Covert Affairs – Begin the Begin, Good Advice e Bang and Blame


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Covert Affairs tem sido um grande desafio para mim. E cito o termo desafio no modo benéfico, pois escrever sobre a série foi um presente, já que eu sou viciado em tramas paralelas. Alguns podem afirmar que a série é somente mais uma história de uma personagem que trabalha contra o crime organizado e tem que lidar com a sua vida pessoal e ao mesmo tempo com a profissional. Mas eu afirmo com a maior certeza que Covert Affairs é mais do que isso.

A história basicamente fala sobre Annie Walker, a nova funcionária da CIA que foi contratada pelos seus amplos conhecimentos em diversas línguas. Ou pelo menos ela pensava. Ela descobre que na verdade, tudo não passava de um plano para que a CIA conseguisse capturar Ben Mercer, o amor da vida de Annie e o antigo espião da companhia que se desvinculou da empresa para trabalhar por si próprio.

Eu não afirmaria que a série é similar há 24 horas pelos envolvimentos da vida pessoal com a profissional, mas eu diria que ela consegue transmitir os seus momentos de drama e os seus momentos de ação. Annie Walker seria uma heroína dos dias atuais ao tentar se disfarçar de funcionária de museu para que a sua família não descubra e assim, não corra perigo. Certamente, o diferencial da série seria a introdução dos personagens na vida de Annie e a forma com que essa interação pode afetá-la. Mesmo ela sendo uma espiã, isso não a torna vulnerável as emoções, principalmente pelo fato dela ser nova no ramo. Ela precisa aprender a separar a sua vida dupla e esse foi o seu maior teste ao assistirmos ao último episódio da primeira temporada. O seu maior temor veio à tona, quando a vida de espiã começou a afetar a sua vida pessoal.

Particularmente quando eu assisti aos cinco minutos finais da temporada me senti completamente sem ação ao perceber o que havia acontecido com Ben Mercer. Passei por difíceis 11 episódios para finalmente ver Annie se reconciliando com o seu amor verdadeiro. Assistindo o seu triste passado com o ex-espião. E simplesmente, depois de uma longa jornada, um tiro muda tudo. Será que Ben morreu? Será que Arthur deixou de ser o diretor da CIA? Sem mais delongas, falaremos sobre a segunda temporada, mas especificamente dos três primeiros episódios.

No primeiro episódio, Begin the Begin, de modo a deixar o telespectador com mais ansiedade, as cenas foram realizadas em cima da dúvida deixada no final da temporada anterior referente à morte de Ben Mercer que, particularmente, achei bem bolada. Principalmente a cena seguinte quando ele aparece de cadeira de rodas. Eu simplesmente achei que ele havia perdido os movimentos das pernas. Mas é claro que isso foi totalmente tirado de questão, quando ele e Annie fogem a serem mortos pelos inimigos de Ben.

O que eu mais gosto de “pós-primeira temporada” são as novidades, isto é, não estamos sujeitos a ficar acompanhando o personagem para descobrir mais sobre quem ele é. Agora, queremos acompanhá-los para descobrir o que irá acontecer com eles nessa nova temporada, como o exemplo da relação de Arthur e Joan. Após as exposições da jornalista Liza Hearn sobre o passado de Arthur, a Comissão Interna da CIA está investigando o caso, o que pode acarretar em sua futura demissão. Para assumir o seu cargo, Joan, sua esposa, foi alertada previamente do que poderia acontecer e ela seria requisitada a ficar no lugar do marido. Porém ambos resolveram enfrentar o problema juntos. Entre nós, a relação dos dois no começo da temporada anterior era uma das piores. Os ciúmes de Joan ou os problemas enfrentados pela hierarquia da CIA, não me chamaram a atenção. Porém, quando eles se reconciliaram e resolveram trabalhar juntos comecei a achar interessante essa perspectiva desse relacionamento, pois nada assim foi mostrado na série. Então, por enquanto, estou gostando dessa trama.

Como sempre, os diálogos de Covert Affairs são muito rápidos, devido à série adotar um caso a cada episódio. Adoro quando a atriz Piper Perabo (Annie Walker) tem que interpretar uma personalidade distinta de sua personagem para abordar os suspeitos. Até hoje, sua melhor interpretação foi a de ser uma prostituta no primeiro episódio da temporada anterior. Nenhuma outra interpretação superou essa. Veremos se nessa temporada isso mudará. E falando em sarcasmo, outro ponto que acho muito interessante da série é referente ao personagem Auggie. É incrível como todas as séries que abordam pessoas com cegueira, procuram explorar o problema de modo dramático e triste. Porém, Auggie retrata o seu conflito com tanto humor, que às vezes, até eu me sinto desconfortável com as piadas, apesar de serem ótimas. Nesse episódio, por exemplo, ele falou uma que tenho que citar: “Pedi para um amigo de um departamento imitar a sua caligrafia, pois achei que eu não faria muito bem”. Gosto muito do ator Christopher Gorham, o inesquecível Henry de Ugly Betty. Tenho que dar meus parabéns para a interpretação desse personagem que é totalmente distinto aos outros que ele já fez.

E para finalizar esse episódio, uma relação que se tornou mais intensa e bacana, foi à relação de Joan com Annie. No inicio era algo mais profissional, porém quando a revelação de Ben vem à tona, Joan acaba, de certo modo, se identificando com o problema de Annie. Mesmo que sua situação não seja similar, Joan passa por problemas difíceis quando sua vida privada e profissional se unem e ela tenta ajudar Annie a superar isso. É uma amizade diferente, que não deixa de ser bacana na série.

Em Good Advices, a série explora o país considerado a capital da moda: Paris! Não entendo muito do assunto, mas devo dizer que nesse episódio o lado feminino de Annie é citado, mesmo que brevemente. Além do mais, temos novamente a ilustre participação do ator Oded Fehr, interpretando o concorrente de Annie, Eyal. Na primeira vez que assisti o episódio que ambos são obrigados a trabalhar juntos, foi um dos melhores episódios da série, inclusive um dos meus favoritos. A parceria dos dois além de engraçada traz a trama um ar de amizade profissional, isto é, mesmo ambos trabalhando para agências diferentes e lutando para conseguir a missão, eles se relacionam bem. É nessas cenas, que esquecemos que Ben Mercer existe na vida de Annie. As cenas de ação nesse episódio também foram bem feitas, pois o espaço de Paris foi bem explorado.

Falando em situações engraçadas, vi Joan Campbell numa situação que nunca imaginei. Ela é convocada a ser júri, por ser obrigatoriedade nos EUA e acaba passando por problemas embaraçosos quando sua solicitação na CIA é requisitada com certa urgência. É claro que dei muitas risadas quando a júri a chamava de “número nove” sem desconfiar que na verdade, ela não trabalhava em um banco.

E por último, temos a relação de Annie com Danielle Brooks, a sua irmã. Em minha concepção, a relação que é mostrada de Annie com a família é feita de modo muito superficial. Acho que os roteiristas poderiam explorar melhor esse relacionamento em questões das mentiras de Annie e dela ser uma suposta funcionária do museu, afinal de contas, a série não se trata somente de resolver casos da CIA. Mas, tenho que confessar que em todas as cenas em que Danielle aparece são especiais por elas representarem que a família estará sempre presente na vida de Annie. Não importa a circunstancia.

Finalmente em Bang and Blame, vemos como a manipulação do pai de Jai o está afetando. Até agora, não descobri ao certo o que ele está fazendo na série, além de estar incomodado por não ter um espaço mais amplo na agência, ou pelo fato de seu antigo companheiro o ter traído. Talvez eu não goste do personagem pelo fato de também não gostar do ator que o interpreta. Desde Heroes, o ator Sendhil Ramamurthy vem me desapontando em termos de interpretação. Seu personagem simplesmente não se encaixa em nenhuma trama, e para piorar, o mesmo foi promovido para regular o que eu, pessoalmente, não encontrei razões para que isso ocorresse.

Enquanto isso, Annie acaba voltando para a Fazenda, algo que me deixou muito contente, afinal de contas, seu treinamento apareceu de modo breve no começo da temporada anterior e eu queria muito que houvesse alguma trama em cima disso. Os roteiristas aproveitaram o fato de Annie não ter terminado seu treinamento para aderir a uma missão que pode acabar com a sua carreira. As cenas de ação simplesmente supriram as minhas expectativas. Principalmente a cena da luta entre Annie e Corey em pleno ar! Tenho que confessar que não esperava que ele fosse o culpado, pois eu estava desconfiando de Emerson pela sua brutalidade e sua auto exigência nos treinamentos. É claro que a história do treinador também deu um toque especial ao episódio quando ele afirma que estava tentando constituir uma família após décadas a deixando em segundo plano. A série mesmo um pouco repetitiva quando se trata da vida pessoal dos personagens em relação aos seus trabalhos, não se mostra cansativa. Os pontos altos da série são exatamente esses problemas e isso não a torna mais chata. Ao contrário. Os roteiristas estão aproveitando muito bem essa questão de modo benéfico.

Também não deixaria de comentar outro tópico que mostrou que esse episódio foi o melhor da temporada até agora. As cenas de Auggie com Annie são, como eu diria, cenas “obrigatórias” para cada episódio, pois elas tornam o episódio gostoso de assistir. E esse episódio não foi diferente. Foi bacana ver Auggie trabalhando em ‘campo’ com Annie, principalmente na cena em que o treinador pega Annie mexendo com suas coisas e Auggie aparece sem camisa afirmando que ‘aquele quarto era o único com sofá’.

Para completar a análise do episódio, uma nova relação surge na vida de Annie Walker: Scoot, o doutor. Tudo bem que aquela história das filhas de Danielle terem batido a cabeça foi uma desculpa para introduzir o novo interesse amoroso de Walker. E também achei que o convite para sair foi muito rápido. Porém, não me importei com o fato, devido ao diálogo no hospital ter sido único, onde ambos tinham conhecimento na área médica e também pelo fato de que eu não queria que Annie ficasse com Jai (tudo bem, a minha desaprovação pelo personagem é pessoal, infelizmente não consegui ser parcial nessa questão).

Em suma, vimos como Covert Affairs evoluiu ao longo dos episódios e como as tramas estão cada vez mais envolventes e interessantes. Parabéns aos roteiristas e aos atores (principalmente para Piper Perabo e Christopher Gorham).

PRIMEIRA OBSERVAÇÃO: Em Begin the Begin, achei meio contraditório o Ben estar em uma cadeira de rodas com dificuldades para andar e de uma hora para outra, sair correndo que nem um animal atrás de sua presa.

SEGUNDA OBSERVAÇÃO: Em Bang and Blame, fiquei com medo da Joan no começo do episódio quando ela aparece na janela andando pelo corredor com aquele olhar “Preciso falar com você Annie”.

TERCEIRA OBSERVAÇÃO: O marido de Danielle saiu da série?

QUARTA OBSERVAÇÃO: A introdução da série também mudou. Agora todos os personagens regulares aparecem (Por que o ator que interpreta Ben Mercer não foi colocado como regular?).

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  1. Lara Lima - 26/06/2011

    O texto está tão bom que por um segundo achei que estava falando de outra série. Não que Covert Affairs seja ruim, mas tá longe de ser excelente. Eu diria que ela é OK.

    A Piper é uma boa atriz, mas acho que falta um pouco de charme na Annie. Adoro o Auggie também e ele faz toda a diferença nos episódios. O Jai pode morrer a qualquer momento que não me importo. E Joan e Arthur estão melhorando agora, era insuportável aquela briguinha de “quem manda mais” entre os dois.

    Eu costumo dizer que Covert Affair é bem parecida com White Collar, só que no lugar do Matt Bomer temos a Piper Perabo. Mas White Collar tem uma sutileza que sobressai a Covert Affairs. E o Matt faz Neal ser bem mais interessante (ainda que o personagem seja muito correto, o que atrapalha) do que Annie. A Annie é muito rasa. Ela tem uma família que desconhece a profissão dela; tem um interesse amoroso (que aliás me deixou muito decepcionada desde que apareceu na temporada passada) e tem um amigo gente boa demais (que tenho certeza vai ter alguma coisa com ela, mais cedo ou mais tarde). Falta alguma coisa na história dela.

    Mas não se pode exigir muito também. Com séries assim é melhor relaxar =]

  2. Chelsea - 26/06/2011

    Penso a mesma coisa Lara. Especialmente sobre o amigo gente fina, que eu, no lugar dela, já teria pegado.

  3. Lara Lima - 26/06/2011

    Eu teria pegado com certeza!! ahahahaha Você lembra daquele episódio que uma ex namorada dele aparece?? Teve uma cena dos dois de tirar o fôlego!! =]

  4. Chelsea - 27/06/2011

    Nossa, aquele foi demais. As melhores cenas de CA sao as que ele aparece, geralmente sem camisa. Ele tem um jeito de nerd fofo e sarado, entao ele é sonho msm.

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