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Doctor Who – Cold War
19/04/2013, 09:34. Mica
Reviews
Doctor Who
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Nesse último sábado Mark Gatiss nos presenteou com um episódio delicioso de Doctor Who. Confesso que eu não botava muita fé na qualidade de Cold War, porque, embora Gatiss não seja exatamente um mau escritor, os seus episódios não eram muito empolgantes. Para os que não lembram (alguém!?), foi dele o roteiro de The Unquiet Dead (S01), The Idiot’s Lantern (S02), Victory of the Daleks (S05) e Night Terrors (S06). Tudo bem, não estão na (minha) lista de piores episódios de Doctor Who, mas em todos eles faltou alguma coisa para eu achar bom de verdade, embora sejam todos memoráveis.
Não desta vez. Cold War teve tudo na dose certa e usou muito bem a situação onde o Doutor se encontrava.
Os Ice Warriors (Guerreiros do Gelo? … Continuarei chamando de Ice Warrior por puras razões estéticas) são velhos inimigos do Doutor (e até mesmo aliados em certa situação) e um dos antigos vilões para os quais Moffat torcia o nariz. Segundo ele, os guerreiros eram o típico exemplo de personagem que não funcionava visualmente, pois tinham cara de efeito ruim e não eram lá muito intimidadores. Resumindo: pareciam pouco mais do que um playmobil ou um lego.
Ele não estava errado, os Ice Warriors tinham mesmo esta cara de soldadinho de chumbo que deu errado, mas de alguma forma Moffat e Gatiss conseguiram repaginar o monstro, torná-lo acessível e crível ao público atual, e tudo isso sem perder as características básicas do monstro da era clássica. Para que pedir mais?
A ideia de trazer os Ice Warriors de volta foi de Gatiss, que, ao que parece, era fã dos monstrengos marcianos. E ele tanto fez (era, afinal, uma idéia genial e que não dava para simplesmente descartar) que conseguiu convencer Moffat a filmar um episódio com o vilão. E foi “só” o melhor episódio escrito por Mark Gatiss até agora.
Para quem tem achado esta segunda parte da temporada de Doctor Who meio requentada, saiba que você não é o único com esse pensamento. Os três episódios apresentados até agora utilizaram velhas fórmulas (ainda que apenas um fez uso de um vilão clássico), cenas praticamente iguais mas repaginadas e situações já vistas anteriormente. Mas nem por isso os episódios estão ruins, muito pelo contrário. De alguma forma esta temporada está funcionando muito bem, e o que importa mesmo é que a comida requentada tem se mostrado bem saborosa.
O relacionamento do Doutor com Clara também lembra muito a interação do Nono Doutor e de Rose. Se isso é intencional ou não eu não posso afirmar, já que todo mundo sabe que Moffat não era muito fã de Rose, em especial a Rose como é mostrada junto com o Décimo. Mas o especial de 50 anos está às portas, então é possível que haja uma coisinha ou outra que só conseguiremos ligar os pontos bem mais à frente.
Clara não é deslumbrada pelo Doutor. Ela o segue, porque ele a intriga e ainda tem a oportunidade de viver aventuras com as quais jamais ousou sonhar, mas aquela coisa de seguir o Doutor cegamente e confiar com toda a convicção é uma coisa que Clara não tem. A sensação que tenho ao vê-la nos episódios é de que a garota mede as atitudes e palavras do Doutor. Ela pondera as coisas que ele faz e analisa se deve ou não acreditar e seguir. Clara não toma uma atitude apenas por acreditar que se o Doutor disse então deve ser isso mesmo, mas ela observa e se chega a conclusão de que a melhor forma de agir é esta, então ela age. Mesmo que esta atitude seja obedecê-lo e ‘esperar no lugar’ e não sair atrás dele.
Muito boa esta sacada, como Clara obedece à ordem de esperá-lo (porque era sim a coisa mais sensata a fazer) e ele fica se repetindo, pois não consegue acreditar que ela realmente aceitou assim facilmente. Tenho certeza de que quando o Nono Doutor comentou que pelo menos por uma vez gostaria de ter um companheiro que não ficasse zanzando por aí, ele não esperava de verdade conseguir um.
A história do episódio é fácil de resumir: A TARDIS aporta em pleno submarino soviético (hilária a hora que Clara descobre que está falando russo), num detour bem característico da nave. E desde quando a TARDIS leva o Doutor para onde ele quer? Mas sempre o leva para onde ele é necessário, e dessa vez não foi diferente, já que o Ice Warrior tinha acabado de ser descongelado por um marinheiro desavisado e curioso e ninguém ali fazia a menor idéia de como lidar com o alienígena.
Gostei da tripulação do submarino. Uma pena que Tobias Menzies foi tão pouco utilizado (gosto muitíssimo do ator), mas pelo menos Liam Cunningham e David Warner puderam dar um show. Warner estava particularmente interessante como o Professor crédulo e carismático.
Foi uma ideia interessante a de deixar Skaldak solto pelo submarino, mostrando-o pouco. Embora a armadura em si seja intimidante (poucas mas efetivas mudanças foram feitas em relação à armadura clássica), o inimigo nas sombras, mostrando apenas os sons e as garras prontas para serem usadas soou bem mais perigoso. Essa aura de perigo desapareceu um pouco quando decidiram mostrar o rosto de Skaldak, mas o episódio compensou bem nos dando outra coisa com a qual nos preocupar: a explosão do submarino X a bomba que deflagraria a guerra que daria fim a Terra.
Mais uma vez Moffat nos levou para outra cena do passado, desta vez do Décimo Doutor, quando River o encontra na Biblioteca e fala para que use o ‘Red Settings’ (‘ajuste vermelho’!?) e ele diz que a Sonic Screwdriver não tem um red settings, e nem um amortecer (e agora tem ambos).
O mais legal foi ver a dúvida do Doutor. Ele se destruiria sem pensar duas vezes se isso garantisse a continuidade da humanidade, mas o que o fazia titubear era levar Clara com ele, quando já tinha presenciado a garota morrer duas vezes e ter prometido que isso não aconteceria de novo. As nuances nas atitudes do Doutor é o que há de melhor na série. Gosto de como Clara o intriga e o quão leal ele pode ser quando quer.
Por fim Skaldak não destrói a Terra (mais uma vez, muito bom o discurso de Clara) e é resgatado por outros Ice Warriors que estavam por aí e ouviram o pedido de socorro que o guerreiro acionou mais cedo. Foi um final decente para o episódio e para o personagem. Se fosse eu teria alterado um pouquinho as motivações de Skaldak para querer destruir a Terra (me pareceu algo meio rebelde sem causa, pura pirraça), mas nem tudo é perfeito, nem mesmo em um ótimo episódio de Doctor Who.
Só me pergunto como o Doutor esperava chegar no Polo Sul para se encontrar com a TARDIS (olhem só! O Doutor usou o HADS novamente! Ele não o usava desde o Segundo Doutor, há muito, muito tempo).
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Eu acho que o episódio podia ter usado uma montagem diferente, com os russos enfrentando o ice warrior e o doutor tentando evitar a destruição mútua assegurada, talvez ofertando levar o Saldak de volta na TARDIS. Isso dispensaria a solução Deus Ex Machine final, a nave dos marcianos.
Tirar a TARDIS da jogada logo no começo lembrou o episódio “42”.
Por que Clara ficou desacordada, ficou sem sentido aquilo. Como também ela buscando aprovação “fiz certo? deu tudo errado mas eu fiz certo?”. E qual a da boneca, que dizem querer lembrar Rose? A chave de fenda sônica podia ter ficado perdida o episódio inteiro, dar uma trégua na bichinha, que está sofrendo de um over use danado.
Sabia que o “Professor” já tinha sido cotado para ser um Doutor? Parece que foi de propósito quando ele fala “que agora é um jogo para jovens”… talvez pelo fato de que os doutores e companions estão cada vez mais novos.
Nota 7.
Sim, eu lembro de ter lido isso sobre o Professor.
Hum…acredita que eu não lembro da Clara desacordada? Acho que apaguei da mente.
Mas entendo a necessidade dela de aprovação, ainda mais que está diante de algo inusitado, diferente e se colocou na frente de batalha. Ela me lembrou uma criança ^^.
Também preferia que a solução para o problema Skaldak fosse diferente, mas gostei do conflito que o Doutor passou.
Mas no geral achei o episódio ótimo.