga com Harker (que estava menos insosso nesse episódio). Em uma cena em que Lucy fica olhando Mina dormir, deu a impressão de que a loira espevitada tem sentimentos ocultos pela amiga – o que também é inadmissível considerando a história original.
Mina, por sua vez, que é uma mulher tão inteligente, parecia estar com as faculdades afetadas desde o rompimento amoroso. Ao chegar em casa depois de uma festa, ela se deparou com um buquê de flores e um cartão. Ao ler “Quando se trata de sonhos, você pode até hesitar, mas a única maneira de falhar é abandoná-los”, ela não descobriu que a surpresa vinha de Drácula. Forçou, né, amiga?
O Jonathan Rhys Meyers passou o episódio inteiro bancando o vampiro de coração partido. Primeiro, por causa de Mina – que ele, inclusive, ajudou a fazer as pazes com o Harker (como-assim, sociedade???!) -, depois, por causa dos videntes, que estavam aprisionados no palácio da Lady Jayne – ele voltou para a cama com ela chorando (isso mesmo, Drácula CHORANDO). Daqui a pouco, ele vai ligar para o Edward Cullen e pedir uns conselhos amorosos.
Não bastasse esse sentimentalismo todo, ainda soubemos que Drácula toma uma VACINA para ficar pouco mais de três minutos ao sol. Desculpa tantas palavras em caixa alta, mas estou histérica com essas mudanças todas. Minha histeria só cessou quando precisei parar e rir do Drácula dizendo “Três minutos?! Isso só me dá tempo de tomar uma xícara de chá antes de pegar fogo”. De fato.
Olha, sinceramente, o Drácula está muito bom moço para ser aquele vampiro criado pelo Bram Stoker (que “fez” aniversário essa semana). No final do episódio, o personagem mesmo admitiu que estava surpreso com sua bondade (se ele está surpreso, imagine a gente…). Até o Van Helsing está mais “durão” que esse vampiro chorão! De verdade, tem horas que o Drácula mais parece um bêbado, sem nenhuma lucidez, tentando se livrar das próprias mágoas, do que um vampiro secular, sem sentimentos, que calcula muito bem seus passos e quase não falha (…se não fosse no último capítulo do livro).
A julgar pelo preview do próximo episódio, Drácula será obrigado a colocar suas vilanias em prática para manter-se anônimo. Assim espero! Apesar de ter me preocupado em destacar os pontos negativos da série aqui, ainda sinto prazer em assisti-la. Não sei se isso se deve ao fato de eu ser muito fã do JRM, se é porque os atores são muito bons ou se é pelos cenários e figurinos lindos. A verdade é que, ainda que não seja uma obra-prima, Dracula não é exatamente um lixo, dá para encarar. Na minha opinião, um dos erros foi contratar um cara estreante na TV para escrever o roteiro. Pelo que pesquisei, o Cole Haddon escreveu algumas HQs que fizeram sucesso entre o público, mas nunca tinha feito nada para a TV – e, mesmo no mundo das HQs, ele é novato. Ou seja, contratar alguém sem experiência para escrever um projeto do tamanho de Dracula, que não é outra coisa senão pretensioso, pode ser um erro fatal.
A série segue caindo em índices de audiência nos Estados Unidos e pode ser que não dure mais do que uma temporada. O JRM já disse que não enxerga a série além de dois anos, acha que não tem história para isso. Pelo que vimos até agora, talvez o enredo não renda mais do que uma temporada. Além disso, pode se transformar em um grande (hashtag) mimimi.
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Uai, Gabi, eu gostei. Dei nota cinco.
Sério, Bianca? Não é que eu não tenha gostado, só esperava mais, sabe? haha Fiquei curiosa: do que você gostou mais? (:
E percebi que, acompanhando o visual e a história, a narrativa
também é é cheia de penumbra. É toda uma atmosfera sombria em forma de série, Gabi, rs.
Oi Gabi! Olha eu gostei do episódio, apresar de toda a parte romântica do Dracula, onde baixou o romântico nele. Agora é ele quem ficou com dor de cotovelo sem Mina ao seu lado, acho que ela voltou muito rápido aos braços do Harker, ela deve gostar muito dele.
Senti um clima entre a Lucy e a Mina também, e foi muito esquisito isso, não gostei de verdade. Eu espero que os roteiristas mudem isso tudo, pois a história é tão boa e não merecia ser destruída dessa forma.
Tomara que não seja cancelada. Beijos! =)
Também achei que a questão da Mina e do Harker fosse ser mais explorada, fosse ser mais conflituosa… Mas é que o verdadeiro casal protagonista é ela e o Dracula, né? Então, talvez, queiram explorar mais esse aspecto. O que pode deixar Harker mais sem graça do que nunca =P
A Lucy quase passa dos limites tem hora! Também não gosto da implicância dela com o Harker, acho irritante. Você não?
Também torço pra ver mais uma temporada. Mas mais pelo JRM do que pela série em si, confesso.
beijão!
Estão sendo mostrados mais detalhes do que antes fora apenas insinuado: 1) a Ordem do Dragão, seus rituais, modus operandi; então foram eles que fizeram Drácula virar Drácula? Interessante…
2) Van Helsing: ficou claro que ele está enrolando com aquela vacina para Drácula circular de dia. Pretende matá-lo assim que conseguir se vingar.
3) Drácula está descobrindo que conservou alguma generosidade em seu ser: altruísta, apesar de ter interesse na “doppelganger” da sua amada, reconciliou-a com o namorado. E se compadeceu até as lágrimas com aquela vampira prisioneira.
Etc.
Não gostei muito do primeiro epi, só não fui clara quanto a isso para não influenciar eventuais leitores. Mas a cada novo epi estou gostando mais.
A gente sabia desde o primeiro episódio que foi a Ordem do Dragão que fez o Drácula virar Drácula, só que, agora, pudemos assistir o exato momento que isso aconteceu. Mas POR QUE fizeram isso? O problema é que a série dá apenas “fragmentos” da resposta em cada episódio e, pelo menos para mim, isso torna as coisas cansativas, parece que a gente sempre perdeu alguma coisa… Claro que eles não têm que revelar toda a história de uma só vez, mas podiam ser mais generosos com os espectadores. Considerando que a série só tem 10 episódios, a gente corre o risco de chegar no último capítulo e eles “jorrarem” todas as informações para cima da gente, com pressa. E não existe nada mais frustrante! =P
Não engulo o Drácula bonzinho, estou me esforçando… Mas não consigo, Bianca! hahaha Tá quase virando The Vampire Diaries (nada contra), mas isso é Drácula, poxa! hahaha
Então, percebi que, acompanhando o visual e a história, a narrativa
também é é cheia de penumbra. É toda uma atmosfera sombria em forma de série, Gabi, rs.
Olha, Gabi, eu concordei com bem pouco do que você falou no texto.
Não acho Dracula a série do ano, mas estou me divertindo com ela. Mas o problema de qualidade, na minha opinião, não tem nada a ver com a fidelidade ao livro. Aliás, a série desde o início não demonstra o menor interesse de se comparar ao livro de Bram Stoker, muito pelo contrário, ela bebe mais da fonte do Coppola e ainda assim, apenas de forma superficial. Dracula, a série, tem sua própria mitologia e tentar compará-la com qualquer outra coisa já feita é um erro…principalmente porque a mitologia do vampiro em si está sempre se reinventando e a própria história de Stoker já é uma reinvenção.
Dito isso, o que me incomoda um pouco é a artificialidade e a pouca exploração de algumas coisas. Tudo parece muito simples, muito fácil. O interesse de Dracula (nem lembro o nome dele na sociedade!) em Harker ficou muito mal explicado (eu sei que é por conta da Mina, mas ficou muito sem noção), a forma como Harker aceita um emprego que eu nem entendi direito qual é (o mordomo lá já faz o trabalho de Harker muito bem sem ele!), a briga de Harker e Mina, a reconciliação….tudo muito superficial. Sem falar na própria Ordem, que não diz a que veio, Van Helsing que aparentemente é um professor respeitado por ali (mas ele não tinha contato com Dracula nos EUA? aliás, Dracula chegou a morar nos EUA para forjar seu passado?).
Por outro lado, eu gosto da forma como as coisas entre Dracula e Mina estão se desenvolvendo….e acho muito legal o interesse de Lucy em Mina (que já estava claro desde o primeiro episódio…as duas tem química juntas), embora eu preferisse que ela virasse logo vampira e ficasse aos pés do Dracula. Mas Mina pisando o pé na jaca só por conta da briguinha que teve com Harker foi a coisa mais tola que eu já vi… tão tola quanto a mudança de opinião repentina do rapaz só por conta do que o chefe falou.
Eu gostei do Dracula chorando…acho fantástico isso de ele se importar com outros como ele. Quero ver mais vampiros logo!
Agora, pelo amor!!! Mudem a voz do Rhys porque eu não aguento mais o tom sussurrado, umas duas oitavas abaixa do tom de voz normal de voz dele. Além de ficar horrível, irrita os meus ouvidos. O grave está muito grave, como se fosse uma caixa de som estourando. Credo!
Hum….acho que meu tom está meio seco…desculpe…escrevi e não reli antes de enviar :/
Oi, Mica! Achei sua opinião bastante interessante e me fez repensar várias coisas. 🙂
Talvez, eu tenha dado a impressão errada quando citei o livro. É claro que a série pode (e deve) criar sua própria mitologia, desde que não faça isso de forma superficial e boba. Tenho certeza de que muita gente que vê Drácula aqui, nos Estados Unidos, onde quer que seja, nem leu o livro e conhece o Drácula da cultura popular mesmo, de “ouvir falar”, porque é isso que ele é, um personagem universal. Mas, ainda assim, os produtores podiam tomar um cuidado para que esta não fosse apenas mais uma série de vampiro em meio a tantas outras. Há quanto tempo a gente não via um projeto tão grande envolvendo o Drácula? Há um tempo considerável… Podiam ter “bolado” melhor! E outra coisa: acho lindo criarem um contexto totalmente novo para a história, mas a essência do personagem deve, sim, ser mantida (senão, era melhor criar uma história totalmente inédita de uma vez). E cito aí Elementary, que mesmo cheia de reviravoltas, conseguiu agradar o público com a história ultra moderna do Sherlock Holmes. O Drácula é um personagem muito mau. E ponto. Sinto que assim ele deveria continuar, porque essa é a essência dele. Vamos ver se nos próximos capítulos, a gente conhece esse lado verdadeiramente sombrio do personagem!
A vontade que o Drácula tem em poder sair no sol, por exemplo, é riquíssima e, se bem explorada, criaria um conflito interessante, mas eles colocam uma ~vacina~ no meio disso. Desculpa, mas, para mim, essa vacina soa quase como brilhar no sol. O Van Helsing está enrolando o Drácula, isso está bem claro e, com certeza, os dois não são amigos (a gente percebe isso no diálogo hostil entre eles). Ainda assim, a série deixa tudo nas entrelinhas (como você mesma citou diversas incertezas), a gente nunca tem certeza de nada e isso é legal quando usado em alguns aspectos. Mas em uma série de apenas 10 episódios, o uso em excesso torna algo que deveria ser intrigante em algo confuso e cansativo.
Eu gosto da voz sussurrada do JRM, acho que parece uma serpente! hahaha Naquela cena em que ele visita os videntes e depois volta para a cama, ele se arrasta como uma cobra em cima da Lady Jayne. Uma das coisas que estou mais gostando é da atuação dele! ^^
Mas eu gosto da série, sim. Acho que ela é um bom entretenimento. Só esperava um pouquinho mais, algo mais inteligente.
Hahahaha Não pareceu seco, não. É que, ás vezes, quando a gente discorda de alguém, parece uma situação meio hostil. Mas de forma alguma. Opiniões diferentes ajudam a gente entender melhor a história, né? x)
Acho que estão se equivocando demais nos comentários. Se estivessem feito um seriado igual ao livro e ao “Filme” do Drácula de Bram Stoker, então que graça teria??? Sem contar que ninguem mencionou que esse seria uma copia fiel, alias, ninguem nunca poderia fazer algo como o livro, porque primeiro que ninguem consegue penetrar na cabeça do autor (Que alias está morto) e outra coisa, o seriado precisa de coisas novas, que chamem atenção e que tal ver o que há reservado para depois sair por ai reclamando do que estão fazendo, sendo que ainda nem terminaram…
Mas vejamos por esse lado: o fato de a série não ser uma “cópia fiel” do livro (graças a Deus, isso não faz sentido) não dá liberdade para que outro personagem seja criado apenas usando a “marca Drácula”. Não estou dizendo que este seja o caso, mas a partir do momento em que uma série se propõe a trazer de volta um personagem “velho conhecido” do público, o público espera, no mínimo, reconhecê-lo na tela. E, em alguns momentos, a gente só reconhece os nomes desses personagens, não os personagens em si. E, aí, não dá.