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[DOCTOR WHO 50 ANOS] Doctor Who – The Day of the Doctor
24/11/2013, 21:00. Redação TeleSéries
Reviews
Doctor Who
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“Hurt: Ainda há bilhões e bilhões de daleks lá fora, atacando.
Tennant: Mas… Tem algo que estes bilhões e bilhões de daleks não sabem!
Smith: Porque se eles soubessem, mandariam reforços!
Clara: O quê? O que eles não sabem?
Smith: Desta vez, há três de nós!”
2013 foi um ano de expectativa para todos os whovians. O dia 23 de novembro – e, consequentemente, o especial que comemoraria 50 anos de Doctor Who – era esperado com muito ardor e ansiedade. Afinal, não é todo dia que um seriado comemora uma marca tão expressiva. E a BBC sabia disso, tanto que resolveu premiar os fãs da maior série de ficção da história: o episódio comemorativo seria exibido nos cinemas britânicos e estadunidenses. Os fãs foram à loucura, afinal, nada mais justo que um grande seriado tivesse uma comemoração deste porte.
É claro que surgiu uma certa invejinha branca – ou nem tão branca assim – nos fãs brasileiros. Somos tão ardorosos quanto os da Inglaterra e dos EUA, mas ficaríamos chupando o dedo e assistiríamos ao episódio ao mesmo tempo que os whovians mais afortunados apenas se conseguíssemos um stream – ou possuíssemos tv à cabo, já que a BBC passou o episódio ao vivo. Mas todo esse sentimento acabou indo embora quando foram anunciadas salas em outros lugares do mundo, incluindo o Brasil.
Inicialmente foram anunciadas apenas duas salas aqui no país, do Cinemark de São Paulo. Mas como – e quem não sabia disso? – os ingressos das sessões anunciadas se esgotaram em questão de minutos e os fãs agitaram as redes sociais clamando por mais cidades e salas agraciadas com a exibição, a BBC resolveu colaborar. Foram anunciadas mais salas em São Paulo, e outras cidades brasileiras também receberiam sessões. No final das contas, foram mais de 75 salas brasileiras a exibirem o especial de aniversário de 50 anos de Doctor Who. Um marco, certamente.
Como moro numa cidadezinha do interior, nem preciso falar do tamanho da minha felicidade ao constatar Ribeirão Preto – que fica há cerca de uma hora de casa – estava na nova lista. Minha ideia inicial, que era enfrentar uma longa viagem até São Paulo, acabou sendo substituída por um “pulinho” na vizinhança. Mas minha felicidade foi rapidamente foi substituída pela apreensão de não conseguir ingressos, já que as vendas continuaram um sucesso estrondoso. Só consegui suspirar aliviado quando, graças a uma amiga, consegui finalmente segurar os tickets na mão.
Confesso que nunca participei de uma convenção de whovians, então assistir The Day of The Doctor nos cinemas foi uma experiência ainda mais inesquecível, já que pude encontrar muitos fãs da série pela primeira vez, e constatar que eles estavam tão excitados por participar deste evento histórico quanto eu. Certamente, ainda que o episódio não fosse memorável, essa experiência eu não esqueceria.
Mas se fora da sala do cinema os acontecimentos já tornavam toda a experiência inesquecível, foi quando “deram o play” que a melhor parte da festa começou. E assisti à Doctor Who em sua melhor forma. Cinco estrelas.
Pela primeira vez tivemos a oportunidade de ver a tão citada Guerra do Tempo em tela. Desde que a série nova começou, em 2005, a Guerra do Tempo é mencionada como um grande marco na vida do Doutor, algo que o traumatizou durante toda a série atual, e algo pelo que ele vem tentando se redimir desde então. Assim, foi maravilhoso que The Day of the Doctor tenha nos apresentado à ela.
Eu vejo o episódio especial como uma história apresentada em três partes. Seu princípio foi, para mim, o último episódio exibido, The Name of the Doctor. A segunda parte foi o mini-episódio The Night of the Doctor, liberado pela BBC em seu canal no youtube como uma introdução ao especial de 50 anos. E no dia 23 de novembro de 2013 – aquele que entrará para a história – fomos apresentados ao “desfecho” dessa história.
Em The Name of the Doctor fomos introduzido a John Hurt, a face de seu passado que o Doutor esconde e tenta esquecer. O motivo para o desejo pelo esquecimento? John Hurt foi a encarnação do Doutor que lutou na Guerra do Tempo, e a finalizou promovendo o genocídio de duas raças para evitar que o universo fosse destruído no fogo cruzado entre os daleks e os timelords. Devo dizer que eu cheguei a temer que John Hurt fosse mais como um vilão, um Doutor sombrio, ou até maligno. Mas que surpresa agradável ver que personagem fantástico ele se mostrou neste especial! Foi uma grande felicidade conhecer este Doutor, e tenho certeza que Moffat também explodiu a cabeça de muitos outros fãs.
A atuação de John Hurt como o Doutor se mostrou magnífica. E a melancolia de Hurt não conseguiu superar sua simpatia, de forma que esta encarnação do Doutor se mostrou cativante e, acima de tudo, brilhante como só o nosso timelord preferido consegue ser.
Ah, as viúvas de David Tennant… Na sessão que eu assisti elas estavam em peso, e vibravam com cada graça dele ou cada referência a Era Tennant. E o fato de que a química entre Tennant e Matt Smith foi ótima e super divertida de assistir tornou tudo ainda mais justificável e delicioso. Sem contar que, no final das contas, ainda trouxe uma nostalgia inegável. A cereja no topo do bolo foi o relacionamento deles com John Hurt, que foi muito interessante de se ver, além do que foi extremamente engraçado constatar o contraste entre eles.
Aliás, todos que foram ao cinema eram declaradamente fãs da série e a animação por estar assistindo o especial de 50 anos era palpável: todos vibravam juntos e o cinema explodia em gargalhadas a cada piada. Quem já foi numa pré-estreia do seu filme favorito sabe do que estou falando. O sentimento presente era o mesmo, mas elevado a 11ª potência, e toda a homenagem apresentada neste especial era sentida por todos. Ah, e sem dúvida uma das grandes diferenças de ver o filme no cinema – além da companhia das centenas de fãs e da animação coletiva – foi assistir aquelas famosas orientações que são exibidas antes de começar um filme – desde coisas como desligar celular ou não fazer filmagens durante a exibição, até piadinhas com 3D (como assim o filme não é em 12D? Houve um corte no orçamento?) – apresentadas pelo sontariano Strax e o Doutor de David Tennant e Matt Smith.
E foram muitos os presentes para os whovians: desde a abertura idêntica a da série clássica até a cena final com a imagem de doutores remasterizados. Mesmo eu, que apenas comecei a me aventurar pela série clássica, me emocionei bastante com tantas referências a série antiga (e provavelmente devem ter muitas que não peguei) e aos doutores clássicos. Aliás, como não se emocionar com a participação de Tom Baker e aquele olhar que continua o mesmo depois de tantos anos?
Em mais uma referência à série antiga, o plot dos zygons – monstros clássicos daquela que voltaram para este especial – foi usado como plano de fundo para toda a trama. Mas o que realmente importa aqui é o Doutor renegado recuperando o direito de seu nome (que é uma promessa) e tirando o peso de sua consciência, o que o atormentou por toda a série nova. A Clara aqui teve um papel fundamental, e Jenna Coleman mostrou como esta companion é importante na vida do Doutor. Cada vez mais, ela conquista o coração dos fãs, assim como conquista o Doutor.
A maior lástima em relação à The Day of the Doctor foi a ausência de Christopher Eccleston, que não aceitou participar do especial. Como comecei a assistir Doctor Who pela série nova (como muitos fãs, eu imagino), foi ele quem me apresentou ao Doutor, e mesmo com a cena épica de todas as encarnações do Doutor (No Sir, all thirteen) e a inserção de uma cena do Eccleston, senti muita falta dele ao longo do especial.
Mas Steven Moffat revelou numa entrevista que a intenção ao escrever este episódio não era reunir todos os doutores – como aconteceu nos especiais de comemoração de aniversário anteriores de Doctor Who – mas sim criar uma história para celebrar a mitologia da série como um todo. A certeza que fica depois do especial? Até os whovians haters da era Moffat (acreditem, eles existem) tiveram que dar o braço a torcer por esta história que ele criou. GALLIFREY FALLS NO MORE.
*Texto de Lucas Pessota, que aceitou gentilmente compartilhar sua experiência de assistir Doctor Who no cinema com nossos leitores. Obrigada, whovian! Agradecemos também à Mica, titular das reviews da série, que em razão de não poder ir ao cinema assistir o especial teve a ideia de ceder temporariamente a titularidade da cadeira. No especial de Natal ela estará de volta.
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Muito Bom seu Review, Cara! Uma pena q eu não tenha assistido no cinema com demais fãs da série, mas assistir em casa com a família foi especial. Adoro o Doctor do Matt, mas nao fiquei chocada pela diminuição do seu potencial pelo os doctors de David e Hurt, foi muito legal mesmo a interação entre eles, e a Bad Wolf só fez agregar, Clara como sempre ganhando mais ainda nosso corações(boa parte disso vem da Jenna), posso dizer q adorei tudo e mais um pouco as partes(em q fui pega de surpresa pelo thirteen aparecendo) e pelo fato de só mais um episódio pra despedida do Matt, ansiosissima pela despedida dele e de como já espero uma brilhante atuação do Smith e da Coleman no Natal, vai ser o Natal mais triste para mim, mas só tenho a agradecer por esse grande personagem q foi nos dado há mais de 50 anos q nos faz vibrar, torcer e chorar a cada regeneração. Obrigado Doctor Who por existir… e que o Bom velhinho nos traga um episodio q supere este(Sonho meu)
Obrigado Sloany, assistir no cinema foi muito bom mas quem dera minha família assistisse também comigo, acho super válido xD
Concordo inteiramente com seu comentário. Adorei o especial, achei genial o modo crível que uniu 3 doctors de tempos diferentes e, não achei falta de Christopher Eccleston. Ele não tem a mesma química que Tennant e Matt Smith que foi surpreendentemente maravilhosa. No final do episódio fiquei imaginando o que poderá acontecer e um pouco mais apreensiva quando vi a amostra de trailer do especial de natal. Mesmo assim, Steven Moffat está de parabéns pela criatividade e por manter viva a melhor série de todos os tempos!
Obrigado Denise, de fato Eccleston não faz falta com no roteiro redondinho que Moffat criou, mas é mais um gosto pessoal mesmo, eu queria MUITO que ele tivesse participado também =
amei a analogia so falto citar a rose tyler minha amada bad wolf
Sim, Billie Piper estava excelente também! O que eu mais gostei é que ela não interpretou nem Rose nem Bad Wolf, foi uma decisão inteligente do Moffat colocá-la como a interface da arma Momento, assim não precisou alterar em nada na história da personagem que já está fechada (nem mexer com as emoções do Doutor quanto a ela) e ainda assim homenagear esta companion.
Lucas, obrigada por compartilhar sua experiência conosco. Minha cidade foi aquela que teve mais mais salas apresentando o filme, moro do lado no shopping (quase dentro dele)… mas não consegui ingressos. Fiquei bem aborrecida com isso, porque a desorganização do Cinemark, fala sério. Bom, mas passou.
Eu esperava muito do filme e ele superou infinitamente minhas melhores expectativas. Conforme você disse, O Hurt foi sublime. Adorei ver de novo o Tennant na série, curtir mais um pouco o Smith antes de sua partida, Billie e todos os outros. O enredo foi perfeito; abriu caminho para muitas outras histórias em Gallifrey e com outros timelords – isto vai enriquecer demais a série.
Como eu amei as palavras finais do Doctor: agora ele não está mais vagando e sabe para onde vai, para o lar dele.
Foi legal também saber que teve uma audiência enorme, em (quase) todo o mundo.
Enfim: ma-ra-vi-lha!
De fato, agora tendo um propósito o Doutor pode ter uma motivação bem interessante, agora é só morrermos de expectativa até a oitava temporada 🙂
Assisti em casa e no domingo, no cinema e depois em casa novamente, e vou assistir de novo e de novo. Foi sensacional! Em casa, foi otimo assistir tambem o filme documentario que mostra como a serie foi criada e presta homenagem ao primeiro Doctor, William Hartnell e Verity, a produtora da serie, que enfrentou preconceito por ser mulher e jovem e dificuldades para transformar Doctor Who no sucesso que foi desde o começo. Agora amo a serie ainda mais.
An Adventure in Time and Space é um documentário excelente mesmo e uma grande homenagem para série, com certeza vale a pena ser assistido também 🙂 A BBC lançou junto com este, outro documentário chamado Doctor Who the Ultimate Guide, com atores da série e produtores explicando cada um dos 11 doutores, achei muito informativo já que estou apenas começando a série clássica, recomendo
ONDE VOCÊ MORA? Eu moro em Matão. 1 hora de Ribeirão
Moro em São Carlos, fica mais ou menos 1 hora de distância de Ribeirão Preto também xD